A eutanásia deverá ser permitida- Ensaio Filosófico PDF

Title A eutanásia deverá ser permitida- Ensaio Filosófico
Course História A
Institution Ensino Secundário (Portugal)
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Inês Sofia Martins Escola secundária Pinheiro e Rosa 11.ºano ESerá a eutanásia devidamente aceitável? Esta é a questão central para este ensaio filosófico, questão essa que tem devidamente diversas e distintas opiniões. Sendo que a minha tese defendem a 100% a “morte sem sofrimento”, ou seja sou a f...


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A eutanásia deverá ser permitida?

Inês Sofia Martins Escola secundária Pinheiro e Rosa 11.ºano E

Será a eutanásia devidamente aceitável? Esta é a questão central para este ensaio filosófico, questão essa que tem devidamente diversas e distintas opiniões. Sendo que a minha tese defendem a 100% a “morte sem sofrimento”, ou seja sou a favor da eutanásia. A palavra eutanásia é da origem do grego, “eu ”-bom e “thonatos”-morte,associado assim à tal morte sem sofrimento. Podemos defini-la como antecipação da morte de uma pessoa que esteja em sofrimento causado por uma doença terminal (sem cura) ou que esteja “presa” a uma cama para todo o sempre devido a um acidente (por exemplo). Porém para responder à grande questão é necessário saber e perceber que existe dois tipos de eutanásia, a eutanásia voluntária e involuntária, podendo ainda ser consideradas ativas ou passivas. O primeiro tipo consiste apenas com o consentimento do paciente; já o segundo tipo a eutanásia involuntária é quando o paciente não tem possibilidade de escolher, ou seja não tem poder de para decidir sobre si, (por exemplo, uma pessoa em coma). A eutanásia ativa é quando a decisão de por fim à vida para acabar com o sofrimento, é do próprio; a passiva esta ligada com o facto de não haver condições para assegurar as necessidades básicas da vida e por isso compromete em deixar morrer a pessoa. Após distinguirmos os tipos de eutanásia e como podem ser considerados, é importante referir que a minha tese parte fundamentalmente apenas do tipo de eutanásia voluntaria.

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Porém seja qual for o tipo de eutanásia, a relação da igreja católica com a eutanásia é nula, pois esta considera que é moralmente inaceitável o recurso à eutanásia, mesmo que seja o pedido do doente. Isto porque para os católicos o e deve retirar a vida é Deus, e não o homem. Segundo o catecismo da igreja diz que “quaisquer que sejam os motivos e os meios, a eutanásia

direta

consiste

em

pôr

fim

à

vida de pessoas deficientes, doentes ou moribundos. É moralmente inaceitável” Segundo o artigo 2279 da igreja católica, “mesmo que a morte seja considerada iminente, os cuidados habitualmente devidos a uma pessoa doente não podem ser legitimamente interrompidos”. Isto porque para eles toda a vida humana é sagrada e inviolável. Porem em 2016 os Bispos emitiram uma nota no qual reforçava a ideia que a eutanásia não se justifica de qualquer maneiras, mesmo que seja o desejo/consentimento da pessoa. Pois esta não deixa de ser considerada como homicídio, e o tempo de vida da vítima não é determinado por ele, mas sim pelo todo-poderoso. Para eixar concluído a relação da igreja católica para com a eutanásia, é necessário transmitir que a mensagem do CEP- (conferência Epístola portuguesa), é que isto geria “graves implicações sociais “na forma de encarar problemas relacionados com doenças e sofrimentos. Em suma, os católicos (Bispos) são de total rejeição da eutanásia, que elimina a vida de uma pessoa, mantando-a (uma citação dos bispos):”A igreja nunca deixará de defender a vida como bem absoluto para o homem, rejeitando todas as formas de cultura de morte”. Em contrapartida a maioria da população portuguesa é contra a opinião da igreja católica, (cerca de 46,1% dos inquiridos de um estudo realizado pelo jornal expresso, é a favor da eutanásia; onde apenas 27,4% é contra à morte assistida, como podemos observar no gráfico a baixo).

