Esquemas de reforçamento PDF

Title Esquemas de reforçamento
Course Analise Experimental Do Comportamento
Institution Universidade Federal do Ceará
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Summary

O fichamento é constituído de passagens, citações diretas, do livro “Moreira, M. B. & Medeiros, C. A. (2007). Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre, RS: ARTMED.”...


Description

O fichamento é constituído de passagens do livro “Moreira, M. B. & Medeiros, C. A. (2007). Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre, RS: ARTMED.”

Esquemas de reforçamento Definição: critérios que uma resposta ou conjunto de respostas deve atingir para que ocorra

o reforçamento. Em outras palavras, descreve como se dá a contingência de reforço, ou seja, a que condições as respostas devem obedecer para ser liberado o reforço. Esquema de reforço contínuo e esquemas de reforço intermitente Reforço contínuo (CRF): toda resposta é seguida do reforçador.

Ex: carro novo com bateria nova e tanque cheio: toda vez que giramos a chave, este começa a funcionar. Reforço intermitente: nem todas as respostas são seguidas de reforço, ou melhor, apenas

algumas respostas são seguidas de reforço. Nesses casos, é necessária, portanto, a emissão de um número variável de respostas para que o reforçador fique disponível. Ex: pregar um prego; achar um programa interessante na TV. Os principais esquemas de reforçamento intermitente: FR, VR, FI, VI. Quatro tipos de esquemas intermitentes que se organizam: a) De acordo com o número de respostas para cada reforçador (isto é, esquemas de razão) ou tempo entre reforçadores (isto é, esquemas de intervalo). b) Se o número de respostas ou o tempo entre reforçadores é sempre o mesmo (isto é, a razão ou intervalos fixos) ou muda de reforçador para reforçador (isto é, razão ou intervalo variáveis). Esquemas de razão

Exigem um certo número de respostas para a apresentação de cada reforço, isto é, para que o reforço seja apresentado, é necessário que um certo número de respostas (mais que uma) seja emitido. Razão fixa

O número de respostas exigidos para a apresentação de cada reforçador é sempre o mesmo. Em outras palavras, o organismo deve emitir um número fixo de respostas para ter seu comportamento reforçado. Ex: número de voltas exigidas na aula de educação física para poder ir ao banheiro; professor corrigindo provas (a cada dez questões, ele corrige uma prova); chamada telefônica local (a cada oito números discados, uma ligação é realizada). Obs: notação: FR:8 (são necessárias oito respostas para a apresentação do reforço) Razão variável

O número de respostas entre cada reforçador se modifica. Ex: cabelereiro cortando cabelo (número de tesouradas varia de cabelo para cabelo); faxineira e cadeiras na escola (cada sala possui um número diferente de cadeiras). Obs: notação: VR:8 (em média, a cada 8 respostas, uma é reforçada)

Esquemas de intervalo

O número de respostas não é relevante, bastando apenas uma resposta para a obtenção do reforçador. O tempo decorrido desde o último reforçador é o principal determinante de uma nova resposta ser ou não reforçada. Intervalo fixo

O período entre o último reforçador e a disponibilidade do próximo reforçador é sempre o mesmo para todos os reforçadores. Os reforçadores estarão disponíveis depois de transcorridos intervalos fixos desde o último reforçador. Além do tempo, deve ocorrer pelo menos uma resposta para que haja o reforço. Além disso, repostas no meio do intervalo não são reforçadas, mas, elas não produzem nenhum prejuízo à disponibilidade do reforço ao final do intervalo. Ex: programa de TV semanal; adolescente que pede dinheiro, mas os pais só lhe dão aos sábados. Obs: notação: FI: 1’ (intervalo de um minuto entre o último reforçador e a disponibilidade do próximo reforçador) Intervalo variável

