Histologia DO Globo Ocular PDF

Title Histologia DO Globo Ocular
Author Pedro Heitor
Course Histologia II
Institution Pontificia Universidade Católica do Paraná
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HISTOLOGIA DO GLOBO OCULAR 1) Identificar as estruturas do globo ocular 2) Colorações alternativas O globo ocular divide-se anatomicamente em: Câmara anterior: entre a córnea e a superfície anterior da íris Câmara posterior: da superfície posterior da íris até o cristalino Câmara vítrea: posterior ao cristalino. A córnea oferece proteção às estruturas mais internas. A íris delimita a dilatação da pupila através de sua abertura ou fechamento, e é constituída por um epitélio que dá a coloração do olho. A coroide contém vasos sanguíneos, melanócitos e fibroblastos e envolve externamente a retina. A ora serrata marca o ponto de transição entre a retina cega e a retina fotossensiva. A papila do nervo óptico é também um ponto cego. A bainha externa do nervo óptico é contínua com a esclera. O tecido adiposo periorbital contém, além dos adipócitos, vascularização e TCPD e preenche a cavidade orbital. Abaixo dele haverá musculatura estriada esquelética que se liga ao globo ocular. A mácula lútea é a região que enxergamos de fato. Contém a fóvea, região de acuidade visual. O olho também pode ser classificado quanto aos revestimentos existentes no globo ocular:   

Túnica externa: é fibrosa. Constitui-se da esclera e córnea. Essa estrutura é formada por fibras colágenas. Mantém a coesão das estruturas. A córnea permite a passagem de luz por ser transparente e protege o olho. Túnica média: é vascular. Constitui-se da úvea, formada pela coróide, corpo ciliar e íris. Túnica interna: é neural. Constitui-se da retina, onde há vários neurônios diferentes.

HISTOLOGIA DA CÓRNEA A córnea é fina, transparente, avascular e com espessura de 1 mm. 1) Epitélio da córnea: estratificado pavimentoso com microvilos (há um estresse mecânico constante no olho, de forma que esse epitélio estratificado atue como mecanismo de proteção) 2) Camada de Bowman: lâmina fibrilar – colágeno tipo I (como se fosse uma lamina basal para esse tecido epitelial. Não visível na lâmina. 3) Estroma: parte mais espessa da córnea. Aparecem proteoglicanos, colágeno tipo I e V organizados formando uma treliça resistente. Contém fibroblastos. Tem a função de sustentar as camadas superiores. 4) Membrana de Descemet: membrana basal. Localizada abaixo do estroma. Também não visível na lâmina. 5) Endotélio da córnea: no extremo oposto do epitélio. Voltado para a câmara anterior. Epitélio simples pavimentoso a cúbico.

HISTOLOGIA DA RETINA

A retina segue desde o corpo ciliar até o nervo óptico, mas nem em toda a extensão ela é sensorial. A parte cega segue do corpo ciliar à ora serrata. Da ora serrata ao nervo óptico a retina possui mais camadas e é chamada de retina neural (fotossensiva). Constitui-se por diversos tipos de neurônios (cones, bastonetes, bipolares...) 1) Epitélio pigmentar: cuboides à colunares dispostas lado a lado 2) Camada de cones e bastonetes: apenas citoplasma dos cones e bastonetes 3) Membrana limitante externa: zona de adesão com claudinas e ocludinas entre Müller e células fotorreceptoras (cones e bastonetes) 4) Camada nuclear externa: núcleos de cones e bastonetes o Os cones e bastonetes ocupam 3 camadas da retina 5) Camada plexiforme externa: sinapses entre células fotorreceptoras (cones e bastonetes), células bipolares e horizontais da camada acima. o Os cones e bastonetes tem o intuito de fazer sinapses com as células bipolares. As células horizontais modulam o sinal para facilitar a sinapse entre essas células. As amácrinas auxiliam e modulam o sinal da sinapse das células horizontais e ganglionares (que estão na camada axima). 6) Camada nuclear interna: núcleos de células bipolares, horizontais, amácrinas e de Müller 7) Camada plexiforme interna: prolongamentos de células amácrinas, bipolares e ganglionares 8) Camada de células ganglionares: neurônios multipolares – axônios dirigidos para o cérebro – ativadas pelos cones e bastonetes. Núcleos grandes. 9) Camada de fibras do nervo óptico: axônios amielínicos das células ganglionares 10)Membrana limitante interna: lamina basal das células de Müller. O impulso elétrico segue de baixo para cima. A camada mais superficial da retina contem os prolongamentos que

darão origem ao nervo óptico. Células de Müller: “célula tronco” HISTOLOGIA DOS NERVOS PERIFÉRICOS Os nervos periféricos são constituídos por axônios e células de schwann, “encapados” por tecido conjuntivo:   

