Comunicação e Linguagem - apontamentos de exame PDF

Title Comunicação e Linguagem - apontamentos de exame
Course Comunicação e Linguagem
Institution Escola Superior de Comunicação Social
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Comunicação e Linguagem2º Semestre 2016/ Mª João CentenoAdriano Duarte Rodrigues – “Comunicação e Cultura”“Ao contrário dos outros seres vivos , que estabelecem relações de transação com o meio ambiente, respondendo mecânica e imediatamente aos estímulos que recebem, o homem comunica , ao inventar m...


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Comunicação e Linguagem 2º Semestre 2016/2017 Mª João Centeno

Adriano Duarte Rodrigues – “Comunicação e Cultura” “Ao contrário dos outros seres vivos, que estabelecem relações de transação com o meio ambiente, respondendo mecânica e imediatamente aos estímulos que recebem, o homem comunica, ao inventar mediações simbólicas, de natureza cultual”

A sobrevivência dos seres vivos depende das relações de transação indispensáveis que estes realizam com o meio ambiente e com os outros seres vivos. Eles possuem dispositivos comportamentais automáticos que garantem a sobrevivência dos indivíduos e da espécie e permitem que interpretem corretamente os sinais e respondam adequadamente aos estímulos do mundo natural (os estímulos convertemse em sinais). Os humanos relacionam-se com o mundo, com os outros e com eles próprios segundo signos culturais. Têm autonomia em relação aos signos do mundo que o rodeia e, por isso, consegue transformar sinais em signos. Ao longo do tempo inventámos mediações simbólicas/meios de comunicação – as invenções não são necessariamente exteriores a nós, a linguagem verbal foi inventada e não é algo palpável.

Sinais: só podem existir na presença de estímulos que vão dar origem à produção de uma resposta adequada. Signos: concebidos culturalmente, só podem existir na ausência de uma fonte de estímulos sensoriais, representam o meio ambiente e intervêm na sua elaboração, convertendo-o numa realidade cultural – transforma-se no que conhecemos como nosso mundo. Podem-se representar a si mesmos.

Mediação – Medium – Meio de Comunicação

Existe uma separação impossível de transpor entre os seres humanos e o meio ambiente, mas esta pode ser preenchida pelos signos culturais. A relação entre o homem e o mundo é feita através de mecanismos de mediação: Dispositivos naturais de mediação: o nosso corpo e os nossos órgãos (não estão apurados à nascença, ao longo do nosso processo de socialização vão sendo atualizados, necessitam da aprendizagem do outro meio de comunicação que vamos inventando). Podemos distinguir o que é real do que não é (ex: podemos pensar ET pois os filmes de ficção científica fazem parte da nossa realidade)

Dispositivos culturais de mediação: são inventados (ex: todos nascemos com fome, mas o que comemos varia com a nossa cultura; temos aptidão de falar qualquer língua, mas aprendemos aquela com que convivemos)

A linguagem é um meio que leva o ser humano a entrar em contacto com o meio ambiente. É uma função unicamente humana. Faz parte dos signos. É capaz de explicar os outros objetos, o mundo, mas também consegue representar-se a explicar-se a si mesma. A comunicação humana é o processo em que ocorre a interação de mensagens que são consideradas estímulos e que dão origem a respostas representadas pelos destinatários (dadas de acordo com os reflexos condicionados). A mediação são dispositivos simbólicos/culturais (em geral) e a linguagem verbal (em particular). Forma como nos relacionamos com o que é exterior a nós, com a realidade e com os outros. A nível da sociedade global não há nenhuma comunicação, em nenhum dos patamares, que não necessite de um medium - comunicação mediatizada. A linguagem verbal é o médium por excelência. É a maneira como nos diferenciamos dos outros seres vivos e recorremos sempre a ela para processar a significância. Designa os objetos do mundo, as coisas, o estado das coisas existentes realmente e a si própria (função reflexiva, metalinguística).

