GenÉtica - HeranÇa Multifatorial t1 PDF

Title GenÉtica - HeranÇa Multifatorial t1
Author Thomás Cavalcanti Pires de Azevedo
Course Genética
Institution Universidade Federal de Alagoas
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Summary

Anotações da aula sobre a herança multifatorial genética...


Description

Transcrição Concepção II - GENÉTICA: HERANÇA MULTIFATORIAL 24/04/18 Indicação de livros: Genética médica - uma abordagem integrada ou Genética médica do Jorde. Maria Sofia (0’-9-45) Durante a escola, a maioria das heranças genéticas estudadas se restringiam a heranças monogenéticas ou heranças mendelianas. A utilidade do estudo de uma herança monogênica (tanto de uma doença quanto de uma característica) se dá pelo fato de calcular risco da prole desenvolver uma determinada herança. Professor ressalta que a genética ainda não desenvolveu uma maneira de curar seus distúrbios, porém, é de extrema importância saber a probabilidade de a prole ter ou não uma determinada característica, podendo assim diminuir o risco de uma doença. Logo, a herança genética prevê o risco de recorrência de um determinado fenômeno. Nas heranças mendelianas, esse fenômeno ficou claro, pois Mendel escolhia as plantas (ervilhas) com características bastante evidentes e a maioria dessas características são monogênicas, ou seja, a estrutura da ervilha (lisa ou rugosa) é condicionada por um par de genes. Uma comprovação desse fato se deu em 1900, quando muitos cientistas tentaram reproduzir o conhecimento de Mendel em outras espécies, não dando certo devido ao fato da existência da herança multifatorial. A herança multifatorial engloba vários genes e o papel do ambiente, sendo quase impossível garantir qual vai se o risco com a prole, ao contrário do que acontece com as heranças monogênicas. Em heranças monogênicas, por exemplo, é indicado que a chance da prole ter uma determinada herança é de 75%, não sendo possível determinar esses valores em uma herança multifatorial. A ideia das heranças é calcular a recorrência de uma característica para que elas possam ser moldadas.  Herança monogênica: são as características qualitativas e condicionadas por um gene Ex.: Albinismo – segue um padrão monogênico e quase não tem influência do ambiente. Se o gene está presente, a característica será expressada.  Herança poligênica: vários genes atuam para uma única característica. Esses genes podem ter papeis quantitativamente diferentes, ou seja, um pode se expressar mais que o outro. Professor comenta uma questão já cobrada em prova: Um casal afetado por uma doença de caráter recessivo teve um filho normal, isso seria possível? A tendência seria colocar não, pois ao realizar o cruzamento entre homozigotos recessivos (aa), a única possiblidade da prole era de ter essa doença. Porém existem características que possuem a heterogeneidade de lócus, tendo vários genes diferentes que podem ou não ser afetadas, tornando possível ter uma prole sem nenhuma deficiência mesmo seus pais a possuindo. Professor cita um exemplo de um tipo de surdez hereditária em que o casal que a possui pode ter um filho completamente normal, justamente pela existência de uma característica poligênica. Esse tipo de surdez é causado devido a perda de cílios do ouvido interno, influenciando na captação do som. Ele explica que os cílios não são resultado de apenas um gene, sua formação depende de inúmeros genes, dependendo do completo funcionamento de todos eles para sua perfeita formação. As formações de cílios do ouvido interno dependem de 3 genes, podendo ocorrer erros em diferentes genes dos pais (por exemplo, o gene 1 da mãe é afetado e o do pai não, ocorrendo erro em outro gene que condiciona a formação dos cílios) e o filho herdar apenas as características normais desses genes,

não sendo afetado graças as heranças poligênicas (a mesma doença é causada por genes diferentes /heterogeneidade de lócus). A distribuição é descontinua no caso de heranças monogênicas e continuas para as poligênicas.

