Intestino Grosso PDF

Title Intestino Grosso
Author Leticia Amarante
Course Anatomia Médica II
Institution Universidade de Itaúna
Pages 8
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Resumo Sobre o Intestino Grosso...


Description

Letícia de Moura Amarante

Intestino Grosso Introdução • • •



O intestino grosso, também chamado de colo, apresenta o calibre mais espesso que o intestino delgado, apesar de ter comprimento mais reduzido em relação a este. O intestino grosso possui cerca de 1,5/1,8 m de comprimento. As características diferenciais mais importantes do intestino grosso em relação ao intestino delgado é o fato dele possuir 3 estruturas que antes eram ausentes neste, são elas: ✓ Saculações do colo (haustros ou boceladuras): são dilatações sucessivas, características do intestino grosso. ✓ Tênias do colo: compreendem 3 faixas musculares longitudinais na parede do órgão, são elas:  Tênia livre  Tênia omental: recebe a implantação do omento maior.  Tênia mesocólica: recebe a implantação do mesocolo transverso. ✓ Apêndices adiposos do colo (apêndices omentais/epiploicos): são pequenas bolsas peritoneais preenchidas por tecido adiposo (gordura). Enquanto o intestino delgado, principalmente no jejuno e no ílio, fica situado na parte central da cavidade abdominal, o intestino grosso localiza-se perifericamente nessa cavidade, em torno do intestino delgado.

Letícia de Moura Amarante



Na sua localização periférica no abdômen, o intestino grosso é dividido em várias partes, são elas: ✓ Ceco: é a primeira parte do intestino grosso que fica situada na fossa ilíaca direita. O ceco é uma pequena parte do intestino grosso e recebe a desembocadura do ílio terminal e do apêndice vermiforme. ✓ Colo ascendente: é a parte do intestino grosso logo após o ceco, onde o material que está sendo absorvido ascende a parede do órgão do lado direito do abdômen. Portanto, esse segmento ocupa o flanco direito. Na sua terminação, o colo ascendente forma um ângulo para se transformar em colo transverso. Essa angulação que marca o limite entre os colos ascendente e transverso é denominada flexura direita ou hepática do colo (se relaciona com do fígado). ✓ Colo transverso: é a terceira parte do intestino grosso. Ele atravessa transversalmente o abdome para se tornar, à esquerda, colo descendente. Nesse ponto, onde o colo transverso se limita com o colo descendente, há uma angulação, assim como no lado direito, denominada flexura esquerda ou esplênica (se relaciona com o baço) do colo. O colo transverso, por ter uma posição transversal e comprimento variável, pode se situar no epigástrico, no mesogástrio ou, ainda (mais raro), no hipogástrio e na pelve. ✓ Colo descendente: é a porção do intestino grosso que desce sob o hipocôndrio esquerdo e região lombar ao longo da borda lateral do rim esquerdo. ✓ Colo sigmoide: porção do intestino grosso, após o colo transverso, que lembra a forma de um S deitado e fica localizada na fossa ilíaca esquerda. ✓ Reto: é a porção do intestino grosso situada após o colo sigmoide situada na pelve. ✓ Canal anal: é a ultima parte do intestino grosso, também situado na pelve, que termina em um orifício – o ânus.

Ceco •







A primeira parte do intestino grosso – o ceco – inicia-se em um fundo cego, de onde ascende, e termina no nível da desembocadura do íleo terminal. O ceco é intraperitoneal, portanto, é móvel, mas não apresenta mesos. Ao invés disso, esse segmento apresenta pregas cecais que o fixam à parede lateral ou póstero-lateral do abdome. Portanto, é possível identificar na parte posterior do ceco o recesso retrocecal. O ceco também recebe a desembocadura do apêndice vermiforme, assim, o interior do ceco apresenta o óstio apendicular – abertura do apêndice – e o óstio íleal – abertura do íleo terminal. A penetração o íleo terminal no ceco se faz levantando a mucosa da parede cecal, o que produz uma estrutura denominada papila ileal.

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O ceco e, consequentemente, o apêndice vermiforme ficam situados na fossa ilíaca esquerda.