Adriano Duarte Rodrigues – “Introdução à Semiótica” Os atos semióticos são as deduções, os reconhecimentos, as identificações e os comportamentos que adotamos ao longo da nossa vida. Constituem a nossa experiência do mundo, são processos de elaboração, de perceção e de interpretação dos signos. A atividade semiótica está presente em todos os momentos da nossa vida. Não há qualquer possibilidade de os processos de significância humana existirem sem possuírem linguagem verbal. A linguagem verbal com a sua função reflexiva é unicamente humana. Toda a significação passa pelo recorte linguístico.

Características da Linguagem Verbal: • • •

Só a linguagem verbal pode dar conta das modalidades não linguísticas da significação. Só a linguagem verbal pode significar a própria linguagem, através do discurso indireto. Só a linguagem verbal pode significar a maneira como a linguagem constrói as suas significações.

Recorremos à linguagem para percecionar, conceber, comunicar e interpretar. Um processo de significação humana só existe se conter linguagem verbal. O que não se consegue expressar através da linguagem verbal não assume significação, sendo

considerado inexistente no mundo humano. O homem deve ser compreendido como “animal dotado de razão”.

Semiologia: discurso ou estudo dos signos. Era considerada a ciência adequada para referir o estudo genérico dos princípios que comandam a natureza, a estrutura e o funcionamento dos signos. Semiótica: referia-se às aplicações particulares desiguais da semiologia (semiótica médica, musical, gestual, entre outras)

Adriano Duarte Rodrigues – “O Paradigma Comunicacional” Existe uma relação indissociável da linguagem à experiência. A experiência compreende o conjunto dos fenómenos vividos pelos seres humanos e o conjunto dos saberes por eles interiorizados, ao longo do processo de socialização. •



A montante “a linguagem já está à partida de toda a nossa atividade semiótica (não é possível sem a linguagem), como herança que recebemos e que preside à organização da nossa perceção do mundo e ao sentido que ele tem para nós”. A jusante, o Homem só entende só entende as significações do mundo que o rodeia na medida em que as pode “manifestar” verbalmente, de forma intra ou interpessoal (para si ou para os outros).

É na e pela linguagem que a experiência se constrói e revela o seu sentido linguisticidade da experiência (relação entre a experiência, a produção de sentidos e a linguagem). A imagem que temos de algo diz respeito à representação simbólica e faz parte do Welt (mundo; composto pelas construções simbólicas que fazemos e a forma que damos às coisas através da linguagem, não é físico). É uma construção linguística. A experiência não é homogénea; é constituída por 3 mundos que têm saberes, modos de dizer e de fazer diferentes: •

Mundo Natural: “conjunto de objetos e de fenómenos que não dependem da nossa vontade, que apreendemos diretamente através nossos órgãos de sentidos e que provocam respostas do nosso organismo que nos levam a adotar determinados comportamentos”. A vivência no mundo natural é objetiva (impõe-se de forma autónoma) e subjetiva (os seres humanos lhe atribuem sentido, inserindo a experiência em projetos elaborados e continuados e concentra-se no caminho continuo da nossa vivência enquanto seres humanos). Deste modo, a experiência subjetiva compreende mais do que aquilo que conseguimos expressar e de que o próprio tem consciência clara, mas só conseguimos expressar a experiência que conseguimos objetivar simbolicamente.



Mundo Subjetivo: “conjunto de vivências ao longo da nossa existência e saberes acerca das nossas sensações, gostos, forma como nos comportamos, quer para criarmos o nosso mundo e influenciarmos o seu curso, quer em resposta aos estímulos que dele recebemos”. Enquanto a experiência acontece não tem qualquer sentido para o indivíduo, mas, depois de ocorrer, a consciência recorta nela momentos discretos que relaciona entre si. A experiência, depois de convertida pela consciência, transforma-se numa sequência de vivências, como objetos de atenção, isto é, experiências constituídas.



