Distúrbios do endometrio PDF

Title Distúrbios do endometrio
Course Ginecologia
Institution Universidade Federal do Maranhão
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Resumos sobre os disturbios do endometrio....


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ANATOMIA PATOLÓGICA Distúrbios endometriais O endométrio é uma mucosa constituída por glândulas e estroma redundante e revestido por epitélio cilíndrico simples secretor de glicogênio (e não de muco) – o endométrio precisa de glicogênio para nidar o ovo, é a alimentação do ovo. A datação do endométrio segundo seu aspecto histológico é uma prática útil para avaliar a condição hormonal, documentar a ovulação e determinar causas do sangramento endometrial e da infertilidade.

Fase proliferativa: até o 14° dia predomina ação dos estrógenos. O endométrio que descamou na menstruação e começa a se refazer (terço basal que fica começa a, por estímulo do estrogênio que aumenta, se dividir e a voltar a aumentar a espessura do endométrio, promovendo a volta da espessura normal do endométrio). No período menstrual ocorre o desprendimento da metade superior até dois terços do endométrio, o terço basal permanece preservado ao final do fluxo menstrual; dois terços do endométrio quando as arteríolas espiraladas se contraem, entram em isquemia, necrose de coagulação e descama; o terço basal se mantém. Glândulas pequenas redondas ou tubulares, retilíneas, compostas de células colunares; se multiplicam ativamente por mitoses que faz proliferar esse epitélio e com isso passa a ter uma pseudoestratificação, passa a ter várias glândulas. O estroma se recompõe. O estroma é composto de células fusiformes, com citoplasma escasso, onde também há muitas mitoses. Aumenta número de glândulas e células estromaticas Células estromáticas em mitose: Citoplasma cada vez mais escasso, espessura do endometrio cada vez mais aumenta. Algumas mitoses e faz proliferar o epitélio e com isso passa-se a ter uma pseudo-estratificação. Tanto prolifera o epitélio glandular quando aumenta as células estromáticas (conjuntivas). 14° (ou 15°) dia é a ovulação: se houver fecundação, o organismo se prepara para no 14° ao 28° (ou 30°) dia para a nidação do ovo (progesterona sobe cada vez mais), o endométrio se prepara para receber o ovo e começa a secretar glicogênio. Fase secretora: aumenta progesterona. Surgimento de vacúolos embaixo dos núcleos do epitélio glandular. Bolinhas brancas debaixo da célula: vacúolos secretores de glicogênio ultrapassam progressivamente os núcleos, ascendem até atingirem o lúmen onde liberam as secreções, eles vão subindo saem da base, vão pra ápice e passam pra luz e vai inchando o endométrio. Glândulas cada vez maiores, mais tortuosas e mais dilatadas. Edema entre as células do estroma. Hipertrofia das células do estroma acompanhada de eosinofilia citoplasmática. Surgimento de neutrófilos dispersos e alguns linfócitos

Endometrio gravidico: Endométrio não descama, tendência do endométrio de permanecer com características hipersecretoras por conta da estimulação da progesterona. Glândulas são tortuosas com luz ampla ou contorno estrelado, cheias de glicogênio, vacúolos bem brancos e cheios de glicogênio, glândulas bem franjeadas, e o estroma é abundante, composto por células com citoplasma róseo volumoso (células deciduais). Fenômeno de Árias Stella: hipercromatismo nuclear, núcleos levemente polimorfos; epitélio glandular muito polimófico, hipercorado.

Endometrio atrófico: Não tem mais estrógeno e nem progestágeno, começa a ter atrofia. Histologia típica do endométrio após a menopausa, poucas glândulas, quase só estroma, abaixa espessura do endometrio e redução do útero. Caracteriza-se pela dilatação cística das glândulas endometriais e atrofia do epitélio glandular. Poucas glândulas, quase só estroma. Atrofia do endométrio: baixa a espessura do endométrio, redução do útero e do endométrio.

Ciclo anovulatorio: Estimulação estrogênica excessiva e prolongada, sem o desenvolvimento da fase secretora. Mais comum na menarca e no período perimenopáusico, endométrio proliferativo persistente podendo levar ao colapso não programado do estroma. Glândulas secretoras ou proliferativas, estroma denso ou frouxo.

