Estudo sobre biomphalaria e esquistossomose PDF

Title Estudo sobre biomphalaria e esquistossomose
Course Biologia Geral
Institution Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
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Estudo sobre os Biomphalaria e sobre Esquistossomose Os caramujos das espécies Biomphalaria glabrata, Biomphalaria tenagophila e

Biomphalaria straminea, são os principais hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni, agente causador da Esquistossomose. O ciclo de vida deste platelminto se dá em meio aquoso e depende necessariamente da existência dos hospedeiros intermediários que, de acordo com Paz (1997), na região nordeste são principalmente os da espécie Biomphalaria glabrata, que são os moluscos do gênero Biomphalaria mais comuns na região, além de ser a mais suscetível à penetração das larvas ao trematódeo. Para a sobrevivência destes caramujos são necessários luminosidade, baixa velocidade das águas (até 30 cm\s) e temperaturas médias entre 20 °C e 26 °C. Tais fatores tornarão propícia a existência de algumas espécies vegetais aquáticas, que por sua vez servirão como fonte nutricional para estes. Além da temperatura, da luminosidade e baixa velocidade das águas, com leito raso, lodoso ou rochoso, a presença de matéria orgânica e vegetação enraizada, são fatores que influenciam na presença e proliferação do caramujo Biomphalaria. Os caramujos Biomphalaria são os hospedeiros para o Schistosoma mansoni, agente causador da esquistossomose, e de acordo com Bezerra (2004) o clima tropical na maioria do estados do Brasil apresenta condições necessárias para a presença do agente causador da doença (S. mansoni), assim como do hospedeiro intermediário (caramujo Biomphalaria) – “Há uma grande diversidade de habitats aquáticos, que podem funcionar como criadouros para os moluscos’’. Os da espécie Biomphalaria straminea, tem distribuição mais extensa, estando presente

em todas as bacias hidrográfica do território brasileiro. Esta espécie de caramujo apresenta as menores conchas dentre as três espécies, com cerca de 16,5 mm. Assim como a espécie tenagophila possuem uma notável dependência entre as linhagens geográficas do parasita e as cepas locais. ● Esquistossomose É uma doença parasitária causada pelo Schistosoma mansoni, sendo o ser humano o hospedeiro principal, contraindo-a através do simples contato com a água contaminada pelas cercárias uma vez que estas atravessam a pele humana e migram para a corrente sanguínea. Uma vez contaminado, os ovos são excretados pela urina ou fezes do hospedeiro onde irão parasitar os hospedeiros intermediários, que são os moluscos, na forma de miracídio, eclodindo e liberando milhares de cercárias, e reiniciando o ciclo. Esse molusco de água doce

são os do gênero Biomphalaria, conhecido como planorbídeos e, popularmente, como caramujo. Portanto, a transmissão da doença depende da presença do portador humano, eliminando ovos do parasito nas fezes, da existência de hospedeiros intermediários, que é o caramujo, e finalmente, do contato do homem com a água contendo cercárias de Schistosoma mansoni. O período de incubação geralmente é de quatro a seis semanas, após a infecção. Uma vez infectado o hospedeiro humano pode continuar eliminando ovos por vários anos.

➔ Controles químicos ou biológicos Podem ser utilizados moluscicidas químicos, o que traria impactos à qualidade da água pondo em risco também os peixes e as plantas já presentes, além de acarretar custos devido à aquisição destes produtos. No entanto a eficácia na eliminação dos caramujos é mais provável. Também existe a possibilidade de controle biológico, neste caso seria utilizado o peixe tilápia (Oreochromis niloticus) ou mocinha (characidium sp) os quais se alimentam do molusco, o que seria uma alternativa pouco invasiva do aspecto químico, uma vez que não seriam utilizados moluscicidas químicos, entretanto pode causar um desequilíbrio ecológico relacionado à superpopulação desses predadores, se tornando um outro problema. No combate às cercárias o controle biológico pode ser feito inserindo o peixe Lebiste que se alimenta delas, assim evitando a transmissão da esquistossomose. No entanto pode-se ter o mesmo problema relacionado à superpopulação descrito anteriormente. Referindo-se à relação entre as espécies de peixes que podem ser utilizados, a tilápia quando em fase adulta se alimenta de peixes menores, não sendo indicada para ser criada juntamente com espécies menores. Já a mocinha é mais adequada para convívio em harmonia com outras espécies. Referências Bibliográficas ● BORGES, Elaine A.; LEMOS, Jureth Couto; FERRETE, Jakson Arlam. Fauna de moluscos (Biomphalaria) vetores da Esquistossomose Mansônica nos cursos d’agua do assentamento de reforma agrária Ezequias dos Reis, no município de Araguari – MG. Horizonte Científico, v. 2, n. 1, 2008. ● BEZERRA, F. S. de M. Moluscos transmissores da esquistossomose mansoni. In: NEVES, D. P. et al. Parasitologia humana. 10ª ed. São Paulo: Atheneu, 2004. p. 194202. ● BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Esquistossomose.

● Peixes de água doce http://peixesdeaquario.com.br/peixes-2/peixes-de-aguadoce/crenuchidae/peixe-mocinha/ Acessado em 01/08/2017 ● Peixes de água doce no Brasil https://www.cpt.com.br/cursoscriacaodepeixes/artigos/peixes-de-agua-doce-do-brasil-barrigudinho-phalloceroscaudimaculatus Acessado em 01/08/2017 ● Tilápia-do-nilo http://www.aquarismopaulista.com/tilapia-oreochromis-niloticus/ Acessado em 01/08/2017...


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