Mundo Intersubjetivo: “consiste na competência para adotar comportamentos adequados a cada situação em que ocorrem as interações e os conhecimentos interiorizados das normas que as regulam, mas também atribui sentido aos fenómenos de interação empreendidos e aos que são observado”. As pessoas tomam decisões adequadas às expetativas que têm em relação ao comportamento das pessoas com que se relacionam; quando isto não acontece provoca uma modalidade específica de sansão que pode vir desde estranheza até ao corte de relações. Para atribuirmos sentido aos fenómenos de interação que empreendemos e observamos temos de ser capazes de os explicar.

Julia Kristeva – “História da Linguagem” A emergência da linguagem faz-nos questionar como podemos simbolizar, representar, tornar presentes – a nós e aos outros – o mundo, as coisas e os acontecimentos na ausência da linguagem. A linguagem representa todo o pensamento e a sua constituição – “a linguagem é simultaneamente o único modo de ser do pensamento, a sua realidade e a sua articulação.” O pensamento é linguístico, não há linguagem sem pensamento nem pensamento sem linguagem – toda a linguagem é pensamento e todo o pensamento é linguagem. Kristeva recusa a concessão instrumentalista da linguagem – evita afirmar que a linguagem é o instrumento do pensamento. Kristeva faz parte do estruturalismo (cujo pai é Saussure) – ideia da língua como um sistema de signos. A linguagem é um elemento da comunicação social. Sem linguagem não há sociedade e vice-versa. Ela produz e comunica um pensamento simultaneamente – estas funções não podem existir uma sem a outra ou deixa de existir linguagem. É um processo de comunicação entre pelo menos dois sujeitos falantes: DESTINADOR EMISSOR

DESTINATÁRIO RECETOR

Cada sujeito é destinador e destinatário da sua própria mensagem, uma vez que tem de a decifrar e compreender para a transmitir – “falar é falar-se”. Falar de si próprio – patamar interpessoal Falar a si próprio – patamar intrapessoal

A linguagem realiza-se na e através a comunicação social. Dá origem ao problema da sua relação com o exterior (ex: sociedade). O exterior existe sem linguagem, mas só pode ser nomeado através dela para ser compreendido e decifrado. Diacronicamente, a linguagem modifica-se durante as diferentes épocas e assume formas diferentes nos vários povos. Sincronicamente, ela tem regras de funcionamento, estrutura definida e todas as regras estruturais obedecem a regras rigorosas.

Saussure Estuda o que não muda de uma língua para a outra. Segundo este autor, a linguagem é multiforme e irregular e abrange vários domínios – físico, fisiológico, psíquico, individual (fala- a pessoa escolhe o que diz) e social (língua – não podemos alterá-la, é uma herança).

Língua: é a parte social da linguagem. A imagem auditiva (representação de um som) associa-se a um conceito. É exterior ao individuo, este não a pode alterar e obedece às leis do contrato social reconhecido por todos os membros da sociedade. É isolada do conjunto heterogéneo da linguagem: retém apenas um “sistema de signos” onde é importante a união do sentido (significado) e a imagem acústica (significante) – relação de significação. Sem ela, não existe signo. É um sistema anónimo – não pertence a um só, pertence a todos. Em todas as línguas, mesmo sendo elas diferentes, o signo é igual (a associação). Fala: “ato individual de vontade e inteligência”. Resulta de combinações individuais que o sujeito faz ao usar o código da língua e à sua exteriorização. São necessários atos de fonação. Ela pertence a cada um de nós, somos senhores da nossa fala.

Estudo da linguagem: Psíquica: análise da linguagem social e exterior ao indivíduo. Psicofísica: observação da fala e da fonação – parte individual do sujeito. A língua e a fala são inseparáveis não há fala sem língua nem língua sem fala.

