Encontros 12 soluções manual PDF

Title Encontros 12 soluções manual
Author José Ricardo
Course Português
Institution Ensino Secundário (Portugal)
Pages 191
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Summary

EncontrosPortuguês 12 AnoGuia do Professor – Banda Lateral do ManualPágina 12Notas •à ásà atiǀidadesà deà diagŶoseà apƌeseŶtadasà Ŷasà pĄgiŶasà ϭϮà aà ϭρà tġŵà Đoŵoà ďaseà asà Metas Curriculares de Português do Ensino Secundário – 10 e 11 anos. •àásàatiǀidadesàdiagŶsstiĐasàtġŵàĐoŵoàfioàĐoŶdutoƌàoàte...


Description

Encontros Português 12.o Ano Guia do Professor – Banda Lateral do Manual

Página 12 Notas • As atividades de diagnose apresentadas nas páginas 12 a 15 têm como base as Metas Curriculares de Português do Ensino Secundário – 10.o e 11.o anos. • As atividades diagnósticas têm como fio condutor o tema da cidade de Lisboa – tema este que foi já introduzido no final do 11.o ano (cf. imaginário urbano no romance Os Maias e na poesia de Cesário Verde) e que será retomado como universo de referência da obra de Fernando Pessoa e na obra O Ano da Morte de Ricardo Reis. PowerPoint® Correção do teste diagnóstico E-Manual Teste diagnóstico [versão editável] MC Oralidade | 11.º Ano O1.4. Fazer inferências. O3.1. Pesquisar e selecionar informação diversificada. O4.1. Respeitar o princípio de cortesia: pertinência na participação. O4.2. Mobilizar quantidade adequada de informação. O4.3. Mobilizar informação pertinente. O4.4. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação. O5.3. Produzir textos adequadamente estruturados, recorrendo a mecanismos propiciadores de coerência e de coesão textual. O5.4. Produzir textos linguisticamente corretos, com diversificação do vocabulário e das estruturas utilizadas. Escrita | 10.o Ano E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: síntese […]. 1.1. a. Um carro leva uma casa de campo a reboque, em plena cidade (cf. contraste entre o tamanho dos prédios e o tamanho do automóvel e da mancha de céu). b. Crítica à dimensão e omnipresença dos prédios/arranha-céus que preenchem todo o espaço das cidades, sem deixar lugar a espaços verdes. 2. CD Áudio – Faixa 1 Lisboa, melhor capital da Europa para trabalhar e desfrutar 2. Dossiê do Professor –Materiais de Apoio | E-Manual “Lisboa, melhor capital da Europa para trabalhar e desfrutar” [transcrição do texto] 2.1. (C), (E), (D), (F), (B), (A).

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3. Dossiê do Professor–Materiais de Apoio | E-Manual Guião de produção de síntese escrita

Página 13 MC Educação Literária | 11.o Ano EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX. EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência, justificando. EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. EL14.10. Reconhecer e caracterizar os seguintes elementos constitutivos da narrativa: […] c) narrador […] d) espaço (físico, […] e social); […] EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa. 2. Excerto localizado no epílogo do romance – passeio de Ega e Carlos, regressado dez anos após a sua partida. 3.1. Antes da partida de Carlos – existência do Passeio Público “pacato e frondoso” (ll. 1-2). Momento da chegada de Carlos – desaparecimento do Passeio Público; presença de um obelisco (monumento aos Restauradores) e emergência de uma longa avenida (Avenida da Liberdade) marcada pela desorganização urbanística (prédios desiguais, “repintados”, poucas árvores, “montões de cascalho”, l. 15) e pelo “luxo barato” (l. 14). Análise das mudanças – substituição do que havia de genuíno em Portugal (Passeio Público) pela imitação/cópia servil e mal conseguida do requinte do estrangeiro. 3.2. Relação de semelhança entre o espaço descrito e a paisagem humana: • imitação (mal conseguida e exagerada) do estrangeiro e perda da autenticidade (ll. 19-21); • estagnação, não obstante o pretenso progresso e cosmopolitismo (ll. 22-27). 4. A “vibração fina da luz de inverno” (l. 3) confere vitalidade e beleza à cidade, contrastando com o clima de estagnação e ócio/inatividade da paisagem humana (ll. 19-27). 5. Focalização que demonstra: • uma visão crítica da realidade observada, condicionada pelo olhar cosmopolita de quem se ausentou da cidade; • saudades e nostalgia relativamente ao passado (representado pelo Passeio Público e pelos hábitos “domingueiros” de outrora).

