Title | Análise II - A pequena história da fotografia |
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Course | Análise Da Imagem |
Institution | Fundação Armando Alvares Penteado |
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Análise II - A pequena história da fotografia...
A PEQUENA HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/viewFile/14227/ 14593 -
O texto Pequena Hist2ria da Fotografia 3 um breve ensaio em que Walter Benjamin (1994) faz uma reflex;o filos2fica sobre a fotografia e sua especificidade, analisando o impacto que provocara sobre o mundo das artes, principalmente, devido = reprodutibilidade t3cnica do processo.
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Ao longo do texto o autor cita v>rios fot2grafos, cujos trabalhos exemplificariam, de alguma maneira, determinados aspectos dos conceitos que, de forma pioneira, ele elabora em sua an>lise da fotografia.
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O texto apresenta a teoria da fotografia de Walter Benjamin mostrando a sua relaç;o com as teorias da fotografia de sua 3poca assim como sua articulaç;o com os conceitos benjaminianos de “dial3tica na imobilidade” e de “imagem dial3tica”.
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A sua filosofia da hist2ria 3 interpretada tamb3m a partir de sua ideia de que o passado deixou nos textos imagens que precisam ser reveladas por cada agora.
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O ensaio analisa o conceito de “segunda t3cnica” que Benjamin desenvolve na segunda vers;o de seu trabalho sobre a obra de arte, no qual a t3cnica 3 vista como aliada ao jogo e como um meio de emancipaç;o.
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Benjamin (1892-1940) parte do princípio que o auge da fotografia se deu no seu primeiro decênio de existência, período que precedeu a industrializaç;o.
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A indústria começaria pelos cartões de visita com foto e o seu primeiro fabricante ficaria milion>rio. As fotografias iniciais, os daguerre2tipos, podiam custar 25 francos e guardadas em estojos, como se fossem j2ias.
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Na m;o de alguns pintores, a fotografia tornou-se uma ferramenta auxiliar.
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David Octavius Hill tomou a fotografia do primeiro sínodo da igreja escocesa para fazer um fresco. Processava-se, contudo, um movimento de reacç;o: a fotografia n;o era arte mas t3cnica, com irrelevante legitimidade face = pintura.
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As primeiras placas eram pouco sensíveis = luz, o que obrigavam a uma grande exposiç;o ao ar livre. Tal aconselhava o operador a afastar-se o mais possível da mobilidade do objecto a fotografar. Curiosamente, era o tempo em que a pintura ao ar livre começava a revelar perspectivas novas aos
pintores mais avançados. -
A verdadeira vítima da fotografia n;o foi a pintura de paisagem mas o retrato de miniatura. Por volta de 1840, a maioria dos pintores de miniaturas converteu-se em fot2grafos profissionais. Logo depois, vieram os comerciantes e generalizou-se a pr>tica de retocar os negativos. Começava o tempo dos fotografados o serem junto a pedestais, balaústres, mesas ovais, palmeiras artificiais, apoios para a cabeça, uma perna direita e outra dobrada, uma cortina por detr>s.
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Neste texto, ensaia o conceito de aura, que retomar> no texto mais conhecido A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica. A aura 3 uma teia especial de espaço e tempo: "a irrepetível presença pr2xima de algo sempre muito distante". Ora, trazer uma coisa para perto de n2s pode significar reproduzir, a c2pia. Da singularidade e permanência no original transita-se para a fugacidade e possibilidade de repetiç;o na c2pia. O autor alem;o conclui que a percepç;o das grandes obras 3 melhorada devido ao desenvolvimento das t3cnicas de reproduç;o, embora se reflicta numa tens;o entre fotografia e arte.
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Sobre a interpretaç;o do espectador, Benjamin tinha o seguinte entendimento: "A natureza que fala a câmara 3 distinta da que fala o olho; distinta sobretudo porque, graças a ela, um espaço constituído inconscientemente substitui o espaço constituído pela consciência humana". Por exemplo, n;o se d> conta do andar de uma pessoa, mas a fotografia, numa fracç;o de segundo, torna-o patente com os seus instrumentos auxiliares: a câmara lenta, a ampliaç;o. A fotografia revela o mais pequeno, o mais oculto. Dauthendrey, ao comentar os primeiros daguerre2tipos, explicava: "n;o nos atrevíamos a contemplar atentamente as primeiras imagens que confeccionou. Tínhamos medo da nitidez dessas personagens".
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Na Pequena Hist2ria da Fotografia, Benjamin (1994) formula, pela primeira vez, o conceito de aura como “[...] uma figura singular, composta de elementos espaciais e temporais: a apariç;o única de uma coisa distante, por mais pr2xima que ela esteja” (BENJAMN, 1994, p. 101). A partir do conceito de aura, Benjamin estabelece uma periodizaç;o da pr2pria hist2ria da fotografia (apogeu - declínio - revitalizaç;o) e discute as transformações que atingiram a obra de arte na modernidade, refletindo sobre o car>ter m>gico da fotografia em contraste com a racionalidade t3cnica do seu processo. O conceito de aura assume, ent;o, uma posiç;o central na estruturaç;o do texto da Pequena Hist2ria da Fotografia, sendo posteriormente retomado em outros textos, a exemplo de A obra de arte na era de sua reprodutibilidade t3cnica (1936) e Sobre alguns temas de Baudelaire (1939), em que o autor estende a aplicaç;o do conceito = an>lise do cinema e da pr2pria obra de arte.
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No entanto, na Pequena Hist2ria da Fotografia, Benjamin est> mais preocupado com as questões filos2ficas e hist2ricas trazidas pelo advento da
fotografia do que com o seu desenrolar cronol2gico. Neste sentido, considera a fotografia n;o como um mero procedimento protocolar ou t3cnico que pode suscitar acalorados debates sobre a iminente extinç;o da obra de arte, mas como um tema apropriado = investigaç;o filos2fica.
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Sempre guiado pela quest;o da aura, Benjamin escreve a sua hist2ria da fotografia a partir das etapas que considera mais relevantes no seu desenvolvimento:
i) o surgimento (pr3-industrial) da fotografia, dos processos t3cnicos de captaç;o e fixaç;o da imagem por meio da câmera obscura, em que a daguerreotipia3 foi oficialmente reconhecida pelo Estado como a invenç;o do processo fotogr>fico, período que corresponde = plenitude do retrato, ao apogeu da aura, entre 1839 e 1875; ii) o declínio, período em que a transformaç;o industrial do processo fotogr>fico (invenç;o do negativo e da c2pia em papel, das câmaras leves etc.), a intensa reprodutibilidade t3cnica e a popularizaç;o se sobrepõem = qualidade est3tica das imagens, fase de decadência da aura, entre 1875 e 1890; iii) a revitalizaç;o da fotografia, entre o final do s3culo XIX e o início do XX, pontificada pelo fot2grafo francês EugTne Atget, respons>vel pela destruiç;o da aura (Figuras 13 a 18), ao reconectar fotografia e realidade, documentando a cidade de Paris esvaziada da presença humana.
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Ao escrever sua Pequena Hist2ria da Fotografia, Benjamin aborda o desenvolvimento das condições t3cnicas do processo fotogr>fico, articulandoo com o conceito de aura: examina os efeitos da nova t3cnica sobre a criaç;o artística, avalia a chegada da fase industrial do processo a partir da invenç;o do negativo5 e, consequentemente, do inevit>vel processo de substituiç;o da imagem única pelas múltiplas reproduções que este possibilita.
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(falar sobre consciente ocular)...