Benviniste Língua: conjunto de signos formais, estratificada em escalões sucessivos que formam sistemas e estruturas. Discurso: designa de um modo rigoroso a manifestação da língua na comunicação viva (no momento/dinâmica; relação com o outro). Implica a participação de um sujeito falante que se forma através do discurso que comunica ao outro. A noção de discurso implica a noção de sujeito (usos infinitamente variados que fazemos da língua). É qualquer enunciação que completa as estruturas de locutor e auditor e influência o segundo. É individual, da nossa autoria.

Tudo está inscrito ou inserido no processo de linguagem. A linguagem está ligada à língua como esta está ligada à fala e como esta está ligada ao discurso. No discurso, a língua que é comum a todos torna-se veículo de uma mensagem única, própria da estrutura particular de um determinado sujeito que imprime sobre a estrutura obrigatória da língua uma marca específica, pessoal.

Signo Linguístico Muitos pensadores e escolas de pensamento consideram o signo o núcleo fundamental da língua. A linguagem nomeia os factos reais – as palavras surgem associadas a determinado objeto a que atribuem significado.

O Signo em Pierce: É aquilo que substitui qualquer coisa para alguém: • •

Representa um objeto ou um facto quando este não está presente Quando está presente estabelece uma relação de convenção ou reunião entre o objeto e a sua representação.

Surge no âmbito de uma comunicação (sistema de troca) através da sua evocação por um intermediário. É a relação entre o objeto material, o seu representante e o interpretante – relação triádica. Representa uma ideia do objeto e não ele em si, representa o conceito desse objeto. Objetos reais

Representamen

Objeto Representado

Interpretante

Classificação dos signos segundo a relação entre o representante e o objeto representado: - Ícone: relação de semelhança com o objeto (ex: desenho de uma ovelha representa uma ovelha)

- Índice/indício: tem algo em comum com o objeto e apesar de não se parecer com ele mantém uma relação de continuidade (es: fumo e indício de fogo) - Símbolo: cria uma espécie de lei através da ideia ao referir-se ao objeto (ex: signos linguísticos, balança símbolo de justiça)

Esta proposta também abrange os signos não verbais e não se opõe à de Saussure.

O Signo em Saussure: Foi o primeiro a desenvolver o signo linguístico exaustiva e cientificamente. Segundo este autor, a ligação que um signo estabelece é entre um conceito e uma imagem acústica. Centrado no eixo da significação (como é que a língua significa). A imagem acústica consiste na representação sonora do conceito dada pelos nossos sentidos. Um signo é “uma realidade psíquica com duas faces, sendo uma o conceito e outra a imagem” – o significado e o significante, respetivamente. O signo linguístico é definido pela relação significado-significante (relação de significação). Nesta relação exclui-se o referente (objeto) ao qual se refere, uma vez que o autor considera que a linguística não se ocupa dele, mas sim da relação de significação e dos seus intervenientes individualmente. Ele percebeu que conseguimos pensar algo (ex: verde, cadeira) porque temos mecanismos/processos que nos permitem fazê-lo. O signo é arbitrário – não existe qualquer relação necessária entre o significante e o significado, mas depois de feita torna-se obrigatória. Dentro da mesma língua todos os indivíduos utilizam o mesmo signo, mas não há necessidade de o significado e o significante estarem relacionados, só passam a estar pois anteriormente (não se sabe ao certo quando) eles associaram-se dessa maneira e não de outra – é normativo, absoluto, válido e obrigatório. Independentemente da língua, o processo de relação de significação é o mesmo. O conceito só existe com a imagem acústica e a perspetiva de Saussure vai no sentido sincrónico.

Crítica de Benveniste: A relação entre o significante e o significado (relação de significação) é necessária, obrigatória – o sistema da língua associa uma imagem acústica a um conceito e não a nenhum outro. São inseparáveis e encontram-se em simetria estabelecida. O que é arbitrário é a relação desse signo (todo) com a realidade que ele nomeia, o exterior que simboliza (relação de representação). Nota: as onomatopeias são uma exceção, não são universais – variam de língua para língua, representam sons e só funcionam como um todo.