Página 14 MC Leitura | Gramática | 11.o Ano L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando. L7.2. Fazer inferências, fundamentando. L7.3. Explicitar a estrutura do texto: organização interna. L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto. G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos no ano anterior. G20.1. Identificar deíticos e respetivos referentes.

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Página 15 2.1. a. “Fernando Pessoa e o frade […] conhecido por Chiado continuam sentados à chuva, indiferentes um ao outro.” (ll. 12-13). b. “(que outrora foi assaltado por fanáticos chamejantes em procissões do Santo Ofício […])” (ll. 15-16). c. “([…] logo depois abalado por um terramoto de estremecer o mundo)” (l. 16). d. “O pequeno largo onde se situam […] escombros, cinzas, ferros torcidos” (ll. 14-19). 3.1. (A) 3.2. (C) 3.3. (A) 3.5. (D) 4. a. Predicativo do sujeito. b. Complemento do adjetivo. 5. Valor explicativo. 6. “Hoje” – deítico temporal; “atravesso”, “vejo”, “nossa” – deíticos pessoais. Notas – O advérbio “hoje” tem valor temporal, remetendo, de forma lata, para a época atual e podendo ser parafraseado por “atualmente”. – As formas verbais “atravesso” e “vejo” também têm valor deítico temporal. 7. Oração subordinada substantiva completiva. Retoma No projeto Encontros 12, a retoma de conteúdos de Educação Literária e de Gramática de 10.o e 11.o anos é feita das seguintes formas: • ao longo do manual, integrada nas unidades, sob a forma de questionários e exercícios de escrita; • de forma sistematizada, em apresentações em PowerPoint®, focadas no estabelecimento de relações entre as obras estudadas no 12.º ano e as obras estudadas nos anos anteriores; • no caderno Prepara-te para o Exame, em que se apresenta um friso cronológico desde a Idade Média à atualidade e em que os conteúdos programáticos são sistematizados de acordo com uma perspetiva diacrónica, segundo sete linhas temáticas (Representações do amor; Representações do espaço e deambulação; Crítica social; Sentimento nacional e existência coletiva; A questão épica; Reflexão existencial; Arte poética e figurações do poeta); • de forma sistematizada e completa, na secção “Retoma” do Dossiê do Professor (material fotocopiável).

Página 16 MC Educação Literária EL15.6. Ler uma ou duas obras do Projeto de Leitura relacionando-a(s) com conteúdos programáticos de diferentes domínios. Notas 1. Encontram-se disponíveis os seguintes materiais de apoio ao Projeto de Leitura nos Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor – Projeto de Leitura: • material de apoio a todas as obras (sinopse, excerto da obra com tópicos de reflexão, outras informações); Página 3 de 191

• sugestões de atividades a realizar no âmbito do Projeto de Leitura (Educação Literária, Leitura, Oralidade, Escrita). 2. As obras encontram-se agrupadas por modos literários ou por temas, por ordem cronológica (da mais recente para a mais antiga). As datas apresentadas correspondem às datas das edições originais ou às datas da edição portuguesa.

Página 21 Sugestões 1. As tertúlias literárias poderão ser realizadas na Biblioteca Escolar e abertas a toda a Comunidade Educativa. Poderão ainda ser feitas apenas no âmbito da turma ou como atividade conjunta de todas as turmas de 12.o ano. 2. No final do ano, poder-se-á fazer, na Biblioteca, uma exposição com os diários de leitura produzidos ao longo do ano.

