Aula Grafico do Ciclo Cardiaco pt1 PDF

Title Aula Grafico do Ciclo Cardiaco pt1
Course Fisiologia Humana
Institution Universidade do Oeste Paulista
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Anotações da aula...


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FISIOLOGIA – 22/05/2015 – DRA. LUCIANE CICLO CARDÍACO – GRÁFICO Recomendo ler com o gráfico que fizemos na aula aberto. Temos no nó do sinoatrial no lado direito, dispara ciclicamente, nó do SA está na parede posterior do átrio direito, quando ele dispara há um estimulo para os átrios de contraírem e pro nó atrioventricular (AV). O estimulo é brecado um pouquinho no AV, propositadamente, pra dar tempo pro átrio terminar de contrair antes do ventrículo. Depois de um certo tempo, o estímulo atinge feixe de His, forma-se os ramos direito e esquerdo e atinge Purkinje e eu tenho a contração ventricular. Então vamos lá. Vamos imaginar que nós estamos na diástole, eu vou começar o ciclo cardíaco pela diástole. Porque é um ciclo, não tem começo nem fim, eu posso começar onde eu quiser. Lembra daquela fase em que o ventrículo está relaxado em diástole e o átrio também está em diástole. A sístole do átrio dura 0,1 segundos, depois todo o resto vai estar em diástole. Não serve pra nada, só pra gastar. Ventrículo trabalha um pouco mais. Terminada a sístole do átrio surge a sístole do ventrículo. Precisa terminar a sístole do átrio pra começar a do ventrículo, porque a função dessa sístole é terminas de encher o ventrículo, essa fase é a fase final da diástole ventricular, ventrículo ficou 0,4 segundos em diástole e ele fica mais 0,1 pra receber o sangue que está vindo do átrio. Ai começa a sístole do ventrículo. Nós estamos começando mais ou menos aqui. Quem tem pressão maior nessa hora? O átrio ou o ventrículo? Átrio. Porque se a pressão do ventrículo fosse maior, o sangue ia do ventrículo para o átrio. Não é assim. O ventrículo tá tão relaxado que a pressão dele aqui é super baixa, a valva está fechada. O sangue tá vindo aqui,

passa

pelo

átrio

e

passa

direto

para

o

ventrículo.

A linha cinza é a do átrio. A linha azul vai ser do ventrículo. A pressão do átrio começa mais ou menos 3. Enquanto o sangue vai chegando do átrio, átrio enche mais relaxa, isso não me dá uma variação de pressão. Se você tem uma cavidade que é rígida e vai enchendo, a pressão sobe, mas se a cavidade vai acomodando sangue, neutraliza a pressão, por isso que essa linha, durante a diástole do átrio é praticamente constante. Enquanto for enchimento passivo das veias para o átrio. Por 0,4 segundos, a pressão atrial se mantem próxima de 3. Mais ou menos, porque ele tá se enchendo, e relaxando e o sangue vai pro ventrículo. E a do ventrículo? Menos do que 3. Tem que ser um pouco menor. Eu estou enchendo mais ele está relaxando, é a diástole. Isso neutraliza a pressão. Por isso que a pressão nesse momento também é linear, e se sobe, sobe muito pouco. E se eu pego um coração que é duro? Doenças que endurecem e ele não consegue relaxar. Ele vai enchendo e a pressão vai subindo. E se a pressão subir na hora do enchimento para de bombear. Ele é um coração forte que consegue ejetar, mas ele não consegue relaxar. Mas se ele não enche, ele também não esvazia. Não vai ter débito. Por isso que hoje se conhece: insuficiência cardíaca sistólica, coração não tem força pra contrair, mas existe também a insuficiência cardíaca diastólica, as duas tem as mesmas consequências. Temos então, um disparo do nó sinoatrial. Quando acontece isso, temos a sístole do átrio, então a pressão do átrio aumenta, por 0,1 segundos. Subiu a pressão porque ele fez sístole, ele apertou, ele contraiu.

