Fichamento do livro A ideologia da escolinha do professor Raimundo PDF

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Fichamento dos capítulos 1 e 2 do livro “A Ideologia da Escolinha do Professor Raimundo”, de Roberto Ramos...

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UEG- UnUCSEH Anápolis, abril de 2015 Docente: Dr. Marcos Ataídes Discente: Bruna Marquezan Silva Curso: Geografia Turma: 3° ano Disciplina: Estágio supervisionado Fichamento dos capítulos 1 e 2 do livro “A Ideologia da Escolinha do Professor Raimundo”, de Roberto Ramos O autor começa o capítulo primeiro tratando das especificidades do conceito de ideologia, que é tido como vasto de interpretações. Ele cita Mannheim, que trata a ideologia como sendo, num conceito geral, a “ciência de formação de ideias”, e num conceito particular, “a distorção”. Dentre outros autores, temos explícita no texto a importância de Marx. Ele considera a Ideologia como falsa consciência, inspirado em Hegel. Marx apresenta a ideia de “fetichismo”, onde as mercadorias se personificam e as pessoas se coisificam, uma teoria capitalista. Ele evidencia também a alienação. Para Marx, um trabalhador é alienado quando não consegue perceber que está envolto em uma massa e por conseguinte não enxerga o que ocorre envolta dessa massa, julgando tudo normal, comum e habitual. O alienado não é capaz de perceber as anomalias do sistema. Ao longo dos dois primeiros capítulos do livro, o autor discute a importância e os diversos paradigmas que envolvem a concepção de Ideologia e sobre o aparelho ideológico de Estado escolar. No segundo o capítulo, Ramos trata do aparelho ideológico de Estado escolar sob o viés de importantes acontecimentos históricos: a Revolução de 30 e o golpe de 64. Ambos tiveram grande influência na construção e na modificação da ideologia brasileira. O primeiro movimento, que caracterizou a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, trouxe ao povo um político extremamente populista e com ideais nazistas. Vargas instituiu em território nacional a dominação da massa de uma forma pacífica e adorável, conquistando a admiração da grande camada populacional. É a ideia da alienação de Marx tomando forma no Brasil. O segundo movimento, que ficou conhecido como golpe de 64, instaurou na política brasileira o período chamado de Ditadura Militar. Ao contrário da era Vargas, a Ditadura trouxe a alienação ao povo de uma forma violenta, forçada e cruel. Os meios de comunicação eram totalmente controlados pelo governo, assim como as produções artísticas e culturais. Quem fosse contra qualquer atitude tomada pelos militares e manifestasse algum tipo de insatisfação, era preso, torturado e, algumas vezes, morto. Na atualidade, defende o autor, não é muito diferente. Apenas não temos a repressão de antes, mas a ideologia da mídia massificadora continua a instituir ideais e padrões no pensamento do povo. O que Ramos discute durante toda a obra é que, ao contrário do que vimos na TV, a educação formal serve de veículo para uma deformação ideológica visível e imutável. A opacidade do espelho da televisão dita moda e controla seus espectadores de acordo com o que quem detém o poderio quer. O povo é feito de marionete, e quem controla essa marionete é a mídia....