24.04 RNC Anatole - Resumo Primeiros Socorros PDF

Title 24.04 RNC Anatole - Resumo Primeiros Socorros
Author Caroline Santana
Course Primeiros Socorros
Institution Universidade de Mogi das Cruzes
Pages 5
File Size 155.3 KB
File Type PDF
Total Downloads 105
Total Views 193

Summary

Resumo da Matéria de Primeiros Socorros da UMC ...


Description

PRIMEIROS SOCORROS II - PROF ANATOLE REBAIXAMENTO/ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA (RNC) NO ADULTO - 24/04 O rebaixamento do nível de consciência é uma causa muito comum atendida em pronto socorros. Constitui-se em uma entidade clínica que exige muito dos profissionais envolvidos no atendimento. Consciência: estado em que o indivíduo tem conhecimento do que se passa consigo e ao redor, emitindo respostas adequadas a estes estímulos. Confusão mental: situação em que existe alteração do conteúdo de consciência, comprometendo a capacidade de resolução de problemas, coordenação e coerência de ideias, usado também para descrever desatenção, distúrbios de linguagem ou apatia. Delirium: caracteriza-se por períodos de confusão mental e agitação ou irritabilidade, mais do que sonolência, caracteriza-se por extrema agitação, tremores, distúrbios motores, facilidade em se assustar e alterações autonômicas (febre, taquicardia, hipertensão e sudorese) Estupor: caracteriza-se por uma diminuição ao mínimo da atividade motora, somente estímulos vigorosos acordam o paciente, no mais tudo que este paciente faz e abrir os olhos e direcionar seu olhar para o examinador. Coma (do grego significa dormindo): é o estágio mais profundo do rebaixamento do nível de consciência, o paciente apresenta-se como se estivesse dormindo: em total falta de resposta aos estímulos. *Nem sempre rebaixamento de consciência tem causas psiquiatras AVALIAÇÃO DO PACIENTE COM RNC Anamnese: o primeiro passo no atendimento é o suporte vital, contudo a história clínica pormenorizada deve ser obtida concomitantemente ao atendimento inicial. Exame físico geral: a próxima fase é a realização sistemática do exame físico, avaliando o paciente da cabeça aos pés. NÃO CONFIAR EM UMA PRIMEIRA HIPÓTESE DIAGNÓSTICA! FAZER TODO O EXAME Toda vez que você atende uma vítima com RNC a primeira coisa que tem que descartar no EF é a possibilidade de trauma!  SEMPRE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O TRAUMA CRÂNIOENCEFÁLICO COMO CAUSA: avaliando sinais clínicos clássicos: 1. Olhos de guaxinim (equimose em órbita) 2. Sinal de Battle (equimose em mastóide) 3. Hemotímpano (sangue saindo do ouvido) 4. Rinorréia/otorreia (perda de líquor) 5. Bossas (edema couro cabeludo) Temperatura corpórea: Febre: alerta para infecções do sistema nervoso central, podendo também ocorrer em quadros pós convulsivos, insolações, acidentes vasculares de tronco e vasculites. Hipotermia: pode representar hipotireoidismo, exposição ao frio ou uso de barbitúricos. Alterações da pressão arterial: Hipertensão arterial: considerar encefalopatia hipertensiva e AVCs (mais comum!). Hipotensão arterial: hemorragias, percas volêmicas não observadas, choque hipovolêmico.

Alterações da pele, mucosa bucal e hálito: - O exame da pele pode trazer informações essenciais ao diagnóstico da causa base; icterícias, telangectasias, petéquias, pele fria e úmida. - O exame da mucosa bucal ou língua; podem ser vistos ferimentos, alterações da língua como língua grossa ou edemaciada. - O hálito é tão importante que pode dar o diagnóstico antes de qualquer exame laboratorial ou imagem, alguns exemplos:    

Hálito alcóolico = intoxicação alcóolica Hálito hepático (odor de peixe podre) = insuficiência hepática. Paciente pode ficar agitado por confusão mental e ser um paciente etilista. Hálito renal (odor de urina) = insuficiência renal. Hálito adocicado ou de acetona = cetoacidose diabética