Apêndice •









O apêndice vermiforme é um pequeno divertículo (intestino delgado em miniatura), totalmente intraperitoneal. Ele apresenta o mesoapêndice, no interior do qual correm os vasos apendiculares  artéria apendicular. A base do apêndice se implanta na confluência, isto é, na união das três tênias. Esse ponto, portanto, é um artifício útil para implantação do apêndice no ceco, uma vez que as três tenias confluem-se neste órgão. Da mesma maneira que o ceco pode ter posições variadas no interior do abdômem (posição mais constante  fossa ilíaca direita), o apêndice vermiforme também pode variar de acordo com a localização do ceco, sendo que a única região sempre constante é sua base implantada na confluência das tênias do colo. Assim, o apêndice pode ter uma posição retrocecal (posição mais comum), pélvica e ilíaca, por exemplo. Como o apêndice tem posições variadas, mas a sua base tem localização constante, pode-se determinar na parede abdominal a posição da base do apêndice, o que é feito da seguinte forma: ✓ Traça-se uma linha reta imaginária da espinha ilíaca ântero-superior até a cicatriz umbilical. ✓ Depois divide-se essa linha traçada em 3 partes ✓ Na união do terço lateral com o terço médio dessa linha, normalmente, situa-se o local de implantação do apêndice no ceco, ou seja, a base do apêndice vermiforme, o que é conhecido como ponto de Mcburney. O apêndice vermiforme é irrigado pela artéria apendicular, ramo da artéria iliocólica, que ocupa a margem livre do mesoapêndice ou próximo a ela.

Cólon Ascendente e Cólon Descendente •



Os cólons ascendente e descendente ficam situados respectivamente no flanco direito e no flanco esquerdo, e têm como característica comum o fato de serem retroperitoneais, não apresentando, assim, mesos. Os cólons ascendente e descendente apresentam várias diferenças, tais com: ✓ A localização do colo ascendente é do lado direito, enquanto a do descendente é do lado esquerdo. ✓ O colo ascendente é mais curto que o colo descente, na medida em que a flexura esquerda do colo descendente é mais alta do que a flexura direita do colo descendente, que é disposta mais em baixo devido à presença do fígado.

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✓ O calibre do colo ascendente tende a ser maior do que o colo descendente ( mais estreito) ✓ A vascularização do colo ascendente é feita por ramos da artéria mesentérica superior, enquanto a vascularização do colo descendente é feita por ramos da artéria mesentérica inferior. ✓ Do mesmo modo, a inervação autônoma dessas duas partes também é diferente, de modo que o parassimpático é levado até o colo ascendente através do nervo vago e chega ao colo descendente através dos nervos esplâncnicos pélvicos. A inervação simpática também apresenta diferenças, na medida em que não é o mesmo nervo esplâncnico que traz a inervação simpática para os colos ascendente e descendente.

Colo transverso •





O colo transverso é a porção mais longa parte do intestino grosso, de tal modo que sua alça pode chegar até ou próximo à pelve. O colo transverso é intraperitoneal e, dessa forma, apresenta um meso, o mesocolo transverso. Este é discretamente obliquo; sua raiz está implantada na margem inferior do pâncreas; e cruza a parte descendente do duodeno e o rim direito. Além do mesocolo transverso, que permite que o colo transverso seja uma estrutura muito móvel, o colo transverso também apresenta o omento maior (gastrocólico) que o liga à grande curvatura do estômago

Colo sigmoide •







O colo sigmoide é a última parte do intestino grosso situada no abdômen, uma vez que sua continuação – o reto – já se situa na pelve. O colo sigmoide é outra parte do intestino grosso que é totalmente intraperitoneal e, portanto, possui um meso – o mesocolo sigmoide. Posteriormente ao mesocolo sigmoide e ao colo sigmoide, ambos situados na fossa ilíaca esquerda, podemos observar um espaço razoavelmente profundo denominado recesso interssigmoideo. A transição do colo sigmoide para o reto é feita através de uma angulação, chamada junção retosigmoide, situada no nível da 3º vertebra sacral. Desse ponto em diante notase o desaparecimento das tênias do colo, de modo individualizado, e o desaparecimento também dos apêndices adiposos, de modo que o reto não apresenta mais essas características típicas do intestino grosso.

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Os apêndices adiposos ao nível do colo sigmoide, são mais longos e, por vezes, mais volumosos em relação às outras partes do intestino grosso.