Os intervalos entre o último reforçador e a próxima disponibilidade não são os mesmos, ou seja, são variáveis. O tempo varia de reforço para reforço. Não há uma regularidade temporal. Ex: procurar uma música boa na rádio e achar (estar passando uma música boa não depende de nós); procurar um anúncio de estagio para psicologia no jornal e achar; arrumar-se para o namorado e ser elogiada. Obs: notação: VI: 30’’ (o reforço estará disponível a cada 30 segundos em média.) Tempo de disponibilidade

Recurso metodológico em experimentos para aumentar a similaridade entre a situação cotidiana e a situação experimental. Representa um limite temporal para a resposta ser emitida. Caso o organismo não responda dentro de um limite de tempo desde o início do reforço, este deixa de estar disponível, sendo reiniciada a contagem do intervalo para a próxima disponibilidade. Comparação entre esquemas intermitente e contínuo Frequência de respostas

Em geral, os esquemas de reforçamento intermitente produzem uma frequência de respostas maior que os esquemas de reforçamento contínuo. Como no reforçamento intermitente apenas algumas respostas serão reforçadas, teremos uma relação maior de respostas por reforço. Nos esquemas intermitentes, o comportamento é reforçado menos vezes, demorando mais para gerar saciação; e, portanto, o organismo acaba emitindo mais respostas.

Exceções: alguns esquemas temporais de reforçamento, como os de intervalo, podem produzir uma frequência menor de respostas que a observada em CRF, quando o intervalo entre as respostas reforçadas é muito longo. Aquisição do comportamento

O reforçamento contínuo é muito mais eficaz para a aquisição de um novo comportamento do que o intermitente. Quando todas as respostas são reforçadas, a relação entre a resposta e a sua consequência é rapidamente discriminada. O esquema ideal para o estabelecimento de novos operantes é o de reforçamento contínuo. Manutenção do comportamento

Os esquemas intermitentes, principalmente os variáveis, são ideais para a manutenção da resposta, ou seja, aumenta sua resistência à extinção. Nos esquemas de reforçamento contínuo, a discriminação entre o reforçamento e o nãoreforçamento da extinção é muito mais fácil. Demais efeitos sobre a extinção

CRF: a extinção gera um aumento da frequência de respostas e depois a resposta deixa de ocorrer rapidamente. Além disso, possuem respostas emocionais semelhantes às observadas na punição, só que com menor magnitude. Reforçamento intermitente: produz efeitos mais amenos. Não são observadas respostas emocionais e nem o aumento súbito na frequência de respostas no início da extinção. Além disso, a diminuição na frequência do responder é mais lenta. Padrões comportamentais de cada esquema Nos experimentos com esquemas de reforçamento, existem dois tipos de dados: Dados de transição: Quando o organismo acabou de ser submetido a um novo esquema de reforçamento. Neste caso, possuirá um padrão com características da antiga e da nova contingência. Uteis para estudar os efeitos de história de reforçamento. Estado estável: Comportamento já se adaptou ao novo esquema e não mudará mais. Serão eles que estarão expostos abaixo. Padrão de FR

Alta taxa de respostas e possui pausa após o reforçamento. Padrão de VR

Maiores taxas de resposta e ausência de pausas ou apenas pausas curtas. Padrão de FI

Menores taxas de resposta e maiores pausas. Scalop: início lento no responder e aumento gradual na taxa de respostas, que está máxima no momento da próxima disponibilidade do reforço. Padrão de VI

Padrão com uma taxa relativamente alta de respostas. Efeitos do tamanho do esquema

Esquemas de razão, quanto maior o valor do esquema: 1. Maior a frequência das respostas; 2. Maiores serão as pausas após o reforço. Esquemas de intervalo, quanto maior o valor da resposta: 1. Maiores serão as pausas após o reforço; 2. Menores serão as frequências de respostas. Esquema não-contingenciais e o comportamento supersticioso Esquemas em que não há a relação de contingência, isto é, o reforço é liberado independentemente de uma resposta específica. Tempo fixo (FT)