Epineuro: delimita todo o nervo. TCPD DENSO NÃO MODELADO, contendo fibras colágenas e elásticas. Perineuro: delimita fascículos de axônios. Formado por TCPD DENSO NÃO MODELADO. Contém células perineurais (deriva dos fibroblastos) Endoneuro: delimita cada axônio

COLORAÇÃO DE ROTINA Colorações com corantes mais habituais. As colorações de rotina revelam apenas a estrutura do tecido, identificando formato do núcleo, da célula, tecido epitelial ou conjuntivo. Não permite identificar substancias e produtos de secreção das células.

HE: diferenciar núcleo de citoplasma. Não marca nada em especial e não se faz discriminação de estruturas especiais. Barato.  

Hematoxilia: roxo – núcleos (basófilo) Eosina: rosa – citoplasma e material extracelular (acidófilo)

COLORAÇÃO ALTERNATIVA Colorações com corantes não habituais. Releva, além da estrutura celular, moléculas do tecido. Permite identificar produtos de secreção. A HISTOQUÍMICA é inserida nessas colorações alternativas. É uma técnica que permite identificar substancias e produtos de secreção presentes no citoplasma ou no meio extracelular. Com HE não se tem noção da quantidade de conjuntivo no nervo. Com o TRICRÔMICO DE MASSON, colora-se o conjuntivo em azul (sendo bem melhor visualizado) e citoplasma e núcleos em roxo/rosa (evidencia túnica media e endotélio das artérias, feixes de axônios). 

EX: Lâmina de pele – tecido conjuntivo fica melhor evidenciado.

Luxol Fast Blue (LFB) é utilizado para corar em azul lipídeos. A contra-coloração de cresil de violeta cora em violeta citoplasma e núcleos.  H-E não cora substancia branca (bainha de mielina). O Luxol Fast Blue cora bainha de mielina especificamente, de forma que a subst. Branca fica azul e a cinzenta rosa claro. Impregnação com metais é a melhor forma para se visualizar os neurônios. Ácido Periódico de Shiff (PAS) – cora glicoproteínas e polissacarídeos rosa. Evidencia glicoproteínas e proteoglicanos. Muco de intestino delgado e traqueia contém glicoproteínas. Ele promove oxidação dos resíduos de glicose, gerando grupos aldeídicos. O reativo de Schiff irá reagir com esses grupos aldeídicos. Células caliciformes, componentes da MEC ficam bem corados. Pode ser utilizado em neoplasias, glicogenoses (ausência ou deficiência) e doença de Whipple (doença infecciosa bacteriana) O AZAM MODIFICADO -> Basófilas ficam púrpura; acidófilas ficam alaranjadas e cromófobas ficam azul claro. GRIMELIUS (ADAPTADA), as células parafoliculares ficam coradas em marrom, melhorando sua visualização. Coloração de golgi = método de coloração por impregnação por prata (sais de prata), também chamado de coloração argêntica. Evidenciam regiões de neurópilo, corando os prolongamentos citoplasmáticos. Coram de forma inespecífica todas as células do SN (corpo celular, prolongamentos, células da glia, vasos sanguíneos). Sudan II, IV e Sudan Black B: “Vermelho do Sudão”. Utilizado para detectar lipídios, como TG, lipoproteínas. A técnica do congelamento pode substituir a parafina. Essa técnica é mais rápida e pode ser feita no momento de uma cirurgia, por exemplo (retirada de linfonodos, que serão analisados por essa técnica e já pode saber se será necessária a retirada do órgão). Esse corante é pouco solúvel em álcool, sendo transferido da solução alcoolica para os lipídios. O Sudan IV cora lipídios em vermelho. O Sudan Black cora lipídios em vermelho. Eles são ditos não específicos, já que coram todos os lipídios (não caracterizam o lipídio). Marcação positiva intensa pode ser indicio de acumulo de lipídios (ex: análise de doenças intestinais). Nos casos de medula óssea, o Sudan Black pode marcar células precursoras da medula óssea. 

