Clínica de Pequenos Animais PDF

Title Clínica de Pequenos Animais
Author Ana Clara
Course Medicina veterinária
Institution Universidade Metodista de São Paulo
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Summary

Aulas de clinica de pequenos animais da professora Tania Parra...


Description

Clínica de Pequenos Animais TÂNIA Prescrição de receitas Definição: definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração do tratamento, por meio da elaboração de uma receita médica; Dose: quantidade capaz de provocar a resposta terapêutica desejada; Verificar: espécie, peso, tabela de doses, frequência do medicamento, duração tratamento, via adm e apresentação produto; Prescrição: Cabeçalho (origem), Superscrição (dados do paciente – obrigatório e proprietário – facultativo/obrigatório quando med controlado/antimicrobiano), Inscrição (via de adm + principio químico ou nome comercial – quantidade necessária para o tratamento), Instrução (letra legível, instruir administração), Local e data, Assinatura; Especialidades farmacêuticas: medicamentos fabricados e comercializados pela indústria farmacêutica, aprovados pela ANVISA (humana) e pelo MAPA (linha veterinária); Medicamentos magistrais: fórmulas manipuladas pelo farmacêutico conforme a prescrição feita por um profissional, com as respectivas quantidades dos seus constituintes (formula de manipulação); Inscrição -> Subscrição (princípios para manipulação) -> inscrição etc. Medicamentos genéricos: facilmente reconhecido; aumenta a segurança na prescrição; diminuição custo; todo medicamento genérico é o princípio ativo, mas nem todo princípio ativo é um genérico; Receita porte: 2 folhas (antimicrobianos e controlados); Doenças do sistema digestório Boca: doenças da dentição são mais comuns (primarias); Esôfago: - principais sintomas: regurgitação, sialorreia, disfagia (dif para engolir) e odinofagia (Dor); - comum cães com doenças esofágicas; Exame físico: - inspeção direta: não é visível ou palpável no animal sadio; - inspeção indireta: raio-x simples, esofagograma (contrastado – sulfato de bário), endoscopia e biópsia; *palpação: região cervical esquerda (difícil palpação); 1. Distúrbios de motilidade (megaesôfago): definição: dilatação esofágica total associada a hipomotilidade; etiologias: - congênita: *surge precocemente: atraso de maturação da inervação esofágica; *raças predispostas: schnauzer, dogue alemão, pastor alemão, setter, labrador e Golden; *hereditário: schnauzer miniatura e fox terrier pelo duro (tiro da reprodução quando diagnosticado); diagnóstico no desmame (entra para alimentação pastosa/sólida -> mais difícil de passar pelo esôfago); avaliação na cavidade oral: investigar fenda palatina (se não for, desconfio megaesôfago); - adquirido: *idiopático: idade > 7 anos e raças de grande porte; excluir doenças que podem causar megaesôfago; *secundário: miastenia gravis (miopatia), LES, cinomose, botulismo, tétano, hipotireoidismo, torção gástrica, hipoadrenocorticismo, tripanossomíase, intoxicação por chumbo etc. Características de êmese e regurgitação Característica Regurgitação Êmese Contração abdominal Ausente Presente Mímica do vómito Ausente Presente Relação com ingestão Variável Variável Formato Bolo ou tubular Variável Presença de bile Não Pode estar presente Sangue Raro Pode estar presente *posição de suspenso para se alimentar quando com megaesôfago; tratamento: manejo alimentar (dieta altamente calórica, pastosa ou solida) – várias pequenas porções/dia; em posição vertical; com o passar do tempo extraio agua, e dieta mais seca; tubo de gastrostomia – via endoscopia ou cirurgia; - atb: tetraciclina, tilosina, amoxicilina, metronizadol; - metoclopramida: aumenta pressão esfíncter esofágico, mas não atua no esôfago (0,2-0,5 mg/kg cada 8h ou 0,01-0,02 mg/kg/h infusão continua/IV); - cisaprida – procinetico e atua em mm lisa não esquelética; - cirurgia; - miastenia: imunossupressão (prednisona – 1-2mg/kg/bid ou azatioprina), e agentes anticolinesterase (neostigmina ou brometo de piridostigmina);