Embora uma grande parte dos portugueses serem a favor, a legislação portuguesa ainda não correspondeu com a vontade do “povo”. O caso da eutanásia anda a ser debatido há muito

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pelo parlamento portugues, no qual ainda é considerado como um crime e sendo possível punir os que cometeram, (essa pena passa de 1 a 5 anos, embora possa haver uma diminuição sensível de culpa do agente por ter sido motivado pela “compaixão, desespero…”, segundo os artigos 133º e 134º do código penal a ajuda ao suicídio, o agente pode ser punido até 3 anos de prisão, e caso seja um menor de idade inferior a 16 anos a detenção pode ir até 5 anos. Todavia os partidos nacionais apresentam opiniões diversificadas, onde o Bloco de Esquerda, PAN, PS, e o PSD são a favor da eutanásia; e o CDS-PP é contra a legalização da eutanásia, mas apoia um referendo sobre a mesma, e por último temos ainda o PCD que até agora ainda não assumiu uma posição sobre o tema. E devido a este impasse portygal ainda não legalizou este grande assunto, como alguns países da Europa, nomeadamente: Holanda, Luxemburgo, Suíça e Bélgica, (Já na América foi o canada). A Holanda foi o 1º país a aceitar a eutanásia (Abril 2002); permitindo apenas no caso que seja realizado por um médico que cumpra a leis estabelecidas, (pedido do paciente de forma consciente; este tem que sofrer de uma doença incurável em estado terminável e que esteja a fazer sofrer o paciente e que não tenha qualquer tipo de hipóteses de melhorias.) Na Bélgica em 2014,foi oficializado a permissão da eutanásia na qual segui-o o exemplo da Holanda, por outro lado estes aceita a eutanásia em menores de idades desde que tenham doenças sem resolução. Já na Suíça, a eutanásia é ilegal, mas o suinicídio assistido não. Por fim no Luxemburgo, o medico pode auxiliar ao pedido de ajuda do paciente para com a eutanásia ou de suicídio assistido, pois neste pais esta situação não sancionável.

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(Um caso real em Portugal, foi de Ángel Hernández que foi detido após ter ajudado a mulher com esclerose múltipla a morrer.) Nesta 2ª parte do ensaio irei finalmente apresentar o porque de ser a favor à eutanásia, ou seja irei abordar as minha perspetiva. A meu ver este tema deveria ser aceite em todo mundo não só em certos países, pois acho que todos nos temos o direito de acabar com o nosso sofrimento em caso de doenças que já não nos permitem ter uma qualidade de vida melhor, e que não tenham qualquer tratamento para as contornar. Para mim a eutanásia é um caminho/salvação para evitar da dor das pessoas que estejam numa face complicadíssima de saúde, permitido à pessoa uma morte mais digna e sem sofrimento. Concordo também porque estar vivo não é uma lei, apesar do nosso estado a ver como tal, e desse modo nos temos todo o direito de acabar com a nossa vida caso seja esse o nosso desejo, pois somos livres para ter uma morte digna. E caso haja um acordo da vítima para com o “ salvador”, (o que irá dar-lhe paz), não deve haver restrições pois isso sim é que é eticamente incorreto. Mas infelizmente nem todos concordam com a minha perspetiva, desde a igreja católica; políticos; alguns médicos; e pessoas vulgares. Os médicos devido ao juramento que fizeram na ordem, consideraram que a vida é sagrada, e que estes tem que fazer de tudo para salvar vidas e não ser julgadores delas, e por esse motivo são contra a prática da eutanásia porque a considera como um homicídio e não como uma resolução. Uma outra objeção vem da parte do código penal, que condena a prisão alguém que o faça. Existe diversas objeções a este assunto, onde a meu ver surge mais nas pessoas mais velhas do que nos jovens, pois estes cresce numa sociedade de mente muito mais aberta e livre do

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que os mais idosos, pois estes ainda estão muito ligados à visão religiosa no qual a nossa vida e o fim dela só diz respeito ao nosso “pai” (Deus). Em suma, para terminar o meu ensaio e a minha tese, queria deixar mais uma vez e bem claro que não vejo nada de errado na prática da eutanásia, muito pelo contrário pois esta permite menos sofrimento para o paciente. No caso da eutanásia voluntaria apoio porque é a pessoa que toma a devida decisão, e na eutanásia involuntária apoio apenas se o paciente estiver numa cama em estado vegetal e que já não possa ser feito nada para reverter a situação, pois este deixa de ter bem-estar e qualidade de vida meramente razoável para que não tenha de depender de terceiros.

Bibliografia:              

https://www.sabado.pt/ciencia---saude/detalhe/20160218-1151-sim-matei-quatropessoas-e-defendo-a-eutanasia https://www.jn.pt/infos/EUTANASIAV2/eutanasia.html https://www.notapositiva.com/old/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofi a_trabalhos/eutanasia2.htm https://50licoes.blogspot.com/2013/06/normal.html https://criticanarede.com/errodaeutanasia.html file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb 3d8bbwe/TempState/Downloads/COGNICAO-6587-1308235910%20(1).pdf file:///C:/Users/Admin/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb 3d8bbwe/TempState/Downloads/Dialnet-EnsaioSobreAEutanasia6356704%20(1).pdf

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