Title | Ciclo Estral - Resumo Teriogenologia de Grandes Animais |
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Author | Mariana Omori |
Course | Teriogenologia de Grandes Animais |
Institution | Universidade Estadual de Londrina |
Pages | 2 |
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Resumo bem completo...
Ciclo estral Antes da puberdade tem atividade folicular, mas irregular, mediado por fatores locais e que na grande maioria das vezes se resumem a atresia folicular A glândula pineal/epífise é a principal responsável por coibir a atividade sexual antes da puberdade; ela impede a conexão endócrina do eixo hipotálamo-hipófise-gônada O acúmulo de gordura é o principal sinalizador metabólico que avisa a epífise que a fêmea está pronta para atingir a maturidade sexual Em geral, o organismo só começa a acumular gordura, quando atinge o patamar ideal de crescimento Quando a epífise deixa de restringir o hipotálamo, ele começa a secretar GnRH – FSH e LH (gonadotrofinas) As gonadotrofinas têm afinidade pelas gônadas – ovários no caso das fêmeas Os folículos antrais são as estruturas alvo das gonadotrofinas – FSH no caso Até o folículo chegar no estágio antral, leva em média 60-70 dias Na transição do folículo secundário para terciário, ele é ativado, saiu do pool de reserva, se encontra responsivo e apresenta receptores para o FSH nas células da granulosa O hormônio folículo estimulante (FSH) promove o crescimento folicular porque estimula mitoses – mitógeno A cada ciclo, vários folículos são recrutados da reserva ovariana – é como um mecanismo de garantia que pelo menos um esteja apto para ovular
Dinâmica folicular Dia 0: ovulação – começa o crescimento folicular (antral) estimulado pelo FSH, possível ver pelo ultrassom pelo antro (líquido) Dia 4-5: um folículo se destaca dos demais – folículo dominante – e inibe o crescimento dos outros O estrógeno (E2) do folículo dominante tem ação sobre o FSH Logo após a ovulação, forma-se o corpo hemorrágico e depois o corpo lúteo. Este secreta a progesterona (P4) A combinação de E2 + P4 causa uma supressão de FSH A P4 exerce uma inibição seletiva para o LH – impede a liberação de LH da adeno-hipófise (continua sendo produzido, só não é liberado)
O nível de LH fica baixo, mas não está no zero, tem um nível basal de LH que é suficiente para o folículo dominante continuar crescer – exercer a dominância O folículo dominante expressa receptores para LH mais cedo que os demais; e este também tem ação mitogênica O folículo dominante não depende de FSH, mas sim de LH para crescer O pico de LH é fundamental para haver a ovulação; enquanto tiver muita progesterona, não tem ovulação Sem o pico de LH, o folículo dominante vai regredir, gerando diminuição de E2, que leva ao pico de FSH, estimula outros folículos a crescer, surge outro dominante – nova onda Dia 15-17: o corpo lúteo começa a secretar ocitocina (OT) que é o agente desencadeador da luteólise – por um mecanismo contracorrente da artéria uterina, chega ao endométrio e estimula as células endometriais a secretar prostaglandina (PGF2-α) Feed back positivo: quando mais PGF2-α é produzida, mais ocitocina é liberada; e vice versa A PGF2-α é o agente luteolítico – por um mecanismo de vasoconstrição (cerceamento do aporte vascular para o corpo lúteo) A queda abrupta de P4, leva a liberação de todo LH que estava sendo produzido e armazenado na hipófise (que a P4 não deixava liberar) – pico de LH – ovulação O E2 secretado pelo folículo ovulatório, sem a P4, aumenta a responsividade dos receptores da OT no útero; ou seja, o E2 participa da luteolise como fator coadjuvante O E2 também estimula a hipófise a liberar LH Quando aplica prostaglandina em vários animais, um ovula em dois dias e outro em cinco porque o folículo dominante de cada um estava em estágio diferente O oócito liberado vai para a tuba uterina, permanece lá por uns sete dias, é capturado pelas fímbrias e vai para o útero Se o oócito fecundou, a P4 vai manter alta para manter a gestação O embrião secreta intérferon-tau) (IFN- τ) que bloqueia a síntese de prostaglandina Havendo embrião no útero, o corpo lúteo secreta OT, mas ela não vai desencadear a produção de prostaglandina por causa do IFN- τ A quantidade de ondas pode ser modulada pela dieta; vaca leiteira ou que tem alta ingestão de concentrado, tendem a ter duas ondas; vacas a pasto ou vacas vazias (que não estão lactando) tendem a ter três ondas....