Biofísica da Audição PDF

Title Biofísica da Audição
Author Jessica Faria
Course Biofisica B
Institution Universidade Federal do Rio de Janeiro
Pages 5
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Summary

Resumo sobre biofisica da audição voltado para disciplina de Biofísica....


Description

BIOFÍSICA DA AUDIÇÃO O que é o som? O som é uma onda mecânica e por ser uma onda mecânica, ele precisa de matéria para se propagar – motivo pelo qual ele não se propaga no vácuo – e essa matéria precisa se comprimir e descomprimir em uma frequência conhecida ou determinada. As ondas sonoras têm características interessante que nós aprendemos a usar ao longo do tempo, como por exemplo usá-las de uma maneira que o som consiga ser refletido e amplificado, como em uma concha acústica que era muito observada em anfiteatros antigos. Isso se deve ao fato do som ter uma propriedade de onda que quando a onda é rebatida, ela é rebatida no mesmo ângulo de incidência, ou seja, essas ondas que antes seriam emitidas pra cima e não atingiriam ninguém, agora serão rebatidas pela presença do anteparo (a concha) e conseguem chegar a receptores mais distantes. Interferência de Ondas Quando temos duas ou mais ondas, viajando no mesmo meio independentemente, podemos ter situações onde elas passam uma através da outra. Temos a soma das ondas, que pode resultar numa interferência construtiva, as amplitudes das ondas somam-se, como na figura abaixo. Outra situação de interferência entre ondas é a destrutiva, o máximo de uma onda coincide com o mínimo de outra onda, igual em amplitude, mas com sinais diferentes, no local do encontro teremos amplitude zero.

Um exemplo real de interferência de ondas é o Templo de Kukulcán e sua escadaria, em que se uma pessoa bate palmas em frente a ela, a interferência que cada grau provoca nessa onda que está sendo propagada pela escadaria cria um som semelhante ao barulho que a ave símbolo desse templo fazia.

Através do nosso sistema auditivo, nós conseguimos perceber a intensidade das ondas, o timbre do som e a altura do som (grave e agudo). Em relação a intensidade, o que nós percebemos está diretamente ligado a uma característica da onda. Ela corresponde ao nível de energia sonora no movimento ondulatório, é medida pela amplitude.

e

Já o timbre também se denomina qualidade e corresponde ao somatório de frequências harmônicas. Nós temos essa percepção por termos a capacidade de separar essas ondas harmônicas independentemente. O timbre é uma marca causada pela sobreposição de vários tons.

Materiais mais densos propagam melhor o som e por isso nós possuímos ossículos dentro do ouvido, para a passagem do som ser melhor. Além disso, o som também se propaga melhor no calor, porque como as moléculas estão vibrando em uma temperatura mais quente, é mais fácil desloca-las de uma forma mais harmônica do que se todas elas estivessem paradas, o que oferecia mais resistência a passagem do som. O Sistema Auditivo

A cóclea é repleta de células ciliadas que são responsáveis por perceber a vibração que é gerada no liquido depois que a cóclea recebe o estimula externo pela janela oval. São esses cílios que transformam esse estimulo em impulso elétrico (potencial de ação), pois essas células ciliadas são ligadas a canais iônicos e o liquido presente na cóclea é carregado de sais. O movimento dos cílios pelo liquido carregado de íons promove a despolarização e

consequentemente um potencial de ação, conduzido por nervos e interpretado pelo cérebro. Outra característica importante da cóclea é o seu formato em forma de concha, que permite um refinamento melhor de todas as vibrações que chegam nela e por isso conseguimos diferenciar e ter uma acurácia muito boa de todos os sons que ouvimos, como uma análise qualitativa do som. Além disso, os cílios presentes nas células da cóclea têm tamanhos irregulares para que mesmo que tenhamos estímulos sonoros muito baixos, eles possam ser captados – nesse caso pelo cílio maior, que vibra com mais facilidade, pois se só existissem cílios pequenos, talvez um som muito baixo não fosse estimulo suficiente para gerar um potencial de ação. Os cílios maiores são os primeiros a perder a capacidade de funcionar com sons mais intensos, já que eles vibram muito. Existem dois tipos de surdez: a surdez condutiva e a surdez sensorioneural. A surdez condutiva corresponde a incapacidade do estimulo transmitido pelo ar chegar na cóclea para ser transformado em estimulo elétrico, como por exemplo desgaste dos ossículos do ouvido interno. Já a surdez sensorioneural é a surdez correspondente a problemas do nervo coclear em diante.

O ouvido também é responsável pelo equilíbrio graças a presença do sistema vestibular, que te diz a posição e o movimento da cabeça em relação ao resto do corpo e ao meio a sua volta. O sistema vestibular é constituído por uma estrutura óssea dentro da qual se encontra um sistema de tubos membranosos cheios de líquido, cujo movimento – provocado por movimentos da cabeça – estimula células ciliadas que enviam impulsos nervosos ao cérebro ou diretamente a centros que controlam o movimento dos olhos ou os músculos que mantêm o corpo numa posição de equilíbrio.

O reflexo vestíbulo ocular é um movimento ocular de reflexo que estabiliza as imagens na retina durante o movimento da cabeça ao produzir um movimento ocular na direção oposta ao movimento da cabeça, desta maneira preservando a imagem no centro do campo visual. Por exemplo, quando a cabeça se move para a direita, os olhos se movem para a esquerda, e vice-versa....


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