Gabriela K. - Produção 4 - Matriz de identidade PDF

Title Gabriela K. - Produção 4 - Matriz de identidade
Author Gabriela Keller
Course Abordagem psicoterápica: Psicodrama
Institution Universidade do Vale do Itajaí
Pages 2
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Summary

Produção teórica realizada para fundamentação teória da prática de estágio em Clínica pela abordagem do Psicodrama...


Description

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Psicologia Estágio Específico – Ênfase: Práticas Psicoterapêuticas Profª: Maria Celina Lenzi Acadêmico (a): Gabriela Keller de Moura

Matriz de Identidade Gonçalves, Wolff e Almeida (1988), introduzem o conceito de matriz de identidade descrevendo os espaços tanto físico como virtual que o recém-nascido irá ocupar em sua família. São nesses espaços que a criança encontrará as condições iniciais para o seu desenvolvimento. Esses autores afirmam que enquanto o primeiro é geográfico e estrutural, o segundo é de caráter psicológico e se reporta aos desejos, expectativas e planos que os familiares projetam em relação ao nascituro. É na articulação desses espaços que a criança irá se desenvolver reconhecendo a si mesma como ser individual e ao mesmo tempo social. Esse espaço, que é modificado ao nascimento da criança e que se caracteriza como ponto de partida para o processo de definição de si mesmo, é chamado de matriz de identidade (GONÇALVES; WOLFF; ALMEIDA, 1988). Rojas-Bermúdez (2016, publicação sem paginação) complementa o conceito de matriz de identidade ao descrevê-la como um ambiente no qual “o recém-nascido se desenvolve num contato vivencial que lhe permite incorporar, num nível primário, as características grupais e assimilar, assim, as pautas de seu meio”. Quando a criança nasce, de acordo com Gonçalves, Wolff e Almeida (1988), ela se encontra no que Moreno chamou de Primeiro Universo ou, como descreve Fonseca Filho (1980), fase de Indiferenciação. Nesse momento, para Fonseca Filho (1980), a criança é incapaz de se diferenciar do outro, geralmente a mãe. Para a criança, ambos são um só. Segundo o mesmo autor, não é só a relação eu-tu que está misturada para o recém-nascido, mas também o eu-objeto uma vez que a criança experimenta a relação com o mundo e o suprimento de suas necessidades através da extensão da mãe. Além disso, para Gonçalves, Wolff e Almeida (1988), nessa fase, para a criança, não existe noção de tempo e tudo o que ela vivencia é o presente e não existem sonhos uma vez que não existe distinção de objetos.

Já, no segundo momento do Primeiro Universo, dá-se início a essa diferenciação eu-tu. A criança começa a fazer o registro de objetos e pessoas e começa a se perceber separada das pessoas e objetos, mas ainda ligada a estes. É nessa fase que a tele começa a despontar e passa a aparecer uma distinção entre o próximo e o distante, antes e depois e interno e externo (GONÇALVES; WOLFF; ALMEIDA, 1988; MENEGAZZO, 1994). Este é o momento da fase simbiótica ou da fase do duplo, na qual a “criança vai caminhando para ganhar sua identidade como pessoa, como individualidade, para discriminar o ‘outro’ Tu e o mundo. Mas ainda não o consegue totalmente” (FONSECA FILHO, 1980, p. 86, grifo do autor) e necessita de um ego-auxiliar que lhe satisfaça as necessidades e as faltas (GONÇALVES; WOLFF; ALMEIDA, 1988). Depois desse momento viria o que Moreno chamou de fase do espelho e que Fonseca Filho traz como reconhecimento do eu. Nessa fase existe um estágio no qual a criança passa a se reconhecer e a descobrir sua própria identidade que é separada da mãe. A criança já começa a identificar em si suas necessidades básicas e começa a tomar noção da extensão de seu próprio corpo, iniciando um reconhecimento da sua imagem, mas inda não há uma apropriação desta (FONSECA FILHO, 1980; GONÇALVES; WOLFF; ALMEIDA, 1988). Por último, segundo Gonçalves, Wolff e Almeida (1988), se dá a fase de inversão que é quando já houve a apropriação do papel e da identidade de si mesmo. O tu é reconhecido como pessoa distinta e se abre a possibilidade para a inversão concomitante de papéis. A partir daí a criança consegue brincar de ser o outro sem perder sua identidade ou misturar seu papel.

Referências FONSECA FILHO, José S. Psicodrama da Loucura, São Paulo: Ágora, 1980. GONÇALVEZ, Camilla Sales.; WOLFF, José Roberto.; ALMEIDA, Wilson Castello de. A visão moreniana do homem. In: ______. Lições de psicodrama. São Paulo: Ágora, 1988. cap. 5, p. 45-57. MENEGAZZO, Carlos M. Magia, mito e psicodrama, São Paulo: Ágora, 1994. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?redir_esc=y&hl=ptBR&id=kkY4VFV8gHsC&q=matriz#v=onepage&q&f=false>. Acesso em 05 set. 2018. ROJAS-BERMÚDEZ, Jaime G. Introdução ao psicodrama, São Paulo: Ágora, 2016. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?redir_esc=y&hl=ptBR&id=x90aDAAAQBAJ&q=matriz#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 05 set. 2018....


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