Afecções Cavidade ORAL PDF

Title Afecções Cavidade ORAL
Author Ana Beatriz
Course Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais
Institution Universidade Federal do Pampa
Pages 3
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Summary

clinica cirúrgica afecções cavidade oral...


Description

AFECÇÕES CAVIDADE ORAL FISSURA OU FENDA PALATINA - é uma afecção que a gente percebe em filhotes, de forma congênita (o animal nasce com essa mal formação), é hereditária; está associada a animais que cruzam com um grau de parentesco (tendo mal formações); é uma comunicação entre cavidade oral e cavidade nasal, essa fístula normalmente começa no palato duro e se estende até o palato mole; ⁃ ⁃ apenas um

forma primária: envolve o lábio e os alvéolos; forma secundária: envolve os palatos (duro e mole); pode ser os dois ou

Ela pode ocorrer de forma hereditária, congênita, pode acontecer de forma mecânica também (no útero da mãe- mais difícil de acontecer); É uma das principais causas que levam a morte de neonatos, na maioria das vezes pois os neonatos não conseguem se alimentar tendo um quadro de anorexia ou faz uma pneumonia por aspiração dependendo de onde está a fístula. Fenda primária: envolvendo o lábio e os alvéolos Fenda secundária: envolvendo o palato duro e/ou mole. Elas podem acontecer de maneira mais sútil ou mais agressivo; ⁃

FÍSTULA CONGÊNITA

⁃ tratamento: vai ter que tentar fazer um manejo médico até que esse animal atinja uma idade para ser anestesiado; por isso a gente perde muito desses animais pois é difícil fazer esse manejo! Mas o manejo é exclusivamente cirúrgico, se não fazer a cirurgia não tem como resolver. ⁃ ⁃ sinais clínicos: déficit de crescimento (o animal começa a não comer, tendo um emagrecimento progressivo, causando anorexia), secreção nasal de leite ou purulenta, espirros, tosse, dispneia (vai variar se esse animal desenvolveu ou não uma pneumonia por aspiração, óbito neonatal (para excluir outras causas) ⁃ diagnóstico: não tem outra coisa a não ser inspeção; faz a inspeção dos lábios, alveolar e da cavidade oral; se algum animal tem algum desses sinais obrigatoriamente tem que inspecionar a cavidade oral; • o tratamento médico: é temporário, até que esse animal tenha uma idade para ser anestesiado; muitos deles não conseguem sobreviver pois esse manejo é muito difícil. •

O tratamento consiste em:

• Alimentação por sonda orogástrica: não coloca sonda esofágica pois é preciso anestesiar! Nem sempre é fácil ter esse manejo. • Antibióticos: se o animal já tem sinal clínico é sempre bom associar um atb para não haver pneumonia por aspiração;

