Michael Mann - A ascensão e queda do fascismo PDF

Title Michael Mann - A ascensão e queda do fascismo
Course História Contemporânea Ii
Institution Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro DHRI – Departamento de História e Relações Internacionais ICHS – Instituto de Ciências Humanas e Sociais

Disciplina: História Contemporânea II Aluno: Pedro Bacelar Matrícula: 2016310594 Texto: A Ascensão e Queda do Fascismo – Michael Mann (29-43)

Ao trabalhar o fascismo, Michael Mann estabelece logo no início da sua argumentação quais são seus objetivos ao escrever esse texto. O autor pretende responder as seguintes perguntas: quais teriam sido as razões para a ascensão do fascismo na Europa entre guerras? E se o fascismo está renascendo no século XXI? Antes mesmo de começar a desenvolver a tese do texto, ele destaca 4 pontos essenciais para desmistificar algumas ideias presentes no imaginário popular e premissas que devemos ter ao estudar esse movimento. O primeiro seria o fato do fascismo não ter sido um movimento isolado dos outros movimentos modernos. Ele englobou a política de centro e o Estatismo mais até que qualquer um. O segundo diz respeito ás crenças e propostas fascistas. Elas não devem ser analisadas como insanas ou contraditórias. Elas ofertavam soluções plausíveis para os problemas vigentes na época. O terceiro consiste em tentarmos entender a razão de os fascistas terem cometido um crime de proporções absurdas como o próprio holocausto. Eles eram seres humanos e devemos procurar entender o porquê deles terem feito tal coisa. O quarto e último diz para entendermos as condições na qual o fascismo surgiu, para que possamos premeditar seu retorno e saber como evita-lo. Mann parte da premissa de que existem 4 fontes de poder social que são essenciais para explicar o fascismo: Ideologia, economia, militarismo e política. Dessa forma, o autor define fascismo clássico (do período entre guerras) como “a procura pelo estadismo transcendental e

de limpeza, através do paramilitarismo” (MANN, 2008). Tal definição engloba as 4 esferas de poder social. Segundo Mann, cada uma dessas esferas passou por crises, nas quais o fascismo apresentava soluções. A crise militar se concretizou após o fim da guerra de 1914, pois trouxe diversas perdas territoriais para alguns países e deslocamentos militares, o que gerou um ambiente geopolítico instável. Por conta disso, soldados que foram dispensados formavam organizações paramilitares no intuito de pressionar seus governos pelas suas demandas territoriais, inclusive, alguns desses grupos paramilitares lutavam por disputas territoriais. Dentro dessa esfera de desordem militar, essas organizações foram gradativamente sendo doutrinadas em direção ao fascismo. O paramilitarismo fascista surgiu então como unidades dominantes dentro do movimento. Vindo das camadas mais baixas, eles representavam unidade e força dentro de seus partidos. Eles eram muito respeitados por conseguirem acabar com conflitos através da violência. No entanto, as forças paramilitares não dominavam os exércitos nacionais. Só conseguiam assumir o poder no momento em que conseguiam atrair soldados dos exércitos. A crise ideológica consistiu na aversão à modernidade. Entre jovens militares e/ou universitários começou a circular um pensamento de que a modernidade era algo perigoso, o liberalismo representava corrupção e desordem, o socialismo como caótico e o secularismo ameaçava a moralidade. A solução provinda do fascismo para essa crise seria o Nacionalismo de limpeza. A diversidade era vista (pelos fascistas) como subversiva à unidade e a pureza da nação. Dessa forma, houve outras raças foram eliminadas da nação. As crises políticas foram as mais decisivas, segundo o autor. Por conta de todas as crises (econômica, militar e ideológica) os governos, principalmente os que foram atingidos pela Grande Depressão, foram enfraquecidos. A maioria foi destituído por meio do voto, onde novos partidos formavam um novo governo. Esses partidos achavam necessário reduzir a democracia como meio para alcançar as massas. A solução fascista para a crise política foi o Estatismo. O poder estatal era visto, pelos fascistas, como o “provedor de um projeto moral”. Dessa forma, eles iriam desenvolver a economia, a sociedade e prover a moralidade através do corporativismo e autoritarismo estatal. A crise econômica foi oriunda do fim da 1° Guerra Mundial com a Grande depressão posteriormente. Apesar de afetar mais os EUA e a Grã-Bretanha, as crises econômicas

sucatearam todos os governos do período, entretanto, ela por si só não justifica a ascensão do fascismo. A proposta fascista seria a Transcendência. A partir da combinação do Nacionalismo de limpeza com o Estatismo, eles pretendiam transcender os conflitos sociais causados pela economia. Eles rejeitavam os ideais socialistas e pretendiam derrubar o capitalismo. Ao atacar o capital e o trabalho, diziam que os dois “iriam se chocar naturalmente”. No entanto, a transcendência não foi atingida. Uma vez no poder, eles se alinharam às classes altas e tenderam ao capitalismo....


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