Irrigação arterial do intestino grosso



A irrigação arterial do intestino grosso é realizada por duas grandes artérias – dois ramos viscerais ímpares da artéria abdominal: ✓ Artéria mesentérica superior: é o maior dos ramos que irriga o intestino grosso, sendo responsável pelo suprimento da metade direita do órgão. A artéria mesentérica superior emite principalmente 3 vasos para irrigação do intestino grosso, são eles:  Artéria iliocólica (mais inferior): irriga o ílio terminal e o apêndice vermiforme, através da artéria apendicular, irriga também o ceco e a parte inicial do colo ascendente.  Artéria cólica direita: ocupa posição média em relação aos ramos superior e inferior da mesentérica superior. Esse vaso é responsável pela irrigação principalmente o colo ascendente.  Artéria cólica média: é o ramo mais superior da artéria mesentérica superior que se dirige ao intestino grosso. Esse vaso tem a função principal de irrigar o colo transverso ✓ Artéria mesentérica inferior: é a menor artéria que irriga o órgão, sendo responsável pelo suprimento da metade esquerda do órgão. Do lado esquerdo do cólon, a artéria mesentérica inferior, emite os seguintes ramos:

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 Artéria cólica esquerda: é o primeiro ramo da artéria mesentérica inferior, sendo responsável pela irrigação do colo descendente.  Artérias sigmoides: logo após originar a artéria cólica esquerda, a artéria mesentérica inferior origina de uma a três artéria sigmoides que se dirigem e irrigam o colo sigmoide. Por fim, após originas estes ramos, a artéria mesentérica inferior acaba mudando seu nome para artéria retal superior, a qual vai em direção ao reto para irriga-lo. Portanto, a artéria retal inferior é um ramo terminal, ou seja, uma continuação da artéria mesentérica inferior. •

Cada ramo das artérias mesentéricas superior e inferior, ao se aproximar do intestino grosso, dividem-se em dois ramos que geralmente são: um ramo ascendente e outro descendente (exceto a cólica média que dá um ramo direito e outro esquerdo). Esses ramos (direito e esquerdo; ascendentes e descendente) acabam se anastomosando formando uma artéria única que margeia toda superfície interna do colo (intestino grosso) – o arco justacólico, antigamente denominado artéria marginal do colo. Esse arco permite uma anastomose entre a artéria mesentérica superior e a artéria mesentérica inferior, protegendo o colo em caso de obstrução em alguma dessas artérias principais.

Veias do intestino grosso •

No que diz respeito à drenagem venosa do intestino grosso, observa-se que o padrão venoso é semelhante ao padrão arterial. Isto é, a metade direita do intestino grosso é drenada por ramos que são tributárias da veia mesentérica superior, enquanto a porção esquerda do órgão é drenada por veias que são tributárias da veia mesentérica inferior.

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É importante ressaltar que a veia mesentérica superior se une com a veia esplênica para formar a veia porta do fígado. Já a veia mesentérica inferior é tributária da veia esplênica. Desse modo, todo sangue do intestino grosso é drenado primeiramente para o fígado, através da veia porta, e, só após passar por esse órgão, esse sangue é devolvido à veia cava inferior para retornar ao coração.

Inervação do Intestino Grosso •

Quanto à inervação, o intestino grosso é suprido pelo sistema nervoso autônomo através das suas partes simpáticas e parassimpática.



No intestino grosso ocorre algo interessante, o padrão de inervação é semelhante ao de vascularização, de modo que a metade direita do órgão tem uma inervação distinta da metade esquerda do órgão. Isso ocorre da seguinte forma: ✓ Inervação parassimpática: o sistema parassimpático no intestino grosso tem como característica principal aumentar a contração da musculatura lisa do intestino grosso, isto é, aumentar o peristaltismo, e a secreção das glândulas intestinais.  Metade direita: a inervação parassimpática da porção direita do intestino grosso é proporcionada pelo nervo vago.  Metade esquerda: a inervação parassimpática da parte direita do intestino grosso é feita pelos nervos esplâncnicos pélvicos, os quais têm suas origens nos nervos espinhais S2, S3 e S4.

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✓ Inervação simpática: juntamente com a inervação simpática, encontra-se também fibras sensitivas oriundas do intestino grosso, com a mesma divisão entre metade esquerda e direita. O simpático no intestino grosso é responsável pela diminuição do peristaltismo e da secreção pelas glândulas intestinais.  Metade direita: o simpático na metade direita do intestino grosso é levado pelos nervos esplâncnicos torácicos menor e imo.  Metade esquerda: o simpático na metade esquerda do intestino grosso é conduzido pelos nervos esplâncnicos lombares, usualmente L1 e L2....


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