Histologia da visão PDF

Title Histologia da visão
Author Júlia Freitas Carneiro
Course Módulo Morfofuncional I
Institution Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
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Aula de Histologia - Prof. Edvan...


Description

Histologia da visão O desenvolvimento do globo ocular ocorre junto com o desenvolvimento do encéfalo. A partir da evaginação (para fora) ocorre a formação das vesículas ópticas. A vesícula sofre um processo de invaginação formando o cálice óptico. O cálice leva consigo um pedacinho do ectoderma superficial para dar origem ao cristalino. Sem o ectoderma o cálice não se forma. O cálice não se fecha na parte anterior, forma um fissura óptica para passar os vasos embrionários para levar as células indiferenciadas para formar as outras estruturas. O globo ocular é derivado do ectoderma neural, ectoderma superficial e mesoderma. A fissura óptica se fecha e os vasos hialóideos se involuem depois para que o globo ocular se feche e fique transparente. A ciclopia ocorre na terceira semana de gestação e é incompatível. Coloboma pode ser completo ou incompleto e ocorre na 27 semana. A não involução dos vasos hialóides causa lesões na retina e sangramentos. Na região central há uma quantidade maior de cones, responsável pela visão de cores e visão central e visão fotópica. na periferia estão os bastonetes, responsáveis pela visão no escuro e visão periférica. No primeiro mês ocorre um desenvolvimento da mácula, principalmente pelo amadurecimento dos cones e vias visuais (córtex occipital) Esse desenvolvimento ocorre através do “uso” funcional e estimulação da visão. A fusão das imagens só está completa após os seis meses de vida. O exame do olhinho é feita na fase dos 18 primeiros meses para ver se a córnea está bem e a visão central está sem alteração. Ambliopia é uma deficiência visual em um olho anatomicamente normal. Até os 10 é possível estimular a visão. Quando a ambliopia é muito grave ocorre uma lesão neuronal também. O globo ocular é formado três túnicas ou camadas. ➔ Externa: esclera (posterior) e córnea (anterior) ➔ Média: coróide (posterior), corpo ciliar (parte plana, anterior) e íris. ➔ Interna: retina Glóbulo ocular é coloração em tricominio mallory. O limbo é uma região de transição entre a esclera e a córnea. A carúncula é uma das provas da evolução, tem ligação com a evolução derivada de aves. A esclera é formada por tecido conjuntivo não modelado, rico em fibras colágenas. A divisão histológica é: episclera, estroma e lâmina fusca. Os músculos se inserem na esclera, permite a passagem de elementos vasculonervosos, proteção da coriorretina e vítreo, manutenção do tônus ocular, participa nas doenças dos tecidos conjuntivos. A córnea é formada por epitélio, estroma e endotélio. Entre o epitélio e o estroma, há a membrana de Bowman (confere resistência a córnea). A córnea precisa de microvilos para segurar a lágrima, o muco regulariza a superfície para a lágrima. A córnea é um tecido desidratado, há bomba endoteliais (sódio e potássio) para retirar água e deixar o tecido desidratado. A membrana de Descemet delimita internamente o estroma. O estroma é avascular e é constituído por múltiplas camadas de fibras colágenas, também possuí fibroblastos e leucócitos. O epitélio posterior (endotélio da córnea) é do tipo pavimentoso simples. O limbo é um tecido de transição esclerocorneal, é altamente vascularizado e participa do processo inflamatório da córnea, no limbo existe um canal em forma de anel responsável pela

