Discussões acerca do filme \"A História de Rosa Parks\" PDF

Title Discussões acerca do filme \"A História de Rosa Parks\"
Author Marcos Antônio
Course Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais
Institution Universidade Federal do Tocantins
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Summary

Texto que media discussões que foram pertinentes nas aulas daquele semestre, partindo do filme "A História de Rosa Parks"...


Description

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CIÊNCIAS SOCIAIS CAMPUS DE TOCANTINÓPOLIS

Discussões acerca do filme “A História de Rosa Parks”

MARCOS ANTÔNIO COELHO DA SILVA METODOLOGIA DA PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS JOÃO BATISTA

Discussões acerca do filme “A História de Rosa Parks” “A História de Rosa Parks” é um drama de 2002 que nos traz a marcante história de um dos símbolos da luta racial norte-americana, a vida da tuskegeeana Rosa Louise McCauley (1913-2005), posteriormente Rosa Parks, após casamento com Raymond Parks. O recorte, obviamente, é o ano de 1955, mais precisamente o primeiro de dezembro daquele corrente ano, onde aconteceu o episódio que a tornaria conhecida não só em Montgomery (onde passou a maior parte de sua vida), mas também no mundo inteiro, pois negar assento a um branco em ônibus se configurava como crime em quase todos os estados sulistas e foi o que Rosa fez, já cansada de tanta injustiça para com os de sua cor. Episódios antes e depois deste também são abordados no filme para que entendamos o que levou àquele ato e o que se desenrolou logo em seguida; aqui neste texto nos foquemos nas consequências para em seguida aproveitar as pontes de debate que a discussão torna possíveis. Uma delas, e que merece grande atenção, é o fato de que já haviam acontecido casos similares ao de Rosa, mas que não ganharam tanta repercussão porque tais pessoas não possuíam sua base política e que não eram engajadas na luta pelos direitos civis como ela, que a essa altura era membro militante da Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (NAACP), em outras palavras, o ato de Rosa ganhou grande apoio, principalmente por parte da NAACP, das líderes negras do conselho político de mulheres e da comunidade negra local, que rapidamente possibilitaram sua soltura e que logo em seguida, aproveitando o calor da notícia, organizaram de forma pacífica um boicote ao transporte público, o que causou sérios prejuízos econômicos ao governo. Embora prática ilegal em Montgomery a ação se manteve com contribuição em massa, vários negros perderam seus empregos, foram espancados, mas nada os parou, sem contar com o número de prisões registradas que eram enormes, o que chamou a atenção de todo o país. O boicote durou 13 meses. A medida possibilitou depois de muita insistência, que acabasse a separação racial nos ônibus, mas as leis racistas continuariam a existir pelo

menos até julho de 1964, quando os Estados Unidos poriam fim a todos os sistemas segregacionistas dentro de seu território, tudo isso depois de todo o percurso atravessado pelos movimentos dos direitos civis, que não nos esqueçamos, teve sua primeira faísca naquele primeiro de dezembro de 1955. O fato é que era necessária uma oportunidade com esse alcance, inclusive é contado em documentário sobre a vida da própria Rosa Parks, que nada chateava mais os negros em Montgomery do que a questão do transporte. O filme não chega a trabalhar o impacto do boicote aos ônibus em outros estados além do Alabama, o que tiraria em muito o foco biográfico da produção, mas essa influência foi muito importante, principalmente porque as lideranças dali afora puderam ver que poderiam lutar por seus direitos de forma pacífica. O efeito em todo o território americano, e não só nos estados do sul (que teve historicamente a mão de obra escrava como motor econômico) como possa aparentar a princípio, é devedor não só da ousadia de Rosa, mas também de outros ativistas, entre eles o pastor Martin Luther King, que começou a dar seus passos mais importantes, coincidentemente, a partir do caso de Rosa, quando os líderes negros da cidade formaram uma nova organização (Montgomery Improvement Association) e o colocaram como presidente, surgia assim mais um grande porta-voz dos movimentos dos direitos civis. Numa foto bastante conhecida, tirada em 1965, por exemplo, podemos ver Luther King e Rosa Parks juntos durante assinatura da Lei dos Direitos de Voto, ambos contribuindo num outro campo de ação e que também é visto no filme, tendo nesses trechos algumas de suas cenas mais belas...


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