Adriano Duarte Rodrigues – “Introdução à Semiótica” A linguagem é um mapa e não um decalque. Se fosse um decalque estaríamos a defini-la pelas suas características – ordem da imitação. É um mapa pois representa o que não esta presente, esta representação é uma ideia das coisas – ordem da convenção. A linguagem assume uma ligação com as coisas, mas esta não é contínua. A linguagem tem três dimensões e tudo o que dizemos contém essas dimensões; estas são as partes que constituem a linguagem. Estas dimensões estão interligadas e todas pertencem à linguagem.

Dimensões da Linguagem: Referencial – Relacionada com a capacidade de designação ou indicação das coisas e do estado das coisas existentes. A linguagem refere-se ao que é, permite-nos representar, designar e referenciar o mundo. Há uma relação de representatividade, o signo representa a “coisa” ausente. O que é importante é o que se diz. Esta dimensão está ligada à semântica. Critério de validade é o verdadeiro/falso (a sua designação coincide ou não com as coisas e o estado das coisas a que se referem). Manifestadora/Expressiva– Ligação da linguagem ao sujeito que fala e se exprime. Relacionado com o discurso, existe sempre um sujeito de enunciação (estratégias discursivas/de comunicação). É posto em casa o porquê do sujeito dizer o que diz, o porquê do sito e porque o dito ter sido dito por alguém. Esta dimensão está ligada à pragmática. Critério de validade é dizer verdade ou mentira (sinceridade, convenção, desejo, crença) Sígnica ou de Significação – Estabelece a relação dos signos linguísticos com os conceitos universais e gerais e as suas ligações sintáxicas. Da ordem do sistema da língua. Relacionada com a relação de significação. Esta dimensão está ligada à sintaxe. O critério de validade é a possibilidade de existir no sistema da língua.

Adriano Duarte Rodrigues – “Dimensões Pragmáticas do Sentido” Conceção Referencial (centrada na dimensão referencial) A linguagem tem sentido pois designamos o mundo através dela. As palavras são como etiquetas que pomos nas coisas a que nos referimos. Os problemas da linguagem e da comunicação, as dificuldades de entendimento entre os interlocutores, resultam de utilizarmos vários nomes para designar o mesmo objeto ou o mesmo nome para designar objetos diferentes – campo da plurivocidade, uma deficiência das linguagens naturais. O ideal é a linguagem ser unívoca.

Conceção Simbólica (centrada nas dimensões simbólica e expressiva) Acentua a sua autonomia em relação à função referencial pois considera a presença do homem ao mundo mediatizada pela linguagem e não imediata. A linguagem primeiro desemprenha funções de significado, expressivas e está na origem

da elaboração do sentido do mundo para o homem e só depois é que desemprenha a função referencial. A utilização de signos unívocos não é uma deficiência, mas um modo normal de utilizar a linguagem. A plurivocidade é a maneira normal de significarmos, exprimirmos, elaborarmos e construirmos sentidos para o mundo que nos rodeia. As palavras não são etiquetas que dizem respeito a uma única realidade, mas construções mentais da natureza cultural que mediatizam a relação do homem com o mundo. Nesta conceção o mundo é uma construção, o resultado da própria elaboração linguística e não é da ordem do que nos é “dado à nascença”.

Dimensão Interlocutiva Integra as três dimensões da linguagem. Não é uma quarta dimensão, mas uma resposta mais atual de qual é o entendimento que se deve ter sobre a linguagem. Nem o mundo, nem o homem nem a linguagem são entidades singulares e autónomas. Ao falar, trocamos linguagens diferentes com interlocutores diferentes e sobre uma multiplicidade de mundos diferentes. Pode ser designada como a relação de troca de discursos entre homens que se situam num espaço específico de interlocução. Há uma relação entre o locutor (o que fala) e o(s) alocutário(s) (os que ouvem). É neste espaço que construímos diferentes conceitos do mundo. O espaço de interlocução apresenta-se como um ...


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