Clínica Cirúrgica - Hérnia Inguinal (Definições, Epidemiologia, Tratamento) PDF

Title Clínica Cirúrgica - Hérnia Inguinal (Definições, Epidemiologia, Tratamento)
Course Clínica Cirúrgica IV
Institution Universidade do Estado da Bahia
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Resumo contendo os pontos mais importantes acerca das definições, termos, aspectos terapêuticos e epidemiológicos das Hérnias Inguinais....


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Clínica Cirúrgica Hérnia Inguinal: Aspectos Clínicos, Epidemiológicos e Terapêuticos Introdução Hérnia é a saída de um órgão, através de uma abertura, congênita ou adquirida, da parede em torno da cavidade que o contém. Mais restritamente, definiríamos hérnia como um estado patológico, em virtude do qual alguns órgãos da cavidade abdominal podem sair da mesma, através de um ponto fraco da parede, natural ou adquirido, sendo conservada a integridade do peritônio e da pele. Uma hérnia pode ser: Redutível: seus conteúdos podem ser reposicionados. Irredutível ou encarcerada: não pode ser reduzida. Estrangulada: suprimento sanguíneo comprometido para seus conteúdos. Externa: protrusão através de todas as camadas da parede abdominal. Interna: protrusão do intestino através de defeito na cavidade peritoneal. Interparietal: saco herniário contido na camada musculoaponeurótica da parede abdominal.  Diretas: saco herniário inguinal faz protrusão para fora e para adiante.  Indiretas: saco herniário inguinal passa do anel inguinal interno obliquamente em direção ao anel inguinal externo.      

Epidemiologia A correção cirúrgica da hérnia inguinal é o procedimento cirúrgico mais comum da infância. Há predomínio do sexo masculino (4:1 a 10:1), exceto nas crianças de muito baixo peso, nas quais a hérnia é mais frequente no sexo feminino. As hérnias inguinais são mais frequentes nos homens do que nas mulheres, na proporção de 3:1, segundo a maioria dos autores. Essa disparidade é determinada por dois fatores: o trabalho mais pesado executado pelos homens e a persistência mais frequente do conduto peritoniovaginal. Fatores de risco História familiar de hérnia é um fator determinante importante para o desenvolvimento de hérnia inguinal em homens adultos. Um indivíduo do sexo masculino que tem uma história familiar positiva de hérnia é 8 vezes mais propenso a desenvolver uma hérnia inguinal primária. Mecanismos etiopatogênicos A fragilidade da parede abdominal e o aumento da pressão abdominal têm sido considerados como os mecanismos etiopatogênicos principais e, naturalmente, têm impulsionado o conceito de que a tosse em pacientes tabagistas ou com

doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a história familiar e a constipação intestinal são os principais fatores de risco. Também é muito importante destacar alguns pontos anatômicos e suas delimitações comumente associados ao surgimento de hérnias:     

Triângulo de Hasselbach Refere-se às margens do assoalho do canal inguinal. Margem superolateral – vasos epigástricos inferiores. Margem medial – bainha do reto. Margem inferior – ligamento inguinal.

    

Canal Inguinal Localiza-se 2 a 4cm cefálico ao ligamento inguinal. Estende-se entre os anéis inguinal interno e externo. Contém o cordão espermático e o ligamento redondo do útero. É limitado superficialmente pela aponeurose oblíqua externa.

 Ligamento de Cooper:  Formado pelo periósteo e fáscia ao longo do ramo superior do púbis.  Corona mortis- um vaso cruza a margem lateral do ligamento de Cooper e é comunicação direta do obturador e vasos ilíacos. Diagnóstico O diagnóstico de uma hérnia inguinal pode ser na maioria das situações baseado na história clínica e no exame físico com uma sensibilidade de 74.5-92% e especificidade de 93%. O principal sinal referido pelo doente é uma tumefação da região inguinal que poderá estar associado a dor ou desconforto. Tratamento Cirúrgico Na prática clínica a escolha do tipo de cirurgia depende em muito da disponibilidade do material/prótese no hospital e da experiência do cirurgião, contudo existem algumas orientações definidas nas guidelines da Sociedade Europeia de Hérnia. Atualmente há entre os cirurgiões e as diferentes escolas aonde eles se formam, preocupação e divergentes opiniões no que diz respeito às opções técnicas disponíveis para o tratamento das hérnias inguinais. O Colégio Americano de Cirurgiões considera a técnica sem tensão de Lichtenstein o padrão-ouro no tratamento das hérnias inguinais primárias já que apresenta baixas taxas de recidivas e de complicações.

Classificação de Nyhus  TIPO I: Hérnia inguinal indireta (Com anel inguinal interno sem dilatação).  TIPO II: Hérnia inguinal indireta (Com anel inguinal interno dilatado, mas com a parede posterior do canal inguinal preservada).  TIPO III: Presença de defeito na parede posterior (A: Hérnia Inguinal Direta. B: Hérnia inguinal indireta com dilatação do anel inguinal interno com flacidez ou destruição da parede abdominal medialmente ao anel, com desestruturação do Trígono de Hasselback. C: Hérnia femoral)  TIPO IV : Hérnia Recorrente (A: Direta. B: Indireta. C: Femoral. D: Mista)....


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