Apresentação dos reforçadores em intervalos de tempo regulares, mesmo que nenhuma resposta seja emitida. Ex: mesada; pensão alimentícia; aposentadoria. O fortalecimento de um comportamento supersticioso se dá por reforçamento acidental, o qual acontece quando o reforço é liberado logo após de um dado comportamento que não possui influência alguma sobre a presença ou não do reforçador. Tempo variável (VT)

Os reforçadores são liberados em intervalos irregulares de tempos, independentemente de uma resposta. Ex: eventos climáticos; vitória do time favorito para o torcedor; músicas boas tocadas no rádio da sala de espera de um consultório médico. Esquemas reguladores da velocidade do responder (taxa de respostas) Desenvolvidos para controlar o quão rápido devem ser as respostas dos organismos. Esses esquemas utilizam o reforçamento diferencial, no qual não se trata de uma resposta específica que é selecionada, e, sim, da velocidade com que esta é emitida. Reforçamento diferencial de altas taxas de respostas (DRH)

Impõe um prazo para que emitamos um número de respostas. Ex: prova de digitação ou datilografia; corredor tem que emitir um certo número de passadas a cada 10,10 segundos para ser classificado para as olímpiadas; estudar na véspera da prova (precisa ler muitas páginas ou fazer muitos exercícios em um curto espaço de tempo) Reforçamento diferencial de baixas taxas de respostas (DRL)

O organismo deve esperar um tempo desde o último reforço para responder; senão, além de não ser reforçado, perde o próximo reforçador e o cronometro reinicia. As respostas serão reforçadas apenas se forem espaçadas temporalmente. Ex: Rato em tal esquema; Pintor (após uma mão de tinta, ele precisa esperar para passar a próxima, senão estragará o trabalho e precisará começar novamente); mãe que só dá dinheiro ao filho com um espaçamento de sete dias. Caracterizado por um responder pouco frequente com longas pausas após o reforçamento. As pausas serão sempre maiores que a duração do DRL.

Reforçamento diferencial de outros comportamentos (DRO) Principal alternativa comportamental para reduzir a frequência de um comportamento sem a utilização de punição. Consiste em reforçar todos os comportamentos, exceto aquele que se deseja reduzir a frequência. Melhor que a punição e a extinção → produz menos efeitos colaterais, como respostas emocionais e contracontrole. Ex: diminuir a frequência do comportamento de contar vantagem de um amigo, reforçando-o com atenção quando ele fala de outras coisas e não reforçando quando ele emite o comportamento de contar vantagem. Esquemas compostos Combinação de mais de um esquema; Foram desenvolvidos para descrever com maior precisão as situações do nosso dia-a-dia. Esquema múltiplo e esquema misto

Esquema múltiplo: alternância de um esquema de reforçamento. Cada um dos esquemas permanece em vigor por um período de tempo, por um número de respostas ou por um número de reforçadores obtidos. Além disso, cada um dos esquemas é sinalizado por um estímulo diferente, mas a resposta é sempre a mesma. A resposta e o reforço são os mesmos. Esquema misto: os esquemas mistos seguem o mesmo raciocínio dos esquemas múltiplo, mas, ao contrário do múltiplo, no misto não há estímulos discriminativos que sinalizam qual esquema está em vigor. O organismo deve discriminar o esquema em vigor pelo próprio contato com a contingência. Esquemas encadeados

A maioria dos nossos comportamentos está imersa em longas cadeias de respostas. O reforço de um comportamento é o estímulo que sinaliza o comportamento seguinte. Cada comportamento está em vigor em um dado momento; no entanto, eles surgem na mesma ordem, e a ocorrência de um depende da ocorrência do anterior. Esquemas concorrentes e a lei da igualação

Esquemas concorrentes ocorrem quando há dois ou mais fontes de reforço disponíveis ao mesmo tempo. O reforço de um esquema não depende do outro. Lei da igualação: como os organismos distribuem seus comportamentos em situações onde há esquemas concorrentes. Lei comportamental que estabelece uma relação de proporção entre o comportamento e o reforço....


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