3. Desenvolvimento Motor PDF

Title 3. Desenvolvimento Motor
Author Claudia Pedroso costa de novaes
Course Crescimento e Desenvolvimento Humano Aplicados à Educação Física
Institution Universidade Cidade de São Paulo
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Summary

resumo da aula de desenvolvimento motor...


Description

Desenvolvimento Motor → conceitos e teorias Contextualização Você já parou para pensar como seus movimentos se modificaram ao longo da vida? Você mal conseguia se manter em pé (quando bebê), e agora pode ser que realize gestos motores refinados ao praticar seu esporte de preferência. Observe as três imagens a seguir e reflita com calma nas seguintes questões: 1. Por que bebês, a maioria deles, geralmente, só conseguem dar os primeiros passos sozinhos (aquisição da habilidade motora andar) a partir dos 12 meses de idade?

Com o tempo o bebê, a criança, o adolescente, o adulto jovem e o adulto idoso, alteram seu padrão de execução na habilidade motora andar, ou seja, modificam sua coordenação motora, sua configuração dos segmentos corporais um em relação ao outro. 2. Você já parou para pensar por que e como isso acontece?

Apesar de mudanças no padrão do andar ao longo da vida serem comuns de acontecer, todos os bebês, as crianças, os adolescentes, todos os adultos andarão da mesma forma? Por que duas pessoas da mesma idade, por exemplo, sejam duas crianças de 6 anos de idade ou dois adultos de 30 anos de idade apresentam configurações corporais distintas (ainda que nos pequenos detalhes) na realização dos movimentos da habilidade motora andar? 3. Resumindo, todas as pessoas andam da mesma forma?

Você provavelmente percebeu que perguntas como essas não são assim tão simples de serem respondidas. Não é a toa que teorias foram formuladas na tentativa de explicar mudanças que acontecem no comportamento motor do ser ao longo da vida. Após essa reflexão, você já está preparado para iniciar os estudos dessa unidade. Aproveite para buscar as respostas para essas perguntas, enquanto estuda os materiais disponíveis!

Desenvolvimento motor: por que estudar? Conforme já definido em outra unidade de estudos, denominada Crescimento e Desenvolvimento humanos, o desenvolvimento pode ser entendido como um processo de mudanças qualitativas e quantitativas no nível de funcionamento de um indivíduo, que ocorrem desde a concepção até a morte. Para melhor entendimento desse conceito, dividimos desenvolvimento em dois contextos distintos: Biológico e Comportamental. No contexto biológico, nos atemos às

mudanças provocadas pelo organismo (biológico) do ser, referindo-se ao processo de diferenciação e de especialização das células embrionárias em diferentes tipos de células, tecidos, órgãos e unidades funcionais, algo que ocorre principalmente na vida pré-natal. No contexto comportamental, mudanças são decorrentes do desenvolvimento de competências em vários domínios inter-relacionados, conforme a criança se ajusta ao seu “nicho” cultural, ou porque não simplesmente dizer, seu ambiente ou contexto de vida. Mais importante para nós, profissionais (ou futuros) que fazemos parte do ambiente

das

crianças,

dentro

desse

contexto

comportamental

de

desenvolvimento, temos um papel muito importante na aquisição e no refinamento de comportamentos que são esperados pela sociedade nos diferentes domínios: motor; social, cognitivo, emocional e moral. Conforme outrora discutido, o desenvolvimento em cada um dos domínios é moldado pela relação do indivíduo com o ambiente que o cerca, por exemplo, com os pais, vizinhança, escola, igreja, clube, academia, etc., não nos esquecendo de nós como professores, que nesse processo também somos muito importantes. Uma vez que somos (ou seremos) profissionais do movimento, nessa unidade daremos ênfase ao estudo das mudanças que ocorrem e estão relacionadas, principalmente, ao domínio motor. Lembrando que seria impossível dissociar exatamente o papel de cada um dos domínios nas mudanças de desenvolvimento que ocorrem ao longo da vida, todos atuam conjuntamente e contribuem na aquisição de comportamentos. Apesar disso, é possível analisar as mudanças, buscando mapear quais domínios estão mais relacionados, por exemplo, à aquisição de habilidades motoras, as mudanças ocorrem predominantemente no domínio motor, mas não apenas nele. Não que somente esse domínio seja importante para nós, pelo contrário, todos precisam ser estudados, afinal somos (ou seremos) profissionais que lidam com a aquisição de conhecimento, nos relacionando com pessoas através de um processo de ensino-aprendizagem, em que todos os domínios, seja o motor, cognitivo, social, emocional ou moral, são importantes.

