Fichamento ideias para adiar o fim do mundo PDF

Title Fichamento ideias para adiar o fim do mundo
Author Emanuele Heinrich
Course Teorias Da Comunicação
Institution Universidade Federal de Santa Maria
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Fichamento ideias para adiar o fim do mundo...


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Referência: KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. 2º edição. São Paulo.. Companhia das Letras, 05/07/2019. Informações sobre os autores: Ailton Krenak: Líder indígena, ambientalista, filósofo, jornalista, poeta e escritor brasileiro. É um importante nome no cenário de defesa do movimento indígena e seus direitos no Brasil e exterior, sendo reconhecido como Comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República, pela suas contribuições culturais ao Brasil e também, Professor Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, pea sua importância na luta pela causa indígena e ambiental. Nasceu em 1953 e protagonizou uma cena marcante na Assembleia Constituinte de 1987, com a fruta do Jenipapo, pintando seu rosto em meio à um apelo pela aprovação de uma emenda em favor das tribos indígenas brasileiras, ue unido a sua luta, garante um capítulo da Constituição voltada a eles. ESTRUTURA DO TEXTO Livro: Ideias para adiar o fim do mundo Parágrafos: 58 Citações: 8 ESTRUTURA ARGUMENTATIVA Cap 1 - Ideias para adiar o fim do mundo § 1-2 Ailton Krenak inicia sua fala explicando os motivos pelos quais recusava convites aos eventos em Portugal por questões afetivas e históricas. Entretanto, o autor admite se interessar em um ciclo de eventos que ocorreriam em 2017, ano em que Lisboa fora capital ibero-americana de cultura, e aceita atravessar o oceano para comparecer. Ele comenta que lá no evento encontrou pessoas interessadas na estreia de seu documentário “Ailton Krenak e o sonho da pedra” dirigido por Marcos Altberg, que segundo ele, é uma boa introdução à crítica inicial do capítulo: “Como nós construímos a ideia de humanidade? Será que ela não está na base de muitas escolhas erradas que fizemos, justificando a violência?” § 3-4-5-6 O autor dá continuidade à crítica citando a colonização, a ideia de uma humanidade esclarecida salvando a humanidade obscurecida, como se existisse um jeito certo de se estar na Terra. E então Krenak questiona “somos mesmo uma humanidade?”, ele exemplifica o questionamento usando instituições como a ONU (Organização das Nações Unidas) que, de acordo com ele, foram configuradas e mantidas como estruturas da humanidade que pensamos ser e que nos condiciona a aceitar todas as suas decisões. Ele usa a expressão “servidão voluntária” para nomear a insistência do ser humano em fazer parte de uma humanidade que, segundo ele, só limita a nossa capacidade de invenção, criação e liberdade. § 7 O autor segue a linha de raciocínio com outro questionamento: "Como justificar que somos uma humanidade se mais de 70% estão alienados do mínimo exercício de ser?”. À vista disso ele disserta sobre como a modernização tirou as pessoas de seus lugares e coletivos e as jogou em favelas e periferias para virarem mão de obra em centros urbanos. E sobre o que acontece quando perde-se os vínculos profundos com a memória ancestral e com as referências que dão sustentação a uma identidade, segundo ele, as pessoas ficam “loucas nesse mundo maluco que compartilhamos”