- hipotireoidismo: reposição com levotiroxina sódica; prognóstico: congênito (melhor espontâneo); adquirido idiopático (irreversível); secundário (variável); óbito – eutanásia ou pneumonia por aspiração; ou alimento não chega no estomago; 2. Anomalia do anel vascular: má formação congênita de grandes vasos; persistência do arco aórtico direito com consequente compressão/abraça do esôfago; raças predispostas: pasto alemão e setter; sintomas: animais jovens, regurgitação, pneumonia por aspiração; diagnóstico: esofagograma (dilatação do esôfago cranial à base do coração); correção cirúrgica; 3. Doenças obstrutivas: - corpo estranho: localização: entrada tórax, base do coração, esôfago distal; sintomas: animais jovens, regurgitação, sialorreia, inquietude, disfagia e dispneia; diagnostico: anamnese, palpação, rx simples e esofagograma (perfuração), endoscopia; tratamento: remoção por endoscopia; cirúrgica; jejum; gastrostomia (tubo); 4. Doenças inflamatórias: esofagite; - etiologia: ingestão de substancias causticas, drogas corrosivas, megaesôfago, corpo estranho, êmese e refluxo gastroesofagico; - sintomas: anorexia, disfagia, sialorreia e regurgitação; - diagnóstico: anamnese/exame físico (sensibilidade a palpação); rx simples e com contraste (estenose); endoscopia e biopsia; - tratamento: jejum (tempo limitado); tubo gástrico; *sucralfato (liquido) 0,5-1g (cão) ou 0,25g (gato) VO 3-4x ao dia; *antagonista de receptores H2: ranitidina ou famotidina; *inibidor da bomba de prótons: omeprazol ou lanzoprazol; P1 Clínica de Pequenos Animais ALLICE Retroviroses em felinos (FIV/FELV) Vírus: acumulo de proteínas, parasita intracelular obrigatorio; info genética (rna ou dna); - proteção – capsídeos (proteína); envelope (fica mais frágil – alguns possuem), possui espiculas (formas e subtipos); - adsorção (se liga com receptor/co-receptor) -> deixa envelope para fora -> penetração na célula -> desnudamento (capsídeo sai) -> solta RNA no citoplasma -> através da enzima -> forma DNA (transcrição/tradução) -> se junta ao DNA da célula -> replicação (muda informação que o núcleo comandou -> célula produz mais proteína -> vírus usa essa proteína para capsídeo -> sai da célula e leva parte da membrana como envelope -> célula morre); Sistema Imune: - resposta inata (imediata e não especifica - cel dendrítica, macrófago e LT auxiliar) e adquirida (especifica com atraso temporal – LB LT); - resposta célular/humoral (acs); FIV (Imunodeficiência felina): - Tropismo células do sistema imunológico -> falha do sistema imunológico -> compromete resposta à outras doenças; AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida); Etiologia: Retroviridae/lentivírus; - Morfologia/genética: HIV; - RNA; enzima transcriptase reversa pra transcrever um complemento de cadeia dupla; - Envelopado (ambiente – frágil); - Subtipos virais (A, B, C, D, E, F) (subtipo do subtipo A1,A2..): Brasil (B/E) e EUA (A/D) = para vacinas e tratamento; Fisiopatogenia: Semelhante ao humano; - Tropismo por células com cd4+ na membrana (cels dendríticas, macrófagos e LT auxiliar) = importantes quando há ataque de patógenos; - Não tem reversão (uma vez positivo); - Viremia atinge ápice em 15-30 dias [teste após suspeita]: queda gradativa com produção de AC anti-HIV; *gráfico Manifestações clínicas: - estágios: 1) Aguda: célula contaminada -> linfonodo -> alta de FIV no sangue; semana a meses; neutropenia e linfadenopatia; gripe;