CAUSAS DE RNC/COMA Podemos dividir em dois padrões: I. PADRÃO NEUROLÓGICO a) Supratentoriais: doença cerebral uni ou bilateral (infarto, hemorragia, tumor e abcesso), hemorragia subaracnóide, encefalopatia hipertensiva, encefalites, meningites, crises convulsivas e hipertensão intracraniana. b) Infratentoriais: oclusão da artéria basilar, tumores de tronco cerebral, hemorragia pontinha, hemorragia cerebelar e hemorragia traumática de fossa posterior. II. PADRÃO DIFUSO Incluem as patologias tóxico-metabólicas e psicossomáticas: a) Tóxicas: etanol, barbitúricos, brometos, opióides, anticonvulsivantes, tranquilizantes, etc. b) Metabólicas: hipoxemia, hipercapnia, acidose, hiper ou hiponatremia, insuficiência hepática, hipo ou hipercalemia, sepse, encefalopatia de wernicke. c) Psicossomáticas: conversão histérica, estados catatônicos e epilepsia.

ALGORITIMO DE ABORDAGEM DO PACIENTE COM RNC SUPORTE BÁSICO DE VIDA SUPORTE AVANÇADO DE VIDA Monitorização, acessos venosos, oxigênio, dextro

EXAMES LABORATORIAIS

ANAMNESE, EFG E

EXAME NEUROLÓGICO DEFINIR PADÃO NEUROLÓGICO

PADRÃO DIFUSO

TC DE CRÂNIO

Endócrino, drogas, SUPRATENTORIAL INFRATENTORIA eletrólitos, vascular, infecções, AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA DE URGÊNCIAtemperatura, hi ó i TRATAR CAUSA

SÍNCOPE (DESMAIO) E CONVULSÃO O que fazer quando nos deparamos com uma vítima desmaiando ou convulsionando fora do ambiente hospitalar: 1. SEMPRE ter certeza que a pessoa está com pulso e respirando. 2. Caso haja ocorrência de movimentos involuntários (convulsões), proteger cabeça, coluna cervical e lateralizar a face e se possível todo o corpo, jamais tente colocar algo na boca, apenas cheque se não há corpo estranho. 3. Checar reflexo pupilar, caso isocóricas e fotoreagentes com Glasgow maior que 13, pode proceder elevação dos membros inferiores. 4. Jamais dê líquidos ou alimentos até haver recuperação clínica completa. 5. Procure documentos ou telefone de pessoas próximas que possam informar patologias prévias. 6. Nunca abandone a vítima para chamar socorro, peça para outra pessoa. 7. Marque no relógio o início do seu socorro se for crise convulsiva quanto foi sua duração. 8. Mesmo que ocorra recuperação completa da vítima insista para que ala procure um serviço médico, pois não é possível estabelecer parâmetros sem medição de Dextro e PA. 9. Ao prestar socorro a alguém, não se esqueça de se proteger, pois atos heroicos podem causar prejuízo a saúde.

DISCUSSÃO DE CASOS - 24/04 CASO CLÍNICO 1 Menor de 16 anos dá entrada na emergência do com relato de ter tido um ataque em casa seguido de desmaio e não consegue mais acordar: HPP (história patológica pregressa): pai relata que filho é portador de asma leve com crises apenas quando fica resfriado, nega patologias importantes da infância, nega traumas ou quedas recentes. HPMA: Pai e mãe relatam que seu filho chegou da escola como de costume, almoçou e foi para o seu quarto e por volta das quatro d tarde veio assistir TV com seu irmão, depois de aproximadamente uma hora começou a virar os olhos e esticar o corpo e desmaio, sendo que não conseguiram fazer o mesmo acordar e acionaram ambulância que trouxe ao PS. EFG e EFE (neurológico): Dextro = 105mg/dL. Corado, hidratado, afebril, acianótico, extremidades aquecidas com boa perfusão (SAT O2 =96%) Crânio: sem alterações morfológicas e sem sinais de traumas. Aparelho respiratório: MV + bilat sem RA Aparelho cardiovascular: RCR em dois tempos com BRNF e FC 58 bpm Pele: ausência de ecmozes, hematomas, sem sinais de liberação de esfíncteres (fezes ou urina). Exame neurológico: hipotonia muscular generalizada, pupilas isocóridas pouco foto reagentes. Glasgow = AO=1+ MRV=1 + MRM=1 = 3. Durante exame observou-se presença de crises de apnéia e bradipnéia.