§ 8-9-10 Krenak então expõe porque o título de sua palestra sobre desenvolvimento sustentável na UnB (Universidade de Brasília), posteriormente usado para intitular seu livro e o capítulo, é “Ideias para adiar o fim do mundo”, de acordo com ele, esse título foi uma provocação, mas, foi dado sem muito planejamento e acabou funcionando. O autor comenta que no dia da palestra o auditório da universidade estava lotado, todos querendo saber que história era essa de adiar o fim do mundo e confessa que nem ele sabia exatamente. Durante a palestra, Krenak conta que passou a refletir sobre o mito da sustentabilidade e as corporações e o quanto isso foi nos alienando do organismo que fazemos parte, a Terra, e como passamos a pensar que ela é uma coisa e nós somos outra, ele discorda, segundo Krenak, a Terra é a humanidade e tudo é natureza. § 11-12-13-14 O autor cita exemplos como: o de um pesquisador europeu no começo do século XX que estava nos Estados Unidos e chegou a um território dos Hopi, pediu a alguém da aldeia para entrevistar com uma das anciãs. Quando foi encontrá-la, ela estava parada perto de uma rocha, ele esperou por um tempo e então perguntou: “ela não vai conversar comigo?” alguém da aldeia respondeu: “ela está falando com sua irmã”. “Mas é uma pedra” disse o europeu e a resposta que recebeu foi: “Qual o problema?” E o da serra Takukrak, na aldeia Krenak, que também é tratada e respeitada como sujeito. O autor conta que se a serra amanhece com uma cara boa isso significa que o dia vai ser bom mas se ela amanhece com uma cara feia as pessoas lá já ficam atentas. Outros exemplos que ele cita são, os das montanhas na região dos Andes que podem formar casais, podem ser pais e filhos e as pessoas que vivem nesses vales fazem festas para as montanhas, dão comida, dão presentes, e o do conflito dos Massais, no Quênia, com os ingleses que queriam transformar uma montanha sagrada deles num parque. Diante disso o autor indaga “Por que narrativas como essas não nos entusiasmam? Por que elas vão sendo esquecidas e apagadas em favor de uma narrativa globalizante, superficial, que quer contar a mesma história para a gente?” § 15-16-17 O autor menciona o fato de que enquanto a humanidade está se distanciando do seu lugar, inúmeras corporações estão tomando conta da terra. Ele afirma que nós, a humanidade, vamos viver em ambientes artificiais produzidos pelas mesmas corporações que devoram florestas, montanhas e rios. Krenak usa a expressão “monstro corporativo” para se referir aos donos de capitais, os donos da grana do planeta e adverte “eles espalham o mesmo modelo de progresso que somos incentivados a entender como bem-estar no mundo todo”. Ele segue sua fala dizendo “os grandes centros, as grandes metrópoles do mundo são uma reprodução uns dos outros” no intuito de sobressaltar os ouvintes e leitores quanto a homogeneidade da humanidade. § 18-19-20 A chamada sub-humanidade, segundo Krenak, é a camada mais bruta, rústica e orgânica, são os núcleos que ainda consideram que precisam ficar agarrados na terra, os caiçaras, índios, quilombolas, aborígenes, entre outros. O autor discorre sobre como a organicidade dessa gente incomoda as grandes corporações que cada vez mais têm criado mecanismos para separá-los da terra, ele desaprova a ideia de, nós, humanos, nos deslocarmos da terra, vivendo em uma abstração civilizatória, segundo ele isso é algo absurdo que suprime a diversidade e nega a pluralidade das formas de vida e hábitos. O autor exemplifica essa negação de pluralidade falando sobre o apagamentos das línguas indígenas, que, todo ano, alguma delas é deletada, sobrando cada vez menos. § 21 O autor cita Boaventura de Sousa Santos “a ecologia dos saberes deveria também integrar nossa experiência cotidiana, inspirar nossas escolhas sobre o lugar

