Diarreia Aguda - Traz as principais informações da Sociedade Brasileira de Pediatria a cerca PDF

Title Diarreia Aguda - Traz as principais informações da Sociedade Brasileira de Pediatria a cerca
Course dor abdominal
Institution Universidade Estadual do Oeste do Paraná
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Traz as principais informações da Sociedade Brasileira de Pediatria a cerca do tema....


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DIARREIA AGUDA 1. Estudar diarreia aguda. Definição: “Eliminação anormal de fezes amolecidas ou líquidas com uma frequência igual ou maior a três vezes por dia e duração de até 14 dias”. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2017) Epidemiologia: Segundo Sociedade Brasileira de Pediatria (2017) 580.000 óbitos por ano, em sua maioria em menores de 2 anos que vivem em países em desenvolvimento. Norte e Nordeste são as regiões brasileiras mais afetadas. Etiologia: As mais prevalentes e com maior impacto na saúde das crianças são as de origem infecciosa, mas ocorrer por fatores diversos (alergias, intolerâncias, apendicite aguda, e erros alimentares). Os principais causadores são os vírus. Os rotavírus, por exemplo, são os principais responsáveis tanto pelos episódios totais quanto pelos casos graves. Norovírus são os principais em surtos epidêmicos e são transmitidos pela água ou alimentos. Já os adenovírus costumam causar infecção do trato respiratório e, mais dificilmente, gastroenterite. Dentre os menos prevalentes encontram-se os astrovírus que costumam infectar lactentes. Causas baterianas podem ocorrer por diversas espécies diferentes e, assim como as parasitárias, tem pico de incidência nas épocas chuvosas e quentes. Nesse ultimo grupo encontramos o Crytosporidium e a Cyclospora que geralmente são assintomáticas, mas podem complicar em imunossuprimidos. Classificação segundo Morais (2017): ∙ Diarreia aguda aquosa: pode durar até 14 dias com grande perda de fluidos. Pode ser causada por bacterias e vírus. Com episódios sucessivos e alimentação inadequada pode haver desidratação. ∙ Diarreia aguda com sangue/ Disenteria: representa uma lesão na mucosa do intestino. Causadas principalmente por bactérias do gênero Shiguella, podem cursar com infecção sistêmica e/ou desidratação. ∙ Diarreia persistente: prolongamento da diarréia aguda por 14 dias ou mais. Pacientes que tem diarréia persistente tem alto risco de complicações e letalidade por conta da possibilidade de desnutrição e desidratação. 2. Diagnosticar e classificar o estado de hidratação da criança com diarreia, justificando seu diagnóstico e classificação. Segundo Morais (2017) o estado de hidratação é avaliado no exame físico e a perda de peso (PP) é o melhor indicativo. Portanto, ainda que o peso anterior aos episódios de diarreia não estejam disponíveis, é importante ser mensurado na avaliação. 5% de PP representa desidratação leve, 5-10% desidratação moderada e >10% desidratação grave. A recomendação da OMS utilizada pelo MS para avaliação do estado de hidratação é resumida na Tabela – 1. A presença de fontanela baixa, saliva espessa, padrão respiratório alterado, ritmo cardíaco acelerado, extremidades frias e turgência da pele

também podem ser indicativos de gravidade do caso.

Tabela 1 (MORAIS et al., 2017) 3. Esquematizar o tratamento de desidratação em 3 categorias. Como explicitado na Tabela 1 diferentes gravidades demandarão diferentes locais para o tratamento, assim como, diferentes planos terapêuticos. O pdf enviado em anexo no e-mail intitulado de “Tratamento (A,B,C)” contém um mapa mental que esquematiza a conduta terapêutica no tratamento de desidratação. É importante lembrar que o plano A é realizado em casos de pacientes sem desidratação, plano B em pacientes com desidratação leve ou moderada e o plano C quando existe desidratação grave. O mapa mental também pode ser acessado pelo link: https://coggle.it/diagram/XphREBqrZEaTC7P1/t//99e417a224bf9fab4b36553489beecfd964d76e443c8208a0f3f20c34525be54 Segundo Morais (2017) quando o tratamento é domiciliar (plano A) a orientação é a conduta mais importante a Tabela 2 indica um dos aconselhamentos que devem ser dados para a mãe dependendo da idade da criança.

Tabela 2 (MORAIS et al., 2017) 4. Descrever outras terapias medicamentosas utilizadas no tratamento da criança com diarréia aguda. Segundo Sociedade Brasileira de Pediatria (2017) algumas evidências apontam que o uso de ondansetrona por pacientes com vômitos persistentes pode conferir um menor risco de admissão hospitalar. Esses estudos contrapõe a contraindicação de antieméticos, pois podem causar sedação. Existem terapias capazes de reduzir a duração da diarréia. O uso de probióticos podem reduzir em 1 dia a duração de diarréias agudas de origem infecciosas, principalmente de origem viral. A racedotrila além de reduzir a duração do quadro também reduz o volume das fezes, seu mecanismo consiste na inibição da enfalinase intestinal sem reduzir o transito intestinal. Segundo Sociedade Brasileira de Pediatria (2017) o uso de antibióticos também são indicados. O caráter autolimitado da doença favorece as menores ocorrências de complicações nesse tipo de tratamento, além da aquisição de resistência bacteriana ser menos frequente. Porém segundo Morais (2017) o uso deve ser restrito a pacientes com disenteria, cólera, infecção por Giardia lamblia ou Entamoeba hystolitica, imunossuprimidos, pacientes com anemia falciforme, portadores de prótese e aqueles que apresentam sinais de disseminação bacteriana extraintestinais. Segundo Sociedade Brasileira de Pediatria (2017) diarreias com sangue, pacientes imunodeprimidos, lactentes menores que 4 meses caracterizam casos mais graves e quem podem ser tratados com antimicrobianos. Segundo Morais (2017) o medicamento racecadotrila (inibidor de encefalinase) aumenta a duração de encefalinas que reduzem a secreção intestinal de água e eletrólitos. Sendo assim, é considerada um bom tratamento coadjuvante.

Comentários sobre o caso descrito no problema. Segundo Sociedade Brasileira de Pediatria (2017)a vacina humana monovalente do vírus vivo atenuado RV-A foi introduzida no Brasil em 2006 e é a melhor maneira de prevenir infecção por rotavirus. Helena e seu irmão não foram vacinados e, portanto, tem mais chances de contrair rotavírus. Segundo Horton (2000) o uso de albendazol é para helmintos. Portanto, não confere eficácia para infecção por outras etiologias. Outro grande indicativo dessa infecção (além da prevalência já comentada no objetivo 1) são os sintomas. Segundo Crawford (2017) a diarréia pode ser acompanhada de vômitos, febre e mal-estar. (sintomas apresentados por Helena). Helena teve quadro de desidratação grave e prosseguiu para o plano C. REFERÊNCIAS

CRAWFORD, S. E. et al. Rotavirus infection. Nature Reviews Disease Primers, v. 3, p. 17083, 9 nov. 2017. HORTON, J. Albendazole: a review of anthelmintic efficacy and safety in humans. Parasitology, v. 121, n. S1, p. S113–S132, out. 2000. MORAIS, M. B. DE et al. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento - Guia Prático SBP. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 1, p. 1–15, 2017. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (Sp) (org.). Tratado de Pediatria. 4. ed. Barueri, 2017....


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