Fichamentos - FICHAMENTO – \"Alan Chalmers. – O que é Ciência Afinal?\". Disciplina \"Metodologia PDF

Title Fichamentos - FICHAMENTO – \"Alan Chalmers. – O que é Ciência Afinal?\". Disciplina \"Metodologia
Course Metodologia das Ciências Sociais
Institution Universidade Federal de Pernambuco
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FICHAMENTO – "Alan Chalmers. – O que é Ciência Afinal?". Disciplina "Metodologia das Ciências Sociais". Professor Arthur Perrusi....


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FICHAMENTO – Alan Chalmers. – O que é Ciência Afinal? INTRODUÇÃO Francis Bacon foi um dos primeiros a tentar articular o que é o método da ciência moderna, no século XVII, propôs que a meta da ciência é o melhoramento da vida do homem na terra e para ele essa meta seria alcançada através da coleta de fatos que se repetem e com observação organizada e derivando teorias a partir daí. (teoria de Bacon) Principio Indutivista  O tipo de raciocínio que estamos discutindo que nos leva de uma lista finita de afirmações singulares para justificação de uma afirmação universal, levando-nos do particular para o todo, é denominado raciocínio indutivo e o processo denominado indução. Exemplo: Se um grande número de A’s foi observado sob uma ampla variedade de condições, e se todos esses A’s observados possuíam sem exceção a propriedade B, então todos os A’s têm propriedade B.  De acordo com indutivista ingênuo, o corpo do conhecimento científico é construído pela indução a partir da base segura fornecida pela observação. Indutivismo: ciência como conhecimento derivado dos dados da experiência A explicação indutivista ingênua da ciência, que o autor delineia no livro pode ser vista como tentativa de formalizar essa imagem popular da ciência. Mas que justamente com a explicação popular que se assemelha é completamente equivocada e perigosamente enganadora. Condições que satisfazem o método indutivista: 1. O numero de preposições de observações que forma a base de uma generalização deve ser grande 2. As observações devem ser repetidas sob uma ampla variedade de condições 3. Nenhuma proposição de observação deve conflitar com a lei universal derivada O Indutivista insiste em que não devemos tirar conclusões apressadas. Tomemos esta Generalização. “ Todos os metais se expandem quando aquecidos”, para o indutivista é preciso verificar uma ampla variedade de

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metais, se em todas ocasiões as amostra se expandirem, então somente então é legitimo generalizar O problema da indução- Capítulo II. O principio de indução não pode ser justificado meramente por um apelo a lógica. Uma afirmação universal assegurando a validade do principio de indução é aqui inferida de várias afirmações singulares registrando bemsucedidas aplicações passadas do principio. O argumento é portanto indutivo e assim não pode ser usado para justificar o princípio de indução. Não podemos usar indução para justificar indução. Essa dificuldade associada à justificação da indução tem sido tradicionalmente chamada de “ o problema da indução”. Além da circularidade envolvida nas tentativas de justificar o principio da indução, o principio sofre de outras deficiências. Estas originam da vagueza e dubiedade da exigência de que um “ grande numero” de observações deve ser feito sob uma “ ampla variedade” de circunstancias. Respostas para o problema da indução Há várias respostas possíveis ao problema da indução. Uma delas é a cética. Podemos aceitar que a ciência se baseia na indução e aceitar também a demonstração de Hume de que a indução não pode ser justificada pelo apelo a lógica ou a experiência .Ele mesmo adotou uma posição que a crença em leis e teorias são hábitos psicológicos que adquirimos como resultado de repetições das observações relevantes. Outra resposta ao problema da indução envolve a negação de que a ciência se baseia na indução, Popper tenta usar do falsificacionismo para fazer isso.