em que queremos viver, nossa experiência como comunidade” para afirmar que devemos ser críticos quanto a ideia modelada de humanidade homogênea na qual o consumo se tornou o que antes era cidadania. Ele cita também o ex-presidente do Uruguai, José Mijuca que disse que transformamos as pessoas em consumidores, não em cidadãos e que nossas crianças já são ensinadas a serem clientes. Krenak então indaga a necessidade de se ser cidadão numa humanidade que bajula o cliente, ele questiona “para que ter cidadania, alteridade, estar no mundo de maneira crítica e consciente, se você pode ser um consumidor?” e reitera que essa percepção dispensa a experiência de viver numa terra cheia de sentido, numa plataforma para diferentes cosmovisões. § 22-23-24 O autor cita o trabalho de David Kopenawa e Bruce Albert: “Queda do Céu: palavras de um xamã yanomami”, para constatar a diferença de percepções acerca da realidade de povos indígenas e de povos ocidentais. Segundo ele, a obra conta sobre povos indígenas que possuem uma “cosmovisão” da realidade que dá sentido a todos os modos de vida, seres vivos e não vivos, contrastante com a visão ocidental de que estamos vivendo um fim do mundo. Ele aponta que esses povos estão sendo afrontados por instituições que não aceitam essa cosmovisão, como garimpos e minerações. O autor segue comentando sobre a intolerância de povos ocidentais, que ele chama de “humanidade zumbi”, com o modo de vida de povos indígenas, que ainda “cantam, dançam e fazem chover”. Essa humanidade zumbi, segundo o autor, enxerga o fim do mundo como uma tentativa de “acabar com os sonhos” de povos indígenas. Neste momento o autor explica o título de seu livro, que a ideia de adiar o fim do mundo seria sempre poder contar mais uma história, para manter viva suas tradições e suas percepções. Ele afirma a importância de poder conversar com os outros sobre as experiências e modos de vida de povos indígenas e reitera a importância de poder estar falando sobre isso em palestras, como a que está falando em Portugal. § 25-26-27 Aqui o autor discorre sobre como as estratégias de resistência de povos indígenas são mantidas para poder sustentar seus modos de vidas em meio a ataques, desde a colonização até os tempos atuais e cita o livro “Memória de Fogo” de Eduardo Galeano. Ele usa uma metáfora para explicar como acredita que a resistência deveria ser mantida: em vez de se preocupar com a queda e com o fator de “estarem sempre caindo”, deveriam aproveitar todos os ensinamentos que vêm de seus antepassados e construir paraquedas coloridos. § 28-29-30 O autor confirma que os humanos não são as únicas pessoas interessantes do mundo e aponta a importância de conhecermos outras narrativas e histórias para poder tirar a vaidade da humanidade que pensa ser a mais interessante. Ele utiliza da ironia quando conta que em 2018, no contexto político instaurado, as pessoas demonstravam preocupação com os povos indígenas, mas eles já estavam acostumados a resistir e se preocupavam com os brancos, que não estavam acostumados a lidar com isso. Ainda confirma que os povos indígenas resistem mantendo a subjetividade de cada etnia, sem aceitar a ideia de que são todos iguais. Cita o “perspectivismo amazônico” de Eduardo Viveiros Castro que contesta a perspectiva branca ocidental sobre a realidade e foca em outras perspectivas.

Por fim, o autor reitera a importância de manter a subjetividade de cada povo e etnia, para que não sejam vistas como uma coisa só, pois mesmo possuindo semelhanças, todas são diferentes, como constelações. Ele confirma que realçar a diversidade é ir contra a tentativa de homogeneização, tentativa que tira a alegria de estarem vivos.

Do sonho e da terra 2º capítulo Bloco I - O Autor afirma que existe uma tensão entre o Estado e os povos indígenas. § 1 e 2: Em primeiro momento, contextualiza geograficamente onde as famílias Krenak vivem e então traz a afirmação sobre a relação complicada entre o governo e as comunidades indígenas que buscam que o mesmo cumpra suas funções constitucionais. Bloco II - Introduz como o Estado trata as “terras indígenas” e aborda a luta pela existência dessas comunidades desde o colonialismo até agora. § 3, 4 e 5: O autor se questiona se as pessoas entendem sobre as diferenças entre as terminologias que os indígenas usam para as terras em que vivem e as que o Estado brasileiro usa. Também afirma que chamar apenas de “terras indígenas” é uma redução do seu verdadeiro significado. A seguir, fala sobre o colonialismo e como dizimar essas comunidades era quase um projeto, bem como, descaracterizar suas identidades e culturas. Ainda, traz como dilema político hodierno a disputa pela natureza próspera e independência do Estado. Bloco III - Revela a relação do povo Krenak com o rio Watu. § 6: Revela que o rio Doce, para eles, Watu, é seu avô e não pode ser considerado um recurso, pois é uma pessoa e carrega significado na construção do coletivo das aldeias. Bloco IV - Inspiração para continuar com os encontros. § 7: O autor conta que a partir desse sentimento dos Krenak, teve inspiração para continuar com encontros como esse que geraram o livro, levando a história dos indígenas e que muitas vezes sofre com tentativas de apagamento. Bloco V - Fala sobre as raízes da marginalização da comunidade indígena e do crime ambiental no Watu. § 8: Afirma que está enraizado no Brasil não aceitar esses povos originais e tratá-los com violência. Ainda, sendo justificado pelos índios não compactuarem com a mercantilização da natureza. Em seguida, fala sobre o Watu, que além de sustentar a vida às suas margens, também era parte da sua construção de coletivo, sofreu com um crime ambiental. O autor traz o acontecimento em Mariana, Minas Gerais e conta como o desastre os deixou “órfãos e acompanhando um rio em coma”. Bloco VI - O autor traz o sentimento do seu povo em relação à Terra. § 9: Ele se aprofunda no sentimento que os Krenak têm com a Terra, pois além de ser provedora da sua subsistência e manutenção de suas vidas, é ela que dá sentido para que possam existir. Também, fala sobre a falta de pertencimento com os locais de origem e da perda de sentido dos deslocamentos. Bloco VII - Aborda sobre os alertas de destruição que o planeta nos dá, nossos impactos nele e sobre o despertar para que tenhamos cooperação e compromisso com o mesmo.