A altura, por exemplo, é uma herança multifatorial, que é simplesmente uma herança poligênica que sofre a interferência do ambiente. Se a altura fosse uma herança monogênica, existiram apenas pessoas baixas, medianas e altas. Se fosse apenas uma herança poligênica iam ter vários intermediários entre as alturas já citadas. Porém, quando analisamos a característica de altura, vemos que existe uma variação enorme, pois além de envolver vários genes existe também a interferência do ambiente, sendo uma herança multifatorial.  Maneiras de como o ambiente pode interferir na altura: alimentação, hormônios, estímulos (exercício). A ação do ambiente explica o fato de pessoas que possuem o genótipo para uma baixa estatura serem altas pelo uso de hormônio de crescimento, por exemplo. A herança multifatorial causa vários fenótipos diferentes em grande quantidade. Já as heranças monogênicas possuem fenótipos de fácil reconhecimento (restrita).

Melinna (áudio 2 – 9:45 até o fim/ áudio 3 – 0 até 5:00) Com relação à altura, na herança monogênica, as pessoas seriam altas ou baixas. Ao passo em que, na herança multifatorial (onde entra a ação do ambiente), há vários valores intermediários para a altura.  

Nas heranças monogênicas, o efeito ambiental é totalmente ignorado; Nas poligênicas, há uma influência do ambiente – porém, não tão grande quanto na multifatorial (sendo isso o que diferencia as duas, sabendo que ambas são caracterizadas pelo envolvimento de muitos genes).

A obesidade é uma característica ambiental ou genética? Ambos os fatores. Se a obesidade fosse apenas genética, ao separarmos gêmeos verdadeiros enquanto bebês, por exemplo, mesmo distantes, se um fosse obeso, o outro também deveria ser. Mas, sabemos que não ocorre dessa forma (um pode ser obeso e o outro não), tendo em vista a interferência ambiental (ainda não sabemos dizer exatamente qual é esse ambiente, tendo em vista que uma pessoa pode morar em um local repleto de fast-food e ainda assim não ser obesa). Sabendo que a obesidade é uma característica relacionada a vários genes e ao ambiente, a caracterizamos como uma Herança multifatorial. Justamente por ter muitos fatores envolvidos, é difícil dizer o risco de recorrência da obesidade.

A função da Herança multifatorial é saber se uma doença é mais ambiental ou mais genética, colocando esses pesos na balança para podermos intervir.

Muitos genes envolvidos Herança multifatorial

Papel ambiental

A dificuldade de se descobrir isso é o fato de não conhecermos todos os fatores genéticos, nem todos os ambientais. .

Mylena (Áudio 3 – 4:57 até 14:12 min)

o

Patologias relacionadas à herança multifatorial: Doenças cardiovasculares Alzheimer Obesidade (muito grave no Brasil) Câncer Alcoolismo Má formação congênita

Essas doenças são caracterizadas como complexas e são bastante estudadas, uma vez que o alto número de casos provoca uma sobrecarga nos serviços de saúde e gera custos altíssimos para o Estado. Dessa forma, entender se essas condições estão relacionadas à genética e o ambiente é muito importante a fim de que haja a criação de campanhas de prevenção direcionadas. O histórico de doenças cardiovasculares é um fator a ser considerado durante uma conduta clínica, uma vez que casos de infarto em parentes de primeiro grau dobram as chances de o indivíduo ser acometido. A pouca idade na qual esse evento ocorreu (menos de 55 anos, no caso) também deve ser considerada, sugerindo que a influência da “tendência ao infarto” está relacionada a fatores genéticos. Assim, a determinação dos riscos nas doenças de herança multifatorial é puramente empírica, ratificando a sua complexidade. O Alzheimer continua sendo uma incógnita na comunidade científica, contudo, já se sabe que o ambiente é uma característica determinante para seu desenvolvimento e quanto mais precoce o seu aparecimento, maior a chance dessa doença ser genética na família. Atualmente, a idade de “risco” vem diminuindo e pessoas jovens estão sendo acometidas, comprovando a influência do meio na determinação dessa condição. Nielson (Áudio 3 - 14:12 até 23:30) Outra doença multifatorial é a obesidade a qual tem um caráter genético (hormonal) e ambiental (influencia do meio). Esses indivíduos tem que consumir até 30.000 calorias por dia, eles podem ganhar de 3 a 5kg por dia, isso porque eles tem um distúrbio dos hormônios da saciedade (grelina e leptina). O câncer é uma doença multifatorial e uma das principais causas de morte do mundo. O câncer de mama é o segundo tipo mais freqüente, teoricamente quanto mais precoce for o surgimento do câncer maior será o fator genético.