2) Assintomática: latência; mortalidade baixa; durar anos (depleção células CD4) – transmite; 3) Sintomática: crônica; durar meses a anos; linfadenopatia, anemia, anorexia, apatia, febre intermitente, complexo gengivite-estomatite; 4) AIDS: mortalidade alta; perda de peso, diarreia crônica, neoplasia, uveíte, alterações respirat, manifestações neurológicas; 5) Estágio final: perda de peso e leucopenia acentuada, infecções oportunistas (PIF/Felv/cripo/demodécica); Epidemiologia/transmissão - raça (não tem predisp); sexo: macho [4:1]; idade: filhotes ? adultos ?; transmissão por inoculação direta do oponente (mordedura); disputa territorial / brigas / sexual (lento); transfusão (teste doador); vertical (colostro infectado/parto) [rápido] [teste + filhote]; Diagnóstico diferencial - Poliartrite, anemia, leucopenia, Neoplasias nasais, Complexo gengivite-estomatite, DRC precoce (proteinúria), Doenças oportunistas (demodécica / otite recidivante/ ITU sem causa base... Diagnóstico definitivo - Teste ELISA: imunocromatografia (procura o anticorpo) – animal vacinado pode dar positivo (não deixa livre do vírus); infecção persistente toda vida; fraco reagente (baixa carga viral); fase terminal (exaustão sist. imune); hiper reativo pode ter falso positivo (confirmar); - Western blot (AC específico do vírus da AIDS) (Fora do BR); - PCR: quantidade de vírus circulante baixo após estágio agudo; primer dos EUA – subtipo de lá; - Quando testar? *triagem (sempre); *filhote + mãe positivo = esperar até 4meses e meio (AC/colostro mãe até 16semanas); *filhotes com menos de 6 meses + sem histórico da mãe = repetir exame em 30 dias para confirmação (mas considerar manejo de soropositivo); *possível contaminação = aguardar 30 dias (fase de viremia); Orientações: - Vírus envelopado: pouco tempo no ambiente (consultório clínica) = detergente/calor/álcool/Água sanitária; - Dissemina por ferimentos de mordida (gatos ariscos); transmissão improvável em habitações socialmente estáveis; - Vacinar gatos negativos para o FIV - tomar cuidado, pois ocorre interferência da vacina nos teste; FELV (Leucemia felina): Etiologia: - Retroviridae / gammaretrovirus; RNA simples; Transcriptase reversa pra transcrever um complemento de cadeia dupla; Envelopado (ambiente); - Subtipos: A, B, C, T; A infectante – presente na vacina; B, C, T (mutação do A); Epidemiologia/Transmissão: - Idade: jovens (até 2-3 anos); Contato direto, constante, por saliva (lambedura/alimentação); Contactantes (acesso à rua/gatil); Gestantes (fazer cesária e não alimentar); menos frequentes: mordedura, transfusões, útero – metade da gestação; Fisiopatogenia: células precursoras (alcançar medula óssea); - Fase1: Oronasal (replica em linfócito B e macrófagos em linfonodo OF) [2-4dias] – pode ser eliminado; - Fase2: Sistema linfático e circulação – viremia transitória (cél. Mononucleares) [1-14dias] – pode ser eliminado; - Fase3: Linfoide sistêmico (baço e linfonodos) [3-14dias] – pode ser eliminado; - Fase4: Acomete intestino e hemolinfático (medula óssea) [2-4semanas] – ponto crítico; Possibilidades: 4A) Extinção viral (IMUNIDADE BOA); 4B) “Latência” (permanece ativo e replicando na medula) (IMUNIDADE +/-): *depois de um ano dificilmente tem reativação (fator estressante/medicamento reativa); *compromete células vermelhas e leucócitos e depois pode reativar e tornar-se virêmico persistente; 4C) Viremia persistente multiplica-se medula > células contaminadas > multiplica na saliva> contaminação hospedeiro (todas as células livres, saliva..) (IMUNIDADE RUIM) [4-6 semanas] NOVA CLASSIFICAÇÃO - Abortiva: Expulsa já no linfonodo (evita replicação) (fase1) [E-/PCR-/IF-] - Regressiva: viremia transitória e latente (em medula e dribla) (fase 2, 3 e 4) [E-/PCR+/IF-] - Fase progressiva: Progrediu/doente [perpetuou depois da medula] (após fase 4) - Fase atípica/focal: infecção localizada com ou sem reativação (olhos, glândula mamária, bexiga); Diagnóstico definitivo: - Teste Elisa (antígeno p27) (sangue): não difere transitória ou persistente; sem interferência vacina/materna; negativo – repetir em 60 dias (baixa carga viral); positivo – repetir 4-12 semanas ou IF; - Imunofluorescência IFI (sangue e/ou medula óssea): infecção após precursor contaminado (procura vírus dentro e fora da célula); uso para diferenciar se alcançou medula (elisa +); esperar 4-12semanas após Elisa para fazer; - PCR (DNA pró-viral): Detecta RNA ou DNA viral (pró-vírus / vírus integrado ao DNA); elisa negativo e clinica felv (elisa e if discordantes); Manifestações clínicas: conforme virulência (ex.: Felv B neoplasias / Felv C anemia não regenerativa);