Página 24 MC Educação Literária | Leitura EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa. L7.3. Fazer inferências, fundamentando. L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante. 1.1. Características do Modernismo: • movimento artístico (literatura, música, artes plásticas) associado à Modernidade (conotada com a vida urbana e a experiência do efémero e do anónimo); • situado nas primeiras décadas do século XX; • caracterizado pela experimentação, alteração ou instabilização das regras da arte; • exemplificado/concretizado pelas Vanguardas (Futurismo, Sensacionismo, Paulismo, Intersecionismo, Surrealismo). • Modernismo português associado a figuras como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Armando Cortes-Rodrigues, José de Almada Negreiros, entre outros, e tendo como órgão a revista Orpheu (1915), que pretendia “comunicar a nova mensagem europeia, preocupada apenas com a beleza exprimível da poesia”, preconizando a arte pela arte e a representação da idade moderna e do subconsciente. Notas 1. No glossário de termos literários (p. 379), o aluno pode encontrar mais informações sobre o Segundo Modernismo português, que surgiu em torno da revista Presença (1927-1940) e de escritores como José Régio e Miguel Torga, entre outros. 2. O Projeto de Leitura integra obras de autores modernistas portugueses (ex.: Mário de Sá Carneiro, Miguel Torga) e estrangeiros (ex.: Walt Whitman, Blaise Cendrars, Carlos Drummond de Andrade).

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Sugestão 1. A introdução ao estudo da poesia de Fernando Pessoa poderá ainda ser articulada com a visualização de: A literatura portuguesa do século XX O Modernismo português: a geração de Orpheu Vida e obra de Fernando Pessoa

Página 26 2.1. a. Lisboa. b. cinco. c. “À minha querida mamã.” d. África do Sul. e. inglesa. f. Alexander Search. g. Letras h. Chiado. i. Orpheu. j. Mensagem. k. Biblioteca Nacional de Portugal. l. 1935. Referências consultadas para a elaboração do texto “Biografia de Fernando Pessoa” AA.VV. (2008). Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português. Lisboa: Caminho. COELHO, Jacinto do Prado (1998). Unidade e Diversidade em Fernando Pessoa, (11.a edição). Lisboa: Verbo. MARTINS, Fernando Cabral (2014). Introdução ao Estudo de Fernando Pessoa. Lisboa: Assírio & Alvim. Dossiê do Professor–Percursos diferenciados | E-Manual Ficha 12 – Fernando Pessoa: contextualização histórico-literária Nota Encontra-se disponível, na página 359, um texto informativo sobre a arca de Pessoa.

Página 28 3.1. PowerPoint® Despersonalização e génese dos heterónimos [correção do exercício] 3.1. Dossiê do Professor–Percursos diferenciados | E-Manual Ficha 13 – Fernando Pessoa – A questão de heteronímia Sugestão A introdução ao estudo da poesia de Fernando Pessoa poderá ainda ser articulada com a visualização de: Fernando Pessoa: a heteronímia

Página 30 MC Educação Literária | Oralidade | Leitura | Escrita EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa. O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões. L7.3. Fazer inferências, fundamentando. L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.

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E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom domínio dos mecanismos de coesão textual […]. E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua […]. 1. Resposta pessoal. 2.1. Capacidade que o poeta tem de transformar as suas emoções (“sensibilidade”) e experiências em matéria poética, intelectualizada. Sugestão A introdução ao estudo da poesia de Fernando Pessoa ortónimo poderá ainda ser articulada com a visualização de: Fernando Pessoa ortónimo

Página 31 MC Educação Literária EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos […]. EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa. Fernando Pessoa, “Tudo que faço ou medito” Nota Relativamente à poesia de Fernando Pessoa ortónimo, apresentam-se propostas de atividades focadas na análise dos seguintes poemas: Manual • “Autopsicografia” (p. 32) • “Isto” (p. 33) • “Ela canta, pobre ceifeira” (p. 34) • “Quero, terei” (p. 36) • “Gato que brincas na rua” (p. 38) • “Não sei se é sonho, se realidade” • “Às vezes, em sonho triste” (p. 41) • “A criança que fui” (p. 42) • “Ó sino da minha aldeia” (p. 44) • “Pobre velha música!” (p. 44) • “Leve, breve, suave” (p. 48)

