AV histologia do testículo PDF

Title AV histologia do testículo
Author vitor silva
Course Histologia
Institution Universidade Positivo
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HISTOLOGIA DO TESTÍCULO I NT RODUÇÃO O sistema reprodutor masculino é formado por: 1. 2.

Testículos: onde acontece a espermatogênese. -> é o alvo de estudo na histologia Epidídimo: ducto único muito enovelado, onde há a maturação e o armazenamento dos espermatozoides. Os

3.

Ductos genitais: constituído pelo canal/ ducto deferente que continua após as glândulas seminais como ducto ejaculatório e se abre na uretra. O canal eferente transporta espermatozoides. A partir do ducto ejaculatório há liquido seminal e

espermatozoides que estão na cauda do epidídimo é que são os mais rápidos e ágeis.

espermatozoides, constituindo o sêmen. A uretra pode ser subdividida em três partes: prostática {onde há eliminação da secreção da próstata}, esponjosa e peniana. A uretra então vai transportar sêmen constituído por espermatozoides, liquido seminal e liquido prostático. 4.

5.

Glândulas anexas: a. Vesícula/ glândula seminal: secreção energética para os espermatozoides. b.

Próstata: localizada abaixo da bexiga, sua secreção é alcalina e neutraliza a acidez da urina.

c.

Glândula bulbouretral: secretam um fluido viscoso, transparente, que é secretado na uretra antes da ejaculação para limpar e lubrificar a uretra. Essa secreção não faz parte do sêmen

Bolsa escrotal: é uma dobra cutânea que aloja tanto os testículos como o epidídimo, que mantem os testículos em temperatura ao redor de 35°C. Ela se forma pela estimulação do gene SRY que faz diferenciação dos tecidos que estão na cavidade pélvica. A descida dos testículos ocorre no final do processo gestacional, por volta da 25/26ª semana pós fertilização.

6.

Pênis: transporta urina e lança o sêmen no trato reprodutor feminino.

CAR ACT E R Í S T I CAS HI S T O FI S I O L Ó GI C AS DO T ES TÍ C UL O Os testículos são constituídos por vários túbulos enovelados chamados túbulos seminíferos. Estes são separados em lóbulos por septos de tecido conjuntivo a partir da túnica albuginea. As duas faces da túnica albugínia são recobertas pela túnica vaginal/ vaginalis, que estão em continuidade com o mesentério. A tunica vaginalis é constituída por camadas finas de tecido conjuntivo frouxo e uma camada de tecido epitelial de revestimento pavimentoso simples {mesotélio}. Entre as camadas visceral e parietal da túnica vaginalis está a tunica albugínea, que emite septos em direção ao interior do testículo subdividindo-o em lóbulos. Na face posterior, a túnica vaginalis é um pouco mais espessa. Na convergência dos túbulos seminíferos para os canais eferentes e desses para o epidídimo, a túnica albugínea e vaginalis são descontínuas. Entre um túbulo seminífero e outro há um espaço intersticial preenchido por tecido conjuntivo frouxo {líquido intersticial} com muitos leitos capilares {muito vascularizada} e células intersticiais/ de Leydig {responsáveis pela síntese de testosterona}. T E CI DO I NT E R S T I C I AL É um tecido conjuntivo frouxo de revestimento, localizado entre os túbulos seminíferos, onde há grande quantidade de leitos capilares {vasos sanguíneos}. Entre as células desse tecido conjuntivo frouxo ha células intersticiais/ de Leydig, que são responsáveis por possuir receptores citoplasmáticos de LH e, quando estimuladas, secretam testosterona. Assim, é classificada como uma glândula unicelular endócrina.

Amanda Küster Roderjan |MEDICINA UP 2016 | 4º Bimestre

TÚBULO S EM INÍFER O O túbulo seminífero é envolvido pela túnica própria do túbulo seminífero, constituída por membrana basal e células mioides peritubulares {fibroblastos modificados, com aumento dos filamentos de actina e miosina, semelhante à célula muscular, que auxiliam o movimento da base para a luz do túbulo seminífero durante o processo de espermatogênese}. O epitélio seminífero reveste o túbulo e é constituído por células de Sertoli e células da linhagem espermatogênica {espermatogônias, espermatócito I, espermatócito II, espermátide e espermatozoides}. O epitélio de revestimento de indivíduos pré púberes encontraremos apenas as células de Sertoli e espermatogônias. 1.