Entretanto, nesse momento, caberá um maior aprofundamento, especificamente nos aspectos relacionados ao desenvolvimento motor, pois professores de educação física precisam dominar alguns conceitos e teorias que são importantes e auxiliam em sua atuação. E o que é mesmo desenvolvimento motor? Desenvolvimento motor é um processo contínuo, com mudanças progressivas do comportamento motor desde a concepção até a morte. Para melhor entender esse conceito, basta reparar nos movimentos realizados por crianças de diferentes idades, como possuem certas particularidades que fazem toda diferença para aqueles que a realizam. E como e por que os movimentos se modificam com o avançar da idade? Por exemplo, como saímos de movimentos simples e ao mesmo tempo tão difíceis de serem realizados quando bebê, como o andar independente, para a realização de um andar “que nem ao menos pensamos” para conseguir realizar? Os estudos em desenvolvimento motor envolvem a busca por explicações para esses e muitos outros questionamentos, engloba estudos sobre as mudanças que ocorrem ao longo da vida e os processos que embasam tais mudanças. Afinal, por que estudar desenvolvimento motor? Dentre as possíveis justificativas, é importante para entender o processo de mudanças relacionadas ao comportamento motor do ser, e com tais informações, poder intervir, se necessário, estimulando de forma apropriada, buscando maximizar o desenvolvimento motor do ser para que de maneira nenhuma venha ser prejudicado. E como podemos interferir? Como organizar nossa atuação como professor? Por que e como essas alterações no desenvolvimento motor acontecem? Como novas habilidades motoras são adquiridas (seja andar, correr, saltar, chutar, etc.)? Como habilidades já adquiridas são melhoradas ou refinadas (andar fica melhor, correr, saltar, chutar fica melhor)? O que provoca a progressão no curso de desenvolvimento motor, seja adquirindo ou refinando novas habilidades motoras? São muitas perguntas que podem desencadear novas perguntas. Daí a importância de se estudar, não só para buscar respostas, mas para se gerar novas perguntas ainda mais interessantes, iniciandose uma busca constante por conhecimento. Isso, sem dúvida, motivou

muitos pesquisadores do desenvolvimento a procurar responder o que causa as mudanças. A partir de agora estudaremos duas teorias importantes criadas na tentativa de explicar as mudanças no desenvolvimento motor, a Teoria Neuromaturacional e a Teoria dos Sistemas Dinâmicos.

Teoria Neuromaturacional Durante muitos anos, explicações sobre a aquisição e o desenvolvimento de habilidades motoras, principalmente nos anos iniciais da vida, foram baseadas em uma visão conhecida como maturacional (ou neuromaturacional). Aquisição de movimentos que compõem o repertório motor básico do ser humano, como os presentes nas habilidades motoras básicas e/ou fundamentais, foi primariamente explicada como decorrente da maturação do sistema nervoso central (SNC), em que por essa visão, o ambiente possuía pouca ou quase nenhuma influência. Especificamente, os requisitos básicos para realizar essas habilidades seriam armazenados na carga biológica do ser humano e, com o passar do tempo, estruturas específicas dos diversos sistemas envolvidos na realização da habilidade motora, em especial o SNC, maturavam e a habilidade passava a ser realizada. A teoria maturacional teve como seus principais precursores os pesquisadores Arnold Gesell (1880-1961) e Myrtle McGraw (1899-1988). Formulada principalmente pelo grupo de trabalho de Arnold Gesell, ainda na década de 30 do século passado, a Teoria Neuromaturacional assume que a sequência e o ritmo de desenvolvimento são determinados pelo componente biológico, ou seja, pela maturação do ser em desenvolvimento. Com o passar dos meses, dos anos, a maturação do SNC aconteceria e como consequência, as habilidades motoras “apareceriam” e passariam a ser realizadas pelas crianças.