(p. 40)

Caderno de Atividades • “Boiam leves, desatentos” (p. 36) Opções • “Não sei quantas almas tenho” (p. 6) • “Mar. Manhã” (p. 7) • “O menino de sua mãe” (p. 8)

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Página 32 MC Educação Literária EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos […]. EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa. EL15.7. Analisar recriações de obras literárias do Programa, com recurso a diferentes linguagens (por exemplo, música, teatro, cinema, adaptações a séries de TV), estabelecendo comparações pertinentes. 1. Descrição da própria alma (auto – o próprio; psique – alma/espírito; grafia – descrição, análise); termo que sugere a introspeção e autorreflexão sobre o processo psíquico. 3.1. “O poeta é um fingidor” (v. 1). (Nota: verso com valor axiomático; valor etimológico de fingidor – termo derivado de fingere: fingir, pintar, desenhar, construir modelar com argila, transfigurar). 3.2. a. sentida. b. fingida/intelectualizada/poetizada/transfigurada. c. lida. 3.3. Dor sentida (experiência vivenciada ) – ponto de partida para a dor fingida (dor imaginada / recriação poética, que, para o sujeito poético, supera a dor sentida); “dor lida” – única dor a que os leitores têm acesso no seu contacto com a poesia e no processo de interpretação. 4.1. Termos usados para mostrar a dicotomia sentir/pensar, sinceridade/fingimento; “coração”/”razão”: sentidos/sensações/sensibilidade; vs. imaginação, intelectualização. 4.2. Metáfora que sugere o fingimento artístico associado à criação poética (“comboio de corda” / ”coração”, “gira”, “entreter”). 5. Áudio O poeta é um fingidor (Rúben Páscoa) 5.1. Sugestão de tópicos a abordar: diálogo intertextual (semelhanças e diferenças – cf. 2.a parte da canção); relação letra/música.

Página 33 6.1. Fingimento como mentira (na perspetiva dos outros) vs. fingimento como resultado da articulação entre a imaginação e a sensação (perspetiva do sujeito poético) – fingir não é mentir. 6.2. Terraço como divisão que separa o plano da realidade (mundo sensível) e o plano da imaginação (mundo intelectual) e como patamar que encobre a beleza real (existente no mundo intelectual). 6.3. Recusa, em tom irónico e por meio da interrogação retórica, da função central do sentimento e da emoção no trabalho de criação poética; valorização do efeito provocado no leitor e da importância da interpretação / do ato de leitura. 7. Poesia como resultado do fingimento poético (sinceridade artística/intelectual) e não da sinceridade convencional; poesia indissociável das dialéticas sinceridade/fingimento, sentir/pensar, consciência/inconsciência. “Autopsicografia” – dor sentida como ponto de partida para a dor imaginada (processo de criação artística); poesia como resultado da intelectualização das emoções. Página 7 de 191

“Isto” – recusa da emoção; apologia da intelectualização como motor da transfiguração artística (a arte nasce da abstração do mundo sensível). MC Gramática G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores. G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo. 1. a. Presente do indicativo (“é”, “Finge”, “chega”, “sente”…) – presente intemporal (definição com aplicação universal). b. 3.a pessoa gramatical (“é”, “Finge”, “leem, “escreve”…) – valor de generalização (texto teorizador com valor universal). c. Campos lexicais da poesia (“poeta”, “leem”, “escreve”, “lida”) e do fingimento (“fingidor”, “finge”) – em consonância com o objetivo do poeta: apresentação da teoria do fingimento poético. d. Presente do indicativo (“Dizem, “sonho”, “passo”…) – valor com efeito deítico. e. 1.a pessoa gramatical – enfoque no caso pessoal (ausente no poema “Autopsicografia”). f. Campos lexicais de sinceridade (“finjo”, “minto”, “coração”, “sinto”, “sonho”, “passo”, “falha”, “finda”, “enleio”, “sentir”, “sinta”), do fingimento (“imaginação”) e da poesia (“escrevo”, “lê”) – em consonância com a explicitação da distinção entre o fingimento artístico e o fingimento convencional.