Ocorreu chegada do irmão que disse que o mesmo estava muito triste pois tinha levado um fora de uma garota que ele gostava muito. Conduta clínica na admissão:     

Cateter de O2 Acesso venoso Fase rápida de hidratação Monitorização + oximetria Coleta de exames bioquímicos, solicitado TC de crânio (a tomo nesse contesto não era necessário, estava perdendo tempo)

Devido a evolução do mesmo e a escala de Glasgow  submetido a entubação com cânula 7,5 Na entubação o emergencista percebeu que ao levar o conjunto língua/palato para entubação o paciente apresentava movimento respiratórios voluntários, não sendo necessário ventilação mecânica somente aporte de oxigênio. Diante desse fato o que muda? Que diagnóstico fica mais evidente? O clínico solicitou que fosse feito uma varredura nas roupas do garoto, onde foi encontrado uma cartela de Amitriptilina de 20 cp vazia, submeteu então a uma lavagem gástrica com saída de resíduos amarelados compatíveis com restos de comprimidos, feito carvão ativado e entrada em contato com CEATOX (ou ICCI - obrigatório entrar em contato em casos de intoxicação) que orientou conduta. Portanto: intoxicação exógena por ansiolítico.

CASO CLÍNICO 2 Mulher 28 anos dá entrada na emergência desacordada, segundo marido ela estava na igreja e começou a ficar com falta de ar e desmaio e começou a entortar os braços e as mãos como se estivesse convulsionando. HPP: Marido relata que a mesma não tem patologia crônica, que faz uso apenas de contraceptivo oral e que sua menstruação está normal. HPMA: marido relata que ela passou o dia bem sem queixas e que após término do culto na igreja ela informou muita falta de ar, formigamentos e que não conseguia controlar suas mãos que estavam frias e se contraindo e em seguida desmaio. EFG e EFE (neurológico): Dextro: 97 mg/dL. Corada, hidratada, afebril, acianótica, extremidades frias com boa perfusão, saturação de O2 = 95% Crânio: sem alterações morfológicas, sem sinais de traumas. Aparelho respiratório: MV + bilateral sem RA, taquipnéia FR= 35 Aparelho cardiovascular: RCR em dois tempos com BRNF FC = 96 bpm Pele: ausência de equimoses, hematomas, sem sinais de liberação de esfíncteres (fezes ou urina) Exame neurológico: hipertonia muscular generalizada, pupilas isocóridas foto reagentes com tremor palpebral bilateral. Glasgow = AO = 2 + MRV = 4 + MRM = 5 = 11 Sinal de defesa +: é quando você solta a mão da paciente e a mão cai e ela não deixa cair no seu rosto. Conduta clínica na admissão:

    

Cateter de O2 Acesso venoso Soro de manutenção Monitorização + oximetria Coleta de exames bioquímicos

Após medidas iniciais médico interroga marido sobre sistema nervoso da paciente, este lhe informa que ela é muito nervosa e que esses dias estava meio aborrecida com ele por ciúmes. Qual conduta do emergencista diante deste fato? Prescreveu DIAZEPAN 10mg EV com regressão completa dos sintomas em 30 minutos, procedendo alta para a mesma, encaminhando para psiquiatra. Essa paciente deve ter ficado muito nervosa de forma que é inconsciente por isso que não é simplesmente um chilique. Diagnóstico: distúrbio neuro vegetativo (piti)....


Similar Free PDFs