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drenagem do humor aquoso. A coróide é um tecido conjuntivo frouxo, formado por fibras colágenas e elásticas. No estroma estão os grandes vasos da coróide. O coriocapilar é onde estão os pequenos vasos, são responsáveis pela nutrição da retina. A membrana de Bruch divide a coróide da retina. O corpo ciliar é uma dilatação coroideana anterior (anel assimétrico), formado uma parte plana e uma parte pregueada. A camada pigmentar é a externa (mais para a esclera). O humor aquoso preenche a câmara posterior e anterior. Processo de acomodação e produção do humor aquoso são função do corpo ciliar. Uma dificuldade da drenagem do humor aquoso causa um aumento da pressão e uma destruição das fibras nervosas do nervo óptico.Os processos ciliares são extensões de uma das faces do corpo ciliar. São formados por um eixo conjuntivo recoberto por camada dupla de células epiteliais (Figuras 23.7 e 23.8). A camada externa, sem pigmento, recebe o nome de epitélio ciliar, e a camada interna é constituída por células com melanina. A íris é uma porção fletida, e é um prolongamento da coróide. Tem uma lâmina anterior e uma lâmina posterior. Quanto mais clara, mais rápida é deterioração. Na ponta da íris tem o esfíncter que causa a miose (parassimpático), e a midrise (simpático) próximo do epitélio posterior da íris. É revestida por epitélio pavimentoso simples, e segue-se um tecido conjuntivo pouco vascularizado com poucas fibras e grande quantidade de fibroblastos e células pigmentares, seguido, por sua vez, de uma camada rica em vasos sanguíneos, imersos em um tecido conjuntivo frouxo. A íris é coberta, na sua superfície posterior, pela mesma camada epitelial dupla que recobre o corpo ciliar e seus processos. Nessa região, entretanto, a camada com melanina é mais rica. A abundância de células com melanina em várias porções do olho tem como função principal impedir a entrada de raios luminosos, exceto os que atravessam a íris e formam a imagem na retina. Dessa maneira, o globo ocular se comporta como uma câmara escura. A retina é uma camada neurossensorial. Os fotorreceptores e todo o restante da retina têm origem na parede interna do cálice óptico, enquanto a parede mais externa dá origem a uma delgada camada constituída por epitélio cúbico simples, com células carregadas de pigmento, o epitélio pigmentar da retina. A camada pigmentar da retina adere fortemente à coróide, mas prende-se fracamente à camada fotossensível (interna).A porção da retina situada na região posterior do globo ocular apresenta, do exterior para o interior, as seguintes camadas de células responsáveis pela recepção de radiação luminosa e transmissão de potenciais de ação para o cérebro: ➔ Camada das células fotossensíveis, os cones e os bastonetes. ➔ Camada dos neurônios bipolares, que unem funcionalmente, por sinapses, as células dos cones e dos bastonetes as células ganglionares. ➔ Camada das células ganglionares, que recebem sinapses de axônios dos neurônios bipolares e enviam axônios que formam o nervo óptico. Entre a camada das células dos cones e bastonetes e a dos neurônios bipolares, há uma região com as sinapses entre esses dois tipos de células, denominada camada sináptica externa ou plexiforme externa. Por outro lado, a camada sináptica interna ou plexiforme interna é o local de sinapses entre as células bipolares e ganglionares. É importante ressaltar que os raios luminosos atravessam as células ganglionares e as bipolares para alcançar os elementos fotossensíveis.

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O cristalino é formado fibras, uma cápsula anterior e uma posterior. Na região subcapsular é onde as células são encontradas. Opacificação do cristalino é chamada de catarata. Apresenta grande elasticidade e é constituído por três partes: ➔ Fibras do cristalino: são elementos prismáticos finos e longos. Trata-se de células altamente diferenciadas, derivadas das células originais do cristalino embrionário. As células acabam perdendo seus núcleos e alongam-se consideravelmente, podendo alcançar as dimensões de 8 mm de comprimento por 10 μm de espessura. O citoplasma tem poucas organelas e cora-se fracamente. As fibras do cristalino são unidas por desmossomos e geralmente se orientam em direção paralela à superfície do cristalino ➔ Cápsula do cristalino: apresenta-se como um revestimento acelular homogêneo, hialino e mais espesso na face anterior do cristalino. É uma formação muito elástica, constituída principalmente por colágeno tipo IV e glicoproteínas. ➔ Epitélio subcapsular: é formado por uma camada única de células epiteliais cubóides, encontradas apenas na porção anterior do cristalino. É a partir desse epitélio que se originam as fibras responsáveis pelo aumento gradual do cristalino durante o processo de crescimento do globo ocular. O corpo vítreo é formado por um gel (99% água, 1% ácido hialurônico), ocupa a cavidade do olho situada atrás do cristalino. As pálpebras possuem glândulas de Meibomius (glândulas sebáceas). O terçol é inflamação das glândulas de Moll. A conjuntiva ocular é uma membrana mucosa que reveste a parte anterior da esclerótica e a superfície interna das pálpebras. As glândulas lacrimais localizadas na borda súperoexterna da órbita, são glândulas serosas do tipo tubuloalveolar composto. Desembocam por meio de 8 a 10 canais no fundo de saco superior, formado pela confluência da conjuntiva que reveste o olho com a conjuntiva que cobre internamente a pálpebra. As glândulas lacrimais são constituídas por células serosas, que contêm no seu ápice grânulos de secreção que se coram fracamente. Sua porção secretora é envolvida por células mioepiteliais, que produzem uma secreção salina com a mesma concentração de cloreto de sódio que a do sangue. É um fluido pobre em proteínas e contém uma única enzima, a lisozima, que digere a cápsula de certas bactérias.

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