Quando termina a sístole do átrio, terminou a sístole ele para de contrair e tá vazio, a pressão começa a cair. E o ventrículo nessa hora? Ficou totalmente cheio e ele ta parando de relaxar pois já está acabando a diástole dele. Ele tá relaxando no seu máximo, não dá mais pra relaxar, então ele reduzindo o relaxamento e ganhando sangue, o que acontece? Sobe a pressão dele, mas o átrio ainda ta maior. Agora, as coisas se invertem. Agora, acabou a diástole do ventrículo, ele parou, e ele está totalmente cheio, tem uma certa pressão. O átrio parou de contrair, vai começar a relaxar e tá vazio. O que acontece com as pressões? Invertem. Agora a pressão do ventrículo se torna um pouquinho maior que a pressão do átrio. O que acontece a seguir? O sangue tenta voltar pro átrio. Esse ponto aqui marca o fechamento das atrioventriculares. A fase anterior a isso é a fase da sístole atrial. Esquece o átrio e vamos pensar no ventrículo agora. Qual é a função do ventrículo agora? Ejetar. Ele vai começar a fazer sístole. Ele vai ficar 0,3 segundos agora em sístole. Não é isso? qual é o objetivo? Ejetar sangue. Pra ele ejetar... quanto tá a pressão dele? Um pouco menos que 10. A aorta, tava em diástole, a valva está fechada. O sangue não está indo pra frente? Está. Abri a valva, fez sístole, pressão alta. Ai fecha a valva, sangue vai embora e a pressão começa a cair. Quer dizer que durante a diástole essa pressão vai reduzindo até um certo ponto. Vamos por essa pressão, no final da diástole, que é a menor pressão que eu vou ter na artéria, que é 80. No final na diástole, a pressão diastólica de um paciente fisiológico está em 80. Aqui termina a diástole ventricular. E aqui começa a sístole. Vai até aqui (tem no gráfico os lugares). Agora, vai começar a sístole. O ventrículo começa a contrair, e função é abrir essa valva, mas a pressão da aorta ta 80 e no ventrículo tá 8. Que que eu faço? Acabei de fechar essa valva, q q eu faço? Preciso contrair esse ventrículo. Essa pressão tem que superar essa. Então eu vou apertando, apertando, com isso a pressão sobe e quando ficar maior que a pressão aórtica ou abrir a valva semilunar. Quanto tempo leva? 0,03 segundos. Nesse tempo, eu tenho que pegar a pressão que está em 8 e fazer ela fechar pelo menos em 81. Quando eu passo da pressão da artéria só pela contração, o que acontece? Eu consigo abrir a semilunar. Então, nesse ponto de inversão de pressão, abre a semilunar. Abri a valva, a pressão da artéria ta 80 e do ventrículo 81, o que vai acontecer nos 0,27 segundos agora? A sístole ventricular. Ele só começou a fazer a sístole, aqui ele cansou pra caramba, porque num tempo muito curto ele aumentou 10x sua pressão. Agora, ele não vai parar de contrair, ele vai continuar contraindo até chegar mais ou menos aqui (120 no gráfico), então essa pressão, vai chegar no final da sístole em 120. Ele continua contraindo de uma maneira um pouco mais lenta. Não adianta ele abrir a valva e parar de dar pressão. A contração dele chega a 120. E a artéria? O ventrículo vai apertando e jogando sangue. Se eu jogo sangue aqui, o que eu faço com a pressão? Vai aumentando paralelamente ao ventrículo. A curva da pressão da aorta vai aumentando paralelamente com a do ventrículo, mas sempre mantendo um valor um pouco menor senão o sangue volta. Mas, no final da sístole do ventrículo, ele perde a capacidade de contrair. Foi até o máximo que ele podia, ai ele para de contrair. Só dele parar de contrair ele já perde um pouco de pressão. Então, de 120, o ventrículo vai pra 119. E a artéria tá cheia de sangue, e ela é elástica, só não aumenta tanto quanto ela consegue acumulando sangue. Terminou sístole. A artéria acaba ficando com uma pressão um pouco maior que a do ventrículo porque ela tá cheia, e o sangue da artéria vai embora não de uma vez porque tem a resistência periférica.

