Resumo sobre a Revolta da Chibata PDF

Title Resumo sobre a Revolta da Chibata
Course História Econômica, Política E Social Geral
Institution Universidade Federal de Santa Maria
Pages 2
File Size 43.2 KB
File Type PDF
Total Downloads 51
Total Views 144

Summary

Síntese sobre a Revolta da Chibata....


Description

REVOLTA DA CHIBATA CONTEXTO HISTÓRICO Na época, era interessante notar que, na Marinha do Brasil, os marinheiros eram principalmente escravos negros recém-libertados. Esses trabalhadores têm que trabalhar duro em troca de baixos salários. Qualquer insatisfação deve ser punida, e os oficiais mantêm ações disciplinares contra os navios por meio de punições físicas, sendo a “chicotada” a punição mais comum. Embora tenha sido abolido na maioria das Forças Armadas do mundo, o castigo físico ainda é uma realidade no Brasil. Depois que o oficial recebeu o aumento de salário, a insatisfação do marinheiro aumentou, mas o marinheiro não. Além disso, os novos e modernos encouraçados "Minas Gerais" e "São Paulo" encomendados pelo governo brasileiro exigem mais pessoal para operar, sobrecarregando os marinheiros. Esses dois navios são os mais poderosos e modernos da frota brasileira. Portanto, com o aumento dos salários dos oficiais e a instalação de novas mesas de serviço, essas mesas de serviço não chegaram ao escalão inferior, e alguns marinheiros começaram a fazer planos para protestar. O LEVANTE Na madrugada do dia 22 de novembro de 1910, os marinheiros do encouraçado Minas Gerais se rebelaram. Depois de assistir à punição do marinheiro Marcelino Rodríguez Menezes, o estopim aconteceu e não desapareceu até que ele tivesse 250 cílios (25 cílios em circunstâncias normais) espalhados para atacar um oficial. O levante foi liderado por João Cândido Felisberto, um experiente marinheiro negro analfabeto. O motim terminou com a morte do capitão e dois outros oficiais que se recusaram a abandonar o navio de guerra. Na mesma noite, o encouraçado "São Paulo" juntou-se ao motim. Nos dias seguintes, outros navios também aderiram ao movimento, como os grandes navios de guerra "Deodoro" e "Bahia". Já no Rio de Janeiro, o presidente Hermes da Fonseca acaba de assumir o cargo e enfrenta sua primeira crise. Navios rebeldes bombardearam a cidade do Rio de Janeiro para provar que não estavam se escondendo. Em uma carta ao governo, os rebeldes exigiram: o fim do castigo corporal, melhores condições de alimentação e trabalho, anistia a todos os envolvidos no levante. Portanto, no dia 26 de novembro, o presidente marechal Hermes da Fonseca acatou o pedido dos amotinados e encerrou a rebelião. No entanto, dois dias após a entrega das armas, o "estado de sítio" foi decidido e os marinheiros considerados indisciplinados foram limpos e presos. FIM DA REVOLTA DA CHIBATA Os marinheiros foram presos no quartel-general da Ilya das Cobra no Acampamento Naval. Os marinheiros se traíram e desertaram em 9 de dezembro de 1910. A resposta do governo foi severa. A prisão foi explodida e destruída pelo exército, matando centenas de fuzileiros navais e prisioneiros. Um total de 37 insurgentes foram levados para duas prisões diferentes e morreram sufocados. Apenas João Cândido e outro companheiro de combate sobreviveram. Portanto, em 1911, aqueles que participavam do movimento foram mortos, presos ou expulsos do serviço militar. Muitos deles foram

enviados para campos de trabalhos forçados nas plantações de borracha da Amazônia e na construção da ferrovia Madeira-Mamoré. Como resultado, o conflito causou mais de 200 mortes e feridos entre os amotinados, e cerca de 2.000 deles foram deportados após o levante. No campo jurídico, morreram cerca de uma dezena de pessoas, entre oficiais e marinheiros. Quanto ao líder, João Cândido, após sobreviver na prisão e ser absolvido, foi considerado desequilibrado e encaminhado para um hospício. Por causa de sua ousadia, a mídia da época o chamou de almirante negro. Em 1º de dezembro de 1912, ele foi absolvido da conspiração, mas foi expulso pela Marinha. Ele sobreviveu como pescador e vendedor até que o jornalista Edmar Morel salvou sua história do esquecimento e lançou "A Revolta da Chibata" em 1959. Somente em 23 de julho de 2008, o governo brasileiro entendeu que a causa do levante era justificada e concedeu anistia aos marinheiros....


Similar Free PDFs