Resenha da A Sociedade Antiga do Morgan PDF

Title Resenha da A Sociedade Antiga do Morgan
Author Rodrigo Marinho Alexandre
Course Antropologia
Institution Universidade Estadual de Montes Claros
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Summary

Resenha do texto A sociedade antiga do Lewis Henry Morgan. ...


Description

Texto: MORGAN, Lewis H. A sociedade antiga. in. CASTRO, Celso (Org.). Evolucionismo Cultural: Textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005. Resenha Apresentação Para Lewis Henry Morgan, a história da humanidade seguiu um processo de evolução em três fases: selvageria, barbárie e civilização. De acordo com Morgan, esse processo seguiu uma ordem temporal evolutiva, ou seja, “a selvageria precedeu a barbárie em todas as tribos da humanidade, assim como se sabe que a barbárie precedeu a civilização.” (Morgan, 2005, p. 21). O autor generaliza esse processo e afirma que todas as tribos humanas seguiram essa evolução. Além disso, ele busca analisar como ocorreu essa fase evolutiva e como alguns grupos não evoluíram de uma fase para outra. Morgan diz que as criações e os descobrimentos possuem relações lineares durante a evolução dos seres humanos e registram os estágios desse progresso. (Morgan, 2005). Entretanto, as instituições surgiram “a partir de uns poucos germes primários de pensamento.” (Morgan, 2005, p. 21). Com processos igualmente semelhantes. Essas coisas, de acordo com Morgan, após uma organização e uma comparação, possuem uma tendência de compartilhar “a origem única da humanidade, a semelhança dos desejos humanos em um mesmo estágio de avanço e a uniformidade das operações da mente humana em condições similares de sociedade.” (Morgan, 2005, p. 21). Desse modo, o autor busca estudar aspectos dos seres humanos através da análise de grupos, tribos, invenções e instituições humanas. Logo, é possível perceber que Lewis Henry Morgan visa estudar as evoluções dos seres humanos através da antropologia como conhecimento acadêmico. Argumentos Para Morgan (2005), os períodos de selvageria e barbárie se dividem em subperíodos denominados de inicial, intermediário e final. Além disso, as condições da sociedade nesses períodos podem ser classificadas como status inferior, intermediário ou superior. De acordo com o autor, durante o período inicial de selvageria, a sociedade encontrava-se no status de inferioridade da selvageria, começando com a infância dos seres humanos e terminando com a alimentação baseada no peixe e o uso do fogo. No intermediário ele se inicia com os dois fatores que encerraram o período anterior e termina com a invenção do arco e flecha. Já no superior de selvageria, ele começa com a mesma invenção do arco e flecha e finaliza com a

invenção da arte da cerâmica. (Morgan, 2005). A barbárie merece um destaque, pois no oriente e no ocidente eles aconteceram de forma diferente. Segundo Morgan (2005), a domesticação de animais marca o início do período intermediário no oriente e as técnicas de agricultura marca o ocidente. Por fim, no último período da barbárie, ela é marcada pela invenção de minérios e a utilização deles para ferramentas. Já a civilização começa com a invenção do alfabeto fonético e uso da escrita. Logo, é possível perceber que a evolução dos seres humanos, de acordo com Morgan, está intrinsecamente relacionada com as técnicas produtivas de uma sociedade. Além disso, o autor busca estudar a organização das sociedades durante o período final de selvageria e pelo período completo de barbárie. De acordo com Lewis Henry Morgan, a humanidade era organizada em gentes, fratrias e tribos. Esse tipo de organização foi dominante em todos os continentes e por todo o mundo antigo. (Morgan, 2005). Nesse argumento do autor é possível perceber a importância dada à forma de organização social, pois ele não visa apenas classificar os períodos da humanidade, mas também entender como surgem às instituições e a ideia de governo. Da mesma maneira ele analisa a família, “a família passou por formas sucessivas, e criou grandes sistemas de consangüinidade e afinidade que duram até os dias de hoje.” (Morgan, 2005, p. 22). Nota-se que, de acordo com o autor, a família evoluiu igualmente com as outras instituições através de laços sanguíneos e de afinidades chegando até a monogamia. Outra questão importante dada por Morgan é a questão da propriedade. O conceito de propriedade passou por um desenvolvimento e aumento semelhantes às famílias e às instituições, começando pela subsistência acumulada e passou a ser dominante na mente humana. (Morgan, 2005). Essa analise de Lewis Henry Morgan demonstram um pensamento do autor voltado para questões antropológicas profundas, analisando diversas questões das sociedades, não apenas a mera classificação dos seres humanos. Com isso iniciando uma evolução da antropologia como método de estudo. Análise O texto se relaciona com o tema da unidade II, pois Lewis Henry Morgan analisa e classifica os grupos humanos através de um aspecto evolucionista e utilizando a antropologia como saber acadêmico. No prefácio do texto o autor deixa claro que seus argumentos se baseiam em evidências. Além disso, o autor destaca a importância de estudar as tribos indígenas americanas para compreender a civilização atual demonstrando um interesse em aumentar os estudos nesse campo do conhecimento. Logo, é possível perceber a evolução dos estudos

antropológicos em relação à unidade I, uma vez que antigamente eram utilizados os relatos de viajantes como fonte de estudos. Entretanto, apesar das contribuições dadas à antropologia, essa divisão em períodos de selvageria e barbárie são bastantes problemáticas, porque essa definição visa despersonalizar os povos da antiguidade e criar uma superioridade da civilização. Na série da BBC “Racismo: uma história” é mostrada que uma das bases do racismo é o colonialismo com a crença na superioridade da civilização em relação aos povos indígenas. Além disso, a tese de classificação da raça humana de Morgan está ligada com as evoluções das forças produtivas, ou seja, a evolução dos grupos humanos depende das técnicas de produção, contudo, isso não é suficiente para determinar se uma sociedade é bárbara ou selvagem....


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