Tal concepção decorreu principalmente do fato de que as habilidades motoras, aquelas comuns de serem realizadas nos anos iniciais de vida, tais como sentar, engatinhar, andar, correr, saltar, arremessar, chutar, entre outras, não precisavam ser ensinadas: em um belo dia “apareciam” no repertório motor das crianças. O pensamento era que se as mesmas não precisavam ser ensinadas e, mais ainda, todas as crianças apresentam, estas habilidades deviam ser codificadas (armazenadas), de alguma forma, no sistema nervoso e na carga biológica do ser humano. As explicações maturacionais adquiriram ainda mais força na época com as pesquisas feitas por McGraw com gêmeos idênticos. Os bebês Johnny e Jimmy (1930-1942) receberam estímulos diferentes, entretanto, ambos adquiriram os mesmos movimentos das habilidades motoras andar, correr, saltar, etc. Sendo assim, bebês e crianças não precisariam aprender as habilidades motoras básicas como pegar ou alcançar um objeto, sentar, ficar em pé, engatinhar, era só esperar o tempo passar, “tic-tac; tic-tac; tic-tac ...” e pronto, as habilidades apareceriam. Obviamente essa teoria não poderia ser comprovada diretamente, já que não seria possível acessar as mudanças no SNC. A comprovação das explicações advinha justamente de diversos estudos que tinham como foco a observação de comportamentos (no domínio motor) das crianças nos anos iniciais de vida. A partir de tais observações, a comprovação indireta foi formulada a partir de dois princípios: o princípio da Universalidade e o princípio da Intransitividade. O princípio da Universalidade sugere que todos os indivíduos adquirem os mesmos movimentos: pegar, sentar, engatinhar, ficar em pé, andar, etc. O princípio da Intransitividade sugere que todos os indivíduos adquirem os mesmos movimentos, na mesma ordem de aquisição: primeiro sentar, depois ficar em pé, depois andar, correr, etc. De forma resumida, o pressuposto era que o SNC determinava quais habilidades o ser aprenderia e quais seriam aprendidas primeiro, ou seja, quando cada uma seria adquirida. Sendo assim, habilidades motoras que são filogenéticas, por fazerem parte da espécie, eram determinadas pelas mudanças no SNC, ou seja, já nasceríamos com as mesmas especificadas no SNC. A dúvida que pode surgir

neste momento é: e o que são habilidades filogenéticas? Tal classificação foi adotada a partir da tentativa de se responder outro questionamento: de onde vêm os movimentos? Movimentos filogenéticos são aqueles que não precisam ser aprendidos, já que são adquiridos naturalmente pelas pessoas. Os movimentos tidos como “reflexos”, àqueles executados pelos bebês, principalmente nas primeiras semanas de vida, como o reflexo de sucção e do andar, exemplificam os movimentos característicos da espécie humana, os quais voltarão a ser abordados mais adiante no curso. Alcançar ou pegar, sentar, engatinhar, ficar em pé, andar, correr, saltar, chutar, arremessar, são todos exemplos de habilidades motoras que são formadas por movimentos considerados como pertencentes à espécie humana, significado da palavra filogênese. Em contraste aos movimentos filogenéticos, se têm os movimentos ontogenéticos. Movimentos ontogenéticos são aqueles movimentos mais específi cos às condições ambientais e necessitam de aprendizagem, pois não estariam relacionados à genética do ser, e depende das oportunidades e das experiências propiciadas pelo ambiente São exemplos de habilidades advindas dos movimentos ontogenéticos, ou seja, que só são manifestados a partir de aprendizagem específica do ser em desenvolvimento: andar de bicicleta, escrever, gestos técnicos específicos das modalidades esportivas, tais como chutar no futebol, arremessar no basquetebol e/ou no handebol, sacar no voleibol, e etc. Por muito tempo a visão maturacional subsistiu no meio acadêmico como uma teoria que explicava a aquisição de movimentos no comportamento motor do ser. Uma vez que essa teoria possuía ampla aceitação, onde organismo do ser é (se não for o único) o principal responsável pelo desenvolvimento motor, tendo o ambiente pouca interferência nesse processo, a pergunta que pode surgir a você, estudante de educação física, é: qual seria o papel do professor no ensino de habilidades motoras? Elas não surgem e se desenvolvem naturalmente? Por que então, hoje em dia, cada vez mais, existem possibilidades de atuação para

