Resumo sobre A força da tradição - a persistência do antigo regime PDF

Title Resumo sobre A força da tradição - a persistência do antigo regime
Author Tatiane Miranda
Course Historia
Institution Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Summary

Resenha sobre o o capítulo "A burguesia se inclina"...


Description

A FORÇA DA TRADIÇÃO – A PERSISTÊNCIA DO ANTIGO REGIME MAYER, Arno J. “A burguesia se inclina”. A Força da Tradição – A persistência do Antigo Regime. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. Arno Joseph Mayer, historiador de origem Luxemburguesa nascido em 1926, é reconhecido pelas suas obras relacionadas à história moderna da Europa. Atualmente, Mayer é professor da Universidade de Princeton, mas já atuou como professor em outras universidades, como Harvard e Wesleyan. Ao abordar o contexto das classes dominantes, o autor tenta deixar claro nesse capítulo como a emergente burguesia era ligada a uma carência de um terreno social e cultural próprio. As profissões liberais subalternas e as recentes industriais e financeiras mostravam-se inseguras de si mesmas e, dessa forma, era possível a manutenção da subordinação de uma aristocracia que era consolidada culturalmente com um status social elevado. Ao passo que a burguesia ganhava espaço a ascensão ao âmbito econômico, ainda se viam forçadas a se adaptar às nobrezas. Essas nobrezas, apesar de enfrentar um declínio, ainda eram os maiores donos de terra, como também estavam no aparelho do Estado como funcionários civis e militares. Os aristocratas consideravam como seus, por titulação, os mais elevados níveis do serviço público. Assim como a burguesia, o autor atenta que a nobreza também estava longe de ser homogênea. Ela marcava algumas sutis expressões, porém não menos expressivas no status. Isso devido a suas diferentes origens, sendo algumas famílias mais poderosas pelo seu sangue, assim como o tamanho de sua riqueza e seus cargos políticos. Porém, diferente da burguesia, a nobreza representava a sua unidade de outra forma. A nobreza se unia com um diferente aspecto, que levava em conta várias condições comuns entre eles. Os exemplos mais expressivos destacados no capítulo são as tradições, que criaram a base da diferenciação de um nobre para qualquer outra classe, assim como seus interesses e pretensões, sejam elas culturais ou sociais, além de preferências políticas em comum. Além disso, a nobreza sabia concentrar o domínio das classes mais baixas, as envolvendo no campesinato servil, o que dava mais credibilidade à sua classe.

A nobreza, para não perder poder social, acabava por usar de alguns mecanismos de enobrecimento, onde burgueses e até plebeus poderiam ascender à nobreza. Para isso, existiam formas de escolhas, que vinham de interesse dos nobres. Esse mecanismo funcionava como forma de agregar novos talentos e riquezas para essa camada social. O autor explica que esse mecanismo funcionou muito bem em alguns países, como a Inglaterra, a Prússia e aos imperadores da Alemanha. Essa forma de enobrecimento reforçava ainda mais a permanência do antigo regime e das diferenças de classes sociais dentro do século XIX e começo do XX. O capítulo demostra alguns dados referentes ao enobrecimento, durante esses séculos. Entre 1800 e 1914, houve o total de 9 mil enobrecimentos na Áustria. Esses títulos foram concedidos a maioria de origem burguesa e com uma concentração de riqueza considerável. Seriam eles, banqueiros, comerciantes, manufatureiros e indústrias em destaque. Alguns outros conseguiram o von (termo usado por nobres) e outros foram ingressar à cavalaria. As altas profissões e detentores de maiores capitais nunca tiveram a mesma união que a nobreza havia estabelecido séculos antes. Era difícil contestar um predomínio social, cultural e ideológico tão bem articulado e enraizado como o dos nobres. Assim, A nobreza cooptar alguns dos talentos e riquezas apenas contribuiu mais para o reforço dessa difícil união e da permanência e perpetuação da nobreza. Devido a esse caráter burguês, de não se encontrar em uma classe a almejar a classe dominante, com anseio de enobrecimento, o objetivo desses detentores da riqueza não era derrubar o sistema senhorial, e sim se penetrar nele. Ao mesmo tempo, os burgueses tentavam se associar aos nobres, tentando aculturar-se de suas tradições, assim como usar nomes com diferenciação social. No fundo, o que fica claro, é que esses burgueses nunca deixaram de duvidar da sua legitimidade social....


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