Criador do programa de auditório “Cassino do Chacrinha” PDF

Title Criador do programa de auditório “Cassino do Chacrinha”
Course História do Rádio
Institution Universidade Estadual de Campinas
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Resumo desenvolvido como parte do trabalho final sobre programas de auditório, sobre a vida de Abelardo Barbosa de Medeiros...


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RESUMO SOBRE A VIDA DE ABELARDO BARBOSA DE MEDEIROS Guilherme Vieira Hipólito Vian/R.A.: 217341 criador do programa de auditório “Cassino do Chacrinha” O brasileiro José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como “Chacrinha” ou “Velho Guerreiro”, considerado por sociólogos do mundo inteiro um dos maiores fenômenos da comunicação, nasceu em 30 de setembro de 1917 na cidade de Surubim, em Pernambuco. O que muitos não sabem é que antes de se tornar apresentador dos seus famosos programas de auditório, Abelardo tornaria-se médico formado na Faculdade de Medicina de Recife, se não fosse impedido por uma cirurgia de apêndice em que foi submetido durante a sua faculdade. Com isso, ficou um ano afastado das atividades acadêmicas e, em uma visita à Rádio Clube de Pernambuco, conseguiu um emprego temporário de música (de maneira muito inusitada) para tocar bateria na banda de um cruzeiro chamado Bagé que se destinava à Alemanha nazista, época que é considerada o seu primeiro contato com o rádio. Na volta da viagem, aborrecido por ter de repetir o ano da faculdade em Pernambuco (Uma vez que estava no Rio), Abelardo mudou-se para o Rio de Janeiro e continua a faculdade por lá, mas desiste pois precisava trabalhar para sustentar-se. Com isso, Chacrinha (Nome pelo qual ficaria conhecido) conseguiu o seu primeiro emprego como radialista e iniciou a sua carreira de comunicação na Rádio Vera Cruz, em 1940. Após isso, a convite de Fernando Lobo, tornou-se o locutor da rádio Tupi, mas despediu-se desta por querer fazer o programa ao seu próprio modo, que mexesse com o público. A primeira grande oportunidade surgiu na Rádio Clube de Niterói, em 1943, com o programa “Rei Momo na Chacrinha”, em que tocava várias marchinhas de carnaval e animava o público que as ouvia presencialmente ou não, através de performances sonoras. Muitos iam até o estúdio para assistir o que era aquele programa, o que configurava uma plateia e, chegando lá, se deparavam com Abelardo de cueca e lenço amarrado na cabeça, fazendo a festa, e não demorou para ele começar a ser conhecido como Chacrinha. Uns dizem que o seu apelido se dá porque a Rádio Clube de Niterói ficava em uma chácara na praia de Icareí, outros diziam que é porque “Chacrinha” significa “algazarra, confusão”, o que definia as suas apresentações no rádio. Em 1941, auge dos cassinos no país, o programa de rádio passou a se chamar “Cassino da Chacrinha”. Mas a alegria durou pouco: dois meses depois, foi demitido. Mas Chacrinha não se abateu e levou o seu "Cassino" e seu estilo para outras emissoras de rádio ao longo dos anos 40 e 50. Com isso, Chacrinha ficou cada vez mais conhecido e alcançou locais com mais audiência, migrando do rádio para a televisão, pois começou a fazer muito sucesso entre os grandes comunicólogos e entre os seus ouvintes, o que o levou a apresentar o “Rancho Alegre” na TV Tupi, em 1956, vestido de xerife (Mais uma de suas roupas icônicas). Após isso, migrou de emissora à emissora, dentre elas, TV Tupi, TV Rio, TV Excelsior, até ir para a TV Globo, onde iniciou a sua época de ouro, criando em julho de 1967, “Discoteca do Chacrinha”,

apresentado às quartas-feiras, e “A hora da buzina”, rebatizado em 1970 como “Buzina do Chacrinha”, apresentado aos domingos. Em 1972, após brigas internas, Chacrinha deixa a emissora e transfere o seu espetáculo para a TV Tupi novamente, em 1972. Em 1978 foi para a TV Bandeirantes e, por fim, depois de 10 anos volta para a Rede Globo, em 1982, e cria o “Cassino do Chacrinha”, apresentando o programa nas tardes de sábado, onde permanece até a sua morte, em 1988. Os seus programas giravam em torno da mistura de programa de auditório com atrações musicais e show de calouros, em que pessoas se candidatavam para cantar no programa e, se cantassem bem, poderiam ganhar prêmios ou até mesmo serem convidadas mais vezes e construirem a sua carreira. Se cantassem mal, recebiam a famosa “Buzinada” e interrompidos, saíam do programa, que contava com um júri composto por celebridades, como a atriz Elke Maravilha e o produtor e compositor Carlos Imperial. Sempre foi muito conhecido por seu estilo totalmente descontraído, espontâneo e conhecido por seus inúmeros bordões como “Teresinhaaaa”, “Quem não se comunica, se trumbica”, “Nada na TV se cria, tudo se copia”, “Eu não vim aqui para explicar, em vim aqui para confundir”, “Quando buzino o calouro, buzino…”, “Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?”. Com isso, temos um dos maiores comunicadores que o Brasil já teve, se destacando em território nacional, sendo até mesmo chamado por universidades para ser professor, e também no exterior, sendo considerado um dos maiores fenômenos da comunicação por cativar, entreter, ter presença e dar vida a um espetáculo....


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