o profissional de educação física atuar desde as idades mais tenras? Qual seria seu papel se tudo acontecesse naturalmente? Se dependesse somente das explicações maturacionistas, sem dúvida, não haveria argumentos para justificar a atuação do professor na aprendizagem das habilidades motoras básicas, a Educação Física poderia ser iniciada somente a partir da necessidade da aprendizagem de atividades mais específicas, como na aprendizagem das modalidades esportivas. De certa forma, o professor de educação física só seria importante na aprendizagem dos movimentos ontogenéticos. E por muito tempo, não é que foi esse mesmo o pensamento quase que absoluto acerca da área. Não há muito tempo atrás, a educação física na escola era regulamentada apenas a partir dos 10 anos de idade, dentre os fatores que contribuíam para esse fato, encontra-se justamente o entendimento, fruto das explicações maturacionais, de que desenvolvimento motor até essa idade se dava naturalmente, conforme as crianças brincam por contra própria. Mesmo após quase um século de estudos do surgimento das primeiras afirmações que se transformariam na teoria neuromaturacional, mais tarde, e com tantos estudos demonstrando a importância do ambiente no processo de aprendizagem, mesmo dos movimentos filogenéticos, ainda hoje, pode-se dizer que alguns professores de educação física modulam suas aulas, partindo do pressuposto de que as habilidades servem de base no repertório motor, as habilidades motoras fundamentais, surgem e se desenvolvem naturalmente, sem a necessidade de um ambiente de oportunidade que possibilite tal aprendizagem. Explicações um pouco mais recentes assumem que o processo de desenvolvimento motor é complexo e, mais importante ainda, influenciado por muitos fatores que apresentam intensa interação entre si. Dessa forma, a aquisição e o refinamento de habilidades motoras são decorrentes de um processo envolvendo diversos fatores, não somente os biológicos, mas também os ambientais. Mudanças no organismo (por exemplo, sistemas nervoso, sensorial, muscular, esquelético, etc.) ocorrem nos anos iniciais e são prescritas e governadas pelo processo maturacional, mas o ambiente e as experiências decorrentes da interação contínua da pessoa com o ambiente modulam nossa herança biológica.

Será que brasileiros nascem com alguma característica biológica para jogar futebol enquanto os americanos nascem com alguma característica biológica para jogar basquetebol? Uma explicação alternativa seria que os brasileiros são mais expostos a um ambiente com maior incentivo ao futebol e os americanos ao basquetebol. Esse incentivo provém dos pais, da televisão, dos professores, dos locais disponíveis, dos clubes, dos times, entre outros. Outro exemplo atual é a “habilidade” que mesmo crianças jovens já apresentam com equipamentos e aparelhos tecnológicos. Observamos com espanto, admiração e alegria o manuseio de aparelhos por bebês que, observando o manuseio de aparelho por alguém, passa a imitar os movimentos e descobre que “pode” comandar o mesmo! Entretanto, isso apenas ocorre para aqueles pequeninos que têm à disposição a oportunidade de manusear um aparelho, que em fazendo descobre as possibilidades de interação com o mesmo. No tópico a seguir, será apresentada uma explicação um pouco mais recente do que a Teoria Neuromaturacional, a Teoria dos Sistemas Dinâmicos, a qual foi sugerida 40 anos atrás, já buscando explicar o importante papel do ambiente para ocorrência do desenvolvimento motor.