Tricromico de masson e sudan utilizados juntos podem provocar confusão entre essas estruturas.

Reação de Feugen: cora o DNA da célula. Formação de grupos aldeidicos na desoxirribose devido a hidrolise do acido clorídrico, os quais serão interagidos com o corante. O núcleo fica ROSA INTENSO -> Reativo de Schiff (rosa intenso). É utilizado para quantificação de DNA em neoplasias (ex: carcinoma de ovário) -> essa coloração permite análise melhor das alterações nucleares do que a hematoxilina, que coraria o núcleo em roxo muito forte.

Azul da Prússia: relacionado ao diagnóstico de hemocromatoses, que são comuns e são problemas devido ao acumulo de ferro nos tecidos, que leva a uma toxicidade. Ocorre interação do corante com a hemossiderina (ferro). Cora em azul o ferro depositado. Epidídimo: Tricrômico de Masson – delimitar TCPD em azul, músculo em vermelho e epitélio em tom cereja (diferente do tom do músculo); PAS – corar glicoproteínas; Coloração argêntica por nitrato de prata –CG, RE e vesículas em amarelo-preto (devido a sua grande quantidade de glicoproteínas produzidas) + hematoxilina alumínica de Harris (cora núcleo em roxo). Nervo periférico: Tricrômico de Masson – delimita a cápsula que envolve o nervo em azul; LFB; coloração de golgi. Retina: Coloração de Golgi – corar prolongamentos citoplasmáticos em marrom-preto; Tricrômico de Masson – TCPD em azul; LFB – lipídios em azul IMUNOHISTOQUÍMICA Processo de localizar antígenos em células de uma amostra explorando o principio de ligação especifica de anticorpos e antígenos no tecido. Utiliza anticorpos monoclonais e policlonais de alta especificidade para a detecção de antígenos. Pode-se visualizar a célula como um todo, proteinas de membrana, proteinas citoplasmáticas, proteinas fabricadas pela célula e secretadas para os tecidos. O que muda entre os colágenos é a quantidade de cadeias alfa e o tipo de cadeia. Com a imunohistoquimica pode-se chegar a esse tipo de detalhamento. Em câncer é o principal método de coloração – auxilia a identificar a origem das células neoplásicas de forma a mapear o câncer. Se souber a origem podemos prever qual órgão ele irá atacar. Pode-se detectar, também, tipos de linfomas (de célula B ou T), e analisar leucemias. Pode-se identificar produtos sintetizados pelas células neoplásicas, especialmente por tumores endócrinos -> detecção de estrogeno e progesterona e fatores de angiogênese tumoral e de proliferação celular. O que faz essa técnica muito especifica é a grande quantidade de anticorpos disponíveis e pode ser utilizado em parafina, congelamento e esfregaços sanguíneos. Antígeno = proteína a ser detectada, buscada (ex: receptores) e é capaz de causar resposta imunológica. Anticorpo = molécula produzida pelos linfócitos B em resposta a uma molécula estranha (antígeno). É altamente específico ao seu antigeno. Epítopo = região especifica de um antígeno que se liga ao anticorpo. GH é uma glicoproteína e funciona como antígeno. Será secretado pelas células somatotróficas da hipófise -> quando a reação por imunohistoquímica for positiva, a lâmina irá se apresentar manchada. O Método indireto é o mais utilizado. O anticorpo primário, que se liga ao antígeno, funciona como antígeno para o anticorpo secundário. É um método mais sensível, pois o anticorpo primário pode se ligar a vários anticorpos secundários de maneira a amplificar a sua coloração e visualização tornar-se mais fácil. Diabetes tipo I: doença auto-imune que provoca destruição das células beta pancreáticas por apoptose. Macrófagos induzem a célula beta a expressar Faz de forma que o linfócito T possa atacar essa célula. Se a imunohistoquimica for positiva para marcação em linfócito T, Faz e macrófagos há a confirmação da diabetes....


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