Title | Oxidação de Aminoácidos e Ciclo da Ureia |
---|---|
Course | Bioquímica I |
Institution | Universidade Federal de São Paulo |
Pages | 5 |
File Size | 128 KB |
File Type | |
Total Downloads | 67 |
Total Views | 141 |
resumo de bioquímica...
OXIDAÇÃO DE AMINOÁCIDOS E PRODUÇÃO DE UREIA Produção de energia a partir de aminoácidos o Nem todos os organismos realizam esse processo na intensidade do homem A degradação ocorre nas circunstâncias: o Durante a síntese e a degradação normais de proteínas celulares – os aminoácidos que não são necessários para a biossíntese de novas proteínas o Quando uma dieta é rica em proteínas e os aminoácidos ingeridos excedem as necessidades do organismo para a síntese proteica – excesso é catabolizado o Durante o jejum ou no diabetes melito não controlado, utilizados de modo inadequado, as proteínas celulares são utilizadas como combustível Perda do grupo amino para formar α-cetoácidos (esqueletos carbônicos dos aminoácidos), que sofrem oxidação a CO 2 e H2 O ou fornecem unidades que serão usadas para formar glicose Maior parte da degradação é realizada pelo fígado DESTINOS METABÓLICOS DOS GRUPOS AMINO Amônia é usada para biossíntese ou convertida para excreção pelo fígado Aminoácidos mais importantes no metabolismo do nitrogênio: glutamato, glutamina, alanina e aspartato os mais facilmente convertidos no ciclo do ácido cítrico o Alanina piruvato o Aspartato oxalacetato o Glutamato e glutamina α-cetoglutarato Excesso de amônio é convertido no nitrogênio amídico da glutamina que circula até entrar na mitocôndria hepática AS PROTEÍNAS DA DIETA SÃO ENZIMATICAMENTE DEGRADAS ATÉ AMINOÁCIDOS Estímulo da gastrina, que estimula secreção de HCl que induz a formação de pepsina a partir de pepsinogênio Estímulo da secretina, no intestino delgado, que estimula o pâncreas a secretar bicarbonato no intestino delgado, aumentando o pH.(todas as secreções pancreáticas chegam ao intestino delgado pelo ducto pancreático) Liberação de colecistocinina, que estimula a secreção de diversas enzimas pancreáticas com atividades ótimas em pH 7- 8 tripsinogênio, quimotripsinogênio, procarboxipeptidases A e B são secretados pelo pâncreas. O PIRIDOXAL-FOSFATO PARTICIPA DA TRANSFERÊNCIA DE GRUPOS α - AMINO PARA O α CETOGLUTARATO Primeira etapa é a remoção de seus grupos α-amino, realizada por enzimas denominadas aminotransferases ou transaminases: o grupo α-amino é transferido para o carbono α do α - cetoglutarato, liberando o correspondente α -cetoácidos, análogo do aminoácido o Glutamato serve como doador de grupos amino para vias sintéticas ou para vias de excreção, que levam à eliminação de produtos nitrogenados
As reações catalisadas pelas aminotransferases são livremente reversíveis, tendo uma constante de equilíbrio de cerca de 1 O grupo prostético de todas as aminotransferases é o piridoxal fosfato (PLP), a forma de coenzima da piridoxina ou vitamina B6 o O piridoxal fosfato funciona como carreador intermediário de grupos amino, no sítio ativo das aminotransferases. Sofre transformações reversíveis entre sua forma aldeídica (que aceita amino) e sua forma aminada (que doa amino para um α-cetoácido) o Geralmente, encontra-se ligado covalentemente ao sítio ativo da enzima por meio de uma ligação aldimina com o grupo ϵ-amino de um resíduo de lisina Aminotransferases são exemplos de enzimas que catalisam reações bimoleculares de pingue-pongue, nas quais o primeiro substrato reage e o produto deve deixar o sítio ativo antes que o segundo substrato possa se ligar: o aminoácido liga-se ao sítio ativo, doa seu grupo amino ao piridoxal-fosfato e deixa o sítio na forma de um α-cetoácido. O outro α-cetoácido, que funciona como um substrato, se liga então ao sítio ativo, aceita o grupo amino da piridoxamina-fosfato e deixa o spitio ativo na forma de um aminoácido
O GLUTAMATO LIBERA SEU GRUPO AMINO NA FORMA DE AMÔNIA NO FÍGADO Grupo amino de muitos α-aminoácidos são coletados, no fígado, na forma de L-glutamato. Nos hepatócitos, o glutamato é transportado do citosol para a mitocôndria, onde sofre desaminação oxidativa, catalisada pela L-glutamato-desidrogenase (única enzima que usa NAD+ ou NADP+ como aceptor de equivalentes redutores). Transdesaminação é a ação combinada de uma glutamato-desidrogenase com uma aminotransferase. O α -cetoglutarato formado a partir da desaminação do glutamato pode ser utilizado no ciclo do ácido cítrico e para a síntese de glicose. A GLUTAMATO DESIDROGENASE ATUA EM UMA IMPORTANTE INTERSECÇÃO DO METABOLISMO DO CARBONO E DO NITROGÊNIO ação influenciada por um arranjo complicado de moduladores alostéricos: modulador positivo ADP e o modulador negativo GTP; se ativação permanente hiperinsulinismo (causa hipoglicemia) com hiperamonemia
