Sociologia - Interpretação do Brasil e modernização da sociedade brasileira PDF

Title Sociologia - Interpretação do Brasil e modernização da sociedade brasileira
Course Sociologia
Institution Ensino Médio Regular (Brasil)
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Resumo de Sociologia abordando a interpretação do Brasil e modernização da sociedade brasileira....


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Sociologia Interpretação do Brasil: a construção da identidade nacional Construindo a identidade nacional A identidade nacional, como qualquer outro fator social, é historicamente construída. Pode-se, portanto, investigar em que momento histórico as identidades brasileiras foram formuladas e quais são suas características.

O Brasil de todas as raças: democracia racial, de Gilberto Freyre Gilberto Freyre (1900-1987) é considerado o primeiro sociólogo a propor uma leitura positiva da miscigenação na história do Brasil. Sua interpretação tem consequências diretas no tratamento político conferido à mestiçagem. Essa mestiçagem e a interpenetração de culturas garantem um "equilíbrio de antagonismos" por meio da harmonização dos conflitos. Esse equilíbrio origina a tese da 'democracia radar Sua obra Casa-grande & senzala (1933) é um marco na análise da cultura brasileira. Neste ensaio, Freyre refuta a tese até então vigente que atribuía o atraso da sociedade brasileira à miscigenação. A mestiçagem, resultante da miscigenação entre indígenas, africanos e portugueses, é para Freyre a marca distintiva da civilização brasileira. De acordo com Gilberto Freyre, a organização social brasileira, masculina, construída em torno da família patriarcal. e da interpenetração de culturas. A família patriarcal está centrada na figura Freyre caracteriza a família. patriarcal como a célula da sociedade escravista colonial. Ela reúne nas suas dependências o trabalho, a economia e a sociabilização entre raças e culturas diferentes (o negro da senzala trabalha na casa do senhor).

Passado e futuro do Brasil: o homem cordial, de Sérgio Buarque de Holanda Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) é considerado, ao lado de Gilberto Freyre, um importante intérprete da sociedade e da cultura brasileiras. Ele oferece uma leitura dual entre a ética do aventureiro e a ética do trabalhador, conformando assim a diferença entre os tipos de colonização, a ibérica e a anglo-saxônica. Em sua obra, Raízes do Brasil, publicada em 1936, o autor elabora o conceito de homem cordial, um resultado da família patriarcal

brasileira. O homem cordial é caracterizado como aquele indivíduo que não enxerga a separação entre público e privado, que considera o Estado como uma extensão da vida privada. Com isso, Sérgio Buarque faz uma análise crítica da formação social brasileira que se deu em torno da família patriarcal. Segundo Caio Prado Júnior afirma que, de essa análise, o desenvolvimento de uma modo geral, os sujeitos da história sociedade industrializada e moderna no brasileira continuaram os mesmos, Brasil dependeria muito mais do rompimento sob novas estrutura econômicas, com os aspectos culturais (cordialidade, as quais foram basicamente personalismo e patrimonialismo) do que com impostas pelos países europeus, e os aspectos econômicos e/ou políticos.

Modernização da sociedade brasileira

não articuladas internamente. Ele denomina essa pratica como modernização conservadora.

Desenvolvimento do capitalismo na formação ao Brasil: contribuições de Caio Prado Júnior O historiador Caio Prado Júnior (1907-1990) analisa, em suas obras, o desenvolvimento do capitalismo no Brasil, caracterizado por uma dependência estrutural dos países europeus. Esse desenvolvimento foi marcado mais pela exploração do trabalho do que pelo trabalho assalariado, pois se baseou, sobretudo, no latifúndio, na monocultura e no trabalho escravo. Caio Prado Júnior ressalta que o estabelecimento de um mercado interno e de urna classe industrial seria essencial para o desenvolvimento do capitalismo no Brasil. No livro Formação do Brasil contemporâneo, de 1942, o autor relaciona as características da sociedade brasileira com as demandas econômicas dos colonizadores europeus.

Revolução burguesa no Brasil: uma análise sociológica de Florestan Fernandes O sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995) escreveu em um contexto de legitimação das Ciências Sociais no Brasil. Ele critica a tradição sociológica anterior e sugere que as teorias europeias e estadunidenses sejam adaptadas à realidade brasileira. E considerado o principal representante da 'teoria social brasileira. Em sua obra A revolução burguesa no Brasil (1975), ele defende que a revolução burguesa não estabeleceu uma ruptura radical com a ordem colonial, mas, sim, uma mudança conservadora das instituições e dos modos de organização econômica.

A burguesia no Brasil nasceu dos antigos senhores de engenho e, por isso, não se configurou como uma classe que de fato rompeu com as estruturas políticas e sociais previamente estabelecidas.

Repensando a democracia racial no Brasil Nos anos de 1950, Florestan Fernandes e o sociólogo francês Roger Bastide iniciaram uma série de estudos patrocinados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). De acordo com Florestan, os resultados desses estudos ressaltaram as fragilidades da tese da democracia racial, que passou a ser alvo de crítica de sociólogos brasileiros. A pesquisa revela que, no Brasil, os grupos raciais ocupam lugares distintos na sociedade e que esses lugares são determinados pelo preconceito e pela discriminação racial praticados contra os negros. Florestan estabelece uma relação de interdependência envolvendo a consolidação da democracia no Brasil e o fim do • preconceito racial aos negros. Em A integração do negro na sociedade de classes (1964), Florestan Fernandes revela, por meio de uma pesquisa sociológica, como a integração do negro na sociedade de classes no período pós-abolição se deu de forma desigual, confirmando a existência de uma estratificação social entre brancos e negros no Brasil....


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