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Durkheim Regras relativas à observação dos fatos sociais – Cap. II- Regras do Método Sociológico Para Émile Durkheim os fatos sociais são maneiras de agir e pensar fora das consciências individuais, ou seja, os fatos sociais são produzidos pela consciência coletiva. Em vez de observar as coisas, de descrevê-las, de compará-las de nossas idéias, em analisá-las em combiná-las. Em vez de uma ciência de realidades não fazemos mais do que uma analise ideológica De fato, até o presente, a sociologia tratou mais ou menos exclusivamente não de coisas, mas de conceitos, Comte, proclamou que os fenômenos sociais são fatos naturais, submissos a leis naturais. estava tomando idéias como objetos de estudo. Essa crítica foi feita aos estudos de Comte que reconheceu o caráter de coisas quando proclamou que os fenômenos sociais são fatos naturais submetidos a leis naturais, mas quando saiu das generalidades filosóficas, tomou idéias como objetos de estudos. É preciso que os fenômenos sociais em si mesmos separados dos sujeitos conscientes que os concebem; É preciso estudá-los de fora, como coisas exteriores, pois é nessa qualidade que eles se apresentam a nós. A primeira regra relativa à observação dos fatos sociais e também a regra fundamental é formulada da seguinte maneira: “Tratar os fatos sociais como coisas”.  Durkheim considera a reflexão anterior à ciência, pois, apenas se serve dela com mais método.  Investigação permanente da realidade. – o método Segunda regra: “Nunca tomar por objeto de investigação senão um grupo de fenômenos previamente definidos por certas características exteriores que lhes sejam comuns...”, pois é totalmente indispensável definir o objeto a ser estudado, pois é comum a referência a coisas sem uma definição rigorosa de que se tratam, esta definição deverá compreender sem exceção ou distinção, todos os fenômenos que igualmente apresentem essas mesmas características.

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Kuhn A estrutura das revoluções científicasPara Kuhn a ciência normal não se desenvolve através da acumulação de descobertas e inovações e sim através de revoluções de paradigmas. Transformação de paradigma são revoluções cientificas e a transição de paradigma a outro por meio da revolução é o padrão usual do desenvolvimento da ciência amadurecida. Kuhn afirma que o paradigma se constitui como uma rede de compromissos ou adesões de conceitos e teoria, metodologia e instrumentais compartilhados. Kuhn afirma sobre a observação e a experiência que elas podem e devem restringi drasticamente a extensão das crenças admissíveis, porque de outro modo não haveria ciência. Mas não podem, por si só determinar um conjunto específico de semelhantes crenças. A teoria central de Kuhn é que o conhecimento científico não cresce de modo cumulativo e contínuo. Ao contrário, esse crescimento é descontínuo, opera por saltos qualitativos, que não se podem justificar em função de critérios de validação do conhecimento científico. Os saltos qualitativos preconizados por Kuhn ocorrem nos períodos de desenvolvimento científico, em que são questionados e postos em causa os princípios, as teorias, os conceitos básicos e as metodologias, que até então orientavam toda a investigação e toda a prática científica. O conjunto de todos esses princípios constituem o que Kuhn chama paradigma. Num sentido lato, o paradigma kuhniano refere-se àquilo que é partilhado por uma comunidade científica, será uma forma de fazer ciência, uma matriz disciplinar. Uma comunidade científica caracteriza-se pela prática de uma especialidade científica, por uma formação teórica comum, pela circulação abundante de informação no interior do grupo e pela unanimidade de juízo em assuntos profissionais. Em sentido particular, o paradigma é um exemplar; é um conjunto de soluções de problemas concretos, uma realização científica concreta que fornece os instrumentos conceptuais e instrumentais para a solução de problemas. O paradigma é, 4

neste sentido, uma concepção de mundo que, pressupondo um modo de ver e de praticar, engloba um conjunto de teorias, instrumentos, conceitos e métodos de investigação; noutro caso, o conceito é utilizado para significar um conjunto de realizações científicas concretas O desenvolvimento da ciência madura processa-se assim em duas fases, a fase da ciência normal e a fase da ciência revolucionária. A ciência normal é a ciência dos períodos em que o paradigma é unanimemente aceite, sem qualquer tipo de contestação, no seio da comunidade científica. Nesta fase da ciência normal, o cientista não procura questionar ou investigar aspectos que extravasam o próprio paradigma, devemos dizer que a curiosidade não é propriamente uma característica do cientista, este limita-se a resolver dificuldades de menor importância que vão permitindo mantê-lo em atividade e que possibilitam simultaneamente revelar a sua engenhosidade e a sua capacidade na resolução dos enigmas. A neutralidade e a objetividade da ciência, características que desde sempre o conhecimento científico reclamou e que nos levava a distinguir esse saber das chamadas ciências humanas ou sociais, são claramente postas em causa pela teoria dos paradigmas

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Anarquismo e Conhecimento- Alberto Oliva

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