Resenha Critica sobre “O PROBLEMA DA ESCALA” PDF

Title Resenha Critica sobre “O PROBLEMA DA ESCALA”
Course Cartografia Geral
Institution Universidade Federal do Maranhão
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Trabalho acadêmico ...


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RESENHA CRITICA SOBRE “O PROBLEMA DA ESCALA” CASTRO, I. E. O problema da escala . In: CASTRO, I. E.; CORREA, R. L.; GOMES, P. C. C. (Organizadores) Geografia: conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 117 – 140.

CREDENCIAIS DA AUTORA Iná Elias de Castro é uma geógrafa política brasileira que estuda os vínculos entre território e representação política. Em 1976 obteve o título de Mestre em Geografia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com um trabalho sobre disparidades espaciais no Brasil, sob a orientação de Lysia Cavalcanti Bernardes. Desde 1979 leciona Geografia na mesma

universidade.

Em

1989,

ela

fez

seu Doutorado. em Ciência

Política no Instituto de investigação de Rio de Janeiro (IUPERJ-TEC) sob orientação de Sérgio Abranches Henrique com um trabalho sobre o Nordeste brasileiro. De 1990 até 1991, ela fez um Pós-Doutoradona Universidade de Paris Descartes. Seu artigo mais citado é o capítulo de livro O problema da escala, publicado em 1995 no livro Geografia: Conceitos e temas, publicado juntamente com Paulo César da Costa Gomes e Roberto Lobato Correa.

Publicações: O mito da necessidade: discurso e prática do regionalismo nordestino. Tese de doutorado. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992. O problema da escala. In: Iná Elias de Castro; Paulo César da Costa Gomes; Roberto Lobato Correa (org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995, p. 117-140.

Com Paulo César da Costa Gomes e Roberto Lobato Correa (org.). Brasil.:Questões atuais da reorganização do território. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. Seca versus seca: novos interesses, novos territórios, novos discursos no Nordeste. In: Iná Elias de Castro; Paulo César da Costa Gomes; Roberto Lobato

Corrêa

(org.). Brasil:

questões

atuais

da

reorganização

do

regionalismo

e

território. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996, p. 283-324. Imaginário

político

e

território:

natureza,

representação. In: Iná Elias de Castro; Paulo César da Costa Gomes; Roberto Lobato Corrêa (org.). Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997, p. 155-196.

RESUMO DA OBRA

De uso tão como a própria escala encontra-se de tal incorporação ao vocabulário e ao imaginário geográfico que qualquer discussão a seu respeito parece desprovida de sentido, ou de utilidade. Como recurso matemático fundamental da cartografia a escala é, e sempre foi, uma fração que indica a relação entre as medidas do real e aquelas da sua representação gráfica. A abordagem geográfica do real enfrenta o problema básico do tamanho, que varia do espaço local ao planetário. Esta variação de tamanhos e de problemas não é prerrogativa da geografia. A necessidade de uma escolha definida na decisão de qual a melhor escala para determinada pesquisa, ou seja, qual a escala mais coerente e que representa com maior fidelidade o fenômeno estudado. Sem nos esquecemos de que a depender da escala de análise, o tamanho e a natureza do fenômeno podem ser alterados, já que, “quando o tamanho muda, as coisas mudam” (CASTRO, 1995, p. 118).

De acordo com Castro (1999, p.120) “a análise geográfica dos fenômenos requer objetivar os espaços na escala em que eles são percebidos”. Com isso é nítido a questão de que determinados fenômenos só são identificados ou apreendidos em escalas específicas, e com a mudança desta escala, esse mesmo fenômeno pode ser representado de outra maneira. Segundo esta visão geográfica, a escala deve representar da melhor forma e mais próxima da realidade possível, as relações entre as sociedades e o espaço físico (cartesiano). Mas, ao relacionar as noções de nível de hierarquia entre “pequena” e “grande” escala, percebe-se que a definição geográfica do conceito, é totalmente o oposto ao que é apresentado pela escala cartográfica. A escala como questão introduz a necessidade de coerência entre o percebido e o concebido, pois cada escala sé faz o campo da referência no qual existe a pertinência de um fenômeno. O problema central nesta perspectiva é a exigência tanto de um nível de abstração como de alguma forma de mensuração, inerente à representação dos fenômenos. Nesse sentido, a escala permite tratar a questão da pertinência da medida em relação a um espaço de referência. Nesse texto, a autora tenta desmistificar o conceito de escala, como pura e simplesmente, uma medida de proporção da representação gráfica do território. De forma bastante articulada, Castro discuti a escala a partir de três vieses: 1) dificuldades por parte dos geógrafos em relacionar os conceitos de escala geográfica e escala cartográfica; 2) escala como um problema metodológico; e, 3) escala como estratégia de apreensão da realidade. Hoje na Geografia, a escala ainda é vista como um termo polissêmico. Haja vista, as confusões ainda vigentes na utilização, por parte dos geógrafos, dos termos como “pequena” e “grande” escala. Antes de discutir isso, apresentaremos os conceitos distintos entre escala cartográfica e escala geográfica. Além do problema dimensional, discutido na Cartografia, o conceito de escala se apresenta também como um problema fenomenal, relacionado à distribuição e

