[Fichamento] A Industria Cultural: O Esclarecimento como Mistificação das Massas PDF

Title [Fichamento] A Industria Cultural: O Esclarecimento como Mistificação das Massas
Course Comunicação e Filosofia
Institution Universidade Federal do Rio de Janeiro
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FICHAMENTO – A INDÚSTRIA CULTURAL: O ESCLARECIMENTO
COMO MISTIFICAÇÃO DAS MASSAS
Síntese do capítulo de Theodor W. Adorno e Max Horkheimer
Capítulo analisado: ADORNO T. W; HORKHEIMER M. Dialektik der Aufklärung – Philosophische Fragmente. Amsterdã, 1947....


Description

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESCOLA DE COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO E FILOSOFIA PROF. HENRIQUE ANTOUN – TURMA EC3

FICHAMENTO – A INDÚSTRIA CULTURAL: O ESCLARECIMENTO COMO MISTIFICAÇÃO DAS MASSAS Síntese do capítulo de Theodor W. Adorno e Max Horkheimer

RIO DE JANEIRO 2018

Capítulo analisado: ADORNO T. W; HORKHEIMER M. Dialektik der Aufklärung – Philosophische Fragmente. Amsterdã, 1947.



A perda do apoio que a religião fornecia, a diferenciação técnica-social e a extrema especialização levaram a um caos cultural;



Os projetos de urbanização que se destinam a perpetuar a independência de um indivíduo acabam por submete-lo ainda mais profundamente ao poder do capital;



Sob o poder do monopólio, toda cultura de massas é idêntica. Não há necessidade de encobrir o poder, pois o mesmo se fortalece de acordo com a sua exposição ao público. O cinema e o rádio não necessitam mais da apresentação como arte. Eles se definem como indústrias, tendo o alto valor financeiro arrecado como justificativa da necessidade social de seus produtos;



A explicação é o círculo da manipulação, que torna a manipulação deveras coesa;



O terreno no qual a técnica conquista seu poder sobre a sociedade é o poder que os economicamente mais fortes exercem sobre a sociedade. A racionalidade técnica hoje é a racionalidade da própria dominação. Ela é o caráter compulsivo da sociedade alienada de si mesmo;



O telefone permitia que os participantes ainda desempenhassem o papel do sujeito. O rádio transformava todos em ouvintes de forma uniforme. Não existe nenhum formato de réplica e as emissões privadas são submetidas ao controle geral;



As distinções realizadas entre os filmes ou histórias buscam a análise estatística dos seus consumidores por classificação, organização e computação;



O esquematismo é o primeiro serviço prestado pela indústria ao cliente. É necessário a atuação de um mecanismo secreto, destinado a preparar os dados para o ajuste ao sistema da razão pura. O segredo está decifrado atualmente. O planejamento do mecanismo pela indústria cultural é imposto à sociedade, que permanece irracional apesar de toda racionalização;



O conteúdo específico do espetáculo somente possui variações em sua aparência. Os detalhes se tornam imperceptíveis. Assim, desde o início de um filme, já é possível sabe como ele termina. Todos os indivíduos são submetidos ao filtro da indústria cultural, criando assim uma unidade de estilo;



A indústria cultural teve como predomínio o efeito, a performance tangível e o detalhe técnico. Assim, ela acaba por colocar a imitação como algo absoluto, traindo seu segredo, a obediência a hierarquia social.