Teoria dos Sistemas Dinâmicos Como fruto de estudos que investigaram o papel do ambiente no desenvolvimento motor de crianças, como os trabalhos de Ester Thellen, dentre outros pesquisadores importantes, a Teoria dos Sistemas Dinâmicos foi concebida. A partir dessa teoria sugere-se que mudanças no comportamento motor ocorrem a partir da relação da pessoa com o ambiente. A maturação do SNC continua sendo entendida como importante, mas não como único fator delimitador para o desenvolvimento. Na verdade, a partir dessa visão, os fatores que podem influenciar na aquisição de comportamentos no domínio motor não podem ser mapeados ou apontados isoladamente, sendo esse um dos motivos dessa visão ser denominada co mo multicausal: desenvolvimento é resultado da interação de múltiplos fatores. Essa

é a primeira das seis características importantes das mudanças que ocorrem no desenvolvimento motor, não somente na infância, mas ao longo de toda a vida, e que merece ser destacada: (1) Mudança é multifatorial. Fatores isolados (como maturação ou ambiente) por si só não causam desenvolvimento, mas sim a combinação entre eles Assumir a multicausalidade no desenvolvimento motor implica assumir a visão de que o ser em desenvolvimento é um sistema complexo, composto e influenciado por inúmeros fatores, os quais podem ser agrupados em restrições relacionadas ao organismo, ao ambiente e à tarefa. Restrições nada mais são do

que

fatores

que

delimitam

a

realização

dos

movimentos

ou,

simplificadamente, qualquer coisa que interfira, seja positiva ou negativamente, na realização de uma ação motora (conforme ilustrado na figura abaixo). Esses fatores então são os responsáveis por delimitar qual o padrão de movimento a ser executado. Sendo assim, mudanças desenvolvimentais ocorrem de acordo com as mudanças no conjunto de restrições relacionadas à execução de uma determinada ação motora.

O fato de as restrições do organismo serem entendidas como apenas parcialmente responsáveis pelo desenvolvimento, abrindo precedentes para as influências externas (fatores do ambiente e da tarefa), permite considerar que o curso desenvolvimental é epigenético: específico para cada ser em

desenvolvimento. Essa é mais uma característica das mudanças que ocorrem no desenvolvimento que cabe o destaque: (2) Mudança é Individual. Mudanças ocorrem contextualizadas, influenciadas pelas características dos indivíduos e as condições do ambiente que o cerca. Para que você possa compreender melhor o papel das restrições do organismo, do ambiente e da tarefa, no curso desenvolvimental do ser humano, é necessário discutir alguns dos fatores que se refere a cada uma dessas categorias de restrições. As restrições do organismo, também denominadas de restrições internas, estão relacionadas às mudanças estruturais e funcionais da própria pessoa (peso, estatura, nível de força, nível de coordenação motora). Por exemplo, o amadurecimento dos diversos sistemas (sistema nervoso, esquelético, muscular, etc.) que compõem e permitem o funcionamento do corpo humano, que em um processo natural de desenvolvimento, interferem no padrão de execução de determinado movimento. É importante destacar que essa categoria de restrições do organismo diz respeito não somente a mudanças físicas, mas também psicológicas e cognitivas, por exemplo, na repetição de dada ação motora, a melhor compreensão dos movimentos após algumas repetições pode vir a fazer com que o executante realize os movimentos de forma diferente, justamente, por que ele percebeu que a realização poderia ser executada em outro padrão de movimento, sendo esse mais eficiente ou não. Ainda, aspectos psicológicos como motivação e autoestima do executante podem influenciar de forma decisiva na qualidade dos movimentos selecionados por ele. Dessa forma, as influências das restrições do organismo tanto física...


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