§ 10, 11 e 12: Traz um sentimento que os povos indígenas carregam a luta para si e também as consequências daqueles que não lutam pela casa comum. O autor fala que todos precisam despertar, pois não são só os índios que correm risco de extinção, mas todos. Ainda, traz a fala de Davi Kopenawa, que “o mundo acredita que tudo é mercadoria”, afirmando que cada vez mais o mundo busca criar e inventar, sem pensar nas demandas para a Terra. Traz o conceito de Antropoceno e alerta sobre a grande marca que estamos deixando onde vivemos, pois deve ser preocupante deixar essa herança ruim. Ainda, reitera como os indígenas são excluídos por não estarem apoiando um projeto de destruição da natureza. Bloco VIII - Aborda o significado de Krenak, sua cultura e como o preconceito pode permitir a destruição de partes de vida. § 13 e 14: Ailton traz o significado de Krenak no sentido literal e espiritual, afirmando que é uma herança e missão se conectar com a terra e essa é a humanidade desse povo. Fala sobre como sentem seu lugar de origem como um local sagrado, mas as sociedades não indígenas levam preconceito a esses lugares e suas culturas. Esse preconceito, acaba despersonalizando e retirando os significados que os indígenas atribuem a natureza. Tal fato retira sua importância e permite o controle industrial e extrativista, o que deixa a vida na terra vulnerável a crimes ambientais, como no Watu. Conclui, falando sobre a importância dos encontros para debater essas questões, já que todos precisamos assumir um compromisso com a vida e se libertar de uma visão negacionista. Bloco IX - Fala sobre o reconhecimento entre as visões sobre a Terra. § 15: O autor fala sobre as pessoas terem uma origem comum, mas de desconectarem a ponto de uma comunidade ver vida e razão para existir em um rio e outra o ver apenas como recurso. Ainda, questiona como encontrar um ponto de encontro entre essas visões. Bloco X - O autor traz a visão Krenak sobre os sonhos. § 16 e 17: Revela que os sonhos não são apenas uma viagem do inconsciente quando dormimos, mas um exercício para buscar orientação. Também, diz que muitas pessoas usam dos sonhos para se inspirarem, resolverem questões e como cura. Afirma, que os sonhos podem ser a revelação para o autoconhecimento e aprendizados com o mundo. Cap 3 - A humanidade que pensamos ser § 1-2 - Nesse trecho o autor afirma e indaga o leitor acerca da ideia do que constitui o ser humano relacionando isso a sua existência, ou seja, a percepção do “eu”. Mais adiante, ele pergunta se de repente desconstruir essa ideia, com certeza teríamos a sensação de perder o chão, cair num abismo. Assim , ele constrói uma pequena reflexão para questionar o leitor se essa queda já não está acontecendo há muito tempo e ele ainda não notou. O autor cita como exemplo a viagem ao espaço e a visão que o astronauta teve da Terra e destaca que ele olhou para o planeta conforme a visão que foi construída aqui, ou seja, ele a viu como todos esperavam. Essa primeira parte busca contextualizar a fala que o autor fará a seguir, baseada no conceito de antropoceno que etimologicamente significa época dos humanos. Ele faz isso para dizer que ao longo da nossa evolução fomos construindo imagens que no futuro poderíamos ver e nos sentir identificados, essa imagem se baseia na padronização de tudo. Nesse trecho há uma pergunta muito importante que é “ por que é que nos apegamos tanto a esse