Célula de Sertoli: são células cilíndricas, assentadas sobre a lâmina basal por hemidesmossomas, seu comprimento se estende até a região luminal do túbulo seminífero. Será reconhecida pelo seu núcleo: ovalado, próximo à lamina basal, com muita eucromatina {eosinofílico = rosa}, nucléolo central e evidente. Além disso, terá vários prolongamentos e invaginações irregulares laterais que abrigam as células da linhagem espermatogênica. Na região de membrana lateral próximo à base, as células de Sertoli mantém junções de oclusão entre uma e outra célula {característica apical de células absortivas}. *Qual o objetivo dessas zonas de oclusão? A função é vedar o espaço para que não passe do interstício para o lúmen. A partir do momento em que acontece a primeira etapa da meiose I, o espermatócito que entra na prófase I passa para outro compartimento acima da zônula de oclusão para que proteínas, imunoglobulinas e células de defesa não atravessem essa região e não reconheçam essas células como estranhas. Se houver uma batida muito forte, pode haver rompimento da barreira hematocelular, gerando infertilidade. Estudos mostram que a célula de Sertoli tem receptor tanto para FSH como para a testosterona. O FSH estimula o processo de espermatogênese. A testosterona alterna a manutenção e degradação das junções tipo hemidesmossoma entre os espermatócitos e as células de Sertoli, promovendo, assim, a passagem do espermatócito por entra as células. Na lamina, poderemos ver espermatogonias, espermatócitos primários, espermátides e espermatozoides. Como a produção de espermatozoide é diária, sempre iremos encontrar todas as fases. As células de sertoli possuem várias funções, dentre elas: a. Responsável pela barreira hemato testicular: evita que substancias e células de defesa entrem em contato com os espermatócitos I, uma vez que são células diferentes geneticamente das células do indivíduo. b.

Responsável pela síntese e secreção do hormônio anti-mulleriano: na vida intrauterina esse hormônio que leva a regressão dos canais de Muller {canal de Muller= responsável por formar as tubas uterinas e o útero}.

c.

Fagocitose: fagocita os restos celulares da espermiogênese {diferenciação celular}.

d.

Suporte físico e nutricional para as células da linhagem germinativa: autores escrevem que, inclusive, tem junções GAP entre células de Sertoli e da linhagem germinativa.

e.

Secretam ADP: é uma proteína de ligação andrógena responsável por concentrar testosterona nos testículos, que chega a ser 200x maior do que a concentração no sangue. A alta concentração é necessária para que haja a espermatogênese.

f.

Síntese e secreção de inibina e ativina: a inibina inibe a secreção de FSH enquanto a ativina tem função de

g.

estimular a secreção de FSH pela adenohipófise. Sintetiza e secreta transferrina: transporta ferro para a formação das mitocôndrias e dos citocromos dos espermatozoides

2.

Células espermatogênicas: na espermatogênese a citocinese é incompleta = a divisão do citoplasma não é completa. Assim, os espermatócitos II se mantêm ligados através de pontes citoplasmáticas até que haja espermiogenese. Qual a vantagem? Sincronização do processo e obtenção de nutrientes . Outra característica da meiose na espermatogênese: as células filhas formadas não se separam, pois a citocinese é incompleta. Em um espermograma normal, existe cerca de 20 a 40 milhões de espermatozoides ativos por ml de sêmen. Um homem é considerado infértil quanto possui valor de espermatozoides inferior a 15 milhões. Devido a esse alto valor, a espermatogênese ocorre diariamente. Nos homens, o ciclo ocorre de Deslocamento para o compartimento adluminal

forma espiral, ou seja, existem células da linhagem espermatogenicas em diversas etapas da divisão e diferenciação celular. Esse processo leva cerca de 72 dias desde a espermatogonia até o final da espermatogênese e espermiação. Os espermatozoides produzidos são acumulados no epidídimo para o momento da ejaculação. A tendência é que os espermatozoides que estejam na cauda do epidídimo tenham mais agilidade e sejam mais viáveis para a fertilização.

