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Resenha do filme Coringa (2019) O filme retrata o processo que fez Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), um homem que trabalha como palhaço para uma agência de talentos chegar ao seu limite, Arthur é um homem coberto de dor, injustiça e tragédia, sua história muda quando perde o emprego e envolve-se num assassinato. O filme chegou ao cinema brasileiro com expectativa alta, um dos maiores vilões do cinema em sua versão mais adulta e real, tanto que parte da audiência pode se incomodar com a violência. O filme foi escrito e dirigido por Todd Phillips, diretor de Hangover, Joaquin Phoenix mostra mais uma atuação primorosa quase que ofuscando o astro Robert de Niro. Vale destacar a ambientação de época, o filme mostra uma Gotham City (releitura de Nova Iorque) suja, escura, barulhenta, colapsada e decadente o que faz o espectador ter sensação de melancolia, a trilha sonora que também é de excelência, realça toda a experiência. Um ponto que chama a atenção são as mensagens mostradas no filme, ele retrata as dificuldades de se viver com alguma doença mental e ser aceito pela sociedade, o longa também tem o que fizer sobre privilégios, luta de classe e anarquia, vários desses aspectos podem muito bem se relacionar com a realidade em que vivemos. Arthur nunca conheceu seu pai, não tem amigos e precisa cuidar de sua mãe idosa, o filme retrata como a sociedade pode negligenciar indivíduos com transtornos mentais, cometendo bullying e rejeitando-os, o filme ainda critica a ausência do Estado em apoio aos mais pobres, porte de armas e o ódio contra um grupo social, novamente aspectos que se relacionam com nossa realidade. O sucesso de bilheteria não decepciona, Coringa é um filme real, é fantástico, conseguindo perturbar e incomodar o público, possui ótima direção e fotografia. Coringa abre o caminho para filmes de heróis dirigidos ao público adulto....