• Mínimo de 8 semanas para esperar esse animal entrar em cirurgia (depende da raça, do desenvolvimento) mas as vezes vai ter que esperar 12 semanas para colocar esse animal na mesa e corrigir isso! • o tratamento cirúrgico: o palato duro é composto por osso e mucosa (trabalha com a mucosa fazendo flap dessa mucosa); primeira coisa: lembrar da vascularização, sendo a artéria palatina maior a mais importante) (pensar em não retirar, não seccionar); incisão próxima a fenda dos dois lados e outra incisão um pouco mais distante; a partir disso, divulsionar (elevador de periósteo) fazendo com que descole os dois espaços; descolou os dois lados, sutura uma borda com a outra; em baixo fica o osso cicatrizando por segunda intenção. Se tiver apenas palato duro vai suturar até o final fechando a fenda, se for até o palato mole vai prolongar a incisão; suturas simples separado com fio absorvível. A congênita é relativamente comum, não aparece no dia a dia; o mais difícil é manter o animal vivo até ele poder ir a cirurgia e manter vivo após a cirurgia, durante cirurgia, pois é um animal filhote e tem bastante risco anestésico. ⁃ pós operatório: alimentação pastosa (por pelo menos 4 dias e no mínimo 24 horas), limpeza na cavidade oral (normalmente é utilizado perioguard sem álcool), atb (associar atb de amplo aspecto é associa para bactéria anaeróbica metronidazol, estomorgyl (azotromicina com metronidazol) FÍSTULA ORONASAL ADQUIRIDA- A adquirida é normalmente decorrente de pós trauma e muito comum em gatos (gatos que caiu, atropelamento); qualquer tipo de acidente, não tem predisposição nenhuma, sendo mais comuns em gatos do que em cães; ⁃ Fístula dentária: mais comuns em cães, adquirida; por perda do dente canino (ou por acidente ou extração); ⁃ Sinais clínicos: secreção nasal purulenta, de alimentos; espirros, tosse, pneumonia secundária por aspiração e halitose; ⁃ Diagnóstico: histórico (se já tirou/perdeu um dente, ver se ele está tendo esses sinais clínicos em casa); raio-x (pode ver a fístula no palato- importante quando for associado a dente). ⁃ Tratamento clínico: atb (profilática e terapêutica), coletar material para cultura (para não administrar atb sem necessidade). ⁃ Tratamento cirúrgico: através de flaps; se for palatino usar as técnicas igual a fístula congênitas; ⁃ • canino: fazer aproximação da parte da gengiva= incisão ao redor e divulsiona todo tecido da mucosa; divulsiona o suficiente pra que consiga aproximar e sutura por cima (essa técnica no geral não funciona tão bem, pode causar uma deiscência); outra técnica: a mais utilizada, a de deslizamento= faz incisões paralelas, divulsiona todo o tecido e faz um flap de avanço; a partir do momento que divulsiona todo o tecido, consegue andar com esse flap, trazendo para frente; divulsiona o tecido e consegue tracionar ele, suturar nas bordinhas do canino e tem que divulsionar as bordas do canino para suturar.

⁃ Cuidados pós operatórios: fluido até o animal voltar a se alimentar, fornecer alimento pastoso por pelo menos até 48 horas, colar protetor (para que esse animal não tente mexer), atb (se esse animal tiver rinite ou pneumonia secundária até sessar os sinais ou até a cicatrização que é de 2-4 semanas). MUCOCELES SALIVARES - ou sialoceles; é um acúmulo de saliva por obstrução ou por ruptura do ducto que drena a saliva; é mais comum de ocorrer na região cervical (a glândula envolvida é a mandibular ou sub e a sublingual); a sialocele pode ser idiopática ou traumática; poodle é pastor alemão são as raças mais acometidas; vai ter extravasamento de saliva no tecido adjacente, se for cervical vai ser na região cervical, se for sublingual vai ser na região sublingual; a saliva leva a uma inflamação e começa a aparecer um tecido de granulação, então toda sialocele ela está envolta por tecido de granulação (não é bem uma cápsula) é que está envolto de um tecido de granulação, e isso é importante pois vai tirar esse tecido por cirurgia. ⁃ sinais clínicos: aumento de volume (negócio gigante no pescoçodiferenciais: linfonodo e abcesso); disfagia, dor local no início do extravasamento. ⁃ diagnóstico: punção ou citologia (sai saliva na sialocele), palpação das glândulas submandibulares e parótida, diagnóstico diferencial: neoplasias, abcessos ou linfonodos. ⁃ tratamento clínico: atb (em casos de infecção associada), drenagem (não resolve- recidiva) ⁃ tratamento cirúrgico: remoção das glândulas (se for mandibular: mandibular e sublingual juntos, se for glândula: retira todo tecido e faz sutura para que esse tecido não retorne); então o cirúrgico, faz a drenagem junto, a incisão do complexo glândula-ducto, divulsionando e ligando o ducto (se não fizer ligação continua tendo aumento ali naquele local); redução do espaço morto: as vezes pode voltar ao que estava ou apenas seroma (pra cuidar do seroma: dreno), no máximo 3 dias e retira esse dreno; A incisão é feito em baixo ao conduto auditivo, tentando fugir da veia cefálica. Vai incisar primeiro a cápsula fibrosa, procurando a glândula, tenta achar a sublingual junto e vai ao ducto, e ao lado desse ducto temos o nervo íngual, quando observar o nervo parar ali. Pré operatório: Fazer incisão, divulsão, e dentro da cápsula fibrosa, pega a glândula e vai divulsionando. Pra associar: usar bandagens e a glândula faz uma marsupialização (corta todo tecido e faz sutura na borda da língua, evitando que enche e vire um novo tecido) ....


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