- perda de peso, febre, desidratação e lifoadenopatias; - doenças mielodegenerativa: imunossupressão; afecções medula óssea; trombocitopenia (aplasia/auto imune); diminuição LT, neutrófilo e monócito; anemia hemolítica (imunomediada-aplasia medula); *infertilidade/abortamento; síndrome do filhote fadigado (não cresce – sepse – óbito); predisposições (pif, micoplasmose, toxoplasmose, doenças fúngicas); uveíte (2ª maior causa); alterações neuro (cegueira, comportamental); - doença mieloproliferativa: predisposição a linfoma (mediastinal / tímico / multicêntrico/ alimentar); leucemia; gatos negativos que convivem com positivos (pode facilitar mutações/oncogenes); Tratamento: suporte de acordo com doenças associadas; - anti-retrovirais (etr, integrase, protease): azt (ert); anorexia, anemia (fazer hto cada 15 dias); - imunomoduladores: interferon ω felino; uso parenteral pode criar ac; Orientações: - confinar os gatos para evitar a transmissão de doença para outros; - proteger os infectados de traumatismo e doença infecciosa; - dissemina-se pelo contato estreito, íntimo (entre gatos dóceis); recomenda-se a vacinação de qualquer gato negativo para o FeLV em contato com os infectados; - fornecer ração de alta qualidade; - monitorar gatos infectados quanto a sinais potenciais de doença; PIF (Peritonite infecciosa felina) - comum em filhotes e adultos jovens; doença imunomediada (respost humoral impropria ao vírus); - mutação do coronavírus entérico felino – RNA envelopado (se mante mais tempo no ambiente): tropismo por cels apicais das criptas intestinais; - 5-10% infectados manifestam a doença; Transmisão/fisiopatogenia: - via de entrada: oronasal (fezes/saliva/urina) -> replicação em tonsilas; - enterócitos (cels epiteliais das criptas intestinais): *replicação viral (sist. Imune tenta impedir) ---imunossupressão mutação para vírus da pif/gene 3 -> enterócitos -> fagocitoses de macrófagos -> viremia; - doença dependente de imunidade celular (imunomediada): *vírus com ac (imuno complexos – depositados nos vasos – vasculite); *ag virais em acs – granulomas (tentativa de isolar); Epidemiologia: - persas e bengal; 3 meses-2 anos; animais idosos (>12 anos); macho mais propenso (território/estresse); ligado com imunossupressão (estresse ambiental, vacinal, cirúrgico, prenhez); 5-10% tem contato com coronavirus que adquiri PIF (ocorre mutação); Manifestações clínicas: A) forma efusiva (consequência de vasculite): - febre recorrente (não responsiva atb); ascite (acumulo de liq com fibrina – inflamação - rico em ac); efusão pleural (distrição respiratória – assincronia do mov do tórax e abdome na respiração) = coloração amarela é inflamação com ac; linfoadenomegalia; icterícia (principal causa de icterícia em felinos...


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