Title | Histologia do sistema genital feminino |
---|---|
Course | Morfofuncional 2 |
Institution | Universidade de Brasília |
Pages | 9 |
File Size | 594.7 KB |
File Type | |
Total Downloads | 63 |
Total Views | 135 |
Download Histologia do sistema genital feminino PDF
Histologia do sistema genital feminino Introdução
O aparelho reprodutor feminino é composto por 2 ovários, 2 tubas uterinas, o útero, a vagina e a genitália externa A função é de produzir gametas femininos (ovócitos), produzir hormônios e manter um ovócito fertilizado O sistema reprodutor feminino sofre involução no período de pós-menopausa A mama não compõe o sistema reprodutor feminino, mas está diretamente ligada ao seu estado funcional
Ovários
Superfície coberta pelo epitélio germinativo, um epitélio cúbico simples ou pavimentoso Esse epitélio ainda é coberto por uma camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea, responsável pela cor esbranquiçada do ovário
Abaixo dessa túnica albugínea está a região cortical, onde predominam os folículos ovarianos o Folículo = ovócito e células que o envolvem
o O folículo está no estroma (tecido conjuntivo rico em fibroblastos formando redemoinhos) da região cortical A parte mais interna é a região medular, contendo conjuntivo frouxo e vasos
Desenvolvimento inicial dos ovários
No final do 1 mês do embrião, células germinativas primordiais migram do saco vitelino até os primórdios gonadais. Lá essas células se dividem e se transformam nas ovogônias A divisão dessas células primordiais é muito intensa No 5 mês já há cerca de 7 milhões de ovogônias A partir do 3 mês as ovogônias começam a entrar em prófase I, mas não avançam e ficam estacionadas na fase de diplóteno. Essas células são os ovócitos primários, que são envolvidos por uma camada de células achatadas chamadas de células foliculares Antes do 7 mês todas ovogônias viraram ovócitos primários Muitos ovócitos primários sofrem atresia (degeneração) o Devido à atresia, na puberdade o número de ovócitos está reduzido para 300mil o A atresia continua ao longo da vida o Como somente 1 ovócito é liberado a cada ciclo menstrual de 28 dias e a vida reprodutiva da mulher é de 30 a 40 anos, somente 450 ovócitos serão liberados. Todos os outros se degeneram
Folículos primordiais
O folículo é um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares A maioria são folículos primordiais o Localizados na região cortical o Formados na vida fetal o Envolvidos por 1 camada de células foliculares achatadas o Ovócito com núcleo esférico e nucléolo evidente o As organelas tendem a se acumular em volta do núcleo
Uma lâmina basal envolve os folículos, separando-os do estroma
Crescimento folicular
A partir da puberdade, grupos de folículos primordiais começam a sofrer modificações o Mudanças no ovócito, nas células foliculares e nos fibroblastos do estroma que envolve o folículo O crescimento folicular é estimulado por FSH O crescimento total, desde folículo primordial até o pré-ovulatório, dura 90 dias na mulher Folículos primários o Na primeira fase do crescimento folicular o ovócito aumenta muito de tamanho o O núcleo aumenta o Aumenta o número de mitocôndrias o Organelas se distribuem melhor pelo citoplasma o As células foliculares aumentam de volume, se dividem por mitose e formam uma única camada de células cuboides o Nesse momento, temos o folículo primário unilaminar
o As células foliculares continuam a mitose e formam um epitélio estratificado: a camada granulosa o Nesse momento temos o folículo primário multilaminar ou folículo pré-antral Nele será secretada uma espessa camada amorfa (cheia de glicoproteínas) que envolve todo o ovócito, chamada zona pelúcida Folículos secundários ou antrais o À medida que os folículos crescem, sobretudo pelo crescimento e multiplicação das células da camada granulosa, eles vão ocupando as porções mais profundas da camada cortical o Nesse momento, um líquido folicular começa a se acumular entre as células da camada granulosa, formando uma cavidade chamada de antro: temos o folículo secundário ou antral o Esse líquido contém componentes do plasma, glicosaminoglicanos, proteínas ligantes de esteroides e altas concentrações de progesterona, andrógeno e estrógeno o Durante essa reorganização para formar o antro, surgem Células que envolvem o ovócito: corona radiata Acompanha o ovócito quando ele sai do ovário Células que sustentam o ovócito: cumular oophorus
Tecas foliculares o O estroma também se modifica para formar as tecas foliculares Teca interna Células poliédricas de núcleos arredondados Células produtoras de esteroides Como suas células têm função endócrina, a teca interna é muito vascularizada Entre a teca interna e a camada granulosa há uma lamina basal Teca externa Células semelhantes à do estroma, com características de fibroblastos, mas se organizam de forma diferente: são concêntricas em volta do folículo
