Fichamento- Ascensão e Queda dos Impérios Globais PDF

Title Fichamento- Ascensão e Queda dos Impérios Globais
Course História Moderna
Institution Universidade do Estado do Amazonas
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Fichamento- Ascensão e Queda dos Impérios Globais.1400-2000 de John Darwin (versão digital)
DARWIN, John Ascensão e queda dos impérios : 1400-2000. (História narrativa¬ ; 42) ISBN 978-972-44-1841-4....


Description

Fichamento- Ascensão e Queda dos Impérios Globais.1400-2000 de John Darwin (versão digital) DARWIN, John Ascensão e queda dos impérios : 1400-2000. (História narrativa¬ ; 42) ISBN 978-972-44-1841-4. Disponível em: https://lelivros.love/book/baixar-livro-ascensao-e-queda-dos-imperios-globais-14002000-john-darwin-em-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online/ Em 1401, o grande historiador islâmico Ibn Khaldun (1332–1406) encontrava-se na cidade de Damasco, então cercada pelo poderoso Tamerlão. Ansioso por conhecer o famoso conquistador da época, desceu as muralhas num cesto e foi recebido no acampamento de Tamerlão (p.21). Marx garantia que das necessidades da Europa nasceria uma economia mundial. Lenine afirmava que o capitalismo dependia do imperialismo económico, e previa a sua queda numa revolta mundial dos povos coloniais ( 5). A versão marxista-leninista, meio profecia, meio história, parecia a explicação perfeita para a história mundial, e exerceu uma enorme influência intelectual a partir dos anos 20 do século XX (p.26). A Europa lançou-se assim numa dupla expansão. Os sinais exteriores da primeira foram a proliferação dos caminhos de ferro e navios a vapor, formando uma vasta rede de ligações muito mais rápidas e seguras do que em épocas anteriores e capazes de transportar uma enorme quantidade de mercadorias para lugares outrora inacessíveis (p.32). Antes de 1400, um observador capaz de olhar cuidadosamente o mundo teria encontrado poucas indicações precisas sobre qual das principais civilizações na Eurásia acabaria por afirmar a preeminência mundial. A China, o domínio islâmico na Eurásia Central e a Europa tinham todos alcançado um elevado grau de organização sociopolítica e cultura material (p.42). As grandes invasões do Próximo Oriente pelos turcos seljúcidas da Ásia Central, pela « horda» mongol de Gengis Khan e pelos sequazes de Tamerlão devem ser postas neste contexto. Cada uma dessas incursões teve consequências destrutivas cuja dimensão é difícil de precisar, além da agitação do comércio e da religião que referimos antes (p.52). Por volta de 1400, as sociedades islâmicas continuavam a ser o elemento mais dinâmico e expansionista da Eurásia. Mas foram a riqueza e poder da China que alcançaram a preeminência. Apesar dos transtornos periódicos causados pelas mudanças dinásticas e invasões externas, a China exibia uma coesão política e cultural sem igual na Europa ou no mundo islâmico (p.55). No entanto, é também importante relativizar esta grande mudança. Não era inevitável que os « Descobrimentos» tivessem conduzido à supremacia mundial da Europa. Não devíamos exagerar os recursos que os europeus mobilizaram para as suas viagens e

conquistas e que lhes permitiram estabelecer uma presença na Ásia e nas Américas (p.63). Entre 1519 e o seu último triunfo em 1521, Hernando Cortés, o primeiro grande conquistador, viria a conquistar um sofisticado regime imperial com mais de 11 milhões de pessoas, rico em metais preciosos e baseado materialmente no cultivo do milho (p.72). Reforma católica, Ivan IV promoveu um renascimento monástico ( 38). A animosidade contra o « Latinstvo» – o « Mundo Latino» , identificado principalmente com a Polónia – foi compensada pela abertura da Rússia a alemães, ingleses e holandeses, que vinham como soldados, colonos, engenheiros e comerciantes (p.80). Estes métodos e motivos poderão ajudar a explicar o padrão da conquista otomana. Mas não podem explicar a implantação bem sucedida do domínio otomano, nem a sua extraordinária longevidade. O segredo do poder otomano foi a sua prudente conciliação entre as instituições religiosas, jurídicas e culturais do Islão, por um lado, e o absolutismo dinástico, por outro, moldado pela política cosmopolita da elite dirigente (p.88). Ásia Oriental – a vasta região ocupada pela China, Japão, Coreia e a estepe da Ásia Interior. A primeira fase do domínio Ming na China entre 1368 (início da dinastia) e a década de 30 do século XV assistira à reafirmação enérgica de uma tradição política e cultural distintivamente chinesa depois do longo interlúdio de domínio estrangeiro sob os Yuan mongóis (p.97). Talvez por essa razão, a ideia política mais apelativa da época era o dinasticismo. O dinasta era o legislador ideal, gozando de legitimidade através da ascendência (ao contrário dos déspotas, que venciam por si próprios) e inspirando a lealdade total dos seus súbditos (p.104). É evidente que tinham sido os europeus a fazer o avanço mais espetacular no Mundo Exterior, a conquistar a formidável nova base de recursos nas Américas e a abrir novas rotas de comércio de longa distância, ligando o Sudeste Asiático, a Índia, a África Ocidental e as Américas (p.111). O surgimento gradual de um ancien régime mais organizado numa grande parte da Europa não significou uma divisão precisa em Estados-nações unificados. A « Alemanha» permaneceu uma vasta manta de retalhos de mais de trezentos Estados, a maioria de tamanho insignificante. A monarquia dos Habsburgos, governando territórios na Bélgica atual (depois de 1713) (p.118). A vitória na Ucrânia foi especialmente importante para o imperialismo oriental da Rússia. Depois do Tratado de Pereslavl, em 1654, os czares tinham desfrutado de uma relação especial com o « Hetmanato» autónomo, a parte da Ucrânia situada além da fronteira do domínio polaco nessa região semicolonial (p.127). O insucesso no campo de batalha e na mesa de conferências pode ser visto como o sintoma de fracassos menos patentes na vida política e económica do Estado derrotado.

Não admira, portanto, que o « declínio» político otomano depois de 1600 tenha sido submetido a um intenso escrutínio histórico (p.142). Em meados do século XVII, a parte mais rica e dinâmica do mundo islâmico encontravase sob domínio mogol. O coração do império dos mogóis era o « crescente fértil» do Norte da Índia: as planícies indo-gangéticas que se estendiam do extremo noroeste a Bengala e ao delta do Ganges (p.146). As invasões do Norte da Índia em 1739 pelos exércitos de Nadir Xá e, na década de 50, por Ahmad Xá Durrani, antigo braço-direito de Nadir (assassinado em 1747), foram algo mais do que incursões tribais esporádicas como as que tinham assolado as planícies indianas nos séculos anteriores. Os dois representaram o último grande esforço imperialista na tradição de Tamerlão, derrubando os Estados mogóis e safávidas (p.153). Assim, era necessária uma grande mudança geopolítica para que os europeus pudessem inverter o desequilíbrio comercial das suas trocas asiáticas. Por sua vez, os efeitos da coação e conquista europeias foram ampliados e aprofundados pelas tecnologias mecânicas que revolucionaram os transportes e a produção de têxteis (p.161)....


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