Alterações endometriais induzidas pelo uso de contraceptivos orais: Consiste em um padrão discordante entre as glândulas (hipersecretoras ou proliferativas) e o estroma (muito denso ou muito frouxo), há uma mistura (quando as glândulas são proliferativas, o estroma é denso; quando as glândulas são hipersecretoras, o estroma é frouxo); em geral se observam glândulas inativas mergulhadas em um estroma que exibe células grandes com abundante citoplasma.

Endometrite aguda: Processo inflamatório agudo, geralmente associada ao aborto ou pós-parto. Agregado de células polimorfonucleares, como também a infiltração e destruição do epitélio glandular.

Endometrite crônica:

Resulta do uso do DIU, ou acompanhada de cervicite mucopurulenta e∕ou ascensão da DIP. Caracteriza-se pela presença de linfócitos e plasmócitos.

Hiperplasia endometrial: Principalmente nas mais idosas (45, 50 anos pra cima) apresenta um aumento da relação glândula∕estroma e anormalidades no crescimento epitelial relativo ao endométrio normal. Estimulação prolongada por estrógenos (anovulação, aumento da produção de estrógenos, terapia de reposição de estrógenos); pode estar acompanhada de uso de ACO (pra tentar corrigir estrógeno; não se costumava usar uma proporção balanceada); lesões pré malignas endometriais; pode ser por reposição de estrogênio ou por tumor de ovário (tumor ovariano principalmente o carcinoma das células da teca e da granulosa, podem produzir estrógeno pode levar ao crescimento anormal do epitélio). Obs: sempre que há estrógeno há mitose nas glândulas, mitose no estroma. Então ao invés de um endometrio 0,2 cm de espessura, há de até mais de 1 cm de espessura. -Simples: Caracteriza-se por alterações na arquitetura de glândulas de vários tamanhos, que produzem irregularidades no formato das glândulas, acompanhadas de alterações císticas; o padrão de crescimento do epitélio é semelhante aquele encontrado no endométrio proliferativo. Aumentou a quantidade de glândulas, muitas divisões mitóticas no estroma, estroma muito denso (por excesso de proliferação por aumento do estimulo estrogênico) e glândulas que se proliferam demais. Epitelio pseudoestratificado, mas ainda é epitélio típico. Se houver modificação do aspecto dos núcleos, apresentando polimorfismo, hipercromasia: hiperplasia glandular com atipia (condição pré-câncer), ou hiperplasia glandular sem atipia (se o epitélio for normal; condição bem melhor). Muita glândula, com estroma (denso) entre elas. Hiperplasia só existe para as células do epitélio. Se na hora que dividir as células filhas forem iguais, é uma hiperplasia típica. Se por acaso as células forem diferentes (forma, aspecto) é uma hiperplasia com atipia até chegar ao adenocarcinoma. Hiperplasia cística: aspecto de queijo suíço, epitélio bem baixo, glândulas bem grandes e podem estar cheias de secreção (endométrio parece estar todo furado), pouco estroma entre as glândulas.

-Complexa: mais parece câncer, quanto mais irregularidade e menos estroma estiver mais perto do câncer está, exibe um aumento no número de no tamanho das glândulas endometriais, acompanhada de aglomeração, aumento e irregularidade na forma das glândulas. Essa última característica resulta do aumento da estratificação celular. As glândulas permanecem distintas e não confluentes. Apresenta atipias. Início do adenocarcinoma de endométrio.

Pólipo endometrial:

“dedos”, endométrio que proliferou, se encheu de reação inflamatória, inchou e se pendurou. Podem ter muitos cistos, podem ser pseudoestratificado (se as pacientes forem mais velhas). São massas sésseis ou pediculadas com tamanhos variados que se projetam para dentro da cavidade endometrial. As glândulas endometriais podem apresentar algum grau de cistificação, e o seu epitétlio pseudoestratificado pode conter figuras de mitose, ou no caso de pacientes pósmenopausadas epitélio plano, e inativo. E o estroma é composto de células longas e finas, abundante tecido conectivo extracelular e vasos espessados. Leva a sangramentos, glândulas dilatadas.