O que acontece nessa hora? A pressão do ventrículo tá 119, e a da artéria ta um pouco maior. Agora, o sangue tenta voltar e fecha a valva semilunar. Então a valva aqui nesse ponto fecha a semilunar. Acabou a sístole quando ela fecha. Quem vai começar de novo? A diástole. Tudo de novo. E ai? acabou a sístole, ela vai caindo devagar a pressão da aorta, até chegar em 80. Quando chega em 80 tem outra sístole. Ai vai de novo. A pressão da artéria fica entra 80 e 120. E agora? Esse coitado do ventrículo tá vazio, ele tem que encher de novo, pra ejetar de novo. Como que ele vai se encher se tá com uma pressão de 119? E no átrio tá quanto nessa hora? 8? 7? Não esquecem que agora aqui, essa valva ta fechada e enquanto o ventrículo brincava de contrair o sangue continuou chegando no átrio, sem escoar pro ventrículo. A câmara atrial é muito pequenininha, então ele começou a relaxar, mas ele tá muito cheio de sangue, então a pressão dele subiu um pouquinho. Ai então aumentou a pressão do átrio. No final da sístole do ventrículo, a pressão atrial chega a mais ou menos 15, porque foi enchendo. Quanto ta a do ventrículo? 119. Como eu vou encher o ventrículo assim? O que eu tenho que fazer então? Eu tenho que relaxar esse ventrículo em 0,03 segundos. Nesse tempo, essa pressão ventricular tem que ficar menor que a do átrio. Abrupto. Rápido demais. Agora a pressão do ventrículo, por relaxamento dele, fica menor do que a do átrio e o q acontece nesse ponto? Abre as atrioventriculares. A pressão do ventrículo cai pra 14, por exemplo, menor que a do átrio, permite a abertura das valvas atrioventriculares. E ai? começo a encher o ventrículo, começa a diástole. E a pressão dele? Tá enchendo, ele tá relaxando, é a diástase, que é o enchimento rápido. Se ele ta relaxando a pressão cai pra 2. E a do átrio cai também porque ele abriu, esvaziou, mas continua maior que a do ventrículo, cai pra 3. Por quanto tempo fica assim? 0,4 segundos. O que acontece? Disparo do nó sinoatrial. Se tem o disparo do nó SA, sístole atrial. A pressão dele fica maior que a do átrio, o sangue tenta volta e fecha a atrioventricular. E agora então, o ventrículo tem que subir a pressão pra ficar maior que a da artéria, nesse ponto abre a semilunar e eu tenho nova sístole que vai continuar, e a pressão da artéria sobe com o ventrículo, mas sempre se mantendo menor um pouco. E assim vai, quantas vezes vocês quiserem. Nesse momento ela chamou pessoas da sala. A primeira pessoa mostrou onde está o Período de Contração Isovolumétrico, que está desde onde fecha a valva atrioventricular até abrir a semilunar. Pra que q serve esse período? Pra ganhar pressão, superar a pressão do átrio e abrir a valva semilunar e ejetar sangue. A segunda pessoa mostrou onde começa e onde termina a sístole ventricular (que já está marcada no gráfico). A terceira pessoa mostrou onde ocorre a ejeção ventricular, que começa onde abre a semilunar e termina no fechamento da semilunar. A sístole começa um pouco antes. A ejeção não é sístole, ela está dentro da sístole. O início da sístole é marcado pelo período de contração. Eu tenho que contrair rapidamente pra aumentar a pressão, ai sim eu abro a valva e começo a ter ejeção. Sístole: contração; não é ejeção. A ejeção é resultado da sístole. Mas o início da sístole é quando fecha a atrioventricular e termina quando fecha a semilunar. Mas a ejeção só acontece

quando abre a semilunar. Portanto, a sístole é período de contração isovolumétrico mais a ejeção. Diástole: fechou a semilunar, ele vai começar a relaxar. Só que ele ainda não vai encher, porque pra encher a pressão do ventrículo tem que ficar menor do que a do átrio e não é isso que está acontecendo. Então, primeiro eu começo a relaxar rápido, de 120 pra menos que 15, esse é o Período de Relaxamento Isovolumétrico, que marca o início da diástole. Abriu a atrioventricular e agora eu vou encher o ventrículo. O enchimento ventricular é diástole, só que seu início é marcado pelo período de relaxamento isovolumétrico e seu enchimento é a partir disso. Não é porque já tá relaxando que já ta enchendo, porque a pressão tá muito alta. Precisa primeiro do período de relaxamento pra depois vir o enchimento. Sístole atrial: está dentro da diástole. É no final da diástole ventricular. Coisas que eu preciso falar. Resolveram dar nomes pra algumas ondas: - Ondas Atriais: essa onda é um aumento da pressão causado pela sístole atrial. Essa elevação da pressão atrial durante a sístole atrial, é chamada de onda a. É a onda de elevação da pressão interatrial devido a sístole atrial. - Onda P: no eletro. É uma onda eletrocardiográfica que significa despolarização do átrio. A onda P e a onda A acontecem no mesmo momento. Mas são diferentes. A onda a é pressão e a onda p é alteração elétrica. - Onda V: também é o átrio. Aumento da pressão atrial pelo acumulo de sangue dentro dele enquanto a atrioventricular tiver fechada, eu vou acumulando sangue e vai subindo a pressão. Então a onda v é o final da sístole ventricular. Então ela é a elevação da pressão atrial devido ao acumulo de sangue durante a sístole ventricular. - Onda C: nesse período tá acontecendo a contração. Acabou de fechar a valva, essa ainda não abriu e o ventrículo tá apertando. Como o ventrículo tá apertando, olha o que acontece. A pressão aqui sobe tanto que essa valva sofre um discreto abaulamento pra dentro do átrio. Quando ela se abaúla, a pressão do átrio fica um pouco menor. Ele é muito pequenininho, a valva entrou, diminuiu a área e sobe um pouco a pressão. É o aumento da pressão arterial devido ao abaulamento das atrioventriculares pra dentro dos átrios. Acontece durante a sístole do ventrículo. A hora que a semilunar abre, desaparece a onda c. Na hora que essa valva abre, sai aquele sufoco do coração e essa valva volta ao normal. Por isso que é rápido isso, é só no período de contração. Antigamente não tinha ecocardiograma. Era tudo por propedêutica. Conseguimos ver essas ondas a, c e v no átrio direito, olhando a veia jugular interna. Uma quarta pessoa marcou no gráfico a primeira e a segunda bulha cardíaca. A primeira bulha é causada pelo fechamento da atrioventricular, é a B1 (TUM). A segunda bulha é causada quando fecha a semilunar, é a B2 (TA). Entre uma bulha e outra, temos o pequeno silêncio cardíaco e o grande silêncio cardíaco. B3 é no início da diástole, com o ventrículo cheio. A variação do volume acontece da seguinte forma:

Quanto é o Volume Diastólico Final? É o volume de sangue que ocupa o ventrículo no final da diástole. Ventrículo bem cheio, antes de começar a sístole, temos um volume de aproximadamente 120 ml. Na sístole, o que acontece com o volume, durante o período de contração isovolumétrico? Aumenta ou diminui o volume? Não acontece nada. As valvas estão fechadas. Continua 120 ml. E agora? Abre semilunar. O sangue sai do ventrículo, o volume diminui. Quanto chega no final da sístole? Fica uma reserva. Qual o volume que fica no final da sístole, que eu chamo de volume sistólico final? 50 ml. Quer dizer que o volume sistólico foi quanto? O que saiu? Foi 70 ml. Aquilo que estava no final da diástole, menos aquilo que ficou no final da sístole, me dá o volume que saiu, volume sistólico. Enchi com 180, e o volume sistólico final foi 100, 110. Quanto é o que saiu? 170 ml. Hoje, para sabermos se o ventrículo está forte ou não, não me interessa saber quanto ele ejetou, interessa saber qual foi a porcentagem ejetada em relação ao que chegou. Existem corações que tem volume sistólico de 70. Ele ejeta 70. Mas pra ele ejetar 70 ele tem que encher muito. Isso é uma insuficiência cardíaca. Ele conseguiu ejetar 70 porque ele encheu muito mais, mais ele não tem força. Se ele tivesse força ele ia ejetar muito mais, tudo aquilo que ele encheu. Se fala em fração de ejeção, que é a porcentagem ejetada sobre aquilo que encheu. Isso sim caracteriza insuficiência cardíaca ou não. Força preservada ou não. Todo ECOCARDIOGRAMA tem por obrigação entregar pra gente, eu quero saber se esse ventrículo está ejetando proporcionalmente ao que ele se encheu. Isso é medido no eco. Eles pegam durante a diástole e medem o volume que ficou lá dentro. Ai pega depois no final da sístole e mede o volume, e faz essa conta rápida, já sai no computador. Fração de ejeção de 50% tá boa. Ventrículos que ejetam com menos de 50% quer dizer, ele encheu um tanto e ejetou menos do que encheu, falta de força. Período de relaxamento isovolumétrico, quanto é o volume? 50. Valvas fechadas. Ai abre as valvas, ganha volume, vai de novo pro 120 e assim vai, é a variação de volume (ta no gráfico também). O eletrocardiograma (também tá no gráfico): Quais as ondas? Onda P, que é a despolarização dos átrios. Complexo QRS, despolarização dos ventrículos. Onda T, repolarização dos ventrículos. Colocamos todos esses dados no gráfico. A despolarização do átrio é um pouquinho antes da sístole atrial. Se eu vou começar a fazer a sístole ventricular, que é aqui, eu tenho que fazer QRS. E agora? Faz a sístole e ai termina o estimulo da sístole, logo depois faz a onda T, que é a repolarização, vai começar a diástole....


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