A GLUTAMINA TRANSPORTA A AMÔNIA NA CORRENTE SANGUÍNEA Amônia é transportada pela transformação de glutamato em L-glutamina (ação da glutaminasintetase, com uso de ATP). Vantagem: glutamina não é tóxica, fica no sangue e é usada para doar amônio para biossíntese. Glutamina: transportada para os rins, fígado e intestino para ser processada. Quando há glutamina em excesso, ela vai para o fígado, há ação da glutaminase, que converte em glutamato e amônia. O amônio vai ser usada para a síntese de ureia. Na acidose, há um aumento do processamento da glutamina pelos rins. O amônio é excretada diretamente na urina. O bicarbonato produzido pela descarboxilação do αcetoglutarato no ciclo do ácido cítrico também pode funcionar como tampão no plasma sanguíneo. contrabalançar a acidose A ALANINA TRANSPORTA A AMÔNIA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS PARA O FÍGADO Ciclo da glicose-alanina
Glutamato pode transferir amônio ao piruvato pela ação da alanina-aminotransferase. A alanina passa para o sangue e segue para o fígado. A alanina-aminotransferase transfere o grupo amino para o α-cetoglutarato, formando piruvato e glutamato. O glutamato então entra na mitocôndria, onde a reação libera amônio ou sofre transaminação com o oxalacetato para formar aspartato, outro doador de nitrogênio para a síntese de ureia. Esse ciclo de refazer a glicose no fígado a partir de piruvato transformado em alanina pelo músculo ajuda a impor o trabalho ao fígado, e todo o ATP disponível no músculo é destinado à contração muscular. A AMÔNIA É TÓXICA PARA OS ANIMAIS Intoxicação: coma, edema cerebral e aumento da PIC (depleção de ATP no cérebro). Amônia atravessa facilmente a barreira hematoencefálica perda de neurônios, alteração na formação de sinapses e deficiência geral no metabolismo energético celular em cérebros em desenvolvimento. A retirada de amônia ocorre pela redução do α-cetoglutarato a glutamato e a conversão em glutamina. Altos níveis de amônio levam a um fluxo osmótico de água nos astrócitos, causando edema. EXCREÇÃO DE NITROGÊNIO E CICLO DA UREIA Conversão da amônia depositada na mitocôndria dos hepatócitos é convertida em ureia no ciclo da ureia. A UREIA É PRODUZIDA A PARTIR DA AMÔNIA POR MEIO DE CINCO ETAPAS ENZIMÁTICAS Ocorre dentro da mitocôndria hepática, mas três etapas ocorrem no citosol. O primeiro grupo amino que entra no ciclo da ureia é derivado da amônia na matriz mitocondrial. O fígado também recebe amônia pela veia porta, que provém da ação de bactérias no intestino. Com CO2 (da respiração), forma carbamoil-fosfato. Essa reação é catalisada pela carbamoil-fosfato-sintetase I, enzima regulatória (cuja forma mitocondrial é diferente da citosólica). O carbamoil doa seu grupo carbamoila para a ornitina, formando citrulina, com a liberação de fosfato inorgânico. A reação é catalisada pela ornitina-transcarbamoilase. A citrulina passa da mitocôndria para o citosol. O aspartato produzido na mitocôndria por transaminação e transportado para o citosol sofre reação com a carbonila da citrulina pelo grupo amino arginil-succinato. Há formação de argininina e fumarato, que é convertido a malato e entra no ciclo do ácido cítrico. Na última etapa, há ação da arginase que cliva a arginina e forma ureia e ornitina, que vai iniciar de novo o ciclo. OS CICLOS DO ÁCIDO CÍTRICO E DA UREIA PODEM ESTAR LIGADOS Bicicleta de Krebs fumarato produzido na reação da arginino-succinase é intermediário do ciclo do ácido cítrico. Cada ciclo opera independentemente e a comunicação entre eles depende do transporte de intermediários-chave entre a mitocôndria e o citosol. Transportadores: malato- α -cetoglutarato, glutamato-aspartato e glutamato- OH- facilitam o movimento do malato e glutamato para dentro da matriz mitocondrial e o movimento do aspartato e α-cetoglutarato para fora da mitocôndria rumo ao citosol.