mudança da natureza do objeto analisado a depender do nível da escala. Este problema se estende tanto para escala cartográfica como geográfica, já que a natureza se altera de acordo com as escalas, “sendo conseqüência mais importante a tendência ao crescimento da homogeneidade na razão inversa da escala (CASTRO, 1999, p. 125)”. É preciso ser justo. A escala enquanto problema epistemológico e metodológico tem sido tema de reflexão de alguns geógrafos, embora em número menor do que seria esperado, tendo em vista sua importância para a compreensão da essência de algumas questões com as quais se defrontam os estudiosos da organização espacial. A partir de fenômenos tradicionais estudados na geografia. Além disso, ao tentar separar as acepções de escala, nível de análise e espaços de concepção, indicando o delicado problema que cada uma representa, o autor voltou ao ponto, isto é, à idéia fundamental de que a escala é uma medida de superfície. Há outras dificuldades na proposta de Lacoste, embora restando que a escala é um dos problemas epistemológicos primordiais da geografia, o uso do termo escala apenas como medida de proporção entre a realidade e sua representação, indica um raciocínio fortemente analógico com a escala cartográfica, e o paralelismo estabelecido entre níveis de análise e recorte espaciais limita o conceito de escala às medidas de representação cartográfica. Em síntese, a escala só é um problema epistemológico enquanto definidora de espaços de pertinência da medida dos fenômenos, porque enquanto medida de proporção ela é um problema matemático. Na tentativa de liberar a noção de escala da cartografia o autor procura colocar o mapa no seu devido lugar, apontando o fato de que todo mapeamento é sempre empírico e que o mapa não possa por um estágio conceitual. Para, (Grataloup, 1979 p.77) a escala geográfica como uma hierarquia de níveis de análise do espaço social, que pode ser concebido como um encaixamento de

estruturas. O conceito é criado a partir da crítica a empírica cartográfica e aos supostos fenomenológicos da escala subjetiva da geografia humanística, buscando articular a necessidade em empírica dos recortes espaciais com a fidelidade ao paradigma do materialismo histórico, ou seja, das relações sociais de reprodução. Na realidade, este autor define a escala geográfica como uma hierarquia de níveis de análise do espaço social, que pode ser concebido como um encaixante de estruturas, esclarecendo, porém, que nem toda área é uma estrutura. O conceito é criado a partir da crítica à empírica cartográfica e aos supostos fenomenológicos da escala subjetiva da geografia humanista, buscando dizer a necessidade empírica dos recortes espaciais com a fidelidade ao paradigma do materialismo histórico, ou seja, das relações sociais de produção. Outros autores como Racine, Raffestin e Rufey em 1983 Também destacam a inconveniência da analogia entre as escalas cartográficas e geográficas. Para eles este problema existe porque a geografia não dispõe de um conceito próprio de escala e adotou o conceito cartográfico, embora não seja evidente que este lhe seja apropriado, pois a escala cartográfica exprime a representação do espaço como forma geométrica, enquanto a escala geográfica exprime a representação das relações que as sociedades mantêm com esta representação geométrica. Determinadas questões recorrentes surgiram: a insuficiência bibliográfica sobre o assunto; a geografia não dispõe de um conceito próprio de escala; há poucos autores que se preocupam com a escala como um problema metodológico essencial; a escala como problema metodológico na geografia é difícil e requer ainda esforço de reflexão e de abstração. CONSIDERAÇÕES FINAIS Levando em consideração a complexidade do texto, a autora tenta aborda a importância do entendimento da noção de escala, um termo que levanta discussões no campo da geografia, já que o termo e ambíguo sobre o conceito.

A autora levanta questões sobre a escala e suas influencias, mostrando que mesmo com as problemáticas apresentadas no texto e importante e que ambas são instrumentais e não conceituais. Oimportante é ter consciência que ambas são instrumentos deformantes da realidade, nunca alcançando a forma perfeita do mundo real, até porque nossos sentidos não nos permitem a apreensão completa da realidade....


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