Ciclo estral cabra e ovelha PDF

Title Ciclo estral cabra e ovelha
Course Ginecologia Veterinária
Institution Universidade Estadual do Centro-Oeste
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resumo ciclo estral cabra e ovelha...


Description

Ginecolgia Veterinária Aluna: Adriele Aparecida Zigtik CICLO ESTRAL OVELHA E CABRA A ovelha e cabra são de classificação poliéstrica estacional de dia curto. O estímulo para a manifestação e/ou intensificação dos fenômenos reprodutivos é o decréscimo no número de horas de luz por dia (fotoperíodo). A atividade reprodutiva é dividida em estações de anestro que ocorre no início do inverno ao início do verão, de transição sendo no verão e de acasalamento no final do verão ao início do inverno. De forma geral o esplendor reprodutivo ocorre no outono. O ciclo estral é o ritmo funcional dos órgãos reprodutivos femininos que se estabelece a partir da puberdade. O aparecimento da puberdade determina o início da atividade sexual, desse modo, as fêmeas atingem a puberdade quando ocorre o aparecimento do primeiro estro. O ciclo estral na ovelha e na cabra tem respectivamente uma duração média de 17 e 21 dias, apresentando uma fase luteínica de 13 e 17 dias e uma fase folicular de 4 dias. O ciclo estral da ovelha divide-se em quatro fases: proestro, estro, metaestro e diestro. Na fase de proestro, que possui uma duração de 2 dias, o hipotálamo secreta o hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH), que estimula a hipófise a secretar o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), os quais atuam nos ovários, promovendo o desenvolvimento do folículo. Ainda, no folículo, ocorre a secreção do estrogênio, hormônio responsável pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais, pelas características sexuais secundárias e pelo cio ou estro que é a próxima fase do ciclo estral. Nesta fase ocorre a ovulação. Durante

a

estação

reprodutiva,

o

cio

aparece

em

intervalos

de

aproximadamente 17 dias. A duração do ciclo estral pode ser influenciada pela raça, pelo estágio da estação de monta, pela idade ou por estresse ambiental. Estes mesmos fatores podem afetar a duração do estro que varia de 30 a 48 horas, sendo que a ovulação ocorre no terço final deste período. O cio das borregas pode ter uma duração mais curta em até 10 horas. Neste período a fêmea se torna receptiva ao macho. Depois da ovulação, ocorrem as fases de metaestro e diestro onde têm uma duração aproximada de 13 a 14 dias, quando a secreção de progesterona pelo corpo lúteo, aumenta nos próximos 8 a 9 dias após a ovulação. Em ovelhas gestantes, os

níveis plasmáticos de progesterona continuam elevados e a ovulação não mais ocorre. Na ausência do desenvolvimento embrionário, e influenciada pelos esteróides foliculares, a prostaglandina F2 é liberada pelo útero por volta do 13 o dia do ciclo. Esta fase é caracterizada pela regressão do corpo lúteo e declínio na liberação de progesterona o que permite a maturação folicular, a ocorrência de um novo estro, a liberação do hormônio luteinizante (LH) e a ovulação. O ciclo estral da cabra também dividido em quatro fases, caracterizado por manifestações ou modificações orgânicas específicas e diferentes períodos de duração. O proestro e o estro ocorrem na fase de desenvolvimento folicular, quando predominam as ações estrogênicas; o metaestro e o diestro ocorrem na fase luteínica, com predomínio das ações progesterônicas. Corresponde ao período delimitado por dois estros, a cabra manifesta ciclos que se sucedem a intervalos em torno de 21 dias. O dia da ocorrência do estro é definido como o dia 0 do ciclo. O nível crescente e elevado de 17-β estradiol é responsável pelo comportamento de estro. O estro da cabra dura de 24 a 48 horas. Os sinais são inquietação, agitação constante e rápida da cauda, podendo ter apetite reduzido e diminuição da produção de leite, a vulva pode ficar edemaciada e um corrimento mucoso pela vagina pode ser evidente. Se o óvulo for fertilizado, o corpo lúteo será mantido durante toda a gestação, agindo como fonte de progesterona para a manutenção da mesma, a gestação da cabra é corpo lúteo dependente. Quando a fecundação e a concepção não ocorrem, as glândulas endometriais sintetizam e secretam prostaglandina F2-alfa (PGF2-alfa) sob a influência da oxitocina de origem nos ovários e sua ação leva a luteólise, determinando um novo ciclo. Os comportamentos e alterações observadas nas cabras e nas ovelhas durante cada fase do clico estral são semelhantes. No proestro ocorre o início da produção de muco pela vulva e vagina. É o período em que a fêmea se mostra agitada, mas ainda não aceita a monta. Também ocorre um aumento gradativo na vascularização e tônus muscular dos órgãos genitais e o relaxamento da cérvix. Na fase de estro ocorre micção constante, agitação da cauda e diminuição na ingestão de alimentos. Nesse período a fêmea deixa ser montada pelo macho. No metaestro ocorre a ovulação, porém é de difícil caracterização. No diestro a fêmea volta a recusar a monta, seu endométrio fica mais espesso e aumenta a atividade glandular, a cérvix se fecha, há relaxamento da musculatura genital e uma diminuição na vascularização.

REFERÊNCIAS DA FONSECA, J. F. Estratégias para o controle do ciclo estral e superovulação em ovinos e caprinos. In: Embrapa Caprinos e Ovinos-Artigo em anais de congresso (ALICE). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE REPRODUÇÃO ANIMAL, 16, 2005, Goiânia. Anais... Belo Horizonte: Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, 2005. 9 f. 1 CD-ROM., 2005. DA FONSECA, Jeferson Ferreira et al. Biotecnologias aplicadas à reprodução de ovinos e caprinos. Embrapa Gado de Leite-Livro técnico (INFOTECA-E), 2014. LOBATO, Ernesto et al. Fisiologia reprodutiva de ovinos. PUBVET, v. 7, p. 1568-1574, 2013. MAIA, Keilla Moreira; BEZERRA, Ana Carla Diógenes Suassuna. Controle do ciclo estral em caprinos: revisão. Acta Veterinaria Brasilica, p. S14-S19, 2010....


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