Adenomiose: O endométrio é a camada mais interna do útero, se existir o endométrio entrando no miométrio, se invaginando, é o que se chama de endometriose interna. Presença de tecido endometrial no miométrio. Provavelmente representa um crescimento do tecido endometrial entre os fascículos do músculo liso do miométrio. Sangra, por que quando chega a fase progesteronica ele se enche de secreção e quando for pra sangrar, ele também vai sangrar e pode dar dor. -Adenomiose ou endometriose interna: ao exame macroscópico, a superfície miometrial é trabeculada, podendo apresentar focos de hemorragia. No exame microscópio, observam-se ninhos irregulares de tecido endometrial dispostos no interior do miométrio e separados da camada basal por no mínimo 2 a 3 mm. Incidência de 10 a 15%. A endometriose pode ser externa. -Endometriose externa: Pode existir a implantação do estroma das células endometriais em outros órgãos (em ordem de frequência): ovários, ligamentos uterinos, septo reto vaginal, peritoneo-pélvico, umbigo, cicatriz de laparotomia, apêndice cecal. Ocorre basicamente em mulheres na idade reprodutiva, sexualmente ativa especialmente entre 30 e 40 anos de idade. Como desenvolver endometriose: por metaplasia (diferenciação anormal do epitélio celômico), regurgitação e implante (período menstrual; exemplo: no peritoneo, o endométrio pode cair na tuba e assim caindo no peritoneo), disseminação linfo-hematogênica (nariz, umbigo, braços e linfonodos).

Adenocarcinoma de endométrio: Muito frequente, ocorre depois da menopausa quando o endométrio está atrófico. Principal queixa: sangramentos pós menopausa, deve-se pensar em hiperplasia e câncer de endométrio. Nos países desenvolvidos é o mais frequente (no Brasil o mais frequente é o de colo de útero). Pode ter antecedentes de obesidade, hipertensão, diabetes, situações em que se tem alto nível de estrógeno (por exemplo quem nunca teve filho). Depois da menopausa, a suprarrenal produz androstenediona (precursor de andrógeno), que, no tecido adiposo, se transforma na estrona (um estrógeno) pela enzima aromatase (fenômeno favorecido em mulheres obesas). Esse estrógeno secretado que vai estimular multiplicação das células (câncer de endométrio).

Leiomiomas: Tumor benigno de endométrio mais frequente originado em musculatura lisa, o mais comum é o leiomioma uterino, que ocorre em até 25% das mulheres em idade reprodutiva, constituindo a neoplasia mais comum da espécie humana. São frequentemente múltiplos e podem causar dores pélvicas e sangramentos. Constituído pelas fibras do miométrio se caracteriza por hemorragia, geralmente são múltiplos (hiper e polimenorreia e menorragia – dentro do período menstrual, metrorragia – fora do período menstrual). Intramurais, no miométrio; subserosos: embaixo da serosa, ficam fora do útero; submucoso: dentro da cavidade endometrial. Há também leiomiomas no tubo digestivo e raramente em outros locais. Mioma é um tumor sólido, de tecido branco acinzentado, formato igual ao músculo do miométrio, fibras musculares são normais, núcleos

pequenos regulares, cromatina bem distribuída, carioteca lisa, e é só musculo. Raramente se malignizam, podem desenvolver em leiossarcomas.

Leiossarcomas:

Fragmentos de útero com nódulo neoplásico mostrando áreas de hemorragia e necrose. Na periferia do nódulo ainda é possível observar-se miométrio normal, umpouco estriado pela neoplasia. Histologicamente, o tumor varia de aspecto conforme a área. Há regiões bem diferenciadas, que lembram o miométrio normal, mas a celularidade é maior, e os núcleos são maiores e mais hipercromáticos que os dos miócitos normais. A distribuição em fascículos é também mais irregular. Em outras áreas as células adquirem feições anaplásicas: núcleos volumosos, pleomórficos, multinucleação, e numerosas mitoses, típicas e atípicas, algumas são tripolares. Quando o mioma apresenta necrose, hemorragia, quando não consegue observar um limite nítido é por que o músculo liso, como já invade o músculo não há uma dequitação perfeita. O limite do tumor é bem nítido, se ele não tem mais (?) e se ele penetra nos tecidos se diz que ele é um leiossarcoma. Atipia. Núcleos polimorficos, hipercromáticos, escuros, às vezes até multinucleação....


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