7- Histologia de Traqueia e Esôfago PDF

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HISTOLOGIA DE TRAQUEIA E ESÔFAGO Diferenças entre traqueia e esôfago na vista transversal 1) A traqueia possui uma luz regular e anéis de cartilagem; 2) O esôfago apresenta uma luz irregular e uma camada muscular. TRAQUEIA

Anéis de cartilagem LUZ

Cílios Tecido epitelial pseudoestratificado

Tecido conjuntivo

Mucosa da traqueia A mucosa traqueal é uma unidade constituída pelo tecido epitelial pseudoestratificado ciliado e pelo tecido conjuntivo adjacente (Lamina própria). Sabemos que o epitélio da traqueia é simples, e não estratificado, em função da presença de cílios, ausência de células pavimentosas na região superficial e a disposição linear do epitélio sobre o tecido conjuntivo. As células que constituem o tecido epitelial simples são as células basais, responsáveis pela renovação celular do tecido, as células ciliadas que, assim como as células basais, estão apoiadas numa lâmina basal e células caliciformes, especializadas na secreção de muco- oligossacarídeos. Cabe lembrar que microvilos e estereocílios são especializações encontradas apenas no tecido epitelial simples. ESÔFAGO

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Em 1, podemos observar as camadas musculares; em 2, temos uma luz irregular.

Camada basal (corada pela hematoxilina)

Mucosa esofágica A mucosa esofágica é constituída por um tecido epitelial estratificado pavimentoso. No esôfago, o tecido epitelial não se dispõe de forma irregular e apresenta interdigitações com o tecido conjuntivo adjacente. Essas especializações de membrana existem para aumentar a superfície de contato promovendo “sobras” para que seja possível a distensão do tubo esofágico permitindo a passagem do bolo alimentar. O estresse mecânico ao qual o tecido epitelial esofágico é submetido exige uma maior aderência ao tecido conjuntivo, motivo também pelo qual o tecido apresenta várias camadas. Todo tecido epitelial estratificado irá apresentar interdigitações com o tecido conjuntivo. Numa ideia de proporção, quanto maior o estresse mecânico, maior e mais profundas serão as interdigitações. Perante a análise ao microscópio, a camada basal é aparentemente mais corada pela ação da hematoxilina (básica).

Na camada basal, ao observarmos os núcleos, percebemos que eles têm formato esféricoelíptico, quase triangulares. Isso indica a presença de células cubicas altas ou cilíndricas baixas. Mais superficial, percebemos núcleos mais esféricos e mais afastados, de formato globoso, o que denuncia células cúbicas. Mais superficial ainda, os núcleos têm formatos alongados e achatados. Esses núcleos pertencem, portanto, a células pavimentosas. Ao final haverá uma camada de queratina. Resumindo, o tecido esofágico é um tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado. A mudança no formato celular ao longo das camadas explica-se pelo estresse mecânico que leva as células mais superficiais à morte. Portanto, pelo fato de a célula produzir queratina em seu interior (armazenando-a em vesículas no seu citoplasma) ao migrar para a superfície, ela se diferenciará, tornando-se mais achatada. Nesse processo ela será submetida a um stress mecânico maior. Por consequência, morre, liberando a queratina de seu interior. Desta forma o tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado será um depósito de queratina e de células mortas. Assim, podemos dizer que essas células sofrem o processo de morte celular programada (apoptose). Quanto maior o stress que o tecido é submetido; maior o estimulo para a renovação tecidual. Na dermatologia, há inúmeras aplicações desse conhecimento acerca de esfoliação e métodos para a renovação tecidual dermatológica. Metaplasia É a mudança de um tecido a outro devido a fatores externos. Podemos citar o tecido epitelial de revestimento pseudoestratificado da traqueia. No fumante, esse tecido se torna um tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado, que deverá suprir a função de remoção de impurezas excessivas....