APS - Resenha critica - O último dia de um condenado PDF

Title APS - Resenha critica - O último dia de um condenado
Author Maria Sobreira
Course Penas e medidas alternativas
Institution Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas
Pages 3
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Summary

Atividade Pratica Supervisionada da disciplina Penas e Medidas Alternativas - Resenha critica do livro "O último dia de um condenado" de Vitor Hugo...


Description

ANÁLISE CRÍTICA – O ÚLTIMO DIA DE UM CONDENADO

O último dia de um condenado é uma obra escrita em 1829 pelo humanista Vitor Hugo, no contexto da França pós-napoleônica, na volta da Monarquia e da dinastia Bourbon. Este livro retrata a atuação política e social do autor que defendia a abolição da pena de morte. O enredo dessa história se passa na França do século XIX, quando execuções públicas eram comuns, e mostra o que se passa na cabeça de um homem que é condenado a morte, onde não se sabe que crime ou que motivação levou este condenado a levar essa punição. O livro descreve os tormentos e sentimentos durante a jornada de presidiário, a partir da condenação até a execução da sentença. Victor Hugo traz nesta obra um grande apelo que engloba a questão da vida humana contra a pena de morte, porém sem trazer uma história de sofrimento na vida do protagonista, pois o que nos leva a entender é que o escritor não gostaria de ganhar o público com uma trajetória triste, a qual são levadas pelo sentimentalismo ou particularidades do caso ou do personagem, mas sim rejeição a uma das penas mais cruéis que já existiram no mundo, trazendo sua postura humanista ao caso. Em muitos momentos do livro é retratado os carcereiros e até mesmo os outros detentos zombando da situação do presidiário, o que transparece o que na verdade é a sociedade de antigamente e até mesmo a moderna, sempre julgando e apontando o dedo para os marginalizados, fazendo valer a frase “bandido bom é bandido morto”, lembrando que muitos cidadãos querem que os direitos humanos sejam só para uma parcela de pessoas. Depois de um certo tempo refletindo em sua cela tudo começa a oprimi-lo desde seu próprio cárcere ao retrato de si que é refletido pelo espelho de sua alma. Com todo esse sofrimento ele ainda se lembra de sua família com pesar, pois ele que cometeu o crime desconhecido e sua família que está pagando pelos seus atos, uma vez que sua mãe ficará sem filho, sua esposa sem marido e principalmente sua filha que não recorda mais dele, porém que ele ama tanto ficará órfã. Portanto, é possível concluir que a morte de um homem não mata apenas o condenado, mas mata também sua família inteira, e a deixa desamparada. Essa é uma questão social muito forte que o autor expõe, a qual ocorria na época e que, ainda hoje, ocorre e precisa de atenção. Este livro vem para retratar a realidade francesa da época utilizando-se de um homem sem nome, com um crime desconhecido e sem arrependimento sob seus atos. Trazendo uma forma de ativismo velado, é perceptível a forma que Vitor Hugo traz os pensamentos e situações

passadas por um homem com sua morte anunciada, mostrando como a vingança privada e coletiva evolui desde o século XIX. Em paralelo podemos trazer essa situação para o Brasil e vemos que apesar de este estilo de pena estar longe de acontecer no Brasil é possível ver que a sociedade está cada vez mais pendendo para a repercussão dos atos praticados no livro.

BIBLIOGRAFIA

A literatura como fomentadora do Direito na análise da obra “O último dia de um condenado” de Vitor Hugo. Disponível em: https://direitodiario.com.br/ultimo-diacondenado-victor-hugo/ Acesso em: 24 abr. 2021. AXT, Dieter. O último dia de um condenado: uma questão de princípio. Disponível em: https://www.justificando.com/2018/10/08/o-ultimo-dia-de-um-condenado-uma-questao-deprincipio/. Acesso em: 24 abr. 2021 HUGO, Victor. O último dia de um condenado. Tradução de Joana Canêdo. 4 ed., São Paulo: Estação da Liberdade, 2010....


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