Avaliação Psicológica II - antecedentes PDF

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Antecedentes da testagem moderna no campo organizacional ...

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Universidade do Estado de Minas Gerais Professora Michelle Morelo Disciplina de Avaliação Psicológica II Isa Paula Vilela Peixoto

Antecedentes da testagem moderna no campo organizacional Há registros de testagem em 2000 anos a.C. na China, que investigavam o sujeito por meio de avaliações e testes de habilidades. Com o tempo, estas formas de avaliação foram inseridas no campo educacional, com avaliações de currículo, da história familiar, dentre outras, que era o processo de seleção para as universidades. A professora coloca que os sistemas hoje utilizados, como o ENEM e o vestibular, são muito criticados por sua análise mínima e reduzida do indivíduo. Foram criados sistemas para comparar e classificar as doenças na Alemanha e França do início do século XIX, pela pesquisa do normal e do patológico. Esquirol e Kraepelin estudaram o transtorno bipolar e a esquizofrenia. O foco nestas investigações eram a memória e as percepções sensoriais para identificar os sintomas de doenças. O laboratório de Wundt seguia estas técnicas. Havia a crença de que as características genéticas e físicas influenciavam na intelectualidade, como o tamanho do crânio e a proporção facial. Galton, aluno de Wundt, cria um laboratório antropométrico e estudava as questões hereditárias e genéticas. Realizou estudos com ervilhas, que culminou em seus estudos com gêmeos em 1876. Acreditava que existiam características melhores nos seres humanos, que poderiam ser identificadas para a criação de uma raça mais evoluída, em um contexto de eugenia. Alfred Binet cria o teste Binet-Simon com compreensão, vocabulário, reunindo 30 testes. Não foi construído um sistema de pontuação, o que foi aprimorado posteriormente. Construído na França, foi levado aos Estados Unidos pelo militar Lewis Terman, que fez sua tradução criando a escala Standford-Binet, que ainda é comercializado fora do Brasil. Karl Pearson desenvolveu as análises estatísticas, com a análise fatorial e as correlações, o que foi muito importante para perceber que os fenômenos psicológicos estão interligados. A curva normal foi utilizada por Pearson na psicologia para distribuir os sujeitos de acordo com um grau de normalidade relacionado a uma característica ou situação. Houve a classificação de pontuação da Stanford Binet Intelligence Scale que caracterizava os indivíduos entre gênio, muito superior, superior, normal, deficientes com borderline, burra, idiota, imbecil. Estes são termos capacitantes, que contribuem para a rotulação dos indivíduos, e não são mais utilizados na psicologia. Em troca, são utilizados os termos superior, médio e inferior. Spearman cria o conceito de fator G, que explica que a inteligência é formada por diversos fatores, sendo o pioneiro das chamadas inteligências múltiplas. As dividiu entre mecânica (habilidades manuais), verbal (comunicação, expressão corporal, fala), espacial (envolve

localização e movimentação) e numérica (habilidades com números, cálculos, raciocínio lógico). Juntas, formam o fator geral, que é a inteligência. Esta conceituação foi de extrema importância para a evolução teórica da psicologia, que divide os conceitos em mais de um componente. Frente à Primeira Guerra Mundial (1917), Terman utilizou os testes para identificar os níveis intelectuais dos recrutas, sendo criado o teste Army Alpha, realizado em grupo de maneira simples e rápida. Os testes eram realizados de maneira aglomerada, com os recrutas sentados ao chão, o que hoje é regulamentado, devendo haver um ambiente controlado. Os homens que eram negados nos testes eram considerados incapazes de servir à sua nação, sendo excluídos pela sociedade civil. Foi criado também o Army Beta posteriormente, o que se expandiu para a área organizacional e do trabalho. Goddard, um eugenista, utilizou os testes para o estudo de imigrantes, concluindo que cerca de 80% dos investigados possuíam “deficiência mental”. É necessário frisar que imigrantes não possuem a mesma língua nativa do teste aplicado, sendo necessário o uso de tradutores. Posteriormente, esta ação foi criticada já que alguns elementos não existem em outra cultura, não podendo ser apenas traduzidos. Devem ser padronizados, validados e adaptados para determinada cultura. Hoje existe a resolução 09/2018 que estabelece as regras de Avaliação Psicológica no Brasil e garante a padronização, a validade e a fidedignidade dos testes. Os testes podem ser utilizados para tomada de decisões, pesquisas psicológicas, autoconhecimentos, dentre outros. O site do SATEPSI reúne todos os testes disponíveis.

Indicações de Editoras: L e PM UBU – feminismo, alienação e liberdade, Perspectiva – bell hooks Boi tempo – marxista...