Amanda Küster Roderjan |MEDICINA UP 2016 | 4º Bimestre

Em todos os mamíferos as espermatogônias são divididas em espermatogônias A e B. Nos humanos, as espermatogônias A são subdivididas em claras e escuras. a.

Espermatogônia A: permanecem no testículo como células tronco de células germinativas, são ativas mitoticamente para aumentar em número e manter a população de espermatogonias nos testículos. Permite que os homens sejam férteis até o final da vida. Como tudo na vida cai , os níveis de testosterona abaixam gradualmente e o número de espermatozoides vai diminuindo com a idade. Dessa forma, ao entrar na puberdade é quando o homem produz mais espermatozoides, pois tem mais testosterona. Alguma dessas espermatogônias da linhagem A, por mitose e por influencia hormonal, fazem uma divisão mitótica que chamamos de assimétrica, dando origem a duas células que têm destinos diferentes. Uma delas permanece como espermatogonia A e continua se dividindo por mitose. Outra célula inicia o processo de diferenciação e

b.

passa a ser espermatogonia do tipo B. Espermatogônia B: se divide por mitose para aumentar o número da população, diferenciam-se {fase S} em espermatócito I, interrompem a mitose e iniciam a meiose para a redução da carga cromossômica. A partir daí, seguem na divisão meiótica e sofrem diferenciação.

No processo de diferenciação celular da espermátide para o espermatozoide, ocorrem algumas modificações: núcleo diminui em tamanho, cromatina fica mais condensada, núcleo alonga, boa parte do citoplasma é eliminado por extrusão {células de Sertoli fagocitam esses restos}, complexo de Golgi migra para a face anterior, se modifica e forma o acrossoma {responsável pela penetração do espermatozoide na corona radiata}, mitocôndrias migram para a face posterior para formar a peça intermediária onde geram ATP e os centríolos migram para parte posterior para formar o flagelo. Espermatogônias {A e B} 2n 2C

Espermatócitos l 2n 4C

Meiose l

Espermatócitos ll 1n 2C

Meiose ll

Espermátides 1n 1C

Diferenciação celular

Espermatozoide 1n 1C

Esse processo de formação dos espermatozoides acontece por dois mecanismos: divisão celular reducional {meiose}, diferenciação celular {espermatogênese}. Além disso, há a espermiogenese, que é a eliminação dos espermatozoides. Espermatogênese é composta por duas etapas: 1.

Meiose: espermatogônia {2n e 2C}, espermatócito l {2n e 4C}, espermatócito ll {1n e 2C} e espermátide {1n e 1C}. É dividida em meiose l e ll. a. Meiose l: reducional, recombinação gênica na prófase {troca de genes alelos}. “transforma” espermatócito l b.

2.

em espermatócito ll. Meiose ll: equacional, separa as cromátides. “Transforma” os espermatócitos ll em espermátides.

Espermiogênese/ diferenciação celular: da espermátide até espermatozoide {ambos com 1n e 1C}.

C O M O I DE N TI FI C AR N O M I CR OS CÓ PI O: Análise do núcleo, da cromatina e da posição da célula: Célula de sertoli: núcleo ovalado, rico em eucromatina {poucocondensada}, coloração mais clara, nucléolo evidente e central. Espermatogônia: núcleo não apresenta diferenciação entre eu e heterocromatina, núcleo com coloração homogênea próximo à membrana basal. Espermatócitos l: cromatina condensada para iniciar a divisão celular. É muito evidente. Espermatócito ll não é visto, pois é uma fase muito efêmera. Espermátide: núcleo redondo Espermatozoide: núcleo semelhante a uma agulha.

muito

pequeno,

alongado,

Amanda Küster Roderjan |MEDICINA UP 2016 | 4º Bimestre

Amanda Küster Roderjan |MEDICINA UP 2016 | 4º Bimestre...


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