13- Histologia da pele fina PDF

Title 13- Histologia da pele fina
Author pedro silva
Course Histologia
Institution Universidade Positivo
Pages 4
File Size 63.5 KB
File Type PDF
Total Downloads 69
Total Views 167

Summary

Download 13- Histologia da pele fina PDF


Description

PELE FINA IDENTIFICANDO A PELE FINA E A PELE GROSSA A pele tem algumas características que nos permitem diferenciá-la de, por exemplo, um tecido de revestimento do esôfago. Observaremos na pele três camadas: epiderme, derme e hipoderme (desconsiderada por alguns autores; presença predominante de tecido adiposo). Não sendo isso possível, teremos um segundo critério: a presença de queratina na região apical. Mas a queratina também está presente do tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado do esôfago. Então, o terceiro e mais evidente critério é a observação de anexos como glândulas sebáceas e sudoríparas e folículos pilosos. A partir daí, temos um segundo objetivo: diferenciar as peles fina e grossa. Na pele grossa, não se observa nenhum tipo de anexo da epiderme que não seja glândula sudorípara. A pele fina, por outro, lado, apresenta todos os tipos de anexos da epiderme: glândulas sebáceas e sudoríparas, folículos pilosos, pelos, músculos eretores dos pelos e unhas. Além disso, a pele fina, se comparada à grossa, possui uma quantidade muito menor de queratina, quantidade maior de melanina (exposição ao UV). EPIDERME A epiderme é constituída por tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado. Invaginações desse tecido formam o que chamamos de papilas dérmicas, o que caracteriza o tecido como resistente a pressões, tensões e estresses mecânicos. A epiderme é rica em terminações nervosas livres. Indistintamente na pele grossa ou na pele fina, teremos uma epiderme constituída por camadas ou estratos com diferentes tipos celulares: Estrato basal ou germinativo É a camada mais profunda da epiderme, sustentada por uma lâmina basal, apoiada na derme, sob uma interface irregular. Suas células são cilíndricas baixas ou cúbicas altas, e ela terá como função a renovação tecidual. As células-tronco basais, então, sofrerão divisão celular e empurrarão as células imediatamente superiores, e assim sequencialmente. À medida que isto acontece, elas vão sofrendo processos de diferenciação celular. Estas células mais superiores, por sua vez, tornam-se cada vez mais achatadas, até que atingem as camadas mais apicais e entram em apoptose (morte celular programada). Corresponde a apenas uma camada de células cuboides mitoticamente ativas, apresentando citoplasma basófilo e um grande núcleo. Os melanócitos estão restritos a essa camada, e são identificáveis ao MO através da presença dos grânulos de melanina, em tom castanho, produzidos em seu interior. Essas células têm prolongamentos que conduzem os grânulos de melanina até as camadas intermediárias, transferindo-os aos queratinócitos; assim, são observáveis grãos de