retrato com a gente aqui?”. E assim, ele diz que a nossa ideia de uma paisagem fixa é a marca mais profunda do antropoceno. Aqui o autor constrói uma imagem para falar da Terra e nossa relação com ela, ele utiliza a imagem de uma mãe que amamenta seu filho e que falta do seu seio a toda hora ele chora com medo de que ela tenha sumido de vez. É assim que pautamos nossa relação com a natureza, esgotando todos os seus bens e quando ela parece estar esgotando é que olhamos com atenção e carinho para ela. § 3-4 - Aqui ele evidencia que o fim do mundo talvez seja apenas uma breve interrupção do prazer de gozar de uma vida sem preocupações com a falta do sustento, ou seja por exemplo, quando nos cegamos para as causas ambientais e apenas lembramos delas quando ocorre um grande desastre. O autor afirma também através de dados históricos que a Terra possui como personificação essa figura feminina que é provedora e maternal. E a figura masculina que aparece como pai, aparece apenas para destruir, detonar e dominar. Nesse trecho o autor trabalha também com o conceito de globalização e problematiza trazendo a ideia de que as revoluções de massa seriam responsáveis por fazer divisões entre a humanidade e para ele esse distanciamento das pessoas seria um abismo, uma queda e então não há medo para se ter já que estamos caindo há muito tempo. § 5-6 Ele afirma que temos muito medo de cair e que uma possível solução seria criar um paraquedas que deixasse a queda mais leve. Ele diz que não é necessário eliminar a queda, mas amenizá-la para que pudéssemos gozar dos prazeres que a natureza nos proporciona. Além disso, ele defende que não há mais cientistas, porque a sua liberdade em pesquisar aquilo que poderia vir a melhorar o mundo está diretamente atrelada a uma lógica de mercado, o que transforma seus estudos em mercadoria. Ele destaca que quando se está próximo de se descobrir uma solução - que seria o contato com a natureza - cria-se uma forma de adiar esse processo por meios artificiais. Assim ele encerra o parágrafo fazendo uma reflexão sobre essas possíveis descobertas e quanto elas estão condicionadas a lógica do mercado e que ele anseia pelo dia em que poderemos simplesmente fazer por que tem que ser feito e não por que existe uma demanda para aquilo. § 7 O autor retoma os paraquedas e atribui o lugar de onde eles são projetados: “o lugar do sonho”. Ele limita qual tipo de sonho está se referindo, que vai além do cochilo, é da “experiência transcendente” que amplia nossas visões de vida, complementado pelo sentido da “natureza” que lhe pode ser imposto, mas que não possui uma nominação própria, pois, ele explica que apenas pode ser nomeado o que já foi experimentado anteriormente e nesse caso, teria seu início a partir de uma tradição, um legado, voltada aos sonhos. Cita o aprendizado nas escolas, que da mesma maneira poderia ser voltado aos sonhos, permitindo seu avanço, passagem e permanência como, exemplifica o autor, alguns xamãs e mágicos realizam. Acrescenta ainda, que é um lugar de conexão com o que vivemos, mas em diferentes potências e afasta a ideia de uma realidade paralela. § 8-9 Ao ser indagado sobre a possibilidade de outro mundo, o autor expõe que dentre as novas relações com a natureza apresentadas, há um entendimento equivocado do que seria a própria natureza, distanciando o pertencimento do ser humano da própria. Elucida a afirmação, retomando uma antiga metáfora da natureza, que foi criada para consumo próprio de certo grupo de humanos, afinal, explana que nesse entendimento, os outros grupos podem ser socados, despachados para

qualquer outro lugar. Conclui que, esse entendimento e vivência no mundo é o mesmo que as antigas gerações deixaram-nos. Nesse quesito, ele compre...


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