Página 34 MC Educação Literária | Gramática EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência, justificando. EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos […]. EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa. G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores. 1. A poesia de Pessoa reflete, por um lado, o pensamento, o raciocínio e a preocupação da análise e, por outro, o anseio de não ser lúcido (nostalgia do estado de consciência/dor de pensar). 2. Sugestão A leitura do poema “Ela canta, pobre ceifeira” poderá ser complementada com a audição do mesmo, dito por João Villaret (Fernando Pessoa por João Villaret, Universal Music). Kazimir Malevich (1878-1935) • Pintor russo, pioneiro na pintura abstrata geométrica. • Ceifeiras (1929): óleo sobre madeira, Museu Russo (São Petersburgo). 3. 1.a Parte (estrofes 1 a 3): descrição do canto da ceifeira, com recurso ao presente do indicativo, às formas de 3.a pessoa e às frases de tipo declarativo. 2.a Parte (estrofes 4 a 6): expressão, por parte do sujeito poético, do desejo de inconsciência consciente; apelo em tom exortativo e subjetivo, com recurso ao modo imperativo, às formas de 2.a pessoa e a frases de tipo imperativo e exclamativo.

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4. Canto marcado pela harmonia, que reflete um eventual estado de felicidade inconsciente da ceifeira. 4.1. O canto exerce um efeito de sedução no sujeito poético – causando-lhe simultaneamente alegria (fruição dos sentidos) e tristeza (dor de pensar). 5. O sujeito poético ambiciona o impossível – ser inconsciente, isto é, não sofrer com a dor de pensar (como a ceifeira), mantendo a sua consciência. Desejo que remete para a dicotomia consciência/inconsciência (o sujeito poético aspira à vida instintiva e espontânea, mas quer manter a lucidez) e, consequentemente, para a temática da dor de pensar. 5.1. Gradação presente em “céu”/ “campo”/”canção”, que parte do mais abrangente e distante para o mais específico e próximo, sugerindo uma progressiva opressão e acentuando a dor de pensar.

Página 35 6. a. “Ondula como um canto de ave […] Do som que ela tem a cantar.” (vv. 5-8). b. “e a sua voz […] Ondula como um canto de ave” (vv. 3-5). c. “Ouvi-la alegra e entristece” (v. 9). d. “pobre ceifeira” (v. 1), “alegre e anónima viuvez” (v. 4), “incerta voz” (v. 16). e. “tu”/“eu” (v. 17), “inconsciência ”/“consciência” (vv. 18-19). f. “A ciência // Pesa tanto ” (vv. 20-21). g. “Tornai // Minha alma a vossa sombra leve! / Depois, levando-me, passai!” (vv. 22-24). MC Oralidade | Educação Literária O1.3. Fazer inferências. O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões. O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições. EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de diferentes épocas. 1. Áudio Corzinha de verão (Deolinda) 1.1. Sugestão de tópicos a abordar: a. Perfil semelhante: pessimismo perante a vida; incapacidade de fruição da vida de forma inconsciente e natural; desconforto / angústia existencial; dor de pensar. b. Elementos que representam a felicidade (pelo menos aparente) e a fruição da vida de forma natural e inconsciente (prevalência do sentir em detrimento do pensar). c. Dicotomia presente nos dois textos, de forma mais nítida no poema pessoano e mais subtil na canção dos Deolinda (elevado grau de consciência e lucidez por parte do observador vs. inconsciência da figura observada). d. Alusão que acentua a inconsciência da vizinha de lado e a capacidade de fruição que a vida não intelectualizada proporciona.

Página 36 MC Gramática G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo. G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica. Página 9 de 191

Referências bibliográficas • CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley (2000). “Verbo”, in Gramática do Português ...


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