Folículos pré-ovulatório o Normalmente um folículo antral cresce mais que os outros e passa a ser o dominante, desenvolvendo-se mais o Em seu máximo de desenvolvimento é o folículo maduro, pré-ovulatório ou de Graaf Ele é tão grande que gera saliência no ovário o Com o aumento do líquido, a cavidade folicular aumenta de tamanho e empurra as células foliculares o Esses folículos maduros têm suas tecas muito espessas o Os outros folículos entram em atresia
Atresia folicular
Um processo de involução, no qual ovócitos e células foliculares são fagocitados Qualquer folículo em qualquer estágio pode sofrer atresia Esse processo está acontecendo quando identificamos o Células da granulosa com núcleos hipercorados e sem visualização de detalhes o Células da camada granulosa soltas no líquido folicular o Morte do ovócito, visualizada pela alteração de seu núcleo o Pregueamento da zona pelúcida Após atresia, fibroblastos ocupam a área do folículo e produzem uma cicatriz de colágeno A atresia ocorre a todo momento, mas é mais intensa o Logo após o nascimento, quando cessam os hormônios maternos o Na gravidez e na puberdade, momentos de intensas alterações hormonais
Ovulação
É a ruptura da parede do folículo maduro para liberação do ovócito com coroa radiada, o qual será captado pela tuba uterina Ocorre geralmente no meio do ciclo menstrual Podem existir ciclos anovulatórios O estímulo para a ovulação é o pico de LH, liberado pela hipófise em resposta aos altos níveis de estrógeno ao longo do crescimento folicular As células da camada granulosa produzem mais ácido hialurônico e se desprendem Com a degradação de colágeno da túnica albugínea e isquemia e morte de algumas células, partes da parede do folículo enfraquecem o Essa fraqueza, associada à contração de células musculares lisas em torno do folículo levam à ovulação o O ovócito e o primeiro corpúsculo polar saem envoltos pela zona pelúcida e pela coroa radiada, envoltos por um pouco de fluido folicular A meiose I se completa um pouco antes da ovulação o Apesar da divisão igual de cromossomos, uma das células fica com a maior parte do citoplasma (ovócito secundário), e a outra é o primeiro corpúsculo polar Imediatamente após expulsar o 1º corpúsculo polar, o ovócito secundário inicia a meiose II, que estaciona em metáfase até haver fertilização
Corpo lúteo
Após a ovulação, as células da camada granulosa e as células da teca interna se reorganizam e formam uma glândula endócrina temporária: o corpo lúteo A parte central do corpo lúteo é tecido conjuntivo rico em colágeno As células granulosas aumentam muito de tamanho, ocupando a maior parte do corpo lúteo e passam a ser chamadas de células granulosa-luteínicas As células teca-luteínicas são menores e tendem a se acumular nas pregas da parede do corpo lúteo Abundante rede vascular, antes restrita à teca interna A modificação que leva à formação do corpo lúteo é impulsionada pelo LH, o qual também estimula a secreção de progesterona e estrógenos Sob efeito do LH, o corpo lúteo produz progesterona e estrógeno por 10 a 12 dias
Se não houver nenhum estímulo adicional ele é degenerado, o que ocorre quando não há gravidez o A secreção decrescente de progesterona leva à menstruação / descamação do endométrio o Com essa degeneração do corpo lúteo, os níveis de esteroides no sangue caem e o FSH é liberado em grandes quantidades, induzindo o crescimento folicular e começando um novo ciclo o A área do corpo lúteo degenerado é invadida por fibroblastos que produzem uma cicatriz de tecido conjuntivo denso chamada de corpo albicans (o caráter branco é pela grande quantidade de colágeno) Em casos de gravidez, as células trofoblásticas sintetizam a gonadotropina coriônica humana (HCG), que continua estimulando o corpo lúteo a produzir progesterona, evitando a descamação do endométrio o A progesterona, além de manter a mucosa do útero, também estimula a secreção de glândulas uterinas, importante para nutrição do embrião antes de a placenta ficar funcional
Células intersticiais
São resquícios da teca interna de um folículo degenerado Presentes no estroma cortical São ativas secretoras de esteroides Estimuladas por LH
Tubas uterinas
Dois tubos musculares. Cada um com duas extremidades o Infundíbulo: abre-se na cavidade peritoneal e apresenta prolongamentos chamados de fímbrias o Intramural: abre-se no interior do útero A parede da tuba uterina é composta por o Mucosa Epitélio colunar simples com lamina própria de conjuntivo frouxo Epitélio com 2 tipos de células Células ciliadas, que batem em direção ao útero Células secretoras, produtoras de muco e secreções nutritivas para o ovócito II
Possui dobras longitudinais muito numerosas na ampola mas em menor número quanto mais se aproxima do útero
o Espessa camada de músculo liso Camada circular interna Camada longitudinal externa o Serosa formada de folheto visceral de peritônio O transporte é feito pela movimentação dos cílios e contração das células musculares
Útero
Tem a forma de uma pera Corpo do útero: porção dilatada, cuja parte superior é chamada de fundo do útero
A porção estreita que se abre na vagina é o cérvice ou colo do útero asd...