Atividade 7 peb - A política externa brasileira empreendida após a queda do regime de autoritarismo PDF

Title Atividade 7 peb - A política externa brasileira empreendida após a queda do regime de autoritarismo
Author Mateus Landerdahl Albanio
Course História Da Política Externa Brasileira
Institution Universidade Federal de Santa Maria
Pages 2
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A política externa brasileira empreendida após a queda do regime de autoritarismo burocrático representou um turning point, uma grande alteração, em relação ao período anterior...


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Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Ciências Econômicas e Relações Internacionais Curso de Relações Internacionais Disciplina de Política Externa Brasileira – CIE 1067

Aula 9: Período da Nova República (Redemocratização) Santa Maria, 11 de outubro de 2017 Prof. Ms. Junior Ivan Bourscheid Aluno: Mateus Landerdahl Albanio ATIVIDADE 1. A política externa brasileira empreendida após a queda do regime de autoritarismo burocrático representou um turning point, uma grande alteração, em relação ao período anterior? Considere o panorama que permite observar que o debate da política externa brasileira da democracia gira em torno das tradicionais correntes de inserção internacional do país (autonomistas e desenvolvimentistas vs liberais e institucionalistas; globalismo e multilateralismo vs bilateralismo), contribuindo para a convergência da diplomacia brasileira numa conduta baseada na “moderação construtiva”. Assim, a política externa do período altera os padrões de relacionamentos, altera as diretrizes e princípios que a regem, altera os vetores e objetivos? Ou representa a efetivação do fenômeno de “mudança na continuidade? As mudanças de governo representam pontos de inflexão da política externa, ou representam a intensificação de determinadas pautas e fenômenos em detrimento de outros, relativos aos demais governos? Não, a transição foi negociada. O modelo anterior estava esgotado, o "milagre econômico" havia gasto até o limite, bem como a sociedade não aguentava mais a repressão, portanto houve uma abertura lenta, gradual e segura, sem romper o projeto de Estado, bem como começou a abertura democrática brasileira (sem participação popular e sem caçar os militares, diferente do que houve na Argentina). Essa transição negociada não rompeu com a institucionalidade, logo a diplomacia teve um papel importante, sendo a "Moderação Construtiva" da política externa brasileira, caracterizada por conciliar as diferentes formas de pensamento, uma vez que a elite do Itamaraty manteve-se a mesma. O corpo diplomático dividia-se (internamente) entre i) os autonomistas e desenvolvimentistas opondo-se aos liberais institucionalistas e entre ii) o globalismo e multilateralismo contra o bilateralismo e o alinhamento (lembrando que esses

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modelos revezavam-se na execução, um não excluía o outro, cada período tinha sua preponderância). O que houve no período foi uma "mudança na continuidade", isto é, mudanças radicais não foram vistas, pois manteve-se uma continuidade, o que mudou foi a forma do governo, de autoritário para democrático, bem como se mantiveram os princípios, o alinhamento e os vetores da PEB também permaneceram os mesmos. Pequenas alterações como a pressão das elites políticas sobre a PEB, havia oposição na política e é claro o voto popular, sendo a maior diferença entre os governos a intensificação ou o enfraquecimento de determinadas agendas, como qual alinhamento adotar, qual modelo de PEB, etc. Pensando no prestígio da diplomacia brasileira e no relacionamento internacional, os contatos mantiveram-se os mesmo, bem como a estrutura diplomática, cujo modelo foi conservado, alterando somente a relação da diplomacia para com o Estado. Não obstante, houve o insulamento do Itamaraty, tendo em vista o modo de ação próprio, buscando seus interesses próprios. Vide os diferentes modos de autonomia: i) autonomia pela distância, de 1985 - 1989, mantendo a equidistância e o afastamento do sistema internacional, devido à crise econômica e da dívida externa, a fim de evitar a cobrança dessa dívida; ii) em 1990 iniciou a autonomia pela participação, com Collor, Itamar e FHC, enquadrando-se no sistema internacional como ele é, tentando buscar externamente os recursos necessários para a estabilização interna; e iii) a autonomia pela diversificação nos anos 2000, afirmando o universalismo por meio da diversificação de parceiros visando a redução da pressão (e necessidade) hegemônica no Estado (surgindo o conceito de Estado Logístico, iniciado por FHC e continuado por Lula no início do século XXI). Foi usado também o Regionalismo como ferramenta de inserção no cenário internacional. Desde meados da década de 90, a relação regional com o eixo bilateral Brasil - Argentina parece promissor, o que leva à construção do MERCOSUL, que a partir de uma integração geral entre os países da região, com o Brasil como potência local (e dominante), acabava sendo um palco para o Brasil apresentar-se como líder regional ao mundo....


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