A cultura já contém virtualmente o levantamento estatístico, a catalogação e a classificação, que introduz a cultura no domínio da administração. Seu objetivo final é ocupar desde os sentidos dos homens de saída da fábrica, à noite, até a chegada no ambiente de trabalho na manhã seguinte;



A produção capitalista mantém os trabalhadores presos em corpo e alma de tal maneira que eles se entregam sem resistência ao que lhes é oferecido. Hoje em dia, as massas sucumbem mais facilmente ao mito do sucesso do que os bem-sucedidos, demonstrando insistência na ideologia que os escravizam;



Enquanto determina o que deve ser consumido, a indústria cultural descarta o que ainda não foi experimentado por ser considerado um risco. Somente a vitória universal do ritmo da produção e a reprodução mecânica que podem garantir que o sistema permanecerá inalterável;



O novo é determinado pelos elementos irreconciliáveis da cultura, da arte e da distração, que se reduzem mediante sua subordinação ao resultado final: a totalidade da indústria cultural. Seu mote principal é a constante repetição. As suas inovações características não são nada menos do que aperfeiçoamentos da produção em massa, inerente ao sistema. Esta se torna a razão do interesse de inúmeros consumidores presos à técnica.



Somente é possível escapar do processo de trabalho na fábrica/escritório adaptando-se a ele durante o ócio. Esta é a doença incurável de toda diversão;



O espectador não pode possuir necessidade de quaisquer pensamentos próprios. É necessário que o produto prescreva toda reação através de sinais;



Ao olho cansado do espectador, nada deve escapar daquilo que os especialistas definiram como estímulo. Ninguém tem o direito de se mostrar estupido diante da esperteza do espetáculo: é preciso acompanhar e reagir com aquela presteza que o espetáculo exibe e propaga. Deste modo, é válido o questionamento de se a indústria cultural ainda preenche a função de distrair;



Fun é um banho medicinal, produzido pela indústria do prazer incessantemente. O riso a torna o meio fraudulento de ludibriar a felicidade;



A necessidade de diversão foi em larga medida produzida pela indústria, vindo das massas a recomendação de obras de acordo com determinados temas, tornando possível notar na diversão a tentativa de imprimir mercadorias;



Este é o caminho para a modificação da estrutura interna da religião do sucesso, à qual as pessoas permanecem tão rigidamente agarradas. O caminho que exige a penúria e o esforço é substituído pela premiação;



Os indivíduos se veem desde cedo em um sistema composto por igrejas, clubes, associações profissionais e outros relacionamentos, representando o mais sensível instrumento de controle social. Aquele que não obedece ao pré-determinado passa a sofrer coerção social. Todos têm que mostrar que se identificam integralmente com o poder de quem não cessam de receber pancadas;



O Estado de bem-estar social é formado em grande escala. Os indivíduos conservam em movimento a economia para afirmar sua própria posição. Os trabalhadores, que são os provedores da alimentação dos demais, são alimentados pelos chefes econômicos;



A manutenção de uma atmosfera de camaradagem – segundo os princípios da ciência empresarial – coloca sob o controle social o último impulso privado, justamente na medida em que ela aparentemente torna imediatas a relação dos homens na produção. Esta espécie de assistência espiritual lança uma sombra de conciliatória sobre os produtos audiovisuais da indústria cultural, muito antes que esse auxílio saia da fábrica e se estenda sobre toda sociedade;



A arte renega sua própria autonomia, incluindo-se orgulhosamente entre os bens de consumo, lhe conferindo o status de novidade;



O Führer ordena da maneira mais moderna (e sem grandes cerimonias) tanto o Holocausto quanto a compra de bugigangas. Goebbles identificou a publicidade de si mesma como pura representação do poderio social;



A publicidade tinha por função orientar o comprador pelo mercado, facilitando a escolha e possibilitando ao fornecedor desconhecido e mais produtivo colocar sua mercadoria no mercado. A publicidade é hoje em dia um princípio negativo;



Tudo atesta a tentativa de fazer da cultura um aparelho eficiente e que corresponda ao modelo apresentado pela indústria cultural. A personalidade significa pouco mais do que possuir dentes brancos e estar livres do suor nas axilas. Este é o triunfo da publicidade na indústria cultural, a manipulação dos consumidores pelos dados, os

quais identificam às mercadorias culturais que eles, ao mesmo tempo, decifram muito bem....


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