Resenha do filme o preço do amanhã PDF

Title Resenha do filme o preço do amanhã
Author Aluna Exemplar
Course Economia Política
Institution Universidade Federal de São Paulo
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Summary

Atividade sobre o filme: "O Preço do Amanhã" e a Teoria do Valor....


Description

Atividade sobre o filme: "O Preço do Amanhã" e a Teoria do Valor. “O Preço do Amanhã”, é um filme de 2011 do gênero: ação e ficção científica, dirigido por Andrew Niccol, elenco principal: Justin Timberlake, Amanda Seyfried, Cillian Murphy, Olivia Wilde, Alex Pettyfer, Matt Bomer, Johnny Galecki, Vincent Kartheiser e Elena Satine. No filme tempo é a principal moeda de troca. Ricos conseguem “ganhar” décadas de vida e obter produtos de luxo explorando os pobres, podendo assim, se tornarem imortais. Pobres precisam negociar sua existência vendendo sua força de trabalho, pedindo esmolas, pegando emprestado ou até mesmo roubando mais horas dos que vivem em seu meio para conseguirem chegar vivos até o fim do dia. Quando a narrativa do filme aborda as relações sociais deixa evidente que a maioria da população precisava trabalhar para obter horas de sobrevida, convidando-nos à utilizar como base de análise a primeira tese de Adam Smith - pai da economia - conhecida como a "mão invisível" onde o mercado se auto regula só pela relação dos agentes sem necessidade da intervenção do Estado - época em que o Estado era mínimo e a ele cabia apenas a função de cobrar impostos e divulgar a moeda - essas relações eram egoístas e norteadas por interesses que acabavam gerando uma interindependência entre os detentores do banco de horas e os que precisavam delas para viver, ou seja, tinha o efeito de promover a vida social e fazer com que as pessoas produzissem mais em menos tempo em troca de algumas horas de sobrevivência - maior demanda maior o preço, maior oferta menor o preço - portanto, o tempo de trabalho e as necessidades tinham um valor de troca que por conta da alta procura esses "preços" convertidos em horas eram bem mais altos, gerando lucros. Tornando a segunda tese de Adam que diz: "só o trabalho humano produz valor", contundente. Porém na teoria de David Ricardo não é só o tempo de trabalho que produz valor, mas a raridade e escassez, sendo assim, o valor do trabalho é uma variável de proporção inversa ao valor do lucro porque também é uma mercadoria que depende da oferta, demanda e procura. Vale lembrar que para aumentar o lucro é preciso investir em maquinarias e tecnologias associadas a mão de obra, não há como aumentar o salário sem diminuir o lucro e nem aumentar o lucro sem diminuir o salário. Portanto, o valor do trabalho está ligado ao preço das mercadorias, ou seja, trabalha-se para adquirir mercadorias para seu próprio sustento. A narrativa do filme deixa isso bem explicito quando mostra trabalhadores na produção em massa de relógios eletrônicos que iriam fornecer suas horas de vida, bens de necessidades básicas que eles mesmos iriam consumir para sobreviver, porém como a oferta e procura era muito grande, tinham seus "salários" - horas de vida - reduzidos, desta forma aumentava-se o lucro do capital (fixo constante). Evidenciando que o valor não estava apenas na troca, mas também na produção de riquezas feitas para serem consumidas, atribuindo-lhes um valor de uso e utilidades. No entanto, essa produção em massa para Karl Marx é o que produz mais riquezas, a causa real do lucro, a mais valia. Afirmando que o trabalho não pago é o verdadeiro gerador de riquezas e, que isso só é possível pagando-se um salário que dê apenas para a sobrevivência do trabalhador, por exemplo: um operário trabalha

12 horas por dia, 6 horas de trabalho é o suficiente para sua sobrevivência e receberá um salário correspondente a essas horas, mas como foi contratado para trabalhar por 12 horas terá que continuar suas atividades por mais 6 horas, essas horas de trabalho excedente é o trabalho não pago, a mais valia. Fato claramente percebido no filme, quando na fábrica as pessoas trabalhavam por 48 horas porém recebiam 24 horas, "salário" suficiente para sua sobrevivência e para retornarem para mais um dia de trabalho, deixando 24 horas de trabalho excedente, proporcionando a acumulação de riqueza (horas), a mais-valia para o capital. Com efeito, a força de trabalho é o valor de uso para o capitalista. Por outro lado, porém, o conceito de trabalho produtivo se estreita. A produção capitalista não é apenas produção de mercadoria, é essencialmente produção de mais valia. O trabalhador produz não para si, mas para o capital. Não basta, portanto, que produza em geral. Ele tem de produzir mais-valia. (MARX, 1988, p 101)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP CAMPOS BAIXADA SANTISTA ECONOMIA POLÍTICA - 3° TERMO

Atividade: filme "O Preço do Amanhã"

Santos 2016...


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