Ciclo reprodutivo dos animais domésticos PDF

Title Ciclo reprodutivo dos animais domésticos
Course Fisiopalogia da reprodução
Institution Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Ciclo reprodutivo dos animais domésticos → O ciclo reprodutivo dos animais domésticos residem na importância da áreas reprodutiva e outras finalidades para a medicina veterinária, como a importância clínica, produtiva (principalmente em rebanho de corte e leite) e importância econômica (propriedades e canis). A importância de se conhecer o ciclo estral também estão na clínica, de pequenos animais, de grandes animais, com problemas reprodutivos, reconhecendo um problema hormonal, diferenciando-o de outras causas. → Ciclo estral: fenômenos rítmicos observados em alguns mamíferos nos quais há períodos regulares, mas limitados de receptividade sexual, que ocorrem a intervalos característicos de cada espécie. Compreende as modificações periódicas que sofrem as diversas mudanças da fêmea. Conceitos: período cíclico entre dois estros ou cios consecutivos no mesmo animal. Pe´riodo cíclico entre duas ovulações consecutiva no mesmo animal. → Classificação quanto ao tipo de ovulação:  Espontânea:  Induzida: na maioria das vezes pelo coito ou via hormonal → Classificação quanto a estação reprodutiva:  Estacional  Não estacional: ao longo do ano. → Classificação quanto ao número de cio:  Monoéstrico  Poliestrico → Felídeos e canídeos são de ovulação induzida, diferente das ovelhas das cabras e outros, que ocorre de forma natural. Os pequenos ruminantes e equinos possuem estação reprodutiva. A cadela são monoéstricas e os pequenos ruminantes, equinos são poliéstricos.

→ A hipófise manda um sinal através do FSH, onde terá o crescimento de vários folículos, os quais produzem estrógeno. Um dos folículos se torna dominante, chamado de folículo antral, havendo uma queda do FSH, uma vez que esse folículo produz inibina, que inibe a liberação de FSH, para que ouros folículos não começam a se desenvolver. N ovelha por exemplo possuem dois foliculos dominantes, mas outras espécies isso não ocorre. Ocorre queda do FSH e estímulo de LH. O estrógeno produzido estimula a produção de LH, que age no ovário induzindo a ovulação. Após a ovulação, forma-se o corpo lúteo que produz progesterona. Neste momento o animal não apresenta comportamento de receptividade sexual e o aparelho reprodutivo está apto para a gestação. Assim,

uma das opções é a P4 continuar elevada se ocorrer a fecundação. Quando não há a fecundação, ocorre luteólise do CL, através da produção de prostaglandina que lisa este CL, reiniciando o ciclo estral. → O ciclo é dividido em fase folicular e fase luteal. A primeira compreende o proestro e estro, onde se destaca o estrógeno, e a fase luteal que compreende metaestro e diestro, onde se destaca a progesterona.

Figura 1 – Duração em dias do ciclo estral, em média. Observar que a maior fase do ciclo estral está sob influência da progesterona (diestro).