Lançadeira aspartato-arginino-succinato fornecem elos metabólicos entre as vias separadas, pelos quais os grupos amino e os esqueletos de carbono dos aminoácidos são processados. o Oxalacetato do ciclo de Krebs se transforma aspartato que se transforma em arginino-succinato, que é intermediário do ciclo da ureia e se transforma em fumarato no circuito paralelo, que é transformado em malato, que é isado no ciclo de Krebs. o Esses processos exigem que as concentrações de glutamato e aspartato sejam mantidas em equilíbrio no citosol. A enzima que transfere grupos amino entre esses dois aminoácidos-chave é a aspartato-amino transferase (AST), presente nos hepatócitos, e vazam para a corrente sanguínea A ATIVIDADE DO CICLO DA UREIA É REGULADA EM DOIS NÍVEIS Nível de ingestão proteica Jejum Enzima mais importante: carbamoil-fosfato-sintetase I
A INTERCONEXÃO DE VIAS REDUZ O CUSTO ENERGÉTICO DA SÍNTESE DA UREIA Requer a ligação de quatro ligações fosfato ricas em energia 2NH4 + + HCO3 - + 3ATP 4- + H2 O ureia + 2ADP3- + 4Pi2- + AMP 2- + 2H+ As interconexões entre ciclo da ureia e respiração permitem a redução do custo energético da síntese de ureia VIAS DA DEGRADAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Alguns aminoácidos são convertidos em glicose, outros em corpos cetônicos Fenilalanina, tirosina, isoleucina, triptofano, treonina e lisina acetil-CoA ou acetoacetil-CoA; podem produzir corpos cetônicos no fíga do = aminoácidos cetogênicos Triptofano, fenilalanina, tirosina, treonina, isoleucina, leucina piruvato, α-cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato e oxalacetato = aminoácidos glicogênicos DIVERSOS COFATORES ENZIMÁTICOS CATABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS
DESEMPENHAM
PAPEIS
IMPORTANTES
NO
Reações de transaminação que precisam de B6. Outros cofatores: biotina (estado mais oxidado do carbono), tetra-hidrofolato (estado intermediário) e S-adenosil-metionina (estado mais reduzido do carbono). Também vit B12 e folato (da tetra-hidrofolato). Folato: baixos níveis estão associados a hipertensão, doença cardíaca e ACE. SEIS AMINOÁCIDOS SÃO DEGRADADOS ATÉ PIRUVATO Treonina, glicina, serina, cisteína, triptofano, alanina Alanina produz piruvato diretamente SETE AMINOÁCIDOS SÃO DEGRADADOS, PRODUZINDO ACETIL-COA Triptofano, lisina, fenilalanina, tirosina, leucina, isoleucina, treonina produzem acetilCoA e/ou acetoacetil-CoA
A degradação do triptofano é a mais complexa: forma nicotinato (precursor de NAD + e NADP+), serotonina e indolacetato. Fenilalanina e tirosina são degradadas em dois fragmentos, sendo que podem entrar no Ciclo de Krebs. Tirosina origina dopamina, noradrenalina e adrenalina, além da melanina. CINCO AMINOÁCIDOS SÃO CONVERTIDOS EM α-CETOGLUTARATO Prolina, glutamato, glutamina, arginina e histidina entram no ciclo do ácido cítrico como α-cetoglutarato. Prolina é linearizada (originalmente é ciclo produção de glutamato Glutamina é usada para produzir glutamato (doa seu N amídico a um aceptor) Transaminação ou desaminação do glutamato produz α-cetoglutarato Arginina e histidina produzem glutamato de forma mais complexa QUATRO AMINOÁCIDOS SÃO CONVERTIDOS COMO SUCCINIL-COA Metionina, isoleucina, treonina e valina são degradados para produzir succinil-CoA, intermediário do ciclo do ácido cítrico (pode haver formação de propionil-CoA como intermediário)
OS AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA NÃO SÃO DEGRADADOS NO FÍGADO Maior parte do metabolismo acontece no fígado Leucina, isoleucina e valina são oxidados como combustível no tecido muscular, adiposo, renal e cerebral (aminotransferase que permite a formação de α -cetoácidos correspondentes) O complexo da desidrogenase dos α-cetoácidos da cadeia ramificada catalisa então a descarboxilação oxidativa dos três α-cetoácidos, liberando o grupo carboxila como CO 2 e produzindo o derivado do acil-CoA. A ASPARAGINA E O ASPARTATO SÃO DEGRADADOS EM OXALACETATO Entram no ciclo do ácido cítrico como malato Asparaginase catalisa a reação que forma aspartato a partir de asparagina e em seguida, conversão em α-ceoglutarato, gerando oxalacetato (convertido em malato) e glutamato Estudo de como os aminoácidos podem entrar no ciclo do ácido cítrico por degradação Resulta na produção de NADH e FADH2 ,...