Resenha do filme Freenet PDF

Title Resenha do filme Freenet
Course Teorias da Comunicação
Institution Faculdade Cásper Líbero
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FREENET O quanto somos realmente livres na internet para acessar conteúdos e nos expressarmos? Quem governa a rede? Temos privacidade? Em “Freenet”, documentário dirigido por Pedro Ekman e lançado em maio de 2016, essas e outras questões são debatidas e discutidas por especialistas e ativistas. O filme passeia pela África, Índia, Estados Unidos, Brasil e Uruguai, mostrando iniciativas e obstáculos para a democratização do acesso à internet e para a garantia de neutralidade da rede. A principal discussão no documentário “Freenet” é a da ideia de que o acesso à internet é direito de todos. Um dos maiores problemas em relação a esse tipo de serviço é seu custo: nos países mais pobres, a internet é, basicamente, sinônimo de riqueza. Este tipo de debate se relaciona com ideias de Marshall McLuhan, considerado profeta da era eletrônica, que demonstrou que os meios de comunicação modificam a organização social, pois, no documentário, afirma-se que, em comunidades isoladas, a falta de internet gera uma grande desigualdade social, o que está associado diretamente ao estudo de McLuhan. Em “Freenet”, vemos uma discussão sobre o cyber terrorismo, que envolve os hackers presentes nas redes. A atividade praticada por estes inclui divulgação de dados sigilosos e importantes, muitas vezes do governo. Com isso, o governo americano tinha um plano de analisar tudo que seu povo faz online, coletando e-mails e colocando escutas nos telefones. Essa discussão se relaciona diretamente com as ideias de Manuel Castells, que analisou o chamado “problema do direito”, que consiste em considerar a atividade hacker como crime, ou como ativismo político na rede. É uma violação dos direitos autorais, ou democratização da cultura, reforçando a ideia de controle universal na tentativa de conter esse problema político. O documentário também apresenta uma defesa extremamente semelhante à ideia de McLuhan de que os meios não estão separados de nós, e nem se somam a nós: são nossas extensões. Tal defesa retratada era de que pesquisas no Google são uma extensão de nossos cérebros, visto que as informações pesquisadas são absorvidas apenas por nós mesmos, em teoria, enquanto o governo tem acesso a isso através da leitura do histórico,

reforçando a ideia de que vivemos em uma sociedade de controle onde, mais uma vez, se confirma uma das teorias de McLuhan, que diz que o meio configura e controla a proporção e a forma das ações e associações humanas. Em suma, “Freenet” reafirma ideias tanto de McLuhan quanto de Castells, discutindo as diferentes formas que a internet pode ser utilizada na vida das pessoas. Ao mesmo tempo que é o ambiente mais completo e rico em informação atualmente, muitos ainda não possuem acesso a este recurso. Os meios de comunicação mudam nossas formas de percepção de realidade, nossa sensibilidade, e mudam nossas formas de vida social e cultural – como afirma McLuhan -, evidenciando, afinal, que a internet não só chegou em nossas vidas para facilitar o acesso e a disseminação da informação, mas também para formar uma geração inteira de pessoas que coletam dados que podem vir a serem essenciais para tomar decisões de alcance global, deixando mais evidente que os dados e as informações são os bens mais preciosos da sociedade – como afirma Castells, que também diz que “o poder na sociedade em rede é o poder da comunicação. A produção, troca, organização e consumo de informações caracteriza o mundo contemporâneo. Vivemos a era do capitalismo informacional”, e, com essa era, a internet também veio – e ela veio para ficar....


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