→ Metaestro:  Comportamento pouco característico (diminuição do estrógeno)  Ginecológico: muco sanguinolento (bovinos)  Exame retal: sem estrutura palpável (porque já houve a ovulação e o CL está ainda em formação), útero pouco contrátil  Histologia: proliferação glandular.  A vaca ovula no período de metaestro. → Diestro: CL está funcional Comportamento de repouso sexual (o organismo está sendo preparado para gestação) Ginecológico: o canal cervical está fechado, mucosa pálida, pouco muco com baixa viscosidade; Exame retal: presença de CL a partir do 5 dia do ciclo estral, o útero está sem contratilidade ou relaxado (relaxamento da musculatura); Cl ainda em desenvolvimento e com maturação completa entre o 8 e 12 dia Histológico: glândula uterinas funcionais (produção do leite uterino – fase secretória do endométrio). → Proestro: fase em que o CL está entrando em regressão e inicia-se a influência do estrógeno  Comportamento: manifestação psíquicas. As vacas domesticas tendência para aproximação a outros animais, salta sobre as companheiras e não aceita a monta. A égua vocaliza com micção frequente;  Ginecológico: edema de vulva, aumento de secreção;  Histológico: início da fase proliferativa do endométrio  Ação sinérgica da FSH e LH sobre as células da teca interna e da granulosa do ovário.  Exame retal: útero mais contrátil, túrgido devido a vascular; ovário com folículo flutuante. → Estro: ocorre o pico de estrógeno  Comportamento: receptividade sexual  Ginecológico: intensa hiperemiadas mucosas, acumulo de muco e canal cervical aberto;  Exame retal: folículo com intensa flutuação, útero com grande contratilidade, túrgido ao toque;  Histológico: hipertrofia e hiperplasia da mucosa uterina (fase proliferativa). → As duas grandes fases do ciclo reprodutivo compreende: Fase folicular: desenvolvimento e maturação dos folículos ovarianos, fase de cio e estro; ocorre ovulação e o mecanismo de defesa bacteriana estão mais ativos. Fase luteal: ovulação das vacas, desenvolvimento, maturação e regressão do CL, mecanismos de defesa antibacterianas do trato reprodutivo estão menos ativos. → Anestro: traduz um estado de incompleta de atividade sexual sem manifestação de cio. Embora seja observado durante algumas condições fisiológicas. Pode ser um sintoma temporário ou permanente. Fisiologicamente pode ocorre durante a gestação, períodos sazonais, período pós-parto:

Anestro gestacional: e um indicativo de que a fêmea pode estar prenhe; previne uma nova gestação antes da desmama; quase todas as fêmeas de mamíferos tem anestro gestacional – exceto égua. A égua pode ovular durante a gestação e se tornar receptiva ou não (neste caso separa-se a égua). Anestro sazonal: revenir a concepção durante uma período de ano que as condições de desenvolvimento do embrião seriam baixas. Anestro pós-parto: se estende por parte até o aparecimento do primeiro cio; torno de 40 a 45 dias; também conhecido como puerpério, onde o animal não tem condições de albergar outro filhote; involução uterina; restabelecimento da atividade ovariana. → Dependendo da espécie durante a lactação pode impedir o cio, como as raças Zebuínas, por exemplo. Particularidades das principais espécies domesticas → Vaca: poliéstrica não sazonal de ovulação espontânea. A duração média do CE é de 21 dias, do estro é de 18 horas e ovulação ocorre de 10 a 12 horas após o término do coito ou 30 dias após o início do estro. Sinais de cio: descarga de muco, edema, micção e mugido frequentes, diminuição da produção de leite e aceitação de monta (característico). → Búfala: poliéstrica não sazonal de ovulação espontânea. A duração do CE é de 21 dias e do estro de 21 horas e ovulação ocorre de 15 a 20 horas após o término do cio. Sinais de cio: semelhante as vacas, sendo o principal a aceitação da monta. → Porca: poliéstrica não sazonal de ovulação espontânea. A porca é considerada poliovulatória (mais de uma ovulação), com duração do CE de 19 e 20 dias e estro de 48 a 72 horas e ovulação de 35 a 45 horas após o início do cio. Sinais o cio: inquietação, hiperemia, edema de vulva, resposta permanente ao macho (reflexo de tolerância ao macho tratador que pressiona as costas da porca, e esta arqueia as costas, fica imóvel e ergue as orelhas. → Fotoperíodo: é o tempo e exposição à luz que as plantas e animais recebem por dia. E zonas temperadas cabras e ovelhas apresentam tendência a ciclar numa época específica (outono - dias curtos) e as éguas e gatas na primavera (dias longos). Em zonas tropicais a tendência é de reprodução o ano todo, como no Brasil, em regiões mais próximas ao Equador. A melatonina é sintetizada e secretada durante a noite (ciclo escuro do dia) pela glândula pineal. Logo quanto maior o período escuro maior a produção de melatonina (não muda para pequenos ruminantes e a égua). A diferença e que a maior concentração de melatonina nas ovelhas e cabras estimula os ovários, e na égua a maior concentração da melatonina inibe os ovários. Logo, quanto menor os dias e maior as noites, as cabras e ovelhas tendem a ciclar e quanto e quanto maior os dias e menos ar noites as éguas e gatass tendem a ciclar. A diminuição da luz solar, esta e sentida pela retina estimulando a produção de melatonina. Esta dependendo da espécie estimula ou inibe o hipotálamo na rodução de GnRH. → Cabras: poliéstrica sazonal de dias curtos. A duração do CE é de 21 dias e do estro de 30 a 35 horas e a ovulação é de 30 a 33 horas após o início do cio. Sinais de cio: edema e hiperemia de vulva, rocura o macho, abana a cauda repetidamente e aceta a monta. → Ovelha: poliestrica sazonal de dias curtos e ovulação espontânea. A duração do CE é de 16-17 dias e do estro 24 a 36 horas e a ovulação ocorre 30 a 36 horas após o início do cio. Sinais de cio: inquietação, se afasta do rebanho, procura o macho e aceita a monta. → Égua: poliéstrica sazonal de dias longos de ovulação espontânea. A duração do CE é de 19-25 dias, do estro 4-8 dias (égua fica 7 dias em estro e 11 a 14 dias em diestro) e ovulação ocorre 24 a 48 horas antes do fim do cio. Sinais de cio: inquietação, permite a aproximação do macho, eleva a cauda e a coloca pro lado, exposição do clitóris, micção e aceitação de monta. → Gatas: poliéstrica sazonal de dias longos e ovulação induzida. A duração média do CE é de 14-21 dias, do estro de 5-7 dias e a ovulação ocorre 24-32 horas após o coito (ovulação após a cópula). Está relacionada também a temperatura e raça. Depende da ocorrência ou não de ovulação, assim como do sucesso ou insucesso da concepção. Ocorre pseudogestação e/ou piometra caso ela ovule e não seja fertilizada (macho inértil) ou se ela for estimulada a ovular através de medicamentos e não for coberta. Ocorre o que se chama de interestro caso não ocorra a ovulação e o período entre um estro e outro é chamado de interestro. No primeiro caso o animal tende a apresentar

cio a cada dois meses, e no segundo o animal apresenta cio mais de uma vez no mês ou o mês inteiro (principalmente nos meses de dias longos). Sinais de cio: cauda elevada para um dos lados, patas da frente presas ao chão e quadril elevado, som característico para chamar o machos, demonstra mais afeto aos donos, perda de apetite, aceita o machos, arrasta-se pelo chão, rola sobre si, esfregar o corpo em objetos.

→ Cadela: monoéstrica não sazonal de ovulação espontânea com duração do CE de 100 dias, do estro de 7-10 dias e a ovulação ocorre 24 a 48 horas após o início do cio. O ciclo estral da cadela apresenta basicamente três fases: proestro, estro, diestro e um período de inatividade funcional ovárica (anestro) que dura determinado período. Para saber se a fêmea já ovulou ou está para ovular, avalia-se a concentração de P4 que oscila pouco ao longo do ciclo diferentemente do estrógeno que oscila sua contração ao longo de todo o ciclo. Sinais de cio: fim do sangramento; hiperemia e edema de vulva; aceita o macho o macho (queda do estrógeno). → Considerações finais:  Identifique problemas, doenças, situações que necessitam ser modificadas em um animal ou propriedade;  Faça uso de biotécnicas da reprodução (manipulação de ciclo estral, inseminação artificial, superovulação);  Proponha solução específica para cada situação, com rapidez e eficiência....


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