melanina acumulados sobre os núcleos celulares, formando um capuz que realiza a proteção contra os raios UV. Nas camadas mais superiores, a melanina já não é observável com tanta clareza. Estrato espinhoso As células imediatamente acima da camada basal fazem parte do estrato espinhoso. Sob uma lente objetiva de 40x, teremos a impressão de existirem espaços entre as células. Focalizando em objetiva de imersão, veremos uma espécie de zíper- como riscos sequenciais- entre as células, e isso foi identificado com o nome de espinhos, daí o nome do estrato. Na realidade, essas impressões observadas são projeções emitidas pelas membranas plasmáticas das células, mantidos unidos firmemente por especializações de membrana plasmática denominados desmossomas . Os desmossomas, no entanto, não são visíveis ao MO . Desmossomos são constituídos por placas de proteínas citoplasmáticas e proteínas transmembrana. Em outras palavras, um acúmulo maior de proteínas resulta em uma coloração mais acentuada, fornecendo esse aspecto espinhoso às células do estrato. As células do estrato espinhoso terão, também, zônulas de oclusão. Observa-se uma alta alinearidade desse estrato; devido à formação das papilas dérmicas, teremos regiões com uma, duas, até três camadas celulares espinhosas; outras regiões, com até 8 a 10 camadas. É aqui que encontramos as células denominadas queratinócitos contendo os grânulos de melanina sobre os núcleos celulares. Estrato granuloso Nas camadas superficiais, encontramos também queratinócitos, contendo, agora, pequenos grânulos arroxeados- os grânulos de queratina. Essas células são empurradas para camadas mais superiores e, à medida que isso acontece, ela sofre diferenciação celular, adquirindo a capacidade de aumentar a síntese de queratina. Quanto mais próximas à camada córnea, maior será a capacidade de produzir queratina, e mais achatadas essas células serão. Assim, as duas ou três camadas de células mais superficiais determinam o estrato granuloso, tamanha a concentração desses grânulos em seu interior. A pele fina, de modo geral, tem pouca queratina; a pele grossa tem mais. Estrato lúcido O estrato lúcido não é visível ao MO, é uma linha acima da camada granulosa, constituída por células achatadas cujo citoplasma apresenta-se hialino- uma tonalidade que a eosina adquire quando ocorre a precipitação de proteínas. Devido à presença de enorme quantidade de grânulos de queratina e a ausência de núcleo, as células dessa camada são visíveis apenas ao ME.

Estrato córneo O estrato córneo é uma camada constituída por queratinócitos mortos e uma grande quantidade de filamentos de queratina que, na realidade, são constituintes de filamentos intermediários do citoesqueleto. É uma camada muito espessa. DERME Na derme estão presentes todas as estruturas sensoriais presentes na pele, vasos sanguíneos e linfáticos. Ela contém várias estruturas sensoriais especializadas; são células epiteliais que sofrem diferenciação, se associam a terminais nervosos e criam, então, estruturas sensoriais. São visíveis, entre outras técnicas, pela impregnação argêntica. A derme é subdividida em duas regiões: Derme papilar É a camada superficial, irregular onde ela se interdigita com a epiderme, formando as papilas dérmicas. A derme papilar se encontra, portanto, entre elas. É constituída por um tecido conjuntivo propriamente dito frouxo. Derme reticular A interface entre as camadas de derme papilar e reticular não é observável; são contínuas; entretanto, esta é composta por tecido conjuntivo propriamente dito denso não modelado. ANEXOS DA EPIDERME Folículos pilosos Quando observamos um pelo, nota-se que ele está em todas as direções, mas, de maneira geral, ele é oblíquo. Cortes transversais em estruturas oblíquas praticamente nunca permitem sua observação íntegra. Procuramos, no MO, um local em que a epiderme promove uma invaginação acentuada. Com alguma sorte, encontram-se algumas íntegras. Isso corresponde ao folículo piloso. Na derme, encontra-se a região mais profunda do folículo, a papila dermal, o local onde ocorre a formação do pelo. Glândulas sebáceas e sudoríparas As glândulas sebáceas e sudoríparas são exócrinas e, portanto, terão túbulos. A glândula sudorípara é tubular enovelada, ou seja, um tubo extremamente fino, que se abre na superfície apical da pele, e será profunda até a região da derme. Nesta, o tubo se enrola e adquire caráter enovelado. Então, ao MO, essa estrutura será mais ou menos circular, com o epitélio de revestimento, e uma luz relativamente grande.

A glândula sebácea é exócrina, ramificada acinosa ou alveolar. Ela terá, então, alvéolos que serão constituídos por células que possuem como característica armazenar grande quantidade de gordura- e esta nunca se cora. Assim, terá uma tonalidade muito esbranquiçada. Essa célula promove lise, ou seja, apoptose celular, e libera seu conteúdo na luz do ducto da glândula. O ducto da glândula sebácea não alcança a superfície diretamente, mas desemboca sempre num folículo piloso....


Similar Free PDFs