As famílias são extremamente importantes para entender as doenças multifatoriais, devido a mair semelhança genética e a maior semelhança ambiental. Grau de parentesco genético: 1º Grau: pai, mãe, irmãos e filhos, compartilhamento genético de 50%; 2º Grau: tios, tias, sobrinhos, sobrinhas, avós, avôs, netos e meio-irmãos, compartilhamento genético de 25%; 3º Grau: primo de primeiro grau, bisavôs e bisnetos, compartilhamento genético quase de estranhos. A mensuração da herança multifatorial não é precisa, porém como já se tem um estudo de fatores que causam certa patologia, pode-se fazer uma estimativa com caráter preventivo e que demonstram variações fenotípicas através da CURVA DE GAUSS (de Limiar). Um exemplo são as alterações nos indivíduos em relação à altura:

Victoria ( Velber - FINAL ) A curva de Gauus, é um cálculo estatístico onde coloca-se em questão uma distribuição comum por um cálculo estatístico, na qual muitas características genéticas tem uma distribuição comum a população. A herança multifatorial consegue calcular o fator de risco relacionado ao indivíduo desenvolver uma doença. (Relaciona-se muito com a genética das populações). (Professor inicia a explicação da curva de Gauss) O gráfico mostra o número de indivíduos em relação a característica desejada. A população que esta ao “meio” é o que denomina a curva de Gauss. Dentro desta tabela estará as características genéticas e ambientais do fator fenotípico, que pode ser usado para diversas patologias e conceitos como por exemplo o Alzheimer. o

O que é o limiar? -É o limite. Ou seja, para as pessoas que ultrapassam esse limiar é por que já foram tantas características ambientais e genéticas juntas, que quando esse limiar é ultrapassado o indivíduo é afetado pela doença, antes do limiar o indivíduo não era afetado, e quanto mais próximo ao limiar o ser terá mais características genéticas e ambientais. Não se sabe dizer quais e todas as características, então para muitas doenças existem um limiar. Por exemplo para o câncer que é uma doença

multifatorial, o que estar relacionado a câncer? -Os supressores de tumor, oncogênese, então se você não tem nenhuma mutação para a pré-disposição ao câncer, vive em um ambiente a vácuo, ingere agua com Ph 7, se não possui nenhuma influência com ambiente aonde estaria a curvatura de Gauss? – Mais abaixo do limiar possível. Ou seja, quanto mais características genéticas e ambientais, mais vai ser elevado para próximo ao limiar. Ultrapassando esse limiar a pessoa obtém a doença. Dependendo da doença o limiar difere de homem para mulher* (Professor compara uma curvatura da Gauss onde difere de homem para mulher) Se a doença é mais comum em homens o limiar será mais alto ou mais baixo? -Será mais baixo, pois quanto menor o limiar menos características serão necessárias para se obter a doença. Questão dada em sala de aula: 1) Considere uma característica multifatorial que seja mais comum em mulheres, um casal possui uma filha afetada e outro casal possui um filho afetado. Qual dos casais apresentam maior risco de recorrência em ter o segundo filho afetado? - O casal com o filho do sexo masculino, esse casal compartilha tantas características que isso fez com que o filho adquirisse a doença, ou seja limiar maior, imagine se esse casal tivesse uma filha mulher. -Professor enfoca que a herança multifatorial é empírica, ou seja que tem fatores interligados ainda não descobertos....


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