Fichamento Max Weber: A objetividade do conhecimento nas Ciências Sociais PDF

Title Fichamento Max Weber: A objetividade do conhecimento nas Ciências Sociais
Author Lucas Augusto
Course Sociologia
Institution Universidade Federal de Uberlândia
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Summary

Weber, Max. A “objetividade” do conhecimento nas Ciências Sociais. In: Weber (Sociologia) Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo, Editora Ática, 1997. (pp. 79-127)....


Description

Nome: Lucas Augusto Soares Teixeira Fichamento texto II: Weber, Max. A “objetividade” do conhecimento nas Ciências Sociais. In: Weber (Sociologia) Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo, Editora Ática, 1997. (pp. 79-127). Sociologia III / Professora Mariana Weber inicia com a explicação de que os fatores socioeconômicos se atrelam ao fato de que nossas vontades e desejos como um todo se defrontam com as diversas limitações das mais diversas ordens, quantitativas e qualitativas, e, por conseguinte, esse fato demanda diversas atitudes, como trabalho, previsões, convivência com a natureza e com outros homens. Ainda, salienta que o fator socioeconômico de algo não se está intrinsecamente ligado ao objeto, mas diz respeito ao valor subjetivo que se dá a ele. Sempre que um evento, uma situação, objetivamente para alguém se liga a um fato que tem significação para esta pessoa, este fato consiste em um potencial campo de estudo, um problema para a Ciência Social. As instituições criadas e utilizadas conscientemente para fins econômicos são as denominadas instituições econômicas. Existem outras instituições, como exemplifica o autor, como a igreja, que não estão estritamente atreladas a fatores econômicos, mas, todavia, têm importância nesse ponto de vista, assim são consideradas economicamente relevantes. Os fenômenos economicamente condicionados são os que mostram uma certa influência de motivos econômicos, de forma indireta. Ressalta-se que o conceito econômico é extremamente alargado e subjetivo e ainda nenhum fenômeno refere-se a apenas uma das classificações supracitadas. Mais adiante, o autor salienta que embora o ponto de vista econômico não possua total precisão, a crença que o trabalho cientifico possa sanar a imparcialidade alargando a questão econômica até a concepção de uma ciência social geral é errônea, haja vista que apenas se pode obter precisão de tal modo possuindo-se certos predicados que determinariam seu conteúdo. Para Weber, o trabalho cientifico não deve ter como base questões objetivas entre os objetos estudado, mas sim entre as conexões conceituais entre os problemas do trabalho cientifico. Também se deixa claro que não existe qualquer regra de analise puramente objetiva no tangente ao estudo da vida cultural, ou ainda algo que possa se assemelhar a uma independência de parcialidade e de características especiais, devido ao caráter

especifico do estudo das Ciências Sociais. Assim, não se obtém apenas um mero levantamento de normas de convenção ou formalidade. A Ciência Social que Weber propõe praticar é ciência da realidade. Por meio das significações e conexões e também as causas históricos de desenvolvimento dos dados. Observa-se que a infinidade da realidade impossibilita sua compreensão total, logo, apenas parte dessa realidade pode ser captado, e é digno do conhecimento. Formular leis e fatores do condicionamento humano seria sem dúvida importante, mas a realidade da vida não pode ser deduzida a partir de tais formulações. Razoes para a impossibilidade do condicionamento de leis neste caso em especifico são que para se formular leis se levaria em consideração apenas uma operação das muitas que se variam necessárias, além de que os conceitos, no campo das Ciências Sociais, são ideias de valor, intrinsecamente subjetivas a pessoa que os estuda, assim se impossibilitando o estabelecimento de leis. Entretanto, certas ressalvas são levantadas. Por exemplo, a ideia de que o conhecimento cultural é condicionado por ideias de valor não significa que Weber argumenta que apenas alguns fenômenos “importantes” ou valiosos” devem ser levados em consideração. Também, cabe ao historiador e/ou ao sociólogo, em sua metodologia, discriminar o que é primário e secundário, com base na relevância dos sujeitos idealizados para a apresentação de seu trabalho. Também é ingênuo, para o autor, a opinião de que se pode deduzir da matéria em questão o que deve ser importante, pois essa justamente advém de princípios de valor. Outro erro que não se pode cometer é a de que considerando a subjetivação da prática cientifica, a mesma apenas seria válida para alguns, este não é o correto. O que varia é o grau de interesse manifestado por cada indivíduo. Ainda, o “como” da pesquisa cientifica deve levar em consideração o ponto de vista dominante. Explica o autor que na medida que se busca alcançar uma verdade, deve-se levar em consideração o que é verdadeiro para todos os que a almejam.

Uma última nota é que os problemas

universais, objetos dos cientistas, renascem frequentemente na história das sociedades. Weber introduz novamente um conceito outrora elaborado pelo autor em outro texto, que é do tipo ideal. O mesmo é assim, a única forma mais correta, ou precisa, de se enxergar a história e se construir as Ciências Sociais. Isso, haja vista que, como trabalhado anteriormente, as analises, estão sujeitas a ponto de vista, não seria possível uma metodologia concreta, rigorosa. Seguindo esse caminho, corre-se o risco de se impor um juízo de valor na história, e o repassa-lo como verdade absoluta.

O autor salienta também que os tipos ideais têm como função essencial tratar do que é especifico em fenômenos culturais complexos, e não de conceitos genéricos, maciçamente presentes nas relações sociais. Assim, se faz necessário diferenciar conceitos comuns de específicos, isto é, com implicações mais concretas. São destes últimos que os tipos ideais se tratarão....


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