De funkeira a pensadora contemporânea Valesca Popozuda como intelectual orgânica no contexto do funk carioca PDF

Title De funkeira a pensadora contemporânea Valesca Popozuda como intelectual orgânica no contexto do funk carioca
Author Bruna Santana
Course Teorias Da Comunicação
Institution Universidade Federal de Santa Maria
Pages 2
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Summary

Resumo e análise de conteúdo referente a Sociologia da Comunicação....


Description

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS COMUNICAÇÃO SOCIAL - PUBLICIDADE E PROPAGANDA SOCIOLOGIA DA COMUNICAÇÃO

Os principais pontos discutidos no texto “ De funkeira a pensadora contemporânea: Valesca Popozuda como intelectual orgânica no contexto do funk carioca.” de Amanda Medeiros

O objetivo do artigo é analisar a posição da cantora Valesca Popozuda no cenário do funk carioca a partir de conceitos intelectuais. Para isso, trata o funk do Rio de Janeiro como um gênero musical berço da formação da identidade da mulher empoderada, expondo assim a trajetória da artista com ênfase na ideia de self made woman.

Desenvolve-se

também,

uma

discussão

teórica

sobre

conceitos

intelectuais, hegemonia e contra-hegemonia e refletindo sobre o contexto já mencionado. O texto relaciona abordagens teóricas com materiais achados na internet, concluindo que ao sentir e saber a realidade do funk carioca a cantora pode ser tomada como intelectual orgânica para mulheres que vivem a mesma realidade e acabam por se enxergar empoderadas a partir do que a Valesca representa. O escrito inicia falando sobre como cada gênero musical acaba por ter uma identidade individual, de forma que quando fala-se no funk carioca é possível imaginar um cenário contemporâneo em que o gênero é cantado e dançado por mulheres que, de alguma forma, estão ligadas a favelas e subúrbios do Rio de Janeiro. Tal fato nos faz relacionar o artigo com os estudos culturais, pensamentos que ganharam forças pelo fato de gerarem questionamentos. Assim, o texto deixa evidente que as mensagens da mídia são reinterpretadas e inseridas de modos diferentes no cotidiano, indo além do que esperam os produtores e fazendo parte das experiências cotidianas.

O artigo também relata a história de vida de Valesca Popozuda e como ela passou de uma infância e juventude com os mais diversos problemas a hoje rainha do funk com uma das produções audiovisuais mais caras do Brasil. Sendo assim, este modelo de análise nos ajuda a entender melhor o que acontece com as grandes indústrias culturais e como elas se modificam ao longo do tempo. Fazendo-se importante na manutenção de formas hegemônicas de poder que necessitam estar em constante movimento e disputa. O texto também relata sobre a polêmica envolvendo a cantora quando foi citada numa prova de filosofia como “grande pensadora contemporânea” e como muitos recorreram a discursos de autoridade a fim de negar o título dado a funkeira. Porém como vimos nos Estudos sobre Mídia no Brasil é evidente que, é pela mídia que o público aprende e adquire uma noção do que acontece no mundo. Portanto, é preciso levar em conta o poder das figuras mostradas pela mídia. No que diz respeito a ver Valesca Popozuda como uma intelectual orgânica busca-se frisar que, para ser um intelectual de determinado grupo social nem sempre sujeito precisa ser oriundo dele e sim vivenciar os mesmos problemas. Por isso, fica nítido que o título de rainha do funk foi dado e firmado por vontade coletiva, uma vez que a cultura vinculada a realidade do povo estava sendo passada por meio das músicas da cantora. Inclusive observa-se que este fato faz com que nos lembremos do conceito de hegemonia, já que a cantora conseguiu um lugar de poder com o consentimento dos demais. Assim, construindo sua identidade de self made woman, no contexto do funk carioca ao colaborar com a construção da identidade da mulher empoderada e levar questões locais além dos subúrbios e favelas e alcançar um viés global....


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