Candida Albicans EM Bovinos PDF

Title Candida Albicans EM Bovinos
Author Karen Reis
Course Clínica Cirúrgica De Grandes Animais
Institution Universidade Cruzeiro do Sul
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CANDIDA ALBICANS EM BOVINOS O termo “sapinho” é bastante conhecido como referindo-se à infecção pelo fungo Candida albicans na mucosa oral em seres humanos, especialmente crianças e pessoas imunossuprimidas. Porém, também existe o “sapinho” em bovinos, particularmente nos animais jovens. Mas será que é o mesmo “sapinho” dos humanos? Na realidade, a resposta é: não. O “sapinho” de bezerros é o nome muitas vezes usado para designar a difteria, doença que acomete em particular as crias em aleitamento, frequentemente, quando ocorre a erupção dos primeiros dentes. Na maior parte das vezes, a doença é causada pelo microrganismo Spherophorus necrophorus, que penetra no organismo através das feridas na mucosa da boca e da garganta. Este germe é parte da flora normal da cavidade oral, do trato intestinal e genital de muitos herbívoros, e está difundido no meio ambiente. Pode afetar a laringe (laringite necrótica) ou a cavidade oral (estomatite necrótica), caracterizada por febre e ulceração, assim como edemaciação das estruturas comprometidas. Geralmente afetam bezerros com menos de três meses de idade. As lesões são úlceras necróticas de profundidade variável nas membranas da mucosa oral, como mostra a fotografia abaixo, ou faringiana. É comum se produzir membranas cuprosas ou diftéricas. As partes mais afetadas com maior frequência são a língua, particularmente suas bordas, os lábios e o revestimento da laringe. Em caso mais graves estas lesões se estendem a cavidade nasal, laringe, traqueia e, inclusive, pulmão. O processo se inicia com inflamação da mucosa bucal, que se torna avermelhada e seca, e com a formação de placas amareladas ou brancacentas, delgadas e confluentes de tecido pseudomembranoso sobre as gengivas, as comissuras labiais, as bochechas e a ponta da língua. Os animais não conseguem mamar nem sentem disposição para comer. Além disso, começam a babar e apresentam respiração difícil, tosse e febre. A doença, em sua forma aguda, leva à morte em duas semanas. A principal forma de profilaxia consiste no fornecimento adequado do colostro aos animais logo após o nascimento, pois assim aumentam suas chances de ter uma boa imunidade. Os cuidados com manejo do bezerro e manejo ambiental também são essenciais. Além disso, deve-se fazer a separação dos animais doentes logo aos primeiros sintomas, limpeza e desinfecção dos alojamentos e abolição de forragens grosseiras e muito áspera. Quando em fase adiantada, todos os tratamentos conhecidos são pouco eficientes. Na fase inicial, o uso de desinfetantes e de bicarbonato de sódio sobre a mucosa bucal é recomendado, bem como a aplicação de derivados de sulfa e antibiótico.

Outras estomatites Porém, o termo “sapinho” também é comumente usado referindo-se a outras inflamações da boca e das papilas gustativas de bezerros, geralmente consequência de outras doenças de base, como por exemplo, diarreia. Uma prática bastante comum em fazendas é raspar a língua dos bezerros, antes da aplicação de bicarbonato de sódio, limão ou outras substâncias, mas isso não é recomendado. Nesse caso, a recomendação é que se investigue a verdadeira etiologia da estomatite e, se for o caso, que se trate a doença de base. Fontes consultadas: Enciclopédia agrícola brasileira: S-Z, por Julio Seabra Inglez Souza, Aristeu Mendes Peixoto, Francisco Ferraz de Toledo. Estomatite necrótica em bezerro (http://nelsonferreiralucio.blogspot.com/2014